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A Biblia Curiosa reune assuntos interessantes referente a Bíblia encontrados na internet, sua fonte encontra-se no final do artigo, São extraídos após uma leitura e analise do texto. Outros artigos do mesmo assunto poderão ser incorporados para o enriquecimento espiritual do leitor. Todos os assuntos extraídos trazem a sua fonte no final do texto. Boa leitura.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Quando os anjos se alegram




LINDO TESTEMUNHO DO SR. PERSONA

Fonte: youtube

Sansão


Baseado em Juízes 13-16.

Em meio da ampla apostasia, os fiéis adoradores de Deus continuaram a pleitear com Ele o livramento de Israel. Posto que não fossem aparentemente atendidos, embora ano após ano o poder do opressor continuasse a repousar mais pesadamente sobre a terra, a providência de Deus lhes estava preparando auxílio. Mesmo nos primeiros anos da opressão dos filisteus, nascera uma criança por meio da qual era desígnio de Deus humilhar a força daqueles poderosos adversários.

À beira do território montanhoso, sobranceiro à planície da Filístia, achava-se a cidadezinha de Zorá. Ali morava a família de Manoá, da tribo de Dã, uma das poucas casas que em meio da deserção geral permaneceram fiéis a Jeová. À mulher de Manoá, a qual não tinha filhos, o “Anjo do Senhor” apareceu, com a mensagem de que ela teria um filho, por meio de quem Deus começaria a livrar Israel. Em vista disto o Anjo lhe deu instruções com relação aos seus próprios hábitos, e também quanto ao tratamento do filho: “Agora, pois, guarda-te de que bebas vinho, ou bebida forte, ou comas coisa imunda”. Juízes 13:4. E a mesma proibição deveria ser imposta desde o princípio à criança, com o acréscimo de que o cabelo não lhe deveria ser cortado; pois que cumpria ser ele consagrado a Deus como nazireu desde o seu nascimento.

A mulher procurou o marido, e depois de descrever o Anjo, repetiu sua mensagem. Então, receosos de que cometessem algum erro na importante obra a eles confiada, orou o esposo: “Rogo-te que o homem de Deus, que enviaste, ainda venha para nós outra vez e nos ensine o que devemos fazer ao menino que há de nascer”. Juízes 13:8.

Quando o Anjo de novo apareceu, a ansiosa indagação de Manoá foi: “Qual será o modo de viver, e serviço do menino?” A instrução prévia foi repetida: “De tudo quanto Eu disse à mulher se guardará ela. De tudo quanto procede da vide de vinho não comerá, nem vinho nem bebida forte beberá, nem coisa imunda comerá; tudo quanto lhe tenho ordenado guardará.”

Deus tinha uma importante obra para o prometido filho de Manoá realizar, e foi para assegurar-lhe as habilitações para esta obra que os hábitos de ambos, mãe e filho, deveriam ser cuidadosamente regulados. “Nem vinho nem bebida forte beberá” foi a instrução do Anjo à mulher de Manoá; “nem coisa imunda comerá: tudo quanto lhe tenho ordenado guardará”. Juízes 13:12-14. O filho será influenciado para o bem ou para o mal pelos hábitos da mãe. Ela própria deve ser governada pelos princípios, e praticar a temperança e renúncia de si mesma, se quer o bem-estar do filho. Conselheiros imprudentes insistirão com a mãe quanto à necessidade de satisfazer todo o desejo e inclinação; mas tal ensino é falso e pernicioso. A mãe é colocada por ordem do próprio Deus sob a obrigação mais solene de exercer o domínio de si mesma.

E os pais, bem como as mães, acham-se incluídos nesta responsabilidade. Pai e mãe transmitem aos filhos suas características, mentais e físicas, e suas disposições e apetites. Como resultado da intemperança paterna, as crianças muitas vezes têm falta de força física, e de capacidade mental e moral. Alcoólatras e fumantes podem transmitir a seus filhos seu insaciável desejo, seu sangue inflamado e nervos irritáveis; e efetivamente o fazem. O libertino, muitas vezes, lega à prole, como herança, os seus desejos impuros, e mesmo doenças repugnantes. E, como os filhos têm menos poder para resistir à tentação do que o tiveram seus pais, a tendência é que cada geração decaia mais e mais. Em grau elevado, os pais são responsáveis não somente pelas paixões violentas e apetites pervertidos dos filhos, mas também pelas enfermidades de milhares que nascem mudos, cegos, doentes ou idiotas.

A indagação de cada pai e mãe deve ser: “Que faremos pelo filho que nos nascerá?” O efeito das influências pré-natais tem sido por muitos considerado levianamente; mas a instrução enviada do Céu àqueles pais hebreus, e duas vezes repetida da maneira mais explícita e solene, mostra como é este assunto considerado por nosso Criador.

E não era bastante que o filho prometido recebesse um bom legado dos pais. Este devia ser seguido de um ensino cuidadoso e da formação de hábitos corretos. Deus determinara que o futuro juiz e libertador de Israel fosse desde a infância ensinado na estrita temperança. Devia ser nazireu desde seu nascimento, achando-se assim posto sob proibição perpétua do uso do vinho ou de bebida forte. As lições de temperança, renúncia e governo de si mesmo devem ser ensinadas às crianças mesmo desde a primeira infância.

A proibição do Anjo incluía toda a “coisa imunda”. Juízes 13:14. A distinção entre alimentos limpos e imundos não era um estatuto meramente cerimonial e arbitrário, mas baseava-se em princípios sanitários. À observância desta distinção pode atribuir-se em grande parte a maravilhosa vitalidade que durante milhares de anos tem distinguido o povo judeu. Os princípios de temperança devem ser mais abrangentes do que a mera abstenção de bebidas alcoólicas. O uso de alimento estimulante e indigesto é, muitas vezes, tão ofensivo à saúde como aquelas, e em muitos casos lança as sementes da embriaguez. A verdadeira temperança nos ensina a dispensar inteiramente todas as coisas nocivas, e usar judiciosamente aquilo que é saudável. Poucos há que se compenetram, como deviam, do quanto seus hábitos no regime alimentar têm que ver com sua saúde, seu caráter, sua utilidade neste mundo e seu destino eterno. O apetite deve sempre estar sob a sujeição das faculdades morais e intelectuais. O corpo deve ser o servo da mente, e não a mente a serva do corpo.

A promessa divina a Manoá foi cumprida no tempo devido com o nascimento de um filho, a quem foi dado o nome de Sansão. Crescendo o rapaz, tornou-se evidente que possuía extraordinária força física. Isto, entretanto, não dependia, conforme Sansão e seus pais bem sabiam, de seus compactos músculos, mas sim de sua condição de nazireu, de que o seu cabelo não cortado era símbolo. Houvesse Sansão obedecido às ordens divinas tão fielmente como fizeram seus pais, e seu destino teria sido mais nobre e mais feliz. Mas a associação com os idólatras o corrompeu. Achando-se a cidade de Zorá próxima do território dos filisteus, Sansão veio a travar relações amistosas com eles. Assim, em sua mocidade surgiram camaradagens cuja influência lhe obscureceu toda a vida. Uma jovem que habitava na cidade filistéia de Timnate, conquistou as afeições de Sansão, e ele decidiu fazer dela sua esposa. A seus pais tementes a Deus, que se esforçavam por dissuadi-lo de seu propósito, sua única resposta era: “Ela agrada aos meus olhos”. Juízes 14:3. Os pais finalmente cederam aos seus desejos, e realizou-se o casamento.

Exatamente quando entrava para a varonilidade, época em que deveria executar sua missão divina — tempo este em que mais do que em todos os outros deveria ser fiel a Deus — ligou-se Sansão aos inimigos de Israel. Não procurou saber se poderia melhor glorificar a Deus estando unido ao objeto de sua escolha, ou se se encontrava a colocar-se em posição em que não poderia cumprir o propósito a ser realizado pela sua vida. A todos os que em primeiro lugar procuram honrá-Lo, Deus prometeu sabedoria; mas não há promessa àqueles que se inclinam a agradar a si mesmos.

Quantos não estão adotando a mesma conduta de Sansão! Quantas vezes se efetuam casamentos entre os que são tementes a Deus e os ímpios, porque a inclinação governa a escolha de marido ou mulher! As partes não pedem conselho de Deus, nem têm em vista a Sua glória. O cristianismo deve ter influência dominante na relação matrimonial; mas dá-se muitas vezes o caso de que os motivos que determinam esta união não se coadunam com os princípios cristãos. Satanás procura constantemente fortalecer o seu poder sobre o povo de Deus, induzindo-os a entrar em aliança com seus súditos; e a fim de realizar isto ele se esforça por despertar paixões impuras no coração. Mas o Senhor em Sua Palavra instruiu claramente Seu povo a não se unir àqueles nos quais não habita o amor para com Ele. “Que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos?” 2 Coríntios 6:15, 16.

Em sua festa nupcial foi levado Sansão à associação familiar com os que odiavam ao Deus de Israel. Quem quer que voluntariamente entre para uma relação tal, sentirá a necessidade de se conformar até certo ponto com os hábitos e costumes de seus companheiros. O tempo assim despendido é mais que desperdiçado. Entretêm-se pensamentos e falam-se palavras que tendem a derribar as fortalezas dos princípios e enfraquecer a cidadela da alma.

A esposa, para cuja obtenção Sansão transgredira o mandado de Deus, mostrara-se traidora a seu esposo antes de encerrar-se a festa nupcial. Irado pela sua perfídia, Sansão abandonou-a por algum tempo, e foi sozinho para sua casa em Zorá. Quando, depois de acalmar-se, voltou em busca da esposa, encontrou-a como mulher de outro. Sua vingança, devastando todos os campos e vinhas dos filisteus, induziu-os a assassiná-la, embora as ameaças deles a houvessem compelido ao dolo com que tivera início aquela calamidade. Sansão já havia dado prova de sua força maravilhosa, matando sozinho um leão novo, bem como matando trinta dos homens de Asquelom. Agora, levado à cólera pelo bárbaro assassínio da esposa, atacou os filisteus, e feriu-os “com grande ferimento”. Então, desejando um seguro refúgio de seus inimigos, retirou-se para a “rocha de Etã” (Juízes 15:8), na tribo de Judá.

Para aquele lugar foi ele perseguido por poderosa força, e os habitantes de Judá, grandemente alarmados, concordaram de maneira vil em entregá-lo a seus inimigos. Em conformidade com isto, três mil homens de Judá subiram a ele. Mas mesmo com tal disparidade não teriam ousado aproximar-se dele, se não se houvessem assegurado de que ele não faria mal a seus compatriotas. Sansão consentiu em ser ligado e entregue aos filisteus; mas primeiro exigiu dos homens de Judá a promessa de o não atacarem, e o compelirem assim a destruí-los. Permitiu-lhes que o amarrassem com duas cordas novas, e foi levado ao arraial de seus inimigos por entre demonstrações de grande alegria. Mas, enquanto suas aclamações estavam a despertar ecos nas colinas, “o Espírito do Senhor possantemente Se apossou dele”. Juízes 15:14. Rebentou as fortes cordas novas como se fossem fios de linho queimados. Agarrando então a primeira arma à mão, a qual, embora fosse apenas a queixada de um jumento, foi mais eficaz do que espada ou lança, feriu os filisteus até que fugiram aterrorizados, deixando mil homens mortos no campo.

Estivessem os israelitas prontos a unir-se a Sansão, e continuar a vitória, e poderiam nesta ocasião ter-se livrado do poder dos opressores. Mas eles se haviam tornado desanimados e covardes. Negligenciaram a obra que Deus lhes ordenara fazer, desapossando os gentios, e uniram-se a eles nas suas práticas degradantes, tolerando-lhes a crueldade, e mesmo favorecendo-lhes a injustiça enquanto esta não se revertia contra eles. Ao serem trazidos sob o poder do opressor, submetiam-se timidamente à degradação de que poderiam ter escapado, caso houvessem tão-somente obedecido a Deus. Mesmo quando o Senhor lhes levantava um libertador, abandonavam-no com freqüência e uniam-se a seus inimigos.

Depois da vitória de Sansão, os israelitas o tornaram juiz, e governou Israel durante vinte anos. Mas um passo errado prepara o caminho para outro. Sansão tinha transgredido o mandado de Deus, tomando esposa dentre os filisteus, e outra vez aventurou-se a ir entre eles — agora seus inimigos mortais — com o fim de satisfazer paixões ilícitas. Confiando em sua grande força, que inspirara tamanho terror aos filisteus, foi ousadamente a Gaza visitar uma prostituta do lugar. Os habitantes daquela cidade souberam da sua presença, e estavam ansiosos de vingança. Seu inimigo estava encerrado com segurança dentro dos muros da mais potentemente fortificada de todas as suas cidades; estavam certos de sua presa, e apenas esperavam a manhã para completarem o seu triunfo. À meia-noite Sansão foi despertado. A voz acusadora da consciência encheu-o de remorsos, ao lembrar-se de que violara seus votos de nazireu. Mas, apesar de seu pecado, a misericórdia de Deus o não abandonara. Sua prodigiosa força de novo serviu para livrá-lo. Indo à porta da cidade, arrancou-a do lugar, e levou-a com as ombreiras e tranca ao cimo de uma colina no caminho de Hebrom.

Contudo, mesmo esta difícil escapada não lhe deteve a má conduta. Não se arriscou outra vez a ir entre os filisteus, mas continuou à procura daqueles prazeres sensuais que o estavam atraindo à ruína. Ele “se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque” (Juízes 16:4), não longe de seu próprio lugar de origem. O nome dela era Dalila — “a consumidora”. O vale de Soreque era célebre pelas suas vinhas; estas também ofereciam uma tentação ao vacilante nazireu que já havia condescendido com o uso do vinho, quebrando assim outro laço que o ligava à pureza e a Deus. Os filisteus observavam vigilantemente os movimentos de seu inimigo; e, quando este se degradou pela sua nova aliança, resolveram por meio de Dalila efetuar sua ruína.

Uma delegação composta de um dos principais homens de cada província filistéia, foi enviada ao vale de Soreque. Não ousavam tentar prendê-lo, enquanto estivesse de posse de sua grande força, antes era seu propósito saber, sendo possível, o segredo de seu poder. Subornaram, portanto, a Dalila, para o descobrir e revelar.

Importunando a traidora a Sansão com suas perguntas, ele a enganou declarando que a fraqueza de outros homens lhe sobreviria se fossem experimentados certos processos. Quando ela punha aquilo à prova, descobria-se o engano. Então ela o acusou de falsidade, dizendo: “Como dirás: Tenho-te amor, não estando comigo o teu coração? já três vezes zombaste de mim, e ainda me não declaraste em que consiste a tua força”. Juízes 16:15. Três vezes Sansão teve a prova mais clara de que os filisteus se haviam coligado com aquela que o encantava, a fim de o destruir; mas, quando fracassava o propósito dela, tratava o caso como simples gracejo, e bania cegamente os seus receios.

Dia após dia, Dalila insistia com ele, até que “sua alma se angustiou até à morte”; contudo um poder sutil o conservava ao lado dela. Vencido finalmente, Sansão deu a conhecer o segredo: “Nunca subiu navalha à minha cabeça, porque sou nazireu de Deus desde o ventre de minha mãe; se viesse a ser rapado, ir-se-ia de mim a minha força, e me enfraqueceria, e seria como todos os mais homens.” Despachou-se imediatamente um mensageiro aos chefes dentre os filisteus, insistindo que viessem a ela, sem demora. Enquanto dormia o guerreiro, cortaram-lhe as pesadas porções de cabelo. Então, conforme fizera três vezes antes, ela chamou: “Os filisteus vêm sobre ti, Sansão.” Despertando subitamente, pensou em exercer sua força como antes, e destruí-los; mas os braços impotentes recusaram-se a cumprir a sua ordem, e soube que “o Senhor Se tinha retirado dele”. Juízes 16:16, 17, 20. Depois de ter sido rapado, Dalila começou a molestá-lo e a causar-lhe dor, pondo assim à prova a sua força; pois os filisteus não ousavam aproximar-se dele antes que estivessem completamente convencidos de que seu poder desaparecera. Então o agarraram, e havendo-lhe arrancado os olhos, levaram-no a Gaza. Ali foi preso com correntes e obrigado a trabalhos pesados.

Que mudança para aquele que fora juiz e campeão de Israel — agora fraco, cego, preso, rebaixado ao trabalho mais servil! Pouco a pouco, tinha violado as condições de sua vocação sagrada. Deus tinha tido muita paciência com ele; mas, quando se entregara tanto ao poder do pecado que traiu o seu segredo, o Senhor Se afastou dele. Não havia virtude alguma em seu longo cabelo, mas este era sinal de fidelidade para com Deus; e, quando sacrificou este símbolo na satisfação da paixão, perdeu também as bênçãos de que ele era um sinal.

No sofrimento e humilhação, como joguete dos filisteus, Sansão aprendeu mais acerca de sua fraqueza do que jamais soubera antes; e as aflições o levaram ao arrependimento. Crescendo-lhe o cabelo, a força lhe voltava gradualmente; seus inimigos, porém, considerando-o um prisioneiro algemado e indefeso, não tinham apreensões.

Os filisteus atribuíram a vitória aos seus deuses; e, exultantes, desafiaram ao Deus de Israel. Foi marcada uma festa em honra a Dagom, o deus-peixe, “protetor do mar”. Das cidades e dos campos, por toda a planície dos filisteus, o povo e seus grandes se congregaram. Multidões de adoradores enchiam o vasto templo e as galerias próximas do teto. Era uma cena de festa e regozijo. Havia a pompa do serviço sacrifical, seguido de música e banquetes. Então, como o máximo troféu do poder de Dagom, foi trazido Sansão. Aclamações de triunfo saudaram o seu aparecimento. O povo e os príncipes zombaram de seu estado miserável, e adoraram o deus que subvertera o “destruidor de seu país”. Depois de algum tempo, Sansão, como se estivesse cansado, pediu permissão para recostar-se de encontro às duas colunas centrais em que se apoiava o teto do templo. Proferiu então silenciosamente a oração: “Senhor Jeová, peço-Te que Te lembres de mim, e esforça-me agora só esta vez, ó Deus, para que de uma vez me vingue dos filisteus.” Com estas palavras, cingiu com os poderosos braços as colunas; e clamando: “Morra eu com os filisteus”, curvou-se e o teto caiu, destruindo em um só fragor toda aquela vasta multidão. “E foram mais os mortos que matou na sua morte do que os que matara na sua vida.”

O ídolo e seus adoradores, sacerdotes e camponeses, guerreiros e nobres, foram juntamente sepultados sob as ruínas do templo de Dagom. E entre eles estava o corpo gigantesco daquele que Deus escolhera para ser o libertador de Seu povo. Notícias da terrível destruição foram levadas à terra de Israel, e os parentes de Sansão desceram de suas colinas, e, sem encontrarem oposição, recobraram o corpo do finado herói. E “subiram com ele, e sepultaram-no entre Zorá e Estaol, no sepulcro de Manoá, seu pai”. Juízes 16:28-31.

A promessa de Deus de que por meio de Sansão começaria a “livrar a Israel da mão dos filisteus” (Juízes 13:5), foi cumprida; mas quão tenebroso e terrível é o relato daquela vida que poderia ter sido um louvor a Deus e uma glória para a nação! Se Sansão tivesse sido fiel à vocação divina, ter-se-ia cumprido o propósito de Deus em sua honra e exaltação. Mas ele rendeu-se à tentação, e mostrou-se infiel à sua incumbência; e sua missão cumpriu-se com a derrota, escravidão e morte.

Fisicamente falando, Sansão foi o homem mais forte da Terra; mas no domínio de si mesmo, na integridade e firmeza, foi um dos mais fracos. Muitos tomam erradamente as paixões fortes como caráter forte; mas a verdade é que aquele que é dominado por suas paixões é homem fraco. A verdadeira grandeza do homem é medida pela força dos sentimentos que ele domina, e não pelos sentimentos que o dominam.

O cuidado providencial de Deus estivera com Sansão, a fim de que ele pudesse estar preparado para realizar a obra que fora chamado a fazer. Mesmo no princípio da vida esteve cercado de condições favoráveis para a força física, vigor intelectual e pureza moral. Mas, sob a influência de companheiros ímpios, deixou aquele apego a Deus que é a única salvaguarda do homem, e foi arrastado pela onda do mal. Aqueles que no caminho do dever são levados à prova podem estar certos de que Deus os guardará; mas, se os homens voluntariamente se colocam sob o poder da tentação, cairão mais cedo ou mais tarde.

Justamente aqueles que Deus Se propõe usar como Seus instrumentos para uma obra especial, Satanás, empregando seu máximo poder procura transviar. Ele nos ataca em nossos pontos fracos, procurando, pelos defeitos do caráter, obter domínio sobre o homem todo; e sabe que, se tais defeitos são acalentados, terá bom êxito. Mas ninguém precisa ser vencido. O homem não é deixado só a vencer o poder do mal pelos seus fracos esforços. O auxílio está às mãos, e será dado a toda alma que realmente o desejar. Anjos de Deus, que sobem e descem pela escada que Jacó viu em visão, auxiliarão a toda alma, que o deseje, a subir mesmo aos mais altos Céus.

Fonte: Ellen G. White, Patriarcas e profetas, Capítulo 54.

Digitalização: Blog Sétimo Dia

Imagem: http://pr-joaomarcos.blogspot.com.br/2009/03/trajetoria-de-sansao.html

A CIÊNCIA PROVA A EXISTÊNCIA DE DEUS - FANTÁSTICO 1



Fonte: Youtube

terça-feira, 15 de maio de 2012

Os Lecionários

Outra testemunha do texto do Novo Testamento que em geral tem sido subvalorizada são os numerosos lecionários (livros usados no culto da igreja), que continham textos selecionados para leitura, tirados da própria Bíblia. Esses lecionários serviam de manuais, sendo usados nos cultos ao longo de um ano. A maior parte desses manuais teria surgido talvez entre os séculos VII e XII, e deles sobreviveram dezenas de folhas e fragmentos de folhas, datados dos séculos iv e vi. Só cinco ou seis lecionários sobreviveram intactos, copiados em papiro, com letras unciais, ainda que essas houvessem sido substituídas pelo tipo de grafia denominado minúsculo.

Embora Caspar René Gregory houvesse relacionado cerca de 1 545 lecionários gregos, em seu Canon and text of the New Testament [Cânon e texto do Novo Testamento] (1912), cerca de 2 000 foram utilizados na obra crítica da United Bible Societies [Sociedades Bíblicas Unidas], The Greek New Testament (1966). A grande maioria dos lecionados consiste de textos para leitura tomados dos evangelhos. Os demais consistem de textos de Atos, às vezes ao lado de trechos das cartas. Ainda que fossem ornamentados com muita elaboração e às vezes até contivessem notações musicais, é preciso que se admita que os lecionários têm apenas valor secundário no estabelecimento do texto genuíno do Novo Testamento, No entanto, desempenham papel importante na compreensão de passagens específicas das Escrituras, como João 7.53— 8.11 e Marcos 16.9-20.

Fonte: Como a Biblia chegou até nós, autor Norman Geisler e William Nix
Imagem: http://angelusexverum.blogspot.com.br/2011/03/lecionario-jaharis.html

Óstracos

Os óstracos são cacos de cerâmica freqüentemente utilizados como material de escrita entre as classes mais pobres da antigüidade. Exemplo do uso desse meio de escrita é uma cópia dos evangelhos registrados em vinte peças de óstracos. Seriam o que se poderia chamar "a Bíblia do pobre".

Essas peças de cerâmica (v. Is 45.9) permaneceram negligenciadas pelos estudiosos durante muito tempo, mas haveriam de lançar mais luz ao texto bíblico. Allen P. Wikgren relacionou cerca de 1 624 amostras desses humildes registros da história, em sua obra intitulada Greek ostraca [Óstracos gregos].

Fonte: Como a Biblia chegou até nós, autor Norman Geisler e William Nix
Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93straco

Os Minúsculos

As datas dos manuscritos minúsculos (do século IX ao XV) mostram que em geral são de qualidade  inferior, se comparados aos manuscritos em papiros ou unciais. A importância desses manuscritos está no relevo dispensado às famílias textuais e não à sua quantidade. Somam 4 643, dos quais 2 646 são manuscritos e 1 997, lecionários (livros antigos que a igreja usava no culto). Alguns desses manuscritos minúsculos mais importantes estão identificados abaixo.

Os minúsculos da família alexandrina são representados pelo ms. 33, "rei dos cursivos", datado do século IX ou X. Contém todo o Novo Testamento, menos o Apocalipse. É propriedade da Biblioteca Nacional de
Paris.

O texto cesareense emprega um tipo que sobreviveu na Família 1, dentre os manuscritos minúsculos. Essa família contém os manuscritos 1, 118,131 e 209, e todos datam do século XII até o XIV.

A subfamília italiana do tipo cesareense é representada por cerca de doze manuscritos conhecidos por Família 13. Tais manuscritos haviam sido copiados entre os séculos XI e XV. Incluem os manuscritos 13,69,124, 230, 346, 543, 788, 826, 828, 983, 1689 e 1709. Julgava-se de início que alguns desses manuscritos tinham texto de tipo sírio.

Muitos dos demais manuscritos minúsculos podem ser colocados em uma ou outra das várias famílias textuais, mas sustentam-se por seus próprios méritos e não por pertencerem a uma das famílias de manuscritos mencionadas acima. Entretanto, no todo, foram copiados de manuscritos minúsculos ou manuscritos unciais primitivos, e poucas evidências novas acrescentam ao Novo Testamento. Proporcionam uma linha contínua de transmissão do texto bíblico, enquanto os manuscritos de outras obras clássicas apresentam brechas de novecentos a mil anos entre os autógrafos e suas cópias manuscritas, como se pode ver nos exemplos das Guerras gálicas, de César, e das Obras, de Tácito.

Fonte: Como a Biblia chegou até nós, autor Norman Geisler e William Nix
Imagem: http://miquels007.wordpress.com/category/historia-crista/

Códex Washingtoniano

O Códice washingtoniano(w) data do século IV ou início do V.


Charles F. Freer, de Detroit, em 1906, o havia adquirido de um negociante do Cairo, no Egito. Entre 1910 e 1918 foi editado pelo professor H. A. Sanders, da Universidade de Michigan, estando hoje na Instituição Smithsoniana, em Washington, DC. Esse manuscrito contém os quatro evangelhos, porções das epístolas de Paulo (exceto Romanos), Hebreus, Deuteronômio, Josué e Salmos. A ordem dos evangelhos é: Mateus, João, Lucas e Marcos. Marcos contém o final mais longo (Mc 16.9-20); entretanto, acrescenta uma inserção após o versículo 14. E um códice volumoso, feito de velino, cujos tipos de letras são misturados de modo curioso.

Fonte: Como a Biblia chegou até nós, autor Norman Geisler e William Nix
Imagem: http://www.asia.si.edu/collections/zoomObject.cfm?ObjectId=48653
O Códice efraimita (c) provavelmente se originou na Alexandria, no Egito, por volta de 345. Foi levado à Itália ao redor de 1500 por John Lascaris e depois vendido a Pietro Strozzi. Catarina de Mediei, italiana, mãe e esposa de reis franceses, o comprou em 1533. Após sua morte, o manuscrito foi colocado na Biblioteca Nacional de Paris, onde permanece até hoje. Falta a esse códice a maior parte do Antigo Testamento, constando dele partes de Jó, Provérbios, Eclesiastes, Cânticos dos Cânticos e dois livros apócrifos — Sabedoria de Salomão e Eclesiástico. Ao Novo Testamento faltam 2Tessalonicenses, 2João e parte de outros livros.

O manuscrito é um palimpsesto (raspado, apagado) reescrito em que originariamente estavam gravados o Antigo e o Novo Testamento. O texto sagrado foi apagado para que nesses pergaminhos se escrevessem sermões de Efraim, pai da igreja do século IV. Mediante reativação química, o conde Tischendorf foi capaz de decifrar as escritas quase invisíveis dos pergaminhos. Esse manuscrito está guardado na Biblioteca Nacional de Paris, e deixa à mostra sinais e evidências de duas fases de correções: a primeira, c2 ou cb, foi realizada na Palestina, no século vi, e a segunda, c3 ou Cc, foi acrescentada no século IX, em Constantinopla.

Fonte: Como a Biblia chegou até nós, autor Norman Geisler e William Nix

Codex Basilensis

O Codex Basilensis, também conhecido como Manuscrito Ee ou 07 (Gregory-Aland), ε 55 (von Soden), pertence provavelmente do século século VIII.

Descoberta

Codex contém o texto dos quatro Evangelhos em 318 folhas de pergaminho, com lacunas (Lucas 1,69-2,4; 3,4-15; 12,58-13,12; 15,8-20; 24,47-fin). O texto está escrito em uma coluna por página, em 21 linhas por página.[1]

Contém tábulas do κεφαλαια, κεφαλαια, τιτλοι, as Seções Amonianas, e os Cânones Eusebianos.[2]

Atualmente acha-se no Universidade de Basiléia (AN III 12).[1]

Texto

O texto grego desse códice é um representante do Texto-tipo Bizantino. Aland colocou-o na Categoria V.[1]

Referências

1. ↑ a b c ALAND & ALAND, Kurt & Barbara. The Text of the New Testament: An Introduction to the Critical Editions and to the Theory and Practice of Modern Textual Criticism: Trad. por Erroll F. Rhodes (em inglês). Grand Rapids, Michigan: William B. Eerdmans Publishing Company, 1995. 110 p.
2. ↑ GREGORY, Caspar René. Textkritik des Neuen Testaments, Vol. 1. Leipzig: Hinrichs, 1900. 48 p.

Bibliografia

• Russell Champlin, Family E and Its Allies in Matthew (Studies and Documents, XXIII; Salt Lake City, UT, 1967).
• J. Greelings, Family E and Its Allies in Mark (Studies and Documents, XXXI; Salt Lake City, UT, 1968).
• J. Greelings, Family E and Its Allies in Luke (Studies and Documents, XXXV; Salt Lake City, UT, 1968).
• F. Wisse, Family E and the Profile Method, Biblica 51, (1970), pp. 67–75.

Ligações externas

• O Commons possui uma categoria com multimídias sobre Codex Basilensis
• R. Waltz, Codex Basilensis E (07) (em inglês): na Encyclopedia of Textual Criticism

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_Basilensis
Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Codex_Basilensis_08.jpg

Codex Augiensis

O Codex Augiensis, também conhecido como Manuscrito Fp ou 010 (Gregory-Aland), pertence provavelmente do século século IX. Contem 136 fólios dos Epístolas paulinas (23 x 19 cm).[1]


Atualmente acha-se no Trinity College (Cambridge) (Cat. number: B. XVII. 1).[1]

O texto é escrito em duas colunas por página, em 28 linhas por página.[1]

Texto

O texto grego desse códice é um representante do Texto-tipo Ocidental. Aland colocou-o na Categoria II.[1]

Referências

1. ↑ a b c d ALAND & ALAND, Kurt & Barbara. The Text of the New Testament: An Introduction to the Critical Editions and to the Theory and Practice of Modern Textual Criticism: Trad. por Erroll F. Rhodes (em inglês). Grand Rapids, Michigan: William B. Eerdmans Publishing Company, 1995. 110 p.

Bibliografia

• F. H. A. Scrivener, Contributions to the Criticism of the Greek New Testament bring the introduction to an edition of the Codex Augiensis and fifty other Manuscripts, Cambridge 1859.
• K. Tischendorf, Anecdota sacra et profana ex oriente et occidente allata sive notitia, Lipsiae 1861, pp. 209-216.
• W.H.P. Hatch, On the Relationship of Codex Augiensis and Codex Boernerianus of the Pauline Epistles, Harvard Studies in Classical Philology, Vol. 60, 1951, pp. 187–199.

Ligações externas

• Codex Augiensis (em inglês) na Trinity College Library Cambridge
• Codex Augiensis F (010) (em inglês): na Encyclopedia of Textual Criticism

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_Augiensis
Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_Augiensis

Codex Athous Lavrensis

Codex Athous Lavrensis designado por Ψ ou 044 (Gregory-Aland), δ 6 (von Soden), é um manuscrito uncial grego dos quatro evangelhos, datado pela paleografia como sendo do século IX.[1]


Actualmente acha-se no Grande Lavra (B' 52) em Monte Atos.[1]

Descoberta

Contém 261 folhas (21 x 15.3 cm) dos quatro evangelhos, Atos, Paulo, com várias lacunas (Mateus; Marcos 1,1-9,5; em Hebreus 8,11-9,19), e foi escrito com uma coluna por página, contendo 31 linhas cada.[1]

Ele contém respiração e acentos.[2]

Contém o κεφαλαια, as Seções Amonianas, ele necessita de Cânones Eusebianos.[2]

Texto

O texto grego desse códice é misto. Aland colocou-o na Categoria III.[1]

O texto grego do Evangelho segundo Marcos é um representante do Texto-tipo Alexandrino (semelhante ao Codex Regius).

Referências

1. ↑ a b c d Kurt und Barbara Aland, Der Text des Neuen Testaments. Einführung in die wissenschaftlichen Ausgaben sowie in Theorie und Praxis der modernen Textkritik. Deutsche Bibelgesellschaft, Stuttgart 1981, p. 123. ISBN 3-438-06011-6. (em alemão)
2. ↑ a b C. R. Gregory, "Textkritik des Neuen Testaments", Leipzig 1900, vol. 1, p. 94 (em alemão)

Bibliografia

• Kirsopp Lake, Texts from Mount Athos, Studia Biblica et Ecclesiastica, 5 (Oxford 1903), pp. 89–185.
• Kirsopp Lake, The Text of Codex Ψ in St. Mark, JTS I (1900), pp. 290–292.
• C. R. Gregory, Textkritik des Neuen Testaments (Leipzig 1900), vol. 1, pp. 94–95.
• Hermann von Soden, Die Schriften des Neuen Testaments in ihrer altesten erreibaren Textgestalt, I, III (Berlin, 1910), pp. 1664,-1666, 1841, 1921, 1928.
• M.-J. Lagrange, La critique rationnelle (Paris, 1935), pp. 109 f.

Ver também

• Lista de manuscritos unciais do Novo Testamento Grego
• Manuscrito bíblico
• Codex Petropolitanus Purpureus
• Crítica textual

Ligações externas

• Codex Athous Lavrentis Ψ (044): na Encyclopedia of Textual Criticism
• Kirsopp Lake, Texts from Mount Athos (Oxford 1903)

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_Athous_Lavrensis

Codex Athous Dionysiou

Codex Athous Dionysiou, designado por Ω ou 045 (in the Gregory-Aland), ε 61 (von Soden), é um manuscrito uncial grego do Novo Testamento. A paleografia data o codex para o século 9.[1]

Crítica textual

Referências
1.↑ Kurt Aland and Barbara Aland, The Text of the New Testament: An Introduction to the Critical Editions and to the Theory and Practice of Modern Textual Criticism, trans. Erroll F. Rhodes, William B. Eerdmans Publishing Company, Grand Rapids, Michigan, 1995, p. 118.

Literatura

Compilações

Kirsopp Lake e Silva New, Six Collations of New Testament Manuscripts Harvard Theological Studies, XVII, (Cambridge, Massachusetts, 1932; 2007), pp. 3–25.

Artigos

Russell Champlin, Family E and Its Allies in Matthew (Studies and Documents, XXIII; Salt Lake City, UT, 1967).
J. Greelings, Family E and Its Allies in Mark (Studies and Documents, XXXI; Salt Lake City, UT, 1968).
J. Greelings, Family E and Its Allies in Luke (Studies and Documents, XXXV; Salt Lake City, UT, 1968).
Frederik Wisse, Family E and the Profile Method, Biblica 51, (1970), pp. 67–75.

Codex Argenteus

O Codex Argenteus ou "Livro de Prata", por ter sido escrito com tinta prateada, é um manuscrito do Século VI, que originalmente continha cópia de parte da Bíblia traduzida no Século IV da Língua grega para a Língua gótica pelo bispo godo ariano Úlfilas.


O famoso palimpsesto Códice Argenteus, é um evangeliário, um livro sagrado cristão contendo partes dos quatro evangelhos (não chega a ser uma Bíblia, nem mesmo um Novo Testamento). Das 336 folhas originais do Codex, se conservam 188, incluindo o fragmento descoberto em 1970 na Catedral de Speyer, contendo a tradução da maior parte dos quatro evangelhos em língua gótica, sendo o texto mais conhecido neste idioma extinto, e uma das principais fontes de conhecimento da mais antiga língua germânica que se tem evidência escrita, o idioma gótico.

Algumas letras de ouro embelezam as primeiras três linhas de cada evangelho, na ordem de Mateus, João, Lucas e Marcos, bem como os inícios das diferentes seções. Os nomes dos escritores dos Evangelhos também aparecem em ouro no alto de quatro "arcadas" paralelas, assentadas ao pé de cada coluna de escrita. Essas fornecem referências a passagens paralelas nos Evangelhos.[1] A maior parte do Codex Argenteus (187 folhas) está em exibição permanente na biblioteca Carolina Rediviva da Universidade de Uppsala, Suécia. A última folha se encontra na Catedral de Speyer, Alemanha.

História

Origem

A Bíblia de prata foi escrita provavelmente em Rávena no começo do século VI para o Rei dos ostrogodos, Teodorico o Grande. Foi produzida como um livro sagrado especial para a corte do Rei dos godos e dos romanos, com algumas letras escritas com tinta de ouro. As partes das copias dos evangelhos correspondem ao cânon ou regra do o bispo Eusébio de Cesareia e nas Tabelas de Concordância dos quatro evangelistas que aparecem nos quatro arcos de prata desenhados em cada página. O restante das letras escritas com tinta de prata (daí o nome argenteus, de prata em latim), em pergaminho de alta qualidade colorido de púrpura com tintas vegetais, adornado e provavelmente encadernado com pérolas e pedras preciosas. Depois da morte de Teodorico no ano 526 a Bíblia de prata não foi mencionada em inventários ou listas de livros durante mais de mil anos, quando foi redescoberta na Abadia beneditina de Werden, perto de Essen, na Renânia, Alemanha por dois teólogos de Colônia, Georg Cassander e Cornelius Wouters (segundo a correspondência do século XVI que cruzaram mediantes outros estudiosos).

O Mistério dos mil anos

Cerca de trinta anos depois da morte de Teodorico o Grande, o reino ostrogodo na Itália chegou a seu fim com a conquista do mesmo pelo Império Bizantino de Justiniano, que veio de Rávena sua capital na Itália. Visto que o Codex Argenteus era Pertencente a uma fé perseguida por heréticos, escrito num idioma que já não era usado, os estudiosos se perguntam como chegou à abadia de Werden, em Renânia desde Rávena, na Padania, e sobretudo, como uma folha se separou e chegou a Speyer.

Existem três teorias principais:

• A separação temporã em que a folha teria se separado do Códice na temporã Idade Média e seguindo a distintas relíquias de santos da Igreja. Enaquanto isso, os restos do manuscrito passariam pela Europa, chegando aos lugares de culto de seus portadores;

• A separação posterior. Supõe-se que a folha de Speyer teria permanecido junto com o restante do Códice em Werden por volta do século XV. Quando seus detentores separaram a última folha do códice para enviá-la a Mainz, pediram informações sobre a natureza do códice que estava num idioma desconhecido. Em Moguncia, a folha solta teria sido posta junto com as relíquias de São Erasmo. As folhas teriam sido reunidas novamente pelo principal arcebispo de Moguncia Alberto de Brandeburgo por volta de 1545, ano da sua morte.

• A via carolíngia. Supõe-se que o Códice argenteus esteve em Rávena quando foi tomado por Carlos Magno e levado a sua capital em Aachen, a pouca distãncia da Abadia de Werden.[2]

Redescobrimento

Por volta do ano 799, as 187 folhas do pergaminho estavam preservadas na Abadia beneditina de Werden guardada entre os monastérios mais ricos do Sacro Império Romano-Germânico, cujos abades possuíam o título de príncipes imperiais. A parte restante do livro apareceu na biblioteca do imperador Rodolfo II em sua sede imperial de Praga. Em 1648, no fim da Guerra dos Trinta Anos, foi tomado como botín de guerra e levado a Estocolmo, para a biblioteca da rainha Cristina da Suécia. Depois de sua conversão ao catolicismo e sua posterior abdicação (1654), o livro desaparece de sua biblioteca e é levado aos Países Baixos pelo bibliotecário da rainha, Isaac Vossius. Em 1662, foi comprado pelo Chanceler sueco Magnus Gabriel De la Gardie, que proporcionou a atual encadernação e o resguardou na Universidade de Uppsala.[3] Olof Rudbeck, que foi reitor da universidade nessa época, foi suspeito da falsificação do manuscrito ocorrida na década de 1670, com o objetivo de aumentar a confiabilidade de documentos antigos que provariam suas teorias políticas sobre a Grande Suécia.[4]

Hoje em dia, o códice permanece na biblioteca Carolina Rediviva da da Universidade de Uppsala, Suécia. Em Março de 1995, a capa e algumas folhas do Códice foram roubados da exposição pública na Biblioteca Carolina Rediviva, aproveitando falhas de segurança. Apareceu um mês depois numa na Estação Central de Ferroviária de Estocolmo, Suécia. Desconhece-se se o resto do livro sobreviveu, mas o paradeiro dos outros fragmentos continuam sendo um mistério.

O fragmento de Speyer

A folha final do códice, a folha 336, foi descoberta em outubro de 1970 por Franz Haffner, na Catedral de Speyer, Alemanha. Foi encontrada na capela de Santa Afra de Augsburgo enrolada em volta de um marco de madeira, contendo um pequeno relicário originário de Aschaffenburg. A folha contém os nove últimos versículos do capítulo 16 do Evangelho de Marcos.

Conteúdo do inteiro codex

• Evangelho de Mateus: 5:15-48; 6:1-32; 7:12-29; 8:1-34; 9:1-38; 10:1,23-42; 11:1-25; 26:70-75; 27:1-19,42-66.
• Evangelho de João: 5:45-47; 6:1-71; 7:1-53; 8:12-59; 9:1-41; 10:1-42; 11:1-47; 12:1-49; 13:11-38; 14:1-31; 15:1-27; 16:1-33; 27:1-26; 28:1-40; 29:1-13.
• Evangelho de Lucas 1:1-80; 2:2-52; 3:1-38; 4:1-44; 5:1-39; 6:1-49; 7:1-50; 8:1-56; 9:1-62; 10:1-30; 14:9-35; 15:1-32; 16:1-24; 17:3-37; 18:1-43; 19:1-48; 20:1-47.
• Evangelho de Marcos: 1:1-45; 2:1-28; 3:1-35; 4:1-41; 5:1-5; 5-43; 6:1-56; 7:1-37; 8:1-38; 9:1-50; 10:1-52; 11:1-33; 12:1-38; 13:16-29; 14:4-72; 15:1-47; 16:1-12 (+ 16:13-20).

Publicações

Logo após o reaparecimento deste códice, os eruditos passaram a estudar sua escrita para descobrir o sentido da língua gótica morta. A primeira publicação que menciona o códice apareceu em 1569, por Johannes Goropius Becanus de Amberes (provavelmente, devido a seus contactos com Georg Cassander e Cornelius Wouters). Em 1597, Bonaventura Vulcanius, outro neerlandês, publicou o texto, sendo a primeira publicação do texto gótico que leva o nome de Codex Argenteus. Franciscus Junius, tio de Isaac Vossius, imprimiu na Holanda a Primeira Edição do códice em 1665. Em 1737, Lars Roberg, médico de Uppsala, fez uma Xilogravura de una página do manuscrito; foi incluído na edição de Benzelius de 1750, e a prancha xilográfica se preserva na Biblioteca Diocesana e Regional de Linköping. A edição estandarte foi produzida pelo professor da Universidade de Uppsala Anders Uppström, entre 1854 e 1857. Recorrendo aos manuscritos disponíveis e a anteriores tentativas de restauração do texto, o erudito alemão Wilhelm Streitberg compilou e publicou em 1908 "Die gotische Bibel" (A Bíblia Gótica), com o texto grego e gótico em páginas opostas. Em 1927 realizou-se a última e mais importante edição tipo fac-símile do códice pelo professor de Química e premio Nobel Theodor Svedberg e também pelo Dr. Hugo Andersson.[5]

Referências

1. ↑ w94 15/5 página 8 A Bíblia gótica, uma notável realização
2. ↑ Munkhammar, Lars, Codex argenteus. From Ravenna to Uppsala – the wanderings of a Gothic manuscript from the early sixth century, 64ª Conferência Geral da IFLA, de 16 a 21 de agosto de 1998 64th IFLA General Conference
3. ↑ Universidade de Uppsala
4. ↑ Landau, David, The study of old texts with the aid of digital technology: the Gothic manuscripts, Tampere University of Technology-Institute of Software Systems, Informe del 26 de octubre de 2001, descrito en página 25
5. ↑ w94 15/5 página 9, Manuscritos que sobreviveram
• Bologna, Giulia, Illuminated Manuscripts: The Book before Gutenberg, New York: Crescent Books, 1995. pg. 50.

Ligações externas

• O Codex Argenteus Online (em inglês)
• Wulfila Project (em inglês) Biblioteca digital dedicado ao estudo gótico
• Site oficial do Codex Argenteus (em inglês) em Língua sueca)
• Lars Munkhammar, Uppsala University Library, "Codex Argenteus" (em inglês)
• Bibliografia do Codex Argenteus (em inglês)
• [The Gothic Bible gotische Bibel] (em inglês) ] on Wikisource, Streitberg's edition
• the Gothic New Testament (em inglês) on wikisource, Patrologia Latina edition

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_Argenteus
Imagem: http://www.unesco-ci.org/photos/showphoto.php/photo/6257/title/codex-argenteus-2c-an-op/cat/1037

Codex Angelicus ou Codex Passionei

Codex Angelicus designado por Lap ou 020 (Gregory-Aland), α 5 (von Soden), é um manuscrito uncial grego do Novo Testamento. A paleografia tem datado ele para o século 9.[1] Outrora era conhecido como Codex Passionei.

Referências

1. ↑ Kurt Aland and Barbara Aland, "The Text of the New Testament: An Introduction to the Critical Editions and to the Theory and Practice of Modern Textual Criticism", transl. Erroll F. Rhodes, William B. Eerdmans Publishing Company, Grand Rapids, Michigan, 1995, p. 113.

Leitura recomendada

• Bernard Montfaucon, „Palaeographia Graeca", (Paris, 1708).
• G. Mucchio, "Studi italiani di filologia classica" 4, Index Codicum Bibliothecae no. 39 (Florence, 1896), pp. 7–184.

Ligações externas

• Codex Angelicus Lap (020): at the Encyclopedia of Textual Criticism.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_Angelicus
Imagem: http://digilander.libero.it/gregduomocremona/angelica_123.htm

Codex Alexandrinus

O Codex Alexandrinus, também conhecido como Manuscrito 'A', pertence à primeira metade do século V. Este códice contém a Septuaginta e grande parte do Novo Testamento. Juntamente com o Codex Sinaiticos e com o Codex Vaticanus, este é um dos mais completos manuscritos gregos antigos da Bíblia. Este manuscrito recebe o nome de Alexandria, lugar onde se acredita que ele foi originalmente escrito.


Conteúdo

O texto deste codex foi escrito em grego uncial, disposto em duas colunas, com 46 a 52 linhas por coluna e 20 a 25 letras por linha. As linhas iniciais de cada livro são escritas em vermelho e cada uma das seções é marcada com uma grande letra na margem.[1]

O manuscrito contém a cópia completa da LXX, incluindo os livros deuterocanônicos de III e IV Macabeus, Salmo 151 e o 14 Odes. A Epístola a Marcellinus, atribuída a Atanásio, bem como o sumário dos Salmos, atribuído a Eusébio, foram acrescentados antes do Livro de Salmos. Este codex também contém todos os livros do Novo Testamento, incluindo acrécimos de I e II Clemente.

Contém tábulas do κεφαλαια, κεφαλαια, τιτλοι, as Seções Amonianas, e os Cânones Eusebianos.[2]

Proveniência

A proveniência original deste manuscrito é desconhecida. Uma nota em Latim, provavelmente do século XVII, declara que o manuscrito foi dado de presente para o patriarca de Alexandria no ano de 1098. Em 1621, o patriarca de Constantinopla, Cirilo Lucas, presenteou-o a Carlos I de Inglaterra. Hoje encontra-se no Museu Britânico.

Referências

1. ↑ Kurt Aland, and Barbara Aland, The Text of the New Testament: An Introduction to the Critical Editions and to the Theory and Practice of Modern Textual Criticism, transl. Erroll F. Rhodes, William B. Eerdmans Publishing Company, Grand Rapids, Michigan, 1995, p. 107, 109.
2. ↑ Bruce M. Metzger, Manuscripts of the Greek Bible: An Introduction to Greek Palaeography, New York, Oxford: Oxford University Press, 1991, p. 86.

Bibliografia

1. B. H. Cowper, Codex Alexandrinus. Η ΚΑΙΝΗ ΔΙΑΘΗΚΗ. Novum Testamentum Graece. Ex Antiquissimo Codice Alexandrino a C. G. Woide (London 1860)
2. KENYON, Frederick G.. Codex Alexandrinus. [S.l.]: London: British Museum (Facsimile edition), 1909.
3. KENYON, Frederick G.. Codex Alexandrinus in Reduced Photographic Facsimile. [S.l.]: London: British Museum (Facsimile edition), 1915.
4. THOMPSON, Edward Maunde. Facsimile of the Codex Alexandrinus (4 vols.). [S.l.]: London, 1879-1883.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_Alexandrinus
Imagem: http://www.newworldencyclopedia.org/entry/Muratorian_fragment

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Codex do Cairo

O códice do Cairo (também chamado: Codex Prophetarum Cairensis, Cairo Codex dos Profetas) é considerado o mais antigo manuscrito hebraico existente, contém o texto completo profetas do Antigo Testamento de Nevi'im.


Historia

De de acordo com seu colofão, completo com a sua pontuação escrita por Moisés ben Asher em Tiberíades "no final do ano 827, depois da destruição do Segundo Templo" (Ec = 895). Foi um presente para a comunidade Karaite de Jerusalém, e tomada como despojo pelos cruzados em 1099. Mais tarde, entrou na posse da comunidade Karaite no Cairo, onde está ainda hoje.

Quando o Codex atingiu Israel em 1985, caraíta judeus formaram uma comissão que decidiu manter o códice temporariamente sob a custódia da Universidade Hebraica de Jerusalém. Qualquer decisão futura para o códice foi nas mãos do Conselho de Anciãos Karaite judeus de Israel. Em 2006, David e Albert Marzouk Gamill visitou a Universidade Hebraica de Jerusalém e inspecionou o Codex para a autenticidade ea capacidade de digitalizar examinado em nome de Karaite judeus de Israel. A Universidade Hebraica no momento em que ressaltou que qualquer decisão é e sempre será até o Conselho Karaite de Israel.

Conteudo

O códice contém, de acordo com a terminologia judaica, os livros dos profetas prentenecen Jeremias, Isaías, assim como Isaías, o livro dos Profetas Menores (mas não Daniel), os profetas antigos e anteriormente chamado Josué, Juízes , Samuel e Reis. Pele também contém 13 páginas.

Avaliação científica

De acordo com seu colofão o códice foi escrito por um membro da família Ben Asher, Lazar Lipschutz e outros perceberam que dentro da tradição Massorético, a Cairensis Codex parece ser mais próxima da de Ben Naftali Ben Asher .

Enquanto alguns estudiosos consideram que este é um argumento contra sua autenticidade, Moshe Goshen-Gottstein Ben Naftali supostamente mais fortemente ligados ao sistema do próprio Filho de Moisés ben Asher que Aaron ben Moses ben Asher (Aaron Ben-Asser) , corrigiu e acrescentou Aleppo Codex pontuação.

Mais recentemente, as dúvidas sobre sua autenticidade ter sido excluída por rádio de datação por carbono e outras técnicas científicas.

Umberto Cassuto foi baseado em grande parte, este códice para produzir sua edição do Texto Massorético, o que significa que a edição de profetas está mais próximo da tradição ben Naftali na Torá e os Escritos.

Referencias

  • Ernst Würthwein, Der des Alten Testamentos Texto, Stuttgart 1974 (quarta edição), ISBN 3-438-06006-X
  • A Universidade Hebraica Bíblia Projeto: Ezequiel, ed. S. Talmon, pub. A Universidade Hebraica Magnes Press, Jerusalém, 2004, ISBN 965-493-186-9

 
Obtido em http://es.wikipedia.org/w/index.php?title=C% C3% 54033554 B3dice_de_El_Cairo MLA

Fonte: http://es.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3dice_de_El_Cairo

 

 

 

 

 

Codex Vaticanus

O Codex Vaticanus, também conhecido como Manuscrito 'B' ou 03 (Gregory-Aland), pertence ao século IV. Foi considerado por Westcott e Hort como o melhor manuscrito grego do Novo Testamento. É um dos manuscritos mais antigos da Bíblia, sendo inclusive ligeiramente mais antigo que o Codex Sinaiticus. Ele é um dos manuscritos unciais, isto é, escritos em letras gregas maiúsculas.


Conteúdo

O Manuscrito Vaticanus originalmente contém uma cópia completa da Septuaginta, com exceção de 1-4 Macabeus e a Prece de Manassés.

A ordem dos livros do Antigo Testamento é como segue: de Gênesis a 2 Crônicas está na ordem normal, depois aparecem 1 e 2 Esdras, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares, Jó, Sabedoria, Eclesiástico, Ester, Judite, Tobias, os profetas menores de Oséias a Malaquias, e os profetas maiores Isaías, Jeremias, Baruc, Lamentações, Jeremias, Ezequiel e Daniel.

O Novo Testamento do Codex Vaticanus contém os Evangelhos, Atos, as Epístolas Gerais, as Epístolas de Paulo e Hebreus (até Heb 9:14, καθα [ριει); assim falta I e II Timóteo, Tito, Filemon e o Apocalipse. Estas páginas faltantes foram substituídas por um manuscrito cursivo do século XV (No. 1957).

O grego é escrito sem espaços entre as palavras, continuamente, e as letras originais foram reescritas mais tarde por um escriba do século XI. A pontuação é rara (os acentos foram adicionados por um escriba num período mais tardio).

O manuscrito contém misteriosos pontos duplos (também chamados de "umlauts") nas margens do Novo Testamento, que parecem marcar lugares onde havia incerteza textual. Há 795 destes pontos duplos no texto e aproximadamente outros 40 que são incertos. A data destas marcações é disputada entre os especialistas.

Proveniência

O manuscrito foi abrigado na biblioteca do Vaticano (fundada pelo Papa Nicolau V em 1448). Ele aparece em uma lista antiga, um catálogo anterior a 1475 e no catálogo 1481. Seu lugar de origem é incerto, com Roma, Itália e Cesaréia como lugares prováveis. Houve um especulação de que ele esteve na posse do cardeal Bessarion, porque o manuscrito cursivo que o complementa tem um texto similar a um dos manuscritos deste cardeal. T.C. Skeat, um paleógrafo do museu britânico, defende a tese de que o Codex Vaticanus era uma das 50 Bíblias que o Imperador Constantino requisitou para que Eusébio de Cesaréia produzisse. A similaridade do texto com os papiros da versão Copta (incluindo a formação de algumas letras), paralelas com as do cânon de Atanásio (de 367) sugere uma origem egípcia ou alexandrina.

Importância

O Codex Vaticanus é um dos manuscritos mais importantes para o criticismo textual e é um membro principal do texto-tipo Alexandrino. Era constantemente usado por Westcott e por Hort em sua edição do Novo Testamento grego (1881).

Referencia

O Commons possui uma categoria com multimídias sobre Codex Vaticanus

• Codex Vaticanus, B, Tesouro 2 da Biblioteca Apostolica Vaticana via The European Library

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_Vaticanus

Codex Sinaiticus

O Codex Sinaiticus, também conhecido como Manuscrito 'Aleph' (primeiro algarismo do alfabeto hebraico), é um dos mais importantes manuscritos gregos já descobertos, pois além de ser um dos mais antigos (século IV), e o único codex que contém o Novo Testamento inteiro. Atualmente acha-se no Museu Britânico (Additional 43725).[1] Juntamente com o Codex Vaticanus, é um dos mais importantes manuscritos gregos para o Criticismo Textual, além do texto da Septuaginta.


É escrito em quatro colunas por página, 48 linhas por página. As letras não contem acentos e respirações.[2] Contém as Seções Amonianas, e os Cânones Eusebianos.

Descoberta

O Codex Sinaiticus foi descoberto por Constantin von Tischendorf, em sua terceira visita ao Mosteiro Ortodoxo de Santa Catarina, no sopé do Monte Sinai (Egipto), em 1859. Nas duas primeiras viagens, ele conseguiu partes do Antigo Testamento, encontrados num cesto que continha pedaços de vários manuscritos. Tischendorf teria ouvido de um bibliotecário que aqueles manuscritos eram lixo, e que seriam queimados no forno do mosteiro. O imperador da Rússia Alexandre II o enviou para procurar os demais manuscritos, os quais ele estava convencido de que estariam no próprio mosteiro.

A história de como Tischendorf localizou o manuscrito, que continha a maioria do Antigo Testamento e todo o Novo Testamento, tem todo o drama de um romance. Tischendorf chegou no mosteiro em 31 de janeiro de 1859; mas suas buscas pareciam infrutíferas. Em 4 de fevereiro, ele tinha resolvido retornar para casa. Eis o seu próprio relato sobre sua grande descoberta:

Na tarde deste dia eu estava caminhando com o comissário de bordo do convento na vizinhança, e quando retornamos, em direção ao ocaso, ele implorou-me para que tomasse um refresco com ele nos seus aposentos. Mal entramos no lugar, quando, resumindo nosso assunto anterior de conversa, ele disse: "E eu, demais, li um Septuaginta" -- isto é, uma cópia da tradução grega do Antigo Testamento feito pelos Setenta. Depois de dizer isto, ele baixou-se e, num canto do seu quarto pegou um grande volume, embrulhado num pano vermelho, e o colocou diante de mim. Quando desenrolei o volume, para minha grande surpresa, descobri não só cópia dos mesmos fragmentos que eu havia achado quinze anos antes naquele cesto de lixo, como também outras partes do Antigo Testamento, o Novo Testamento completo, e além disto, a Epístola de Barnabé e uma parte do Pastor de Hermas.

Depois que algumas negociações, ele obteve a posse deste fragmento precioso e o enviou ao Imperador Alexandre II, que logo percebeu a sua importância. O czar da Rússia enviou 9000 rublos ao mosteiro como compensação pelo manuscrito.

Embora esta história seja considerada verdadeira pela maioria dos estudiosos, existem algumas controvérsias que envolvem a transferência deste manuscrito para a Rússia. Algumas versões desta história dão conta que este manuscrito teria sido roubado do mosteiro. Num espírito mais neutro, Bruce Metzger, um acadêmico de Novo Testamento escreve: "Certos aspectos das negociações que levaram à transferência do codex para a posse do Czar estão abertos a interpretações diversas, mas a história reflete a franqueza de Tischendorf e a boa fé dos monges do mosteiro de Santa Catarina".

Durante muitas décadas, foi conservado na Biblioteca Nacional da Rússia. No dia de natal de 1933, a então União Soviética vendeu o Codex à Biblioteca Britânica pela incrível soma de £100,000 (libras esterlinas).

Em maio de 1975, durante um trabalho de restauração, os monges do mosteiro de Santa Catarina descobriram um cômodo em baixo da capela de São Jorge e, neste local, uma grande quantidade de fragmentos de pergaminho. Entre estes fragmentos, foram achadas doze cópias perdidas do Antigo Testamento do Codex Sinaiticus.

Referências

1. ↑ Kurt Aland, Barbara Aland, The Text of the New Testament: An Introduction to the Critical Editions and to the Theory and Practice of Modern Textual Criticism, transl. Erroll F. Rhodes, William B. Eerdmans Publishing Company, Grand Rapids, Michigan, 1995, p. 107.

2. ↑ Jongkind, Dirk (2007), pp. 22-50. Scribal Habits of Codex Sinaiticus, Gorgias Press LLC, pp. 67-68.

BibliografiaKonstantin von Tischendorf, Fragmentum Codicis Friderico-Augustani ex Iesaia et Ieremia in: Monumenta sacra inedita (Leipzig 1855), vol. I, pp. 211 ff.


Konstantin von Tischendorf, When Were Our Gospels Written?, An Argument by Constantine Tischendorf. With a Narrative of the Discovery of the Sinaitic Manuscript, New York: American Tract Society, 1866.

Anderson, H. T.. The New Testament Translated from the Sinaitic Manuscript Discovered by Constantine Tischendorf at Mt. Sinai. [S.l.]: The Standard Publishing Company, 1910.

Jongkind, Dirk. Scribal Habits of Codex Sinaiticus. [S.l.]: Gorgias Press LLC., 2007.

Tischendorf, Constantin von. Die Sinaibibel ihre Entdeckung, Herausgabe, und Erwerbung. Leipzig: Giesecke & Devrient, 1871.

Kirsopp Lake, Codex Sinaiticus Petropolitanus: The New Testament, the Epistle of Barnabas and the Shepherd of Hermas, Clarendon Press, Oxford 1911.

H. J. M. Milne and T. C. Skeat, Scribes and Correctors of the Codex Sinaiticus, British Museum, 1938.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3dex_Sinaiticus

Codex de Leningrado

O Códice de Leningrado ("Codex Leningradensis, L") catalogado com a sigla "Firkovich B 19", é um dos mais antigos e completos manuscritos do texto massorético da Bíblia hebraica, escrito em pergaminho e datado de 1008 EC, de acordo com o Colophon (book), é a cópia completa mais antiga das Escrituras Hebraicas do mundo. Este manuscrito serve como texto básico para modernas traduções da Bíblia, e encontra-se na famosa Biblioteca Pública de São Petersburgo Leningrado, Rússia.[1]


Atualmente, o Códice de Leningrado, é o mais importante texto Hebraico reproduzido na Rudolf Kittel's Biblia Hebraica (BHK),(1937) e na Bíblia Hebraica Stuttgartensia (BHS), (1977). Serve também como uma fonte para que eruditos trabalhem na recuperação de detalhes nas partes faltantes do Codex de Aleppo.

O texto bíblico encontrado no códice, contém a letra-texto hebraica, junto com os tiberianos Niqqud e Cantillation. Além disso, possui notas massoréticas em suas margens. Há também vários suplementos técnicos que tratam dos detalhes textuais e lingüísticos, muitos dos quais são pintados em formulários geométricos. O codex é escrito em pergaminho. A ordem dos livros no Códice de Leningrado segue a tradição textual Tiberiana (Sefardita), que combina também a tradição mais antiga de manuscritos biblicos.

A ordem de marcações para os livros difere da maioria de Bíblias hebraicas impressos para os livros do Ketuvim judaico. No Codex de Leningrado, a ordem de Ketuvim está: I Crônicas, Salmos, Jó, Provérbios, Rute, Cântico dos cânticos, Eclesiastes, Lamentações, Ester, Daniel, e Esdras-Neemias.

O Códice de Leningrado, foi bem conservado e está em excelentes condições, mesmo após um milênio. Fornece também base para a arte judaica medieval. Dezesseis de suas páginas contêm desenhos padrões geométricos decorativos que iluminam as passagens do texto. A página da assinatura mostra uma estrela com os nomes dos escritores nas bordas.

História

De acordo com o Colophon (book), o códice foi copiado em Cairo, sendo um dos manuscritos copiados em 1008 EC - "dos livros corrigidos, preparados e anotados por Aaron ben Moses ben Asher, o instrutor".[2]

Acredita-se ser um manuscrito bem mais fiel do que o tradicional Codex Aleppo. Seu proprietário anterior, o coletor Abraham Firkovich, não deixou nenhum indício em seus escritos, sobre como adquiriu o códice, por volta de 1838. Algum tempo depois, em 1863, foi transferido para a Biblioteca Nacional da Russia em São Petersburgo. Por volta de 1917, foi rebatizado de Codex Leningradensis, mesmo nome da cidade onde fica a biblioteca que o abriga.

Edições Modernas

Bíblia Hebraica

Em 1935, o Códice de Leningrado foi emprestado ao Seminário do Velho Testamento da Universidade de Leipzig, por dois anos, quando Paul E. Kahle usou seu texto como base para a transcrição para o texto hebraico da terceira edição da Rudolf Kittel's Biblia Hebraica (BHK), publicada em Stuttgart, 1937. O Códice foi usado também para o tradução da Bíblia Hebraica Stuttgartensia (BHS) em 1977, e será usado para Biblia Hebraica Quinta (BHQ). Como um trabalho original feito pelos massoretas Tiberianos, o Códice de Leninegrado está por diversos séculos, bem à frente de outros manuscritos hebraicos, que tinham sido usados por todas as edições precedentes de Bíblias hebraicas impressas até a Rudolf Kittel's Biblia Hebraica (BHK).

The Westminster Leningrad Codex[3] é uma versão digital, do Códice de Leningrado mantido por J. Alan, para pesquisa Bíblica avançada no Westminster Theological Seminary. Esta é uma versão eletrônica verificada da BHS, com várias correções. A versão atual, inclui notas e ferramentas de transcrição para analisar a sintaxe.

Edições Judaicas

O Códicede Leningrado serviu também como a base para duas importantes edições judaicas da Bíblia Hebraica (Tanak):

• The Dotan edition, official Tanak of Israel Defense Forces , 1990.

• The New Jewish Publication Society of America Version, JPS Hebrew-English Tanakh (Philadelphia, 1999).

Notas

1. ↑ Alexandre II: do livro Spamers Illustrierte Weltgeschichte, Leipzig, 1898.
2. ↑ [1]
3. ↑ The Westminster Leningrad Codex, Versão Digital;

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3dice_de_Leningrado

Codex Amiatinus

O Codex Amiatinus, chamado de códice A, é o mais antigo manuscrito sobrevivente da Vulgata, a versão latina quase completa da Bíblia[1] e é considerada a mais acurada cópia do texto de Jerônimo de Strídon. O livro de Baruque não existe neste manuscrito. Ele foi produzido no reino anglo-saxão da Nortúmbria como um presente para o Papa e é datado do início do século VIII d.C. O códice é também um belo exemplo da caligrafia medieval e está agora preservado em Florença, na Biblioteca Medicea Laurenziana (Cat. Sala Studio 6).


Descrição

O Codex Amiatinus está preservado num enorme tomo, medindo 48,9 cm de altura, 34 cm de largura e 17,8 cm de profundidade, com um peso de 33,65 kg - tão impressionante, como diz Hort, a ponto de preencher o leitor com uma sensação de espanto[2]. Alguns o consideram, com White, como talvez "o mais requintado do mundo"; ainda assim, há diversos manuscritos que foram tão ricamente escritos e possuem, além disso, belas ornamentações que faltam ao Amiatinus, como é o caso do Livro de Kells e os Evangelhos de Lindisfarena. Ele se qualifica como um manuscrito iluminado, pois ele de fato tem alguma decoração, incluindo duas iluminuras de página inteira, mas elas mostram poucos sinais do habitual estilo insular da arte nortúmbria e foram claramente copiados de originais mais antigos. Ele contém 1040 folhas de um forte e macio papel velino, que ainda parece novo hoje apesar de sua grande antiguidade, arrumadas em calhamaços de quatro páginas, os quaternions. Ele foi escrito em caracteres unciais, grandes, regulares, claramente definidos e belos, em duas colunas por página e 43 ou 44 linhas por coluna. Um pequeno espaço existe em geral entre as palavras, mas a escrita é geralmente contínua. O texto está dividido em seções, que nos Evangelhos correspondem exatamente às seções amonianas. Não há pontuação, mas o leitor treinado seria guiado pelo arranjo esticométrico - versos - em coda e commata, que correspondem grosso modo às frases principal e dependente de uma sentença. Nesta forma de escrever, acredita-se que o escriba tenha se inspirado no Codex Grandior de Cassiodoro, mas é possível também que o estilo venha até Jerônimo.

História

Originalmente, três cópias da Bíblia foram encomendadas por Ceolfrid em 692 d.C. [1] Esta data foi estabelecida com base numa doação recebida pelo mosteiro duplo de Wearmouth-Jarrow de terra adicional para poder criar as 2000 cabeças de gado necessárias para produzir essa quantidade de papel velino. Beda provavelmente estava envolvido na compilação. Ceolfrid acompanhou uma cópia que seria um presente ao Papa Gregório II, mas ele morreu a caminho de Roma.[1]. O livro posteriormente apareceu no século IX d.C. na abadia de Nosso Salvador, no Monte Amiata (e daí o nome Amiatinus), onde ele permaneceu até 1786, quando ele foi transferido para a Biblioteca Laurentiana.

A página de dedicatória foi alterada e o bibliotecário Angelo Maria Bandini sugeriu que o autor seria Servandus, um seguidor de São Bento, e teria sido produzida em Monte Cassino por volta dos anos 540 d.C. Esta alegação foi aceita pelos próximos cem anos, estabelecendo assim a cópia mais antiga sobrevivente da Vulgata, mas acadêmicos na Alemanha notaram a similaridade com textos do século IX d.C. Em 1888, Giovanni Battista de Rossi estabeleceu que o códice estava relacionada com Bíblias mencionadas por Beda, o que também mostrou que o Amiatinus estava relacionada ao fragmento da Greenleaf Bible atualmente na Biblioteca Britânica. Embora a atribuição de Rossi tenha removido 150 anos da idade do códice, ele permanece a mais antiga versão da Vulgata.

Referências

1. ↑ a b c Bruce M. Metzger. The Text of the New Testament (em inglês). [S.l.: s.n.], 2005. p. 106.
2. ↑ WHITE, H. J.. Studia Biblica et Ecclesiasctica: The Codex Amiatinus and its Birthplace (em inglês). Oxford: [s.n.], 1890. p. 273. vol. II.

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com multimídias sobre Codex Amiatinus

• The City and the Book: International Conference Proceedings (em inglês) (2001). Página visitada em 14/05/2011.
• Alphabet and Bible: From the Margins to the Centre. Paper at Monte Amiata (em inglês) (2009). Página visitada em 14/05/2011.
• Makepeace, Maria. =The 1,300 year pilgrimage of the Codex Amiatinus (em inglês). Umilta Website. Página visitada em 14/05/2011.
• WHITE, H. J.. [Codex Amiatinus of the Latin Vulgate Bible and Its Birthplace (em inglês). Analecta Gorgiana: Gorgias Press LLC, 2007].. Página visitada em 14/05/2011.
• WHITE, H. J.. Studia Biblica et Ecclesiasctica: The Codex Amiatinus and its Birthplace (em inglês). Oxford: [s.n.], 1890. 273-308] p. vol. II.. Página visitada em 14/05/2011.
• The Codex Amiatinus and the Codex grandior (em inglês). Archive.org. Página visitada em 14/05/2011.
• Image of the codex, folio 950 (em inglês). Página visitada em 14/05/2011.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_Amiatinus

Codex Alepo

Codex Aleppo ou Códice de Alepo no (Hebraico: כֶּתֶראֲרָםצוֹבָא, (sˁovɔʔ ʔăɾɔm de kɛθɛɾ) Keter Aram Tsova é o mais antigo e completo manuscrito da Bíblia Hebraica de acordo com o Tiberiano Massorá, produzido e editado pelo respeitado massoreta Aaron ben Moses ben Asher.


Datado de 930 d.C., cerca um terço dele, inclui quase toda a Torá. Considera-se o manuscrito original de maior autoridade massoreta, que segundo a tradição familiar, estas Escrituras Hebraicas foram preservadas de geração em geração. Assim o Códice de Alepo é visto como fonte original e a maior autoridade para o texto bíblico e os rituais judaicos. Este provou ter sido o texto mais fiel aos princípios dos Massoretas.

O Códice de Alepo tem uma longa história de consultas pelas autoridades rabínicas. Os estudos modernos mostraram-no como a mais exata representação dos princípios massoréticos que podem ser encontrados em todo o manuscrito, contendo pouquíssimos erros entre os milhões dos detalhes ortográficos que compõem o texto massorético.

Autoridade

As consoantes usadas no Códice foram copiadas pelo escritor Shlomo ben Buya'a na região de Israel, 920. O texto foi, vocalizado com pontos consonantais no estilo massorético por Aaron ben Moses ben Asher. Ben Moses foi o último e o maior de membro proeminente da dinastia do Ben-Asher, que deu forma à versão mais exata da Massorá e, conseqüentemente, da Bíblia Hebraica.

O Códice de Leningrado, que data aproximadamente ao mesmo tempo em que o Códice de Alepo, foi reivindicado ser uma obra de escritura Ben-Asher.

O Códice de Alepo foi o manuscrito usado pelo rabino e acadêmico Maimónides (1135-1204) quando estabeleceu os parâmetros exatos para a escrita dos rolos da Torá, de Hilkhot Sefer Torah ("as leis dos rolos da Torá".) em sua Mishneh Torah.

Tradição textual

O começo (em quase toda a Torah) e a extremidade do manuscrito faltam, algumas páginas. Visto que o Códice de Alepo estava imcompleto (até 1947), seguia-se a tradição textual tiberiana na ordem de seus livros, similar ao Códice de Leningrado, e que combina com a tradição mais antiga dos manuscritos bíblicos. Tora e Nevi'im aparecem na mesma ordem encontrada na maioria das bíblias impressas, mas difere na ordem para os livros segundo o Ketuvim. No Códice de Aleppo, a ordem de etuvim está: Crônicas, Salmos, Jó, Provérbios, Rute, Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Lamentações, Ester, Daniel, Esdras-Neemias. O texto atual falta quase o inteiro Tora (Gênesis e a maior parte de Deuteronômio). Começa com a última palavra de Deuteronômio 28:17 (ומשארתך, "e tua amassadeira"). Após este, nos livros de Nevi'im publicam-se em sua ordem tradicional (Josué, Juízes, Samuel, Reis, Isaías, Jeremias, Ezequiel, e os doze profetas menores). Faltam Eclesiastes, Lamentações, Ester, Daniel, e Esdras-Neemias.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_Aleppo

Os Rolos do Mar Morto

Essa grande descoberta ocorreu em março de 1947, quando um jovenzinho árabe (Muhammad adh-Dhib) estava perseguindo uma cabra perdida nas grutas, a doze quilômetros ao sul de Jerico e um e meio quilômetro a oeste do mar Morto. Numa das grutas ele descobriu umas jarras que continham vários rolos de couro. Entre esse dia e fevereiro de 1956, onze grutas que continham rolos e fragmentos de rolos foram
 escavadas próximo a Qumran. Nessas grutas, os essênios, seita religiosa judaica que existiu por volta da época de Cristo, haviam guardado sua biblioteca. Somando tudo, os milhares de fragmentos de manuscritos
constituíam os restos de seiscentos manuscritos.

Os manuscritos que trazem o texto do Antigo Testamento são os de maior interesse para nós. A Gruta 1 é a que havia sido descoberta pelo jovem árabe, a qual continha sete rolos mais ou menos completos e alguns
fragmentos, dentre os quais o mais antigo livro que se conhece da Bíblia (Isaías Á), um Manual de disciplina, um Comentário de Habacuque, um Apócrifo de Gênesis, um texto incompleto de Isaías {Isaías B), a Regra da guerra e cerca de trinta Hinos de ação de graça. Na Gruta 2 foram encontrados outros manuscritos; essa gruta havia sido descoberta por beduínos que roubaram alguns artigos, Descobriram-se ali fragmentos de cerca de cem manuscritos; nenhum desses achados, porém, foi tio espetacular como o que se descobriu nas demais grutas. Na Gruta 3 foram achadas duas metades de um rolo de cobre que dava instruções sobre como achar sessenta ou mais lugares que continham tesouros escondidos, a maior
parte dos quais em Jerusalém ou em seus arredores.

A Gruta 4 (a Gruta da Perdiz) também havia sido pilhada por beduínos, antes de ser escavada em setembro de 1952. No entanto, verificou-se que haveria de ser a gruta mais produtiva de todas, visto que literalmente milhares de fragmentos foram recuperados e reconstituídos, quer mediante compra dos beduínos, quer em decorrência da peneiração arqueológica da poeira do solo da gruta. Um fragmento de Samuel que se encontrou aqui é tido como o mais antigo trecho de hebraico bíblico conhecido, pois data do século IV a.C. Na Gruta 5 acharam-se alguns livros bíblicos e outros apócrifos em avançado estado de deterioração. A
Gruta 6 revelou a existência de mais fragmentos de papiro que de couro.

As Grutas de 7 a 10 forneceram dados de interesse para o arqueólogo profissional, nada, porém, de interesse relevante ao estudo que estamos empreendendo. A Gruta 11 foi a última a ser escavada e explorada, em começos de 1956. Ali se encontrou uma cópia do texto de alguns salmos, incluindo-se o salmo apócrifo 151, que até essa data só era conhecido em textos gregos. Encontrou-se, ainda, um rolo muito fino que continha parte de Levítico e um Targum (paráfrase) aramaico de Jó.

Estimulados por essas descobertas originais, os beduínos insistiram nas buscas e descobriram outras grutas a sudoeste de Belém. Aqui, em Murabba'at, descobriram alguns manuscritos que traziam a data e alguns documentos da segunda revolta judaica (132-135 d.C). Esses documentos ajudaram a confirmar a antigüidade dos rolos do mar Morto. Descobriu-se também outro rolo dos profetas menores (de Joel a Ageu), cujo texto se aproxima muito do texto massorético. Além disso, descobriu-se ali um palimpsesto, o papiro semítico (o primeiro texto havia sido raspado) mais antigo de que se tem notícia. O segundo texto nele gravado era em hebraico antigo, dos séculos VII e VIII a.C. Vários tipos de evidências tendem a dar apoio às datas dos rolos do mar Morto. Em primeiro lugar está o processo do carbono 14, que dá a
esses documentos a idade de 1917 anos, com margem de variação de 200 anos (10%). Isso significa que tais documentos datam de 168 a.C. a 233 d.C. A paleografia (estudo da escrita antiga e de seus materiais) e a ortografia (redação correta das palavras) marcam a data de alguns desses manuscritos anterior a 100 a.C. A arqueologia trouxe mais algumas evidências paralelas, mediante o estudo da cerâmica encontrada nas grutas: descobriu-se que era da baixa Era Helenística (150-163 a.C.) e da alta Era Romana (63 a.C-100 d.C). For fim, as descobertas de Murabba'at corroboraram as descobertas de Qumran.

A natureza e o número dessas descobertas do mar Morto produziram as seguintes conclusões gerais a respeito da integridade do texto massorético. Os rolos fornecem espantosa confirmação da fidelidade do texto massorético. Millar Burrows, em sua obra The Dead Sea scrolls [Os rolos do mar Morto], mostra que existiram pouquíssimas alterações do texto, num período aproximado de mil anos. R. Laird Harris, em sua obra Inspiration and canonicity ofthe Bible [A inspiração e a canonicidade da Bíblia], sustenta que existem menos diferenças nessas duas tradições, em mil anos, do que em duas famílias de manuscritos do Novo Testamento.

Gleason Archer, autor de A survey of Old Testament introduction [Pesquisa para introdução ao Antigo Testamento] apóia a integridade do texto massorético ao declarar que tal texto concorda com o manuscrito de Isaías encontrado na Gruta 1 em 95% de seu conteúdo. Os restantes 5% compreendem lapsos óbvios da pena e variações de grafia que ocorreram naquele ínterim.

Texto Massorético

Até recentemente, só uns poucos manuscritos hebraicos do Antigo Testamento eram conhecidos. Aliás, antes da descoberta dos manuscritos Cairo Certeza, em 1890, só 731 manuscritos hebraicos haviam sido publicados. É por isso que a edição corrente da Bíblia hebraica, de Kittel, baseia-se em apenas quatro principais manuscritos, mas sobretudo em um deles (o Códice do Leningrado). Nessa tradição, os principais textos foram copiados durante o período massorético, como comprovam as seguintes amostras.

O manuscrito Códice do Cairo ou Códice cairota (c) (895 d.C.) talvez seja o manuscrito massorético mais antigo dos profetas, e contém tanto os profetas antigos como os posteriores, mais recentes.

O Códice deLeningrado dos profetas ou Códice babilônia dos profetas posteriores (MX B 3), também conhecido como Códice de [São] Petersburgo (916 d.C), contém apenas os últimos profetas (Isaías Jeremias, Ezequiel e os Doze), tendo sido escrito com vocalização babilônica.

O Códice Aleppo (930 d.C.) do Antigo Testamento já não está mais completo. Deve ser a principal
autoridade em Bíblia hebraica a ser publicada em Jerusalém, tendo sido corrigida e vocalizada por Aaron ben Asher, em 930 d.C. O Códice do Museu Britânico (Oriental 4445) data de 950 d.C; trata-se de um
manuscrito incompleto do Pentateuco. Contém apenas de Gênesis 39.20 a Deuteronômio 1.33.

O Códice de Leningrado (B 19 A OU L) (1008 d.C.) é o maior manuscrito do Antigo Testamento, o mais completo. Foi escrito em velino, com três colunas de 21 linhas por página. Os sinais vocálicos e os acentos seguem o padrão babilônico, colocados acima da linha.

O Códice Reuchlin (MS Ad. 21161) dos profetas (1105 d.C.) contém um texto revisto que atesta a fidelidade do Códice de Leningrado. Os fragmentos de Cairo Geneza (500-800 d.C), descobertos em 1890, no Cairo, estão espalhados por diversas bibliotecas. Ernst Wurthwein afirma existirem cerca de 10 mil manuscritos bíblicos e fragmentos de manuscritos desse depósito.

O número relativamente reduzido de antigos manuscritos do Antigo Testamento, com exceção do Cairo Geneza, pode ser atribuído a vários fatores. O primeiro e mais óbvio é a própria antigüidade dos manuscritos, combinada com sua inerente destrutibilidade; esses dois fatores concorrem para o desaparecimento dos manuscritos. Outro fator que militou contra a sobrevivência dos manuscritos foi a deportação dos israelitas à Babilônia e ao domínio estrangeiro após o retorno à Palestina. Jerusalém foi
conquistada 47 vezes, em sua história, só no período de 1800 a 1948 d.C.

Isso também explica por que os textos massoréticos foram descobertos fora da Palestina. Outro fator que influi na escassez de manuscritos do Antigo Testamento diz respeito às leis sagradas dos escribas, que exigiam que os manuscritos gastos pelo uso ou com erros fossem enterrados. Segundo uma tradição talmúdica, todo manuscrito que contivesse erro ou falha e todo aquele que estivesse demasiado gasto pelo uso eram sistemática e religiosamente destruídos. Tais práticas sem dúvida alguma fizeram diminuir o número de manuscritos que se poderiam encontrar algures. Por fim, durante os séculos V e VI d.C, quando os massoretas (escribas judeus) padronizaram o texto hebraico, acredita-se que de modo sistemático e
 completo destruíram todos os manuscritos que discordassem do sistema de vocalização (adição de letras vocálicas) e de padronização do texto das Escrituras. Muitas evidências arqueológicas e a ausência de manuscritos mais antigos tendem a dar apoio a esse julgamento. O resultado é que o texto massorético impresso do Antigo Testamento, como o temos hoje, baseia-se nuns poucos manuscritos, nenhum dos quais com origem anterior ao século X d.C

Ainda que haja relativamente poucos manuscritos massoréticos primitivos, a qualidade dos manuscritos disponíveis é muito boa. Isso também se deve atribuir a vários fatores. Em primeiro lugar, há pouquíssimas variantes nos textos disponíveis, visto serem todos descendentes de um tipo de texto estabelecido por volta de 100 d.C. Diferentemente do Novo Testamento, que baseia sua fidelidade textual na multiplicidade de cópias de manuscritos, o texto do Antigo Testamento deve sua exatidão à habilidade e à confiabilidade dos escribas que o transmitiram. Com todo o respeito às Escrituras judaicas, só a exatidão dos escribas, no entanto, não basta para garantir o produto genuíno. Antes, a reverência quase supersticiosa que dedicavam às Escrituras é de primordial importância. Segundo o Talmude, só determinados tipos de peles podiam
ser utilizados, o tamanho das colunas era controlado por regras rigorosas, o mesmo acontecendo com respeito ao ritual que o escriba deveria seguir ao copiar um manuscrito. Se se descobrisse que determinado manuscrito continha um único erro, a peça era descartada e destruída. Tão severo formalismo dos escribas foi responsável, pelo menos em parte, pelo extremo cuidado aplicado no processo de copiar as Escrituras Sagradas.

Outra categoria de evidências quanto à integridade do texto massorético encontra-se na comparação de passagens duplas do próprio texto massorético do Antigo Testamento. O salmo 14, por exemplo, reaparece de novo como salmo 53; grande parte de Isaías 36— 39 reaparece em 2Reis 18.20; Isaías 2.2-4 corresponde a Miquéias 4.1-3, e grande parte de Crônicas se encontra de novo em Samuel e em Reis.

Um exame dessas passagens, bem como de outras, revela não só substancial acordo textual, mas também, em certos casos, igualdade quase absoluta, palavra por palavra. Resulta disso a conclusão de que os textos do Antigo Testamento não sofreram revisões radicais, ainda que as passagens paralelas tenham origem em fontes idênticas.

Outra prova substancial quanto à exatidão do texto massorético procede da arqueologia. Robert Dick Wilson e William F. Albright, por exemplo, fizeram numerosas descobertas que confirmam a exatidão histórica dos documentos bíblicos, até mesmo no que concerne aos nomes obsoletos de reis estrangeiros. A obra de Wilson, A scientific investigation of the Old Testament [Investigação científica do Antigo Testamento], e a de  Albright, From the Stone Age to Christianity [Da Idade da Pedra ao cristianismo], podem ser consultadas em busca de apoio para essa concepção. Talvez o melhor tipo de evidências em apoio à integridade do texto massorético é encontrada na tradução grega do Antigo Testamento, conhecida como Septuaginta ou LXX. Esse trabalho foi executado durante os séculos II e III a.C, em Alexandria, no Egito. Na maior parte, é praticamente uma reprodução livro por livro, capítulo por capítulo do texto massorético e contém diferenças estilísticas e idiomáticas comuns. Além disso, a Septuaginta foi a Bíblia que Jesus e os apóstolos usaram, e a maior parte das citações no Novo Testamento foram tiradas diretamente dessa tradução. No todo, a Septuaginta constitui-se correspondente do texto massorético e tende a confirmar a fidelidade do texto hebraico do século x d.C. Se não houvesse nenhuma outra evidência, a comprovação da fidelidade ao texto massorético poderia ser aceita com confiança, em razão das evidências aqui apresentadas.

Fonte: Como a Biblia chegou até nós, autor Norman Geisler e William Nix, pg. 140-143

domingo, 13 de maio de 2012

Onde e quando os livros da Bíblia foram escritos


Veja este quadro com os lugares onde foram escritos os livros da Bíblia: (clique na foto para ampliar)
 


Este diagrama mostra a ordem que foram escritos os livros do Antigo Testamento: (Clique na imagem abaixo para ampliar)


Texto Cesareense

O nome cesareense não indica que teve sua origem em Cesaréia, pois a crítica textual comprova sua origem no Egito. Cesareense vem da circunstância de ser o tipo de texto usado em Cesaréia.


O manuscrito padrão deste grupo é o Coridete ou B. Apresentam características semelhantes ao Coridete as Famílias 1 e 13 dos minúsculos.

A recensão do tipo cesareense de texto tem sido atribuída a Panfílio, grande admirador de Orígenes, que por defender a multiplicação das cópias das Escrituras foi martirizado em 309.

Este estudo é difícil, complexo, e mesmo as idéias apresentadas foram simplificadas, para que até pessoas não muito relacionadas com a Crítica Textual o pudessem compreender razoavelmente.

O agrupamento de manuscritos em famílias simplificou bastante o trabalho da Crítica Textual, que não se baseia mais no número de manuscritos, mas no número de famílias e suas características predominantes. É muito mais fácil e apresenta melhores resultados consultar cinco manuscritos de famílias diferentes do que uma centena pertencentes à mesma família.

O texto perfeito, ideal, ainda não foi encontrado, os problemas vão sendo superados e os esforços de muitos denodados trabalhadores, neste campo, merecem nosso respeito e consideração.

Fonte: História do Texto Bíblico, autor Pedro Apolinário






Cerca de 3.000 cristãos estão presos na Eritreia de maneira desumana

A Eritreia continua prendendo cristãos em containers de metal e também em prisões em condições desumanas por simplesmente professarem sua fé em Jesus. É possível que no momento tenham entre 2.000 ou 3.000 pessoas presas por serem membros de denominações não reconhecidas pelo governo.


Localizada na África, a Eritreia só foi incluída no relatório anual de Liberdade Religiosa Internacional, na Comissão dos Estados Unidos, no ano passado e agora figura na lista dos países que geram preocupação diante da discriminação e perseguição de cristãos.

A história mais marcante foi da cantora evangélica Helen Berhane que ficou mais de dois anos dentro de um container, vivendo em condições desumanas e sem direito a julgamento. Tudo porque ela se converteu e gravou um CD com músicas evangélicas, por esse motivo ela foi acusada de ser um “inimigo político” por propagar um discurso diferente do Estado.

Casos como o de Helen são difíceis de receberem interferência internacional, pois o país não tem processo judicial independente, ou seja, os cidadãos não podem, de maneira pacífica, organizar protestos. Outro fator que impede a ação é a falta de organizações nacionais que defendam os direitos humanos e como se não bastasse a imprensa não tem liberdade de expressão.

A agência de notícias Christian Solidarity Worldwide (CSW) afirma que os cristãos sofrem muita perseguição e quando são presos ficam trancados em ambientes quentes e insalubres, sofrendo privações e torturas.

Entre as igrejas cristãs que não são autorizadas pelo governo da Eritreia a prestar cultos livremente está a Igreja Adventista do Sétimo Dia, além de muitas outras que foram banidas pelo Estado. Mesmo assim 47% da população se declara cristã e 49% são muçulmanos.

Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/cerca-de-3-000-cristaos-estao-presos-na-eritreia-de-maneira-desumana/#ixzz1rfsNpLbe

UNIÃO FAMILIAR - UMA JORNADA APARTIR DO GENESIS

Hoje, gostaria de compartilhar com vocês uma reflexão inspirada nas sábias palavras do Livro de Gênesis, um livro que traz consigo os alicer...