Certa vez, um garoto passou em frente a uma loja de animais e viu um cachorro. No momento em que o viu, desejou tê-lo e disse consigo mesmo:
"Esse cachorro vai ser meu. Ninguém mais vai escolhê-lo. Quando eu voltar, ele ainda estará aqui."
Determinando-se a isso, o garoto começou a trabalhar. Lavou vidraças, cortou grama, lavou carros — fez várias tarefas até conseguir juntar o dinheiro necessário. Quando finalmente conseguiu, voltou à loja radiante de alegria, com os olhos brilhando de expectativa e o coração cheio de entusiasmo. Entregou o valor ao dono e pegou o cachorro nos braços. Ao abraçá-lo, disse emocionado:
"Esse é o meu cachorro."
O dono da loja, surpreso, tentou alertá-lo:
"Mas esse cachorro está doente. Ele tem um defeito na perna."
Mesmo assim, o garoto apenas sorriu e continuou abraçando o animal. O homem, então, se preparou para insistir, tentando fazê-lo entender. Mas, naquele momento, o garoto virou-se para sair da loja — e foi então que o homem percebeu o verdadeiro motivo da escolha:
A criança usava uma armação metálica presa à perna, que a ajudava a andar.
Naquele instante, o homem compreendeu — o garoto sabia exatamente o que o cachorro sentia, porque ele mesmo carregava uma dor e uma história parecida.
O Pecador e Cristo
Essa história simples, mas profundamente tocante, carrega em si uma poderosa imagem do amor redentor de Cristo pelo pecador. O menino não escolheu o cachorro apesar do seu defeito — escolheu justamente por causa dele. Ele não se intimidou pela deficiência, pois conhecia essa realidade em sua própria carne. Seu coração se identificou com o sofrimento do outro, e isso gerou compaixão e compromisso.
Assim também é Cristo conosco.
Jesus não nos escolhe porque somos perfeitos ou fortes, mas justamente porque somos fracos, quebrados e cheios de falhas. Ele conhece nossas dores, pois Ele mesmo foi rejeitado, ferido e humilhado. O profeta Isaías o chamou de “homem de dores, que sabe o que é padecer” (Isaías 53:3). Ao ver nossas imperfeições, Ele não se afasta — Ele se aproxima.
A cruz é o lugar onde essa escolha se torna mais evidente: Cristo viu nossa condição, nossa incapacidade de nos salvar, e mesmo assim — ou melhor, por causa disso — deu a Sua vida por nós. Não fomos escolhidos por mérito, mas por amor. Um amor que conhece nossas cicatrizes e, mesmo assim, diz:
"Esse é o meu."
O garoto da história nos ensina que o verdadeiro amor não ignora as fraquezas — ele as abraça. E Cristo, o nosso Salvador, nos abraça assim: com pleno conhecimento do que somos, mas com um amor que cura, transforma e nos dá valor, mesmo quando o mundo nos descartaria.
Somos como aquele cachorro — e Ele, como aquele menino, nos escolheu sabendo exatamente quem somos.
Porque Ele também carregou em Si as marcas da dor — por nós.
Fonte imagem: https://tribunadejundiai.com.br/mais/mundo-pet/ciencia-constata-os-caes-sentem-o-que-nos-sentimos/
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