Na Bíblia, três palavras diferentes são usadas para descrever tipos específicos de vinho no Antigo Testamento:
"Yayin": Esta é a palavra mais comum, aparecendo 140 vezes. É utilizada indistintamente, sem fazer distinção entre vinho fermentado ou não.
"Tirosh": Encontrada 38 vezes na Bíblia, esta palavra indica que o vinho não é fermentado. Às vezes é traduzida como vinho novo ou mosto.
"Shekar": Esta é a terceira palavra usada, com uma conotação negativa, geralmente traduzida como bebida forte. É usada 23 vezes.
Na Septuaginta, a tradução grega do Antigo Testamento, a palavra "oinos" é usada para traduzir tanto "yayin" quanto "tirosh", mas nunca para "shekar" ou bebida forte.
O Antigo Testamento contém várias advertências sobre os perigos do vinho e das bebidas fortes. Os sacerdotes, nazireus e os recabitas foram estritamente proibidos de consumi-lo. O livro de Provérbios está cheio de advertências sobre indulgência com o vinho e bebidas fortes.
No Novo Testamento, três palavras são usadas para descrever vinho:
"Oinos": A mais comum, usada 36 vezes.
"Síkera": Aparece apenas uma vez, em Lucas 1:15.
"Gléukos": Utilizada uma vez, em Atos 2:13.
Embora o grego tenha palavras distintas para diferentes ideias, não há uma distinção clara entre vinho com álcool e sem álcool. "Oinos" é usado tanto para vinho fermentado quanto não fermentado.
Em algumas traduções do Novo Testamento, a palavra "tirosh" é usada para traduzir certas passagens que descrevem vinho. Isso ocorre principalmente quando se refere ao vinho da Santa Ceia. O uso de "tirosh" nessas traduções pode ser interpretado como uma tentativa de destacar a diferença entre o vinho fermentado e o não fermentado.
Na Bíblia, o fermento é frequentemente usado como símbolo de influência maligna, corrupção ou impureza espiritual. Por exemplo, Jesus advertiu os discípulos a "guardarem-se do fermento dos fariseus e dos saduceus" (Mateus 16:6), referindo-se à hipocrisia e à falsidade de seus ensinamentos.
O fermento também é frequentemente associado ao pecado e à corrupção moral. Nas festas judaicas, por exemplo, era uma prática comum remover todo o fermento de suas casas durante a celebração da Páscoa, simbolizando a remoção do pecado e da impureza espiritual.
Paulo também usa a metáfora do fermento em suas epístolas para falar sobre a influência negativa do pecado e da imoralidade nas comunidades cristãs. Em 1 Coríntios 5:6-8, ele escreve: "Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda toda a massa? Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós."
Portanto, na tradição cristã, o fermento é frequentemente entendido como um símbolo do pecado, da hipocrisia, da corrupção moral e da impureza espiritual, e é utilizado para enfatizar a importância da pureza e santidade na vida dos crentes.
O vinho usado por Jesus na Santa Ceia era não alcoólico, pois como o fermento é símbolo do pecado, e o vinho para simbolizar o sangue de Cristo não poderia ser fermentado, o vinho fermentado não pode simbolizar o sangue de Cristo, que estava sem macula ou mancha do pecado. Por isso, o vinho alcoólico usado em algumas igrejas cristãs não representa verdadeiramente o sangue de Cristo, pois Jesus não possuía a macula do pecado.
Johnny C. Francisco
Biblia Curiosa
Fonte imagem: https://www.facebook.com/watch/live/?ref=watch_permalink&v=476535353417065
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