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16 outubro 2024
A Trave no Olho: Ensinamentos Bíblicos sobre Julgamento e Graça na Igreja
O Perigo do Julgamento na Igreja: Perspectivas Bíblicas e Exemplos Práticos
O julgamento é um tema recorrente na Bíblia e é tratado com seriedade em muitos textos sagrados. A palavra de Deus adverte sobre os perigos de julgar os outros sem conhecimento completo, promovendo a injustiça e prejudicando a unidade da comunidade de fé. A seguir, exploramos o perigo do julgamento à luz das Escrituras, com exemplos práticos de como o julgamento indevido pode impactar a vida da igreja.
1. O Julgamento Sem Conhecimento Completo
Texto Bíblico: Em João 7:24, Jesus diz: "Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça."
Descrição: Muitas vezes, as pessoas julgam outras com base em impressões superficiais ou informações incompletas. Na igreja, isso pode acontecer quando alguém é rapidamente avaliado sem que se conheça a totalidade da situação.
Exemplo: Um membro da igreja pode ser criticado por não participar ativamente das reuniões. No entanto, os críticos podem não saber que essa pessoa está passando por uma crise pessoal ou de saúde que a impede de estar presente. O julgamento apressado não só é injusto, como pode causar ainda mais dor à pessoa que está lutando com desafios invisíveis.
Impacto: Julgar sem conhecer todos os fatos pode levar a decisões e comportamentos injustos, prejudicando a reputação e a saúde emocional de indivíduos e criando um ambiente de desconfiança e hostilidade.
2. Julgamento Baseado em Falsas Acusações
Texto Bíblico: Em Deuteronômio 19:15, está escrito: "Uma só testemunha não se levantará contra alguém por qualquer iniquidade ou por qualquer pecado cometido; pela boca de duas ou três testemunhas se estabelecerá o fato."
Descrição: O julgamento pode ocorrer com base em falsas acusações ou mal-entendidos. Se alguém é excluído ou criticado sem uma investigação justa e baseada em testemunhas confiáveis, isso pode resultar em injustiças graves.
Exemplo: Suponha que uma pessoa é acusada de roubar dinheiro da caixa da igreja. Se a decisão de expulsá-la é tomada apenas com base em rumores ou uma única testemunha não confiável, a pessoa pode ser injustamente penalizada por um ato que não cometeu.
Impacto: Julgar e agir sobre acusações infundadas não só pode causar injustiça, mas também pode prejudicar a integridade da comunidade, espalhando desconfiança e descontentamento.
3. Julgamento pela Aparência
Texto Bíblico: Em 1 Samuel 16:7, Deus diz a Samuel: "Mas o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque eu já o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor vê o coração."
Descrição: Julgar pela aparência é um erro comum, onde se formam opiniões com base em como alguém se apresenta externamente, ignorando o valor e as intenções internas.
Exemplo: Um novo membro da igreja pode ser rapidamente rotulado como "despreparado" ou "não espiritual" porque sua aparência não corresponde às expectativas tradicionais da comunidade. No entanto, essa pessoa pode estar profundamente comprometida com sua fé e ter um coração dedicado a servir a Deus.
Impacto: Esse tipo de julgamento pode excluir e marginalizar aqueles que não se encaixam em padrões superficiais, perdendo a oportunidade de conhecer e valorizar a verdadeira essência de cada indivíduo.
4. Julgamento sem Consulta
Texto Bíblico: Em Mateus 18:15-17, Jesus ensina sobre como lidar com conflitos e pecados na comunidade: "Se o teu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele só. Se te ouvir, ganhaste o teu irmão."
Descrição: Excluir alguém sem consultá-lo ou sem dar-lhe a chance de explicar sua versão dos fatos pode levar a decisões precipitadas e injustas.
Exemplo: Imagine que um membro da igreja é excluído por uma suposta infração sem que ele tenha a oportunidade de se defender ou de apresentar seu lado da história. Essa exclusão sem diálogo pode criar um ambiente de injustiça e ressentimento, em vez de promover a reconciliação e a compreensão.
Impacto: A exclusão sem consulta pode ferir profundamente o indivíduo afetado e criar divisões dentro da igreja, minando a unidade e o espírito de comunidade que são essenciais para o crescimento espiritual e a harmonia do grupo.
Observações:
O julgamento imprudente na igreja pode ter consequências devastadoras tanto para os indivíduos quanto para a comunidade como um todo. A Bíblia nos adverte contra julgar pela aparência, agir com base em acusações infundadas, e excluir sem consultar. Em vez disso, somos chamados a buscar justiça, empatia e compreensão, reconhecendo que todos têm uma história e uma luta que podem não ser imediatamente visíveis. Praticar a misericórdia e o diálogo aberto não apenas promove uma comunidade mais justa e amorosa, mas também reflete o caráter de Cristo em nossas interações diárias. Ao seguir os princípios bíblicos de justiça e compaixão, podemos construir uma igreja que verdadeiramente vive o amor e o respeito que Deus nos ensina.
5. Julgamento de Motivações Internas
Texto Bíblico: Em Hebreus 4:12, lemos: "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração."
Descrição: Julgar as motivações internas dos outros é algo que só Deus pode fazer com total precisão. Frequentemente, as pessoas tentam avaliar as intenções e o coração dos outros, o que é uma tarefa complexa e muitas vezes imprecisa para os seres humanos.
Exemplo: Se alguém faz uma doação à igreja, outros podem supor que a doação é feita apenas para buscar reconhecimento ou aprovação, sem conhecer as verdadeiras intenções e motivações do doador. Essa suposição pode levar a julgamentos injustos sobre a integridade da pessoa.
Impacto: Julgar as motivações internas pode gerar desconfiança e mal-entendidos, além de desconsiderar as verdadeiras intenções e os esforços sinceros dos indivíduos. Isso pode criar um ambiente onde as pessoas se sentem constantemente mal avaliadas e desmotivadas.
6. Julgamento Espiritual ou Moral
Texto Bíblico: Em Romanos 14:10-13, Paulo escreve: "Mas tu, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer perante o tribunal de Cristo. Assim que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Não nos julguemos, pois, mais uns aos outros."
Descrição: Julgar a espiritualidade ou moralidade dos outros pode levar a divisões e competição dentro da igreja. Muitas vezes, isso ocorre quando um grupo ou indivíduo se considera mais "piedoso" ou "moralmente superior" do que outros, levando a um comportamento crítico e exclusão.
Exemplo: Se um membro da igreja participa de práticas religiosas que não são compartilhadas por outros membros (como um estilo de adoração diferente ou uma abordagem distinta para o serviço comunitário), pode ser alvo de críticas ou desdém. Esses julgamentos podem criar um ambiente onde a verdadeira diversidade de fé é desconsiderada.
Impacto: Julgar a espiritualidade ou moralidade de outros pode criar um ambiente divisivo e hostil, onde as pessoas se sentem desencorajadas a expressar sua fé genuína. Isso pode enfraquecer a unidade da igreja e diminuir o apoio mútuo.
7. Julgamento sobre Condições Econômicas ou Sociais
Texto Bíblico: Em Tiago 2:1-4, é dito: "Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Porque, se vier a vosso encontro um homem com anel de ouro e com roupas de luxo, e vier também um pobre com roupas sujas, e atentardes para aquele que traz as roupas de luxo, e lhe disserdes: 'Tu, assenta-te aqui em um lugar de honra', e disserdes ao pobre: 'Tu, fica ali em pé', ou: 'Senta-te aqui embaixo dos meus pés', não fizestes distinção entre vós mesmos e não vos tornastes juízes de maus pensamentos?"
Descrição: O julgamento baseado nas condições econômicas ou sociais de alguém é uma forma de discriminação que afeta a maneira como as pessoas são tratadas na igreja. Isso pode ocorrer quando se faz distinção entre membros com base em sua riqueza, status social ou aparência externa.
Exemplo: Um membro da igreja que vive em condições financeiras mais humildes pode ser tratado com desdém ou ignorado em favor daqueles que têm mais recursos ou status. Essa forma de julgamento pode resultar em exclusão e marginalização dos menos favorecidos.
Impacto: Julgar com base em condições econômicas ou sociais pode criar um ambiente onde alguns se sentem desvalorizados ou excluídos. Isso pode enfraquecer o senso de comunidade e equidade, além de contrabalançar os princípios bíblicos de igualdade e respeito mútuo.
8. Julgamento Baseado em Falhas Passadas
Texto Bíblico: Em 2 Coríntios 5:17, Paulo escreve: "Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo."
Descrição: Julgar alguém com base em erros ou falhas passadas é uma forma de julgamento que não leva em conta a transformação e o crescimento espiritual que a pessoa pode ter experimentado.
Exemplo: Se um membro da igreja tem um passado complicado, como erros significativos ou comportamentos questionáveis, outros podem continuar a vê-lo através da lente de seu passado, ignorando o processo de arrependimento e mudança que essa pessoa pode ter vivenciado.
Impacto: Esse tipo de julgamento impede o perdão e a aceitação genuína, dificultando a capacidade de alguém de se integrar completamente na comunidade e de viver uma vida transformada em Cristo. Pode também promover um ambiente onde o crescimento pessoal e a mudança são desconsiderados.
Observações:
O perigo do julgamento na igreja é multifacetado e pode ter impactos profundos sobre indivíduos e a comunidade como um todo. Julgar com base em aparência, acusações infundadas, motivações internas, moralidade, condições econômicas, ou falhas passadas não só é contrário aos ensinamentos bíblicos, mas também prejudica a integridade e a unidade da comunidade cristã. Em vez de julgar, somos chamados a praticar o amor, a empatia e a compreensão, seguindo o exemplo de Cristo e promovendo um ambiente onde todos possam crescer e florescer na fé.
9. Julgamento Baseado em Diferenças Teológicas
Texto Bíblico: Em Romanos 14:1, Paulo aconselha: "Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebe-o, mas não para disputar sobre opiniões."
Descrição: Julgar alguém por diferenças teológicas ou doutrinárias pode criar divisões e disputas dentro da igreja. Isso pode ocorrer quando indivíduos ou grupos têm interpretações diferentes das Escrituras e são criticados ou marginalizados por suas crenças divergentes.
Exemplo: Dentro de uma igreja, um membro pode acreditar em uma interpretação teológica diferente sobre um aspecto específico da fé, como o papel dos dons espirituais ou a natureza da salvação. Se outros membros condenam ou excluem essa pessoa por suas crenças, isso pode levar a uma atmosfera de desunião e conflito.
Impacto: Julgar com base em diferenças teológicas pode dividir a comunidade, enfraquecer a cooperação e desconsiderar a diversidade de pensamentos dentro da igreja. Isso pode impedir o crescimento espiritual e a aprendizagem mútua, promovendo um ambiente de intolerância.
10. Julgamento de Papéis ou Funções na Igreja
Texto Bíblico: Em 1 Coríntios 12:18-20, Paulo explica: "Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Agora, há muitos membros, mas um só corpo."
Descrição: Julgar o valor ou a importância dos papéis ou funções que os membros desempenham na igreja pode levar a uma hierarquia injusta e a um sentimento de desvalorização. Cada membro tem um papel único e importante, e desvalorizar certos papéis pode criar um ambiente de competição e descontentamento.
Exemplo: Se um membro da igreja é designado para uma função menos visível, como cuidar da limpeza ou organizar eventos, e é desvalorizado em comparação com aqueles que lideram ou pregam, isso pode levar a um sentimento de desdém e falta de reconhecimento.
Impacto: Julgar com base nos papéis ou funções pode minar o senso de propósito e pertencimento dos membros. Cada função na igreja é crucial para o funcionamento do corpo de Cristo, e desvalorizar qualquer papel pode enfraquecer a unidade e a eficácia da comunidade.
11. Julgamento de Experiências Pessoais de Fé
Texto Bíblico: Em 2 Coríntios 1:4, Paulo escreve: "O qual nos consola em toda a nossa tribulação, para que possamos consolar os que estão em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus."
Descrição: Julgar as experiências pessoais de fé de outros, como suas lutas, dúvidas ou formas de adoração, pode ser prejudicial. Cada pessoa tem uma jornada espiritual única e pode enfrentar desafios que são difíceis de entender para os outros.
Exemplo: Se um membro da igreja expressa dúvidas ou lutas espirituais, pode ser julgado como tendo uma fé fraca ou sendo menos comprometido. Em vez de oferecer apoio e encorajamento, o julgamento pode aumentar o isolamento e a dificuldade da pessoa em lidar com suas questões de fé.
Impacto: Esse tipo de julgamento pode levar à exclusão emocional e à falta de apoio, impedindo que as pessoas recebam a ajuda e a compreensão necessárias para crescer e superar suas dificuldades. Isso pode afetar a saúde espiritual e emocional dos membros e enfraquecer a capacidade da igreja de oferecer suporte verdadeiro.
12. Julgamento de Passos de Crescimento Espiritual
Texto Bíblico: Em Filipenses 3:12, Paulo afirma: "Não que já a tenha alcançado, ou que já seja perfeito; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus."
Descrição: Julgar o progresso espiritual de alguém pode ignorar o fato de que o crescimento espiritual é um processo contínuo e pessoal. Cada pessoa avança em seu próprio ritmo e enfrenta desafios únicos em sua jornada de fé.
Exemplo: Se um membro está lutando para se libertar de um hábito prejudicial ou para desenvolver uma prática de oração regular, ele pode ser julgado como sendo menos espiritual ou comprometido. Essa visão pode ignorar o esforço e o progresso individual, desconsiderando a jornada pessoal da pessoa.
Impacto: Julgar o progresso espiritual pode desencorajar e desmotivar aqueles que estão em processo de crescimento. É essencial reconhecer que o crescimento espiritual é uma jornada e oferecer suporte e encorajamento em vez de críticas.
13. Julgamento de Contribuições Financeiras
Texto Bíblico: Em 2 Coríntios 9:7, Paulo ensina: "Cada um contribua segundo tiver proposto no seu coração, não com tristeza, nem por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria."
Descrição: Julgar as contribuições financeiras de alguém para a igreja, seja em termos de montantes ou regularidade, pode levar a sentimentos de inadequação e desvalorização. Cada pessoa contribui de acordo com suas capacidades e circunstâncias, e o valor das contribuições pode variar amplamente.
Exemplo: Se um membro da igreja faz uma contribuição menor do que outros, pode ser alvo de críticas ou sentir-se inferior. Isso pode criar um ambiente de competição e descontentamento, em vez de fomentar uma cultura de generosidade e gratidão.
Impacto: Julgar as contribuições financeiras pode criar divisões e ressentimentos, prejudicando a unidade e a colaboração dentro da igreja. É importante reconhecer e valorizar todas as contribuições, independentemente do valor, e incentivar uma atitude de alegria e generosidade.
Observações:
O julgamento imprudente e injusto dentro da igreja pode ter sérias consequências para os indivíduos e a comunidade como um todo. Os tipos de julgamento descritos acima ilustram como o julgamento pode ser prejudicial, desde julgar a espiritualidade e os papéis na igreja até avaliar as experiências pessoais e o progresso espiritual. Em vez de formar opiniões precipitadas, somos chamados a praticar a compreensão, a empatia e a aceitação, seguindo o exemplo de Cristo. Promover uma cultura de amor, apoio e respeito mútuo é fundamental para construir uma comunidade que reflete os princípios de justiça e misericórdia ensinados na Bíblia.
14. Julgamento Pelo Erro do Irmão
Texto Bíblico: Em Gálatas 6:1, Paulo escreve: "Irmãos, se alguém for surpreendido em alguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de mansidão; considerando-te a ti mesmo, para que não sejas também tentado."
Descrição: Julgar um irmão ou irmã na fé com base em seus erros, sejam eles passados ou presentes, pode ser prejudicial e contrário ao espírito de restauração e apoio que a Bíblia promove. Este tipo de julgamento muitas vezes ignora a possibilidade de arrependimento e transformação, e pode levar a uma abordagem punitiva em vez de restauradora.
Exemplo: Se um membro da igreja cai em pecado, como mentir ou se envolver em um comportamento prejudicial, ele pode ser imediatamente julgado e marginalizado pelos outros membros. Em vez de buscar restaurá-lo e oferecer apoio para a sua recuperação, a comunidade pode optar por excluí-lo ou tratá-lo com desdém.
Impacto: Julgar um irmão pelo erro cometido pode ter várias consequências negativas:
Falta de Restauração e Perda de Oportunidades de Crescimento: Ao invés de buscar a restauração e oferecer ajuda, o julgamento pode levar à exclusão e ao afastamento, prejudicando a capacidade do indivíduo de se recuperar e crescer espiritualmente.
Promoção de Um Ambiente Punitivo: Em vez de um ambiente de apoio e encorajamento, onde as pessoas podem buscar ajuda e perdão, o julgamento pode criar uma atmosfera de medo e vergonha, impedindo a abertura e a honestidade.
Impacto na Autoestima e Saúde Emocional: Ser julgado pelos próprios erros pode causar uma grande carga emocional e espiritual, impactando negativamente a autoestima e o bem-estar do indivíduo.
Divisões e Conflitos: O julgamento pode criar divisões e conflitos dentro da comunidade, ao invés de promover a unidade e a compreensão. A maneira como lidamos com os erros dos outros pode refletir e moldar a saúde e a coesão da igreja.
Ensinamento Bíblico: Em Mateus 7:3-5, Jesus ensina: "E por que reparas tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão."
Este ensino destaca a importância de autoexame e humildade antes de criticar ou julgar os erros dos outros. Em vez de se concentrar nos erros dos outros, devemos primeiro refletir sobre nossas próprias falhas e buscar a correção pessoal.
Conclusão
Julgar os erros dos outros sem oferecer a possibilidade de restauração e perdão vai contra o espírito de misericórdia e apoio que deve caracterizar a comunidade cristã. A Bíblia nos orienta a lidar com os erros dos irmãos com um espírito de mansidão e compreensão, buscando a restauração e a cura. Ao invés de uma abordagem punitiva, somos chamados a promover um ambiente onde todos possam buscar perdão, crescer espiritualmente e encontrar apoio. Praticar a compaixão e a empatia, em vez de julgamento precipitado, reflete o verdadeiro caráter de Cristo e fortalece a unidade e a saúde da igreja.
É importante lembrar que, de acordo com a Escritura, o único que possui autoridade para julgar com total justiça é Deus. Em Romanos 14:10-12, Paulo nos lembra: "Mas tu, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer perante o tribunal de Cristo. Assim que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus." Este verso enfatiza que o julgamento final pertence a Deus e que cada um deve prestar contas a Ele.
Além disso, Jesus alerta em Mateus 7:2: "Porque com o julgamento com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que medirdes também vos medirão." Este ensinamento destaca que a forma como tratamos e julgamos os outros refletirá diretamente na forma como seremos tratados. Assim, ao invés de emitir julgamentos precipitados e duros, devemos lembrar que o mesmo padrão de misericórdia e graça que aplicamos aos outros será o mesmo aplicado a nós.
Reconhecer a nossa própria falibilidade e a necessidade de graça nos ajuda a adotar uma postura de humildade e empatia, promovendo uma comunidade de fé que busca construir e restaurar, ao invés de dividir e condenar.
Fonte imagem:https://themessage.com/pt/judgment
15 outubro 2024
"Quando a Pregação Se Torna um Teste de Fé: O Milagre da Queda de Eutico"
Eutico: O Jovem da Janela
Em um dos episódios mais notáveis do ministério do apóstolo Paulo, encontramos um jovem chamado Eutico, cuja história é um testemunho da profundidade da fé e do poder dos milagres na Igreja Primitiva.
O evento se desenrola em Trôade, uma antiga cidade na Ásia Menor, onde Paulo estava realizando uma de suas viagens missionárias. Era uma noite especial de adoração e ensino, e Paulo estava pregando a seus discípulos e à congregação local. Sua pregação se estendeu por várias horas, começando no início da tarde e continuando até a meia-noite.
Eutico, um jovem membro da comunidade, estava sentado na janela de um edifício de três andares, provavelmente buscando algum alívio da longa noite. A intensa atenção à mensagem de Paulo e a longa duração da pregação fizeram com que ele, cansado e exausto, adormecesse. Infelizmente, seu sono profundo o levou a cair da janela para o chão abaixo.
Quando Paulo foi informado do acidente, desceu rapidamente e encontrou Eutico caído e aparentemente sem vida. A cena estava carregada de tristeza e preocupação. Contudo, Paulo, movido pela fé e pela confiança no poder de Deus, se aproximou do jovem. Em um ato de compaixão e poder espiritual, ele abraçou Eutico e declarou que ele estava vivo. O milagre foi testemunhado por todos, e Eutico foi levantado e restabelecido.
Após o milagre, Paulo continuou a pregar até o amanhecer, demonstrando seu compromisso incansável com a mensagem de Cristo. Eutico, por sua vez, foi encontrado vivo e bem, o que não apenas trouxe alívio e alegria à comunidade, mas também fortaleceu a fé dos primeiros cristãos.
A história de Eutico, encontrada em Atos 20:7-12, é muito mais do que um relato de um acidente e de um milagre. Ela destaca a intensidade do ministério apostólico, a dedicação dos primeiros cristãos e a realidade dos milagres como parte da experiência da Igreja Primitiva. O nome de Eutico, que significa “bem-sucedido” ou “afortunado”, tornou-se sinônimo de um testemunho de vida e ressurreição, um lembrete duradouro do poder de Deus em meio às adversidades.
O episódio de Eutico oferece várias lições valiosas que podem ser aplicadas à vida cristã e à prática da fé. Aqui estão algumas das principais lições:
**1. A Importância da Perseverança na Pregação e Ensino
A pregação de Paulo se estendeu até a meia-noite, demonstrando um compromisso profundo com o ensino e a comunicação da mensagem cristã. Isso nos lembra da importância de perseverar na pregação e no ensino da Palavra de Deus, mesmo quando enfrentamos desafios ou a exaustão. O desejo de Paulo de continuar a ensinar até o amanhecer mostra a urgência e a paixão pela disseminação da mensagem cristã.
**2. A Compaixão e a Fé em Ação
Quando Eutico caiu da janela, Paulo não hesitou em ir até ele, demonstrando compaixão e cuidado. O ato de abraçar Eutico e declarar que ele estava vivo revela a importância da ação prática da fé em situações de crise. A compaixão e a intervenção de Paulo ilustram como a fé pode se manifestar através da ação direta e do apoio a aqueles em necessidade.
**3. O Poder dos Milagres e a Confirmação da Fé
O milagre da ressurreição de Eutico serviu como uma poderosa confirmação da presença e do poder de Deus entre os primeiros cristãos. Ele reforça a ideia de que Deus está ativo no mundo, respondendo às orações e realizando milagres para fortalecer a fé dos crentes. Os milagres servem para confirmar a verdade da mensagem e encorajar os fiéis a confiar na intervenção divina.
**4. O Valor da Comunidade Cristã
A alegria e o alívio da comunidade ao ver Eutico restaurado mostram a importância da comunidade cristã em tempos de crise. O suporte mútuo e a partilha da fé são fundamentais para o fortalecimento espiritual e emocional dos membros da igreja. A comunidade unida em oração e em apoio contribui para o crescimento e a resiliência coletiva.
**5. A Necessidade de Cuidado e Precaução
Embora o foco principal seja o milagre, a situação de Eutico também nos lembra da importância de se cuidar e não negligenciar as necessidades físicas. O cansaço e o desconforto físico podem levar a situações perigosas, e a história sugere a necessidade de equilibrar a dedicação espiritual com o cuidado pela saúde e bem-estar.
**6. A Esperança e a Restauração
O incidente de Eutico e sua subsequente restauração são símbolos de esperança e renovação. A ressurreição não é apenas um evento físico, mas também um símbolo da capacidade de Deus de restaurar e renovar vidas, oferecendo uma nova oportunidade e esperança, mesmo após momentos de queda e desespero.
Lições Valiosas
O sono de Eutico durante a longa pregação de Paulo também oferece lições valiosas que vão além do evento em si. Aqui estão algumas reflexões sobre as lições que podem ser tiradas desse aspecto da história:
**1. O Perigo da Cansaço Espiritual e Físico
O sono de Eutico destaca o impacto do cansaço físico sobre a capacidade de estar atento e engajado. Esse episódio lembra que o cansaço, seja físico ou espiritual, pode nos levar a momentos de vulnerabilidade, tanto em termos de segurança física quanto na nossa capacidade de absorver e responder à mensagem espiritual. Manter um equilíbrio saudável entre esforço espiritual e descanso é importante para evitar distrações e perigos.
**2. A Importância da Atenção e da Vigilância Espiritual
O fato de Eutico ter adormecido durante a pregação enfatiza a necessidade de estar alerta e atento às palavras e ensinamentos espirituais. Em um sentido mais amplo, isso pode ser visto como um chamado para que os cristãos permaneçam vigilantes e concentrados na fé e na prática espiritual, evitando distrações que podem nos afastar da nossa jornada com Deus.
**3. A Necessidade de Cuidado com a Saúde e o Bem-Estar
O sono de Eutico também pode servir como um lembrete da importância de cuidar da saúde física. A fadiga extrema e a falta de descanso adequado podem ter consequências sérias. A história sugere a necessidade de equilibrar a dedicação espiritual com o cuidado pelo próprio corpo, assegurando que estamos em boas condições para participar plenamente da vida cristã e servir aos outros.
**4. A Compreensão da Limitação Humana
O episódio mostra que, mesmo em momentos de grande fervor espiritual, a natureza humana tem suas limitações. Eutico não foi imune ao cansaço, e isso demonstra que todos enfrentamos desafios e fraquezas. Reconhecer nossas limitações e buscar apoio e fortalecimento é parte do caminhar com fé.
**5. A Relevância do Contexto e do Tempo na Pregação
O evento também levanta uma questão sobre a duração das pregações e a necessidade de considerar o bem-estar dos ouvintes. Embora a mensagem de Paulo fosse extremamente importante, é útil refletir sobre como o formato e a duração das reuniões podem impactar a atenção e o conforto dos participantes.
**6. O Poder da Intervenção Divina em Momentos de Fraqueza
Finalmente, a restauração de Eutico após a queda mostra que, mesmo quando somos vulneráveis ou falhamos, Deus pode intervir e nos restaurar. A história é um testemunho do poder divino em meio às nossas fraquezas e do cuidado contínuo de Deus por nós, mesmo quando enfrentamos dificuldades ou tropeços.
Em resumo, o sono de Eutico e a subsequente queda oferecem lições sobre a necessidade de equilíbrio entre o esforço espiritual e o cuidado físico, a importância de estar alerta na fé, e a compreensão da intervenção divina em momentos de fraqueza. Essas lições ajudam a refletir sobre como podemos viver de forma mais equilibrada e atenta em nossa jornada espiritual.
13 outubro 2024
"Doença Bíblica e Diagnóstico Moderno: O Caso de Miriam e Suas Condições de Pele"
Números 12:10 (tradução na Nova Almeida Atualizada): "E a nuvem se retirou do tabernáculo, e eis que Miriam estava leprosa, como a neve. Então Arão se voltou para Miriam, e eis que ela estava leprosa."
Em Números 12:10, é descrito que Miriam, a irmã de Moisés, foi afligida por uma doença de pele depois de falar contra Moisés. O texto bíblico não especifica exatamente qual doença é essa, mas a descrição é geralmente interpretada como uma condição de pele.
Dado o contexto, é comum associar o que Miriam experimentou a uma forma de lepra ou uma condição semelhante. A lepra, conhecida hoje como hanseníase, é uma infecção crônica causada pelo Mycobacterium leprae, e pode levar a manchas na pele, nódulos e danos aos nervos. No entanto, a lepra bíblica não corresponde exatamente ao entendimento moderno da doença e poderia incluir uma gama mais ampla de condições de pele.
Outras possíveis condições que poderiam se aproximar dos sintomas descritos incluem:
Psoríase: Uma doença autoimune que causa placas escamosas e vermelhas na pele. É caracterizada por lesões inflamatórias e descamativas que podem ser desconfortáveis e visivelmente marcantes.
Dermatite: Diversas formas de dermatite, como a dermatite atópica, podem causar inflamação e erupções na pele. Embora geralmente menos severa, pode levar a sintomas que se assemelham aos descritos.
Eczema: Outra condição inflamatória da pele que pode causar manchas vermelhas e irritadas.
Lúpus Eritematoso: Uma doença autoimune que pode causar erupções cutâneas, embora geralmente seja mais complexa e envolva outros sintomas.
Baseado na descrição bíblica de Números 12:10, que menciona uma condição de pele com características notáveis, a lepra (ou hanseníase) é frequentemente considerada a condição mais próxima dos sintomas descritos. A lepra é uma doença de pele que provoca lesões visíveis e pode afetar a pele, os nervos e os tecidos moles, resultando em manchas e alterações na pele que podem corresponder à descrição de aflição severa.
Aqui está um breve resumo das características que fazem da lepra a condição mais próxima dos sintomas descritos:
Manchas e Lesões na Pele: A lepra é conhecida por causar manchas descoloridas e lesões na pele. Essas manchas podem ser similares às descrições de aflição na pele encontrada em Números 12:10.
Alterações na Pele: A lepra pode levar a alterações significativas na aparência da pele, como nódulos e ulcerações, o que se alinha com a descrição de um estado visivelmente problemático.
História e Contexto Cultural: Na antiguidade, a lepra era uma condição estigmatizada e frequentemente associada a punição divina em textos religiosos. Essa associação histórica pode ter influenciado a interpretação da doença descrita.
Embora outras condições de pele possam apresentar sintomas semelhantes, a lepra se destaca devido à sua capacidade de causar lesões graves e visíveis na pele, o que a torna a condição mais próxima das descrições bíblicas.
"Perdendo o Reino dos Céus: O Que Nossa Geração Está Ignorando?"
O Reino dos Céus Está Próximo, Mas Muitos Nesta
Geração Estão Perdendo
A
mensagem de que o Reino dos Céus está próximo tem ressoado através dos séculos
desde os tempos de Jesus. Esta mensagem é um convite à transformação e à busca
de uma vida em consonância com os valores e princípios divinos. No entanto,
muitos em nossa geração parecem estar perdendo essa oportunidade de vivenciar a
plenitude do Reino dos Céus. Neste artigo, exploraremos o significado dessa
mensagem e por que tantos estão falhando em responder a esse chamado essencial.
O Significado do Reino dos Céus
O Reino
dos Céus, também conhecido como Reino de Deus, refere-se ao domínio soberano de
Deus sobre a criação e à realização de sua vontade na terra como no céu. Jesus
ensinou que o Reino dos Céus não é apenas um futuro distante, mas uma realidade
presente que se manifesta através de sua vida, ensinamentos e milagres. É um
reino de justiça, paz e amor, onde Deus reina e seus princípios são vividos
plenamente.
O Chamado ao Arrependimento
Desde o
início de seu ministério, Jesus proclamou: "Arrependei-vos, porque o Reino
dos Céus está próximo" (Mateus 4:17). Este chamado ao arrependimento é um
convite à mudança de mente e coração, à renúncia ao pecado e à busca de uma
vida centrada em Deus. No entanto, o arrependimento exige humildade,
autoconhecimento e uma disposição para deixar para trás comportamentos e
atitudes que nos afastam de Deus.
Distrações e Prioridades da Geração Atual
Muitos em
nossa geração estão perdendo a oportunidade de vivenciar o Reino dos Céus por
várias razões. A vida moderna é repleta de distrações, preocupações materiais e
pressões sociais que muitas vezes obscurecem a busca espiritual. A busca
incessante por sucesso, riqueza e prazer imediato pode desviar nossa atenção
das coisas que realmente importam e nos afastar do caminho de Deus.
Falta de Tempo para a Espiritualidade
O ritmo
acelerado da vida contemporânea frequentemente deixa pouco espaço para a
reflexão espiritual e a prática da fé. Muitos se encontram sobrecarregados com
compromissos profissionais, familiares e sociais, deixando a espiritualidade em
segundo plano. Essa falta de tempo para Deus pode levar a um enfraquecimento da
fé e à perda de sensibilidade para com a presença do Reino dos Céus em nossas
vidas diárias.
A Importância da Comunidade e da Igreja
Outro
fator que contribui para a desconexão espiritual é a falta de envolvimento na
comunidade de fé. A igreja e a comunidade cristã desempenham um papel vital em
nos ajudar a crescer espiritualmente, oferecer apoio e encorajamento mútuo e
nos lembrar constantemente dos ensinamentos de Jesus. Sem essa rede de apoio, é
fácil nos sentirmos isolados e perdermos de vista a importância do Reino dos
Céus.
O Convite à Renovação
Apesar
dos desafios, o convite de Jesus para entrar no Reino dos Céus continua aberto
a todos. Através da oração, da leitura das Escrituras, da participação em
comunidades de fé e do serviço aos outros, podemos redescobrir a presença de
Deus em nossas vidas. O arrependimento e a busca sincera de Deus podem nos
levar a uma renovação espiritual, permitindo-nos experimentar a paz, a alegria
e a justiça do Reino dos Céus.
Conclusão
O Reino
dos Céus está próximo, e a mensagem de Jesus é tão relevante hoje quanto era há
dois mil anos. Muitos em nossa geração estão perdendo essa oportunidade devido
às distrações e prioridades da vida moderna. No entanto, o chamado ao
arrependimento e à busca de Deus continua a ser um convite poderoso para todos.
Ao responder a esse chamado, podemos encontrar a verdadeira plenitude e
propósito que o Reino dos Céus oferece.
Fonte imagem:https://www.youtube.com/watch?v=cttZdqm-q_E
09 outubro 2024
“Pecado x Abominação: O Que Cada Um Significa Para Sua Vida Espiritual”
A diferença entre pecado e abominação é uma questão importante para entender como a Bíblia aborda os conceitos de moralidade e comportamento aceitável diante de Deus. Embora ambos se refiram a ações ou atitudes que desagradam a Deus, eles têm nuances distintas. Vamos explorar essas diferenças em detalhes.
Pecado
Definição: O pecado é qualquer ação, pensamento ou atitude que viola a lei de Deus e Sua vontade. É um desvio dos padrões divinos de moralidade e justiça.
Características:
Violação da Lei de Deus:
- 1 João 3:4: “Todo aquele que comete pecado transgride a lei; porque o pecado é a transgressão da lei.”
O pecado é definido como uma violação dos mandamentos e leis de Deus.
Natureza Variada:
- Os pecados podem variar em gravidade e tipo. Por exemplo, Tiago 2:10 diz: “Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.”
Embora todos os pecados sejam graves, nem todos têm o mesmo impacto ou consequência. Alguns pecados são considerados mais graves ou prejudiciais que outros, mas todos separam o ser humano de Deus.
Possibilidade de Arrependimento:
- 1 João 1:9: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”
Os pecados podem ser perdoados através do arrependimento e da confissão a Deus.
Abominação
Definição: A abominação refere-se a algo que é especialmente detestável e repugnante para Deus. É uma forma extrema de pecado, muitas vezes associada a práticas ou atitudes que são consideradas extremamente ofensivas à santidade de Deus.
Características:
Gravidade e Repugnância:
- Provérbios 6:16-19: “Seis coisas o Senhor aborrece, e a sétima a sua alma abomina...”
Este texto lista práticas que são descritas como abominações devido à sua gravidade e ao impacto negativo que têm sobre a comunidade e o relacionamento com Deus.
Conexão com Idolatria e Imoralidade:
- Deuteronômio 7:25-26: “As imagens de escultura dos seus deuses queimareis no fogo... porque é abominação ao Senhor, teu Deus.”
Abominações muitas vezes envolvem práticas como a idolatria, a imoralidade sexual e outras ações que são vistas como particularmente desrespeitosas para com a santidade de Deus.
Implicações na Vida Eterna:
- Apocalipse 21:27: “E não entrará nela [a Nova Jerusalém] coisa alguma que contamine, nem o que faz abominação e mentira, mas somente os que estão escritos no livro da vida do Cordeiro.”
A presença de algo que é uma abominação está associada a exclusão do céu. Essas práticas são vistas como incompatíveis com a pureza necessária para estar na presença de Deus.
Comparação entre Pecado e Abominação
Natureza e Gravidade:
- Pecado é uma violação geral da lei de Deus e pode variar em termos de gravidade.
- Abominação é um tipo particularmente grave de pecado que é profundamente repugnante para Deus e tem uma conotação de extrema ofensa.
Consequências Espirituais:
- Pecado pode levar a uma separação de Deus, mas é passível de perdão e restauração através do arrependimento e fé em Cristo.
- Abominação é descrita como algo que pode resultar em exclusão do céu e é frequentemente associado a uma rejeição contínua da santidade e justiça de Deus.
Exemplos Bíblicos:
- Pecados incluem uma ampla gama de comportamentos, desde mentiras até homicídios.
- Abominações muitas vezes envolvem práticas específicas que são descritas como extremamente ofensivas, como idolatria, certos tipos de imoralidade sexual, e injustiças graves.
Conclusão
Enquanto o pecado é qualquer transgressão da lei de Deus e pode ser perdoado através de arrependimento, uma abominação é um tipo especialmente grave de pecado que é visto como extremamente repugnante e ofensivo a Deus. Compreender essa diferença ajuda a reconhecer a seriedade com que Deus encara certos comportamentos e a importância da transformação e da santidade na vida cristã.
02 outubro 2024
Já imaginou você viver anos na igreja, e quando Jesus voltar, você estiver perdido??
Sim, esse é um pensamento que pode causar muita reflexão e até mesmo angústia para muitas pessoas. Viver muitos anos em um ambiente religioso e, ainda assim, não sentir-se seguro quanto à própria salvação pode ser um dilema profundo. É um cenário que toca em questões de fé, dúvida e a própria natureza da salvação.
A Bíblia aborda essa preocupação de várias maneiras. Em Mateus 7:21-23, Jesus adverte sobre a diferença entre a simples aparência de religiosidade e a verdadeira relação com Ele:
"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, porventura não profetizamos em teu nome? e em teu nome não expelimos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade."
Este texto destaca que a salvação não depende apenas de ações externas ou rituais, mas de uma relação verdadeira e obediente com Deus.
Em 2 Coríntios 13:5, Paulo exorta os cristãos a examinarem sua própria fé:
"Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé. Provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis a vós mesmos que Jesus Cristo está em vós? A menos que já estais reprovados."
Isso sugere a importância de uma autoavaliação contínua para garantir que nossa fé seja genuína e viva.
Muitas tradições religiosas falam sobre a importância da sinceridade e da relação pessoal com o divino, mais do que apenas a conformidade externa com regras ou rituais. Em Romanos 10:9, Paulo enfatiza a necessidade de uma crença sincera para a salvação:
"Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo."
A ideia é que a verdadeira salvação ou conexão espiritual vem de um coração genuíno e de um relacionamento autêntico com Deus, e não apenas da observância de práticas religiosas.
Para alguém que está preocupado com isso, pode ser útil buscar orientação espiritual, refletir sobre suas próprias crenças e práticas, e considerar conversar com um líder religioso ou um conselheiro espiritual para explorar essas questões mais profundamente. Em Filipenses 2:12, Paulo aconselha:
"Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor."
Isso sugere a importância de trabalhar continuamente na nossa relação com Deus e na nossa vida espiritual.
Fatores que podem tirar-lhe a Salvação
Em muitas tradições religiosas, a questão da salvação é complexa e envolve não apenas a participação em rituais e frequência à igreja, mas também o estado interior da pessoa e a forma como vive sua fé no dia a dia. Aqui estão alguns erros ou atitudes que podem ser considerados prejudiciais para a salvação, dependendo da perspectiva teológica:
Falta de Sinceridade ou Hipocrisia
- Cristianismo: Em muitas tradições cristãs, a sinceridade é crucial. Frequentar a igreja e participar de rituais enquanto se mantém uma atitude de hipocrisia ou desonestidade é visto como um obstáculo para a salvação. A fé deve ser autêntica e refletida nas ações e atitudes.
Falta de Amor ao Próximo
- Cristianismo: Muitos cristãos acreditam que a falta de amor e compaixão para com os outros pode afetar a salvação. Jesus ensinou que amar ao próximo é essencial (Mateus 22:37-40). O tratamento injusto, a falta de misericórdia e o egoísmo podem ser vistos como incompatíveis com a verdadeira fé.
Desobediência às Doutrinas Essenciais
- Cristianismo: Ignorar ou rejeitar doutrinas fundamentais da fé cristã pode ser visto como um risco para a salvação. Isso inclui a crença na divindade de Cristo, sua ressurreição, e a importância dos sacramentos e da vida cristã prática.
Vida Moral Imprópria
- Cristianismo e Outras Tradições: A vida moral e ética é muitas vezes considerada importante. Cometer pecados graves ou persistir em comportamentos que são claramente condenados pela fé pode ser visto como um impedimento para a salvação. Isso pode incluir práticas como mentir, roubar, adulterar, entre outros.
Falta de Arrependimento
- Cristianismo: A falta de arrependimento genuíno por erros e pecados é uma questão importante. Em muitas tradições, é necessário se arrepender e buscar a reconciliação com Deus para receber o perdão e manter a salvação.
Negligência Espiritual
- Cristianismo e Outras Religiões: A negligência espiritual, como a falta de oração, estudo das escrituras e envolvimento na comunidade de fé, pode enfraquecer a relação com o divino. Em algumas tradições, isso pode ser visto como um sinal de falta de compromisso com a fé.
Falta de Engajamento com a Comunidade
- Cristianismo e Outras Religiões: A interação e o apoio à comunidade de fé são muitas vezes considerados importantes. Isolar-se ou recusar-se a participar da vida comunitária pode ser visto como um desvio do caminho espiritual.
Herésia ou Ensino Errôneo
- Cristianismo: Envolver-se em heresias ou ensinar doutrinas que contradizem os ensinamentos principais da fé pode ser prejudicial. A adesão a ensinos errôneos pode afastar a pessoa da verdade conforme entendida pela tradição.
Falta de Comunhão com Jesus
- Cristianismo: A falta de comunhão com Jesus é uma preocupação central em muitas tradições cristãs. A desconexão espiritual, onde alguém não busca um relacionamento pessoal com Cristo por meio da oração, meditação e estudo das Escrituras, pode enfraquecer a fé e o crescimento espiritual. Em muitas tradições, a salvação é vista como dependente de uma relação viva e autêntica com Jesus. A falta dessa conexão pode ser um obstáculo significativo para a salvação, já que a vida cristã autêntica é frequentemente baseada nessa comunhão constante com Cristo.
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