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23 dezembro 2009

10 dezembro 2009

“O que entra pela boca não contamina o homem”? – Mateus 15:11 e Marcos 7:15



Com muito prazer que estou escrevendo este email para vocês. Sou de Iacanga – SP. Estamos estudando sobre a religião Adventista do Sétimo dia e gostaria de obter uma resposta.

Há pouco o Prof. Leandro respondeu a respeito da carne de porco… É que Deus fala na Bíblia que o que é imundo não é que entra da boca para dentro, mas sim que sai da boca do homem…

Espero ter uma resposta sobre isso. Um abraço e tchau… E.M., por e-mail.

Sua pergunta foi recebida com muito carinho pelo programa “Na Mira da Verdade”. Parabéns por sua disposição em estudar sobre os Adventistas diretamente conosco, amiga. Deus recompensará sua sinceridade!

Vamos a sua dúvida:

“Não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem.” Mateus 15:11.

“Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai do homem é o que o contamina.” Marcos 7:15.

Nestes versos Jesus não está dando a permissão para usarmos todos os tipos de alimentos. Pegue sua Bíblia e analise comigo o seguinte texto: “Então, lhe disse Pedro: Explica-nos a parábola. Jesus, porém, disse: Também vós não entendeis ainda?” Mateus 15:15-16 (Grifo meu). Após análise do contexto em que Jesus proferiu esta declaração, alguns fatos se tornam claros:

Primeiro: Isto que Jesus contou é uma parábola. Sabemos que este tipo de narração não deve ser considerado uma doutrina, pois, uma história fictícia é utilizada apenas para ilustrar a fim de se transmitir uma lição moral e/ou espiritual;

Segundo: Cristo não poderia estar falando dos alimentos considerados imundos, sendo que eram judeus quem estavam presentes. De modo algum haveria na mesa deles algum tipo de carne imunda para o Salvador estivesse tratando do assunto;

Terceiro: Jesus tinha outro propósito ao mencionar esta parábola: “Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas as coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos não o contamina”. Mateus 15:18-20.

Perceba: os fariseus diziam que, se uma pessoa comesse sem lavar as mãos (ritual de purificação), iria ser contaminada (Marcos 7: 1-4)

E o objetivo de Jesus era ensinar que a “fonte” das más ações praticadas pelo ser humano se acha no “interior”, não no “exterior”. Não há proveito apenas quando o exterior é purificado, como faziam os fariseus. (Ver Mateus 23:26)

Portanto, ao Jesus dizer: “não é o que entra pela boca que contamina ao homem, mas o que sai da boca…” , Ele está se referindo ao ato de lavar as mãos como ritual de purificação. Simplesmente está afirmando: “Não é o ato de não lavar as mãos antes das refeições que irá contaminar o homem, mas as palavras más que saem da sua boca”.

Esse é o contexto da declaração do Salvador.

Conte comigo sempre,

Leandro Quadros
Jornalista


Fonte: http://www.novotempo.org.br/namiradaverdade/?p=29

Existe o “pecado hereditário”?



Estão acontecendo coisas ruins na família do meu esposo. Na noite passada, estávamos conversando sobre isso e eu disse a ele que a Bíblia diz: “o seu pecado cairá sobre os seus descendentes até a terceira e quarta geração”. Meu esposo não concordou com isto… Meus erros afetam meus netos? H.P., Campo Grande, MS.

Mesmo não tendo tempo para responder a sua pergunta no ar (e a de muitos outros telespectadores e ouvintes), disponibilizo aqui uma resposta a você. Muito obrigado por acompanhar o programa “Na Mira da Verdade”!

Vamos aos textos bíblicos que parecem dar a entender que existem as “penalidades hereditárias”:

“Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos”. Êxodo 20:5-6.

“Tu usas de misericórdia para com milhares e retribuis a iniqüidade dos pais nos filhos; tu és o grande, o poderoso Deus, cujo nome é o SENHOR dos Exércitos” Jeremias 32:18.

Jeremias 32:18, ao relatar que Deus “usou de misericórdia para com milhares, e retribuiu a iniqüidade dos pais nos filhos”, refere-se à lei da hereditariedade. Isso não significa receber a penalidade ou a culpa pelos erros, mas, sofrer as consequências dos atos errados cometidos pelos antepassados. Vou exemplificar: quando uma pessoa bebe, o Senhor não culpará os filhos, netos ou outros descendentes porque ela bebeu; mas, permitirá que a natureza siga o seu curso normal e os sucessores tenham (ou não) a tendência ao alcoolismo.

Já em Êxodo 20: 5,6 está escrito que “…Deus visita a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que o aborrecem e faz misericórdia até mil gerações daqueles que o amam e guardam seus mandamentos”.

Analisado a fundo o texto percebemos que ele nos mostra é a bondade do Criador. O Senhor não permite que “maus traços” de caráter herdados por um filho ou neto se estendam por mais de quatro gerações. Já os “bons traços” Deus deixa que se estendam por mil gerações! (hereditariedade).

Este assunto fica mais claro quando lemos Deuteronômio 24:16: “os pais não são mortos em lugar dos filhos”. Aqui, está se referindo à responsabilidade individual de uma pessoa pelos pecados que cometeu. Deus não pune alguém por um pecado cometido por um de seus pais. Veja os demais versículos a seguir:

“Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma [pessoa viva] que pecar, essa morrerá”. Ezequiel 18:4.

“A alma [pessoa] que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.” Ezequiel 18:20.

Seria contrário ao caráter justo de Deus (Gênesis 18:25) permitir que viesse um castigo a alguém sendo que este (a) não teve parte no ato pecaminoso. Caso o Criador cobrasse em outras pessoas o que os antepassados fizeram:

a) O Eterno não poderia ser chamado de “SENHOR, Justiça Nossa” – Jeremias 33:16;

b) Entraria em contradição consigo mesmo quando afirma que julgará a cada um “segundo as suas obras” – Mateus 16:27; Apocalipse 22:12;

c) A salvação não seria individual – Romanos 14:12.

Podemos concluir que, ao dizer que “visita a iniqüidade dos pais nos filhos”, Deus está se referindo à “Lei da hereditariedade” (todos estamos sujeitos a ela) e não à “penalidade”.

Um abraço,

Leandro Quadros
Jornalista

fonte: http://www.novotempo.org.br/namiradaverdade/?p=24

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