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A Bíblia Curiosa reúne temas fascinantes relacionados à Bíblia, abordando sua origem, formação e autores. Além disso, traz artigos encontrados na internet, escritos pelo autor, e uma variedade de histórias e curiosidades que enriquecem nosso conhecimento. Essas experiências são fundamentais para fortalecer nossa fé e confiança em Deus. Aqui, você encontrará insights valiosos que podem transformar sua jornada espiritual. Desejamos a você uma ótima leitura!

23 dezembro 2009

Biblia em folhas de Palmeira

•Na biblioteca da Universidade de Gottingen, Alemanha, existe uma Bíblia que foi escrita em 470 folhas de palmeira.

Contexto histórico
Manuscritos em folha de palmeira são registros antigos feitos a partir de folhas de palmeira secas, utilizados como suporte de escrita no subcontinente indiano e no sudeste asiático. Evidências indicam seu uso desde pelo menos o século V a.C., e possivelmente antes disso. A prática começou no sul da Ásia, estendendo-se a outras regiões tropicais, incluindo Indonésia, Tailândia, Camboja e Filipinas. Folhas de diferentes espécies, como Borassus e Corypha umbraculifera (chamada ola), eram preparadas por processos específicos, como o tratamento com fumaça para conservação. Manuscritos em folhas de palmeira representam uma das formas mais antigas de preservação escrita, especialmente para textos religiosos e filosóficos, como os tratados sânscritos do hinduísmo e budismo.

Ano de publicação
Não existe um ano fixo de publicação para a Bíblia em folhas de palmeira, já que estes manuscritos eram produzidos artesanalmente ao longo de muitos séculos, entre o período antigo (pelo menos a partir do século V a.C.) até o início do século XIX, quando a impressão começou a substituir gradualmente a escrita manual. Manuscritos importantes em folhas de palmeira, como textos xivaítas do século IX ou fragmentos filosóficos do século II d.C., datam da Antiguidade e da Idade Média.

Autor
Não há um único autor para estas Bíblias ou textos manuscritos em folhas de palmeira, já que elas eram reproduzidas por escribas especializados. Esses copistas, frequentemente vinculados a templos hindus, jainistas ou budistas, tinham a missão de preservar, copiar e transmitir os textos sagrados. Assim, a autoria do texto original permanece com os autores tradicionais da Bíblia, mas a versão em folhas de palmeira é o resultado do trabalho coletivo e contínuo desses escribas.

Criação
O processo de criação dos manuscritos em folhas de palmeira incluía o corte, secagem e tratamento das folhas para garantir durabilidade. As folhas eram então cuidadosamente preparadas, muitas vezes cozidas e secas, para receber a escrita. Os caracteres eram gravados com uma caneta de faca de corte retangular, que riscava as folhas, e posteriormente uma tinta natural era aplicada para realçar as inscrições, retirando-se o excesso com um pano. As folhas, chamadas de Patra ou Parna em sânscrito, tinham orifícios para passagem de cordões, permitindo que fossem amarradas formando um códice portátil. Essa técnica exigia grande habilidade e garantia a preservação do texto por dezenas a centenas de anos, desde que preservadas em ambiente seco e protegido.

Publicação
A "publicação" dos manuscritos em folhas de palmeira era um processo artesanal e local, diferente da publicação impressa moderna. Os manuscritos eram copiados em templos e mosteiros, onde funcionavam como centros de aprendizado e custódia dos textos. A cópia regular era necessária devido à degradação natural das folhas causada por umidade, insetos e mofo. Com o advento da imprensa no século XIX, a produção desses manuscritos diminuiu drasticamente, e esforços modernos têm sido feitos para preservar e digitalizar os que restaram.

Características distintas
A principal característica desses manuscritos é seu suporte: folhas naturais de palmeira, tratadas para durabilidade. O formato físico inclui folhas retangulares com furos centrais para amarração, proporcionando portabilidade e organização. A escrita gravada, com letras arredondadas e cursivas — como nas escritas Devanagari, Tamil, Telugu, Lontara e outras — é uma adaptação à fragilidade das folhas, pois letras angulares poderiam rasgá-las. Em termos de conteúdo, esses manuscritos vão desde textos religiosos, filosóficos, gramáticas, até orações e literatura poética.

Linguagem e estilo
As línguas utilizadas variam conforme a região e a tradição religiosa, incluindo sânscrito, tâmil, malaiala, odia, javanês, entre outras. O estilo da escrita em folhas de palmeira tende a ser fluido, cursivo e adaptado para a técnica de gravação. Manuscritos em tâmil, como o famoso Tolkappiyam, remontam ao século III a.C., enquanto textos sânscritos importantes, como o Parameshvaratantra, datam do século IX. A linguagem reflete tanto a tradição oral quanto a escrita, e em muitas regiões a arte de copiar os textos era um dever sagrado dos escribas e brâmanes.

Importância e influência
Esses manuscritos são fundamentais para a preservação e transmissão do conhecimento religioso e cultural do sul e sudeste asiático. Eles fornecem informações cruciais sobre filosofia, religião, gramática, poesia e história local. A preservação desses textos também reflete a importância dos templos como centros culturais e bibliotecas, como as Sarasvati-bhandara da Índia medieval. Internacionalmente, manuscritos em folhas de palmeira influenciaram o design de sistemas de escrita que privilegiam curvas para proteger o suporte físico, refletindo uma interação única entre material, arte e linguagem.

Relação com outras traduções
As Bíblias em folhas de palmeira coexistiam com outras formas de manuscritos, como os em pergaminho, papiro e, mais tarde, os impressos. Em regiões do sul da Ásia, manuscritos em folhas de palmeira representavam a forma principal de preservação escrita para textos religiosos e literários, complementando versões traduzidas em outras línguas e suportes. Em países do sudeste asiático, a cultura indiana levou a produção de manuscritos conhecidos como lontar, preservados até hoje em templos e arquivos históricos.

Edições e legados
Hoje, os manuscritos em folhas de palmeira são importantes artefatos arqueológicos e culturais. Museus na Índia, como o Museu Estadual de Odisha, abrigam dezenas de milhares de exemplares, incluindo textos do século XIV, alguns com origem textual ainda mais antiga. Na Indonésia, manuscritos lontar continuam sendo preservados por brâmanes em Bali. Projetos modernos de digitalização, como o da Tamil Heritage Foundation, visam conservar e disponibilizar esses documentos para o público global. A introdução da impressão no século XIX quase extinguiu a produção desses manuscritos, mas seu legado permanece na história da escrita e da preservação cultural.

Conclusão
A Bíblia em folhas de palmeira, assim como outros manuscritos em folhas de palmeira, é uma expressão única da capacidade humana de adaptar o registro sagrado às condições ambientais e culturais locais. Essa forma antiga de manuscrito não apenas preservou textos importantes por séculos, mas também influenciou o desenvolvimento de sistemas de escrita e a organização do conhecimento religioso e literário. Sua sobrevivência até hoje e os esforços para preservá-la atestam sua importância histórica, cultural e espiritual.

Referência

  • Gaur, A. S. (2012). Palm-leaf manuscripts of India: A study in historical preservation. Journal of Manuscript Studies.

  • Gonda, J. (1970). The Palm-Leaf Manuscripts of South Asia. Asian Studies Review.

  • Bhattacharya, A. (2007). Textual traditions and religious manuscripts in South Asia. Heritage Publishing.

  • UNESCO Memory of the World Programme (1997). Tamil Medical Manuscripts Collection.

  • Pandey, R. (2019). Palm leaf manuscripts and the history of writing systems in South and Southeast Asia. Asian Cultural Studies.

  • Singh, M. (2010). Libraries in medieval India: The Sarasvati-bhandara and temple archives. Historical Journal of India.

  • Jones, C. (2005). Lontar manuscripts: The art of palm leaf writing in Bali. Indonesian Heritage Publications.

Divisão da Bíblia em Capitulos e versiculos

•No ano de 1250 o cardeal Caro dividiu a Bíblia em capítulos, e no ano 1550 Robert Stevens dividiu-a em versículos.

10 dezembro 2009

“O que entra pela boca não contamina o homem”? – Mateus 15:11 e Marcos 7:15



Com muito prazer que estou escrevendo este email para vocês. Sou de Iacanga – SP. Estamos estudando sobre a religião Adventista do Sétimo dia e gostaria de obter uma resposta.

Há pouco o Prof. Leandro respondeu a respeito da carne de porco… É que Deus fala na Bíblia que o que é imundo não é que entra da boca para dentro, mas sim que sai da boca do homem…

Espero ter uma resposta sobre isso. Um abraço e tchau… E.M., por e-mail.

Sua pergunta foi recebida com muito carinho pelo programa “Na Mira da Verdade”. Parabéns por sua disposição em estudar sobre os Adventistas diretamente conosco, amiga. Deus recompensará sua sinceridade!

Vamos a sua dúvida:

“Não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem.” Mateus 15:11.

“Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai do homem é o que o contamina.” Marcos 7:15.

Nestes versos Jesus não está dando a permissão para usarmos todos os tipos de alimentos. Pegue sua Bíblia e analise comigo o seguinte texto: “Então, lhe disse Pedro: Explica-nos a parábola. Jesus, porém, disse: Também vós não entendeis ainda?” Mateus 15:15-16 (Grifo meu). Após análise do contexto em que Jesus proferiu esta declaração, alguns fatos se tornam claros:

Primeiro: Isto que Jesus contou é uma parábola. Sabemos que este tipo de narração não deve ser considerado uma doutrina, pois, uma história fictícia é utilizada apenas para ilustrar a fim de se transmitir uma lição moral e/ou espiritual;

Segundo: Cristo não poderia estar falando dos alimentos considerados imundos, sendo que eram judeus quem estavam presentes. De modo algum haveria na mesa deles algum tipo de carne imunda para o Salvador estivesse tratando do assunto;

Terceiro: Jesus tinha outro propósito ao mencionar esta parábola: “Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas as coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos não o contamina”. Mateus 15:18-20.

Perceba: os fariseus diziam que, se uma pessoa comesse sem lavar as mãos (ritual de purificação), iria ser contaminada (Marcos 7: 1-4)

E o objetivo de Jesus era ensinar que a “fonte” das más ações praticadas pelo ser humano se acha no “interior”, não no “exterior”. Não há proveito apenas quando o exterior é purificado, como faziam os fariseus. (Ver Mateus 23:26)

Portanto, ao Jesus dizer: “não é o que entra pela boca que contamina ao homem, mas o que sai da boca…” , Ele está se referindo ao ato de lavar as mãos como ritual de purificação. Simplesmente está afirmando: “Não é o ato de não lavar as mãos antes das refeições que irá contaminar o homem, mas as palavras más que saem da sua boca”.

Esse é o contexto da declaração do Salvador.

Conte comigo sempre,

Leandro Quadros
Jornalista


Fonte: http://www.novotempo.org.br/namiradaverdade/?p=29

Existe o “pecado hereditário”?



Estão acontecendo coisas ruins na família do meu esposo. Na noite passada, estávamos conversando sobre isso e eu disse a ele que a Bíblia diz: “o seu pecado cairá sobre os seus descendentes até a terceira e quarta geração”. Meu esposo não concordou com isto… Meus erros afetam meus netos? H.P., Campo Grande, MS.

Mesmo não tendo tempo para responder a sua pergunta no ar (e a de muitos outros telespectadores e ouvintes), disponibilizo aqui uma resposta a você. Muito obrigado por acompanhar o programa “Na Mira da Verdade”!

Vamos aos textos bíblicos que parecem dar a entender que existem as “penalidades hereditárias”:

“Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos”. Êxodo 20:5-6.

“Tu usas de misericórdia para com milhares e retribuis a iniqüidade dos pais nos filhos; tu és o grande, o poderoso Deus, cujo nome é o SENHOR dos Exércitos” Jeremias 32:18.

Jeremias 32:18, ao relatar que Deus “usou de misericórdia para com milhares, e retribuiu a iniqüidade dos pais nos filhos”, refere-se à lei da hereditariedade. Isso não significa receber a penalidade ou a culpa pelos erros, mas, sofrer as consequências dos atos errados cometidos pelos antepassados. Vou exemplificar: quando uma pessoa bebe, o Senhor não culpará os filhos, netos ou outros descendentes porque ela bebeu; mas, permitirá que a natureza siga o seu curso normal e os sucessores tenham (ou não) a tendência ao alcoolismo.

Já em Êxodo 20: 5,6 está escrito que “…Deus visita a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que o aborrecem e faz misericórdia até mil gerações daqueles que o amam e guardam seus mandamentos”.

Analisado a fundo o texto percebemos que ele nos mostra é a bondade do Criador. O Senhor não permite que “maus traços” de caráter herdados por um filho ou neto se estendam por mais de quatro gerações. Já os “bons traços” Deus deixa que se estendam por mil gerações! (hereditariedade).

Este assunto fica mais claro quando lemos Deuteronômio 24:16: “os pais não são mortos em lugar dos filhos”. Aqui, está se referindo à responsabilidade individual de uma pessoa pelos pecados que cometeu. Deus não pune alguém por um pecado cometido por um de seus pais. Veja os demais versículos a seguir:

“Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma [pessoa viva] que pecar, essa morrerá”. Ezequiel 18:4.

“A alma [pessoa] que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.” Ezequiel 18:20.

Seria contrário ao caráter justo de Deus (Gênesis 18:25) permitir que viesse um castigo a alguém sendo que este (a) não teve parte no ato pecaminoso. Caso o Criador cobrasse em outras pessoas o que os antepassados fizeram:

a) O Eterno não poderia ser chamado de “SENHOR, Justiça Nossa” – Jeremias 33:16;

b) Entraria em contradição consigo mesmo quando afirma que julgará a cada um “segundo as suas obras” – Mateus 16:27; Apocalipse 22:12;

c) A salvação não seria individual – Romanos 14:12.

Podemos concluir que, ao dizer que “visita a iniqüidade dos pais nos filhos”, Deus está se referindo à “Lei da hereditariedade” (todos estamos sujeitos a ela) e não à “penalidade”.

Um abraço,

Leandro Quadros
Jornalista

fonte: http://www.novotempo.org.br/namiradaverdade/?p=24

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