Romanos 2:1: "Portanto, és indesculpável, ó homem, qualquer que sejas, quando julgas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, praticas as mesmas coisas."
Neste verso, Paulo está abordando a hipocrisia. Ele está falando com uma pessoa genérica (chamada de "ó homem" sem especificar um grupo específico) e está dizendo que essa pessoa é "indesculpável" ao julgar os outros. A razão para isso é que, ao julgar alguém por algo, a pessoa está, na verdade, condenando a si mesma, pois ela mesma faz as mesmas coisas pelas quais está julgando os outros. Ou seja, a crítica que fazemos aos outros frequentemente reflete nossas próprias falhas e pecados.
Paulo, neste texto, adverte contra o julgamento precipitado e hipócrita, enfatizando que quem julga os outros está sujeito ao mesmo padrão de julgamento. Ele destaca que o julgamento de Deus é justo e imparcial, baseado na verdadeira natureza e intenções dos corações humanos.
Mateus 7:3-5 reforça: "Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho de teu irmão."
Aquele que julga os outros, se esquece de olhar para si mesmo, culpa os outros, tentando encobrir os próprios pecados. Assim, a pessoa que ouve a condenação do acusador, conhecendo este texto, saberá que o acusador é o verdadeiro culpado. Pois faz a mesma coisa que condenam nos outros.
Romanos 2:2: "Sabemos, porém, que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que praticam tais coisas."
Aqui Paulo está contrastando o julgamento humano com o juízo de Deus. Ele está dizendo que Deus julga de acordo com a verdade, sem parcialidade ou hipocrisia. Portanto, ao invés de julgar os outros com base em nossos próprios padrões falíveis, devemos lembrar que Deus julgará corretamente todos aqueles que praticam essas ações.
Romanos 2:3: "E tu, ó homem, que julgas os que praticam tais coisas, pensas que te livrarás do juízo de Deus, praticando-as tu também?"
Este verso é uma pergunta retórica direcionada à pessoa que julga os outros. Paulo está desafiando essa pessoa a considerar se ela acredita que escapará do juízo de Deus ao praticar as mesmas coisas pelas quais está julgando os outros. Ele está enfatizando a hipocrisia e a inconsistência moral dessa atitude. Julgar os outros sem reconhecer nossos próprios pecados é arrogância e falta de entendimento da justiça de Deus.
Lembre-se de Rom 14:10-12: "Você, então, por que julga seu irmão? E por que despreza seu irmão? Pois todos compareceremos diante do tribunal de Deus. Está escrito: 'Por mim mesmo juro', diz o Senhor, 'diante de mim todo joelho se dobrará e toda língua confessará que sou Deus'. Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus"
Esses versículos são parte de um argumento mais amplo de Paulo em Romanos, onde ele está expondo a necessidade universal de salvação por meio de Cristo, independentemente do status ou da posição de alguém. Ele está mostrando que todos, tanto judeus quanto gentios, são pecadores e estão sujeitos ao juízo de Deus, e que a justificação vem somente pela fé em Jesus Cristo.
É essencial lembrar que este texto não é uma simples opinião humana; está registrado na Bíblia. Quando alguém acusa ou julga sem evidências concretas, é importante considerar quem está realmente cometendo o erro.
Experiência Pessoal
Uma vez, um ancião da igreja trouxe à minha atenção acusações infundadas contra mim. Não deixei abalar pela acusação, falei para o ancião:
__Como não posso provar que a acusação que o senhor trouxe para mim é uma mentira. Vou fazer um propósito neste instante: Vou pedir que nesta noite, o Senhor nosso Deus, mostre quem está errado, pois nessa noite, quero que o Senhor nosso Deus, mostre o culpado, Ele vai disparar uma flecha no peito de quem está em pecado, uma dor forte no peito, para mostrar quem está errado, se sou eu ou se é meu acusador.
Na mesma noite o fato aconteceu, e logo pela manhã, o ancião me ligou dizendo:
__Pastor, o propósito que o senhor falou, aconteceu, o acusador teve uma dor intensa no peito, sua mulher achou que ele fosse morrer, chorava de desespero, uma dor insuportável, foi atendido as pressas no hospital.
Os homens podem julgar você, te injuriarem, falarem todo o mal a seu respeito, mas Deus, nosso pai, sempre fará justiça aos que lhe são fieis. Deus não deixará que seus filhos sejam julgados, sem que os acusadores fiquem sem punição.
Para refletir
"Você já parou para pensar no peso do julgamento? Quando apontamos o dedo para os outros, muitas vezes esquecemos que também estamos sob o olhar de Deus. Nos versículos de Romanos 2:1-3, Paulo nos lembra da fragilidade da hipocrisia e da inevitabilidade do juízo divino. É fácil apontar falhas nos outros, mas e quanto às nossas próprias falhas?
Imagine um mundo onde cada um de nós escolhe olhar para si mesmo antes de julgar o próximo. Um mundo onde a compaixão substitui a crítica e a humildade supera o orgulho. Deus não nos chama para julgar, mas para amar e cuidar uns dos outros.
Hoje, quero desafiar você a refletir profundamente sobre suas atitudes. Será que estamos verdadeiramente livres do julgamento de Deus ao condenar os outros? Que possamos escolher a compaixão sobre a condenação e a empatia sobre o julgamento.
Que nossas vidas reflitam a verdadeira justiça, aquela que vem do coração transformado pelo amor de Cristo. Que possamos todos buscar a paz e a reconciliação, sabendo que o julgamento é para Deus e o amor é para nós.
Vamos juntos, ser agentes de perdão e reconciliação neste mundo necessitado de graça. Que nossas ações falem mais alto do que nossas palavras, e que o amor de Cristo nos guie em cada passo. Este é o apelo: escolha o amor, escolha a compaixão, e escolha a paz. O mundo ao nosso redor pode mudar quando mudamos a forma como vemos e interagimos com ele. Vamos começar hoje!"
Portanto, querido leitor, não se deixe enganar por acusações vazias. Confie na palavra de Deus, que sempre revela a verdade no tempo certo.
Johnny C. Francisco
Autor Bíblia Curiosa
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