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A Bíblia Curiosa reúne temas fascinantes relacionados à Bíblia, abordando sua origem, formação e autores. Além disso, traz artigos encontrados na internet, escritos pelo autor, e uma variedade de histórias e curiosidades que enriquecem nosso conhecimento. Essas experiências são fundamentais para fortalecer nossa fé e confiança em Deus. Aqui, você encontrará insights valiosos que podem transformar sua jornada espiritual. Desejamos a você uma ótima leitura!

30 março 2010

Texto Massorético

Contexto histórico

O Texto Massorético (MT) é um texto em hebraico do Tanakh, usado no Judaísmo como leitura sagrada, incluindo a Torá e outros livros considerados de inspiração divina. Foi elaborado por um grupo de escribas judeus conhecido como a “Escola de Massorá”, ativo principalmente entre os séculos VI e X d.C. Esses massoretas tinham a missão de reunir e preservar os textos considerados inspirados por Deus em um único escrito, examinando e comparando todos os manuscritos bíblicos conhecidos na época para garantir sua fidelidade. O termo "massorá" deriva da palavra hebraica mesorah (מסורה / מסורת), que significa "tradição", indicando a função desses estudiosos como guardiões da tradição textual.

Ano de publicação
O Texto Massorético foi sistematizado e finalizado aproximadamente entre os séculos IX e X d.C., quando os massoretas completaram a padronização do texto e seus sinais vocálicos. A primeira impressão do texto em formato livreiro ocorreu em 1524, quando Daniel Bomberg, um cristão veneziano, imprimiu o Texto Massorético, o que posteriormente influenciou traduções como a de Lutero para o alemão.

Autor
O texto original tem origem na tradição hebraica antiga, mas a versão massorética é o resultado do trabalho coletivo dos massoretas, principalmente das escolas de Tiberíades, Babilônia e Jerusalém. Entre eles, Aharon ben Asher se destaca por seu sistema de pontuação vocálica. Os massoretas, além de copiar o texto, introduziram um sistema rigoroso de controle de qualidade que envolvia a contagem exata das letras em cada cópia para garantir a fidelidade absoluta.

Criação
Escrito em hebraico antigo, com letra quadrada, o Texto Massorético inclui sinais vocálicos e de cantilação criados pelos massoretas para indicar a pronúncia tradicional, que não estava explícita no texto consonantal original do hebraico. Esta padronização era essencial, pois na época da compilação o hebraico já não era uma língua falada popularmente, e havia dificuldade em manter a pronúncia correta. A metodologia de criação incluía a contagem rigorosa das letras para garantir que as cópias fossem idênticas ao texto original, destruindo qualquer cópia que apresentasse discrepâncias.

Publicação
Antes da invenção da imprensa, o Texto Massorético circulava em manuscritos cuidadosamente copiados. Com a invenção da imprensa no século XV, o texto foi impresso pela primeira vez por Daniel Bomberg em 1524, o que ajudou na disseminação da versão massorética. Esse texto impresso serviu de base para várias traduções protestantes do Velho Testamento, incluindo a tradução de Lutero para o alemão.

Características distintas
O Texto Massorético se destaca pela introdução dos sinais vocálicos e de cantilação, que definem a pronúncia correta e a entonação do texto bíblico. Estes sinais são complementos essenciais ao texto consonantal. Além disso, as notas marginais (massoras) fornecem informações sobre variantes textuais e regras de leitura. A precisão na transmissão do texto era assegurada pela metodologia rigorosa de contagem das letras, que evitava alterações não autorizadas.

Linguagem e estilo
Mantendo o hebraico bíblico original, o Texto Massorético preserva a estrutura, vocabulário e estilo literário antigos. O sistema vocálico criado pelos massoretas não altera o texto consonantal, mas ajuda a garantir uma pronúncia uniforme e correta para a leitura litúrgica.

Importância e influência
O Texto Massorético é a base textual para a maioria das Bíblias hebraicas modernas e influenciou fortemente traduções do Antigo Testamento em diversas línguas. No Judaísmo rabínico, é o texto sagrado autorizado. No protestantismo, muitas traduções do Velho Testamento utilizam o Texto Massorético como base. Em contraste, a Igreja Católica, após o Concílio de Trento (1545-1563), adota a Septuaginta — tradução grega do Antigo Testamento patrocinada por Ptolomeu II do Egito (287 a.C. – 247 a.C.) — como base para seu cânone.

Relação com outras traduções
O Texto Massorético difere da Septuaginta e do Texto Samaritanus em vocabulário, ordem e conteúdo. Essas diferenças são essenciais para os estudos textuais, pois permitem analisar variações e influências entre as versões antigas do Antigo Testamento.

Edições e legados
O Codex Leningradensis (cerca de 1008-1010 d.C.) é o manuscrito completo mais antigo do Texto Massorético e é a base para muitas edições impressas atuais. A edição impressa de Daniel Bomberg em 1524 é outra referência histórica fundamental. O trabalho dos massoretas não só assegurou a preservação fiel do texto bíblico, como também estabeleceu as bases da gramática do hebraico moderno.

Conclusão
O Texto Massorético constitui um marco decisivo na preservação e padronização do texto bíblico hebraico, assegurando sua integridade até os dias atuais. Sua influência transcende o judaísmo e alcança o cristianismo, moldando traduções e interpretações do Antigo Testamento e servindo como uma das fontes mais fiéis e respeitadas para o estudo das Escrituras.


Referências

  • Sáenz-Badillos, Angel. A History of the Hebrew Language. Cambridge University Press, 1993.

  • Tov, Emanuel. Textual Criticism of the Hebrew Bible. Fortress Press, 2012.

  • Würthwein, Ernst. The Text of the Old Testament. Wm. B. Eerdmans Publishing, 2014.

  • Joüon, Paul; Muraoka, Takamitsu. A Grammar of Biblical Hebrew. Pontifical Biblical Institute, 2006.

  • Brotzman, Ellis R. Old Testament Textual Criticism: A Practical Introduction. Baker Academic, 1994.

  • Jewish Encyclopedia. “Masorah.”

  • Ginsburg, Christian David. The Massorah. 1880 edition.

  • Encyclopedia Britannica. Entry on “Massoretic Text.”


Fonte imagem:https://pt.wikipedia.org/wiki/Texto_massor%C3%A9tico

Septuaginta


Contexto histórico
A Septuaginta surgiu no contexto do mundo helenístico entre os séculos III e I a.C., período marcado pela disseminação da cultura e da língua grega após as conquistas de Alexandre, o Grande. Em Alexandria, uma das maiores cidades do Egito e um centro de saber da Antiguidade, havia uma grande comunidade judaica que já não falava hebraico, mas sim o grego koiné, a língua franca do Mediterrâneo oriental. Essa população necessitava de uma versão das Escrituras Hebraicas compreensível, o que levou à tradução da Bíblia hebraica para o grego, adaptando-a a uma nova realidade cultural e linguística.

Ano de publicação
A tradução começou com o Pentateuco por volta de 250 a.C. e estendeu-se ao longo dos dois séculos seguintes, sendo completada de forma progressiva até o século I a.C. Não há um único momento de publicação, pois a tradução se deu por etapas e os livros foram incorporados em diferentes tempos. A nomeação “Septuaginta” como título consolidado para a versão grega só aparece com mais força no século IV ou V d.C., especialmente com Santo Agostinho.

Autor
A Septuaginta foi produzida coletivamente por diversos tradutores judeus. De acordo com a tradição da pseudepigráfica “Carta de Aristeias”, 72 sábios judeus teriam sido convocados pelo rei Ptolomeu II Filadelfo para traduzir a Torá para o grego em Alexandria, resultando milagrosamente em versões idênticas feitas de forma independente. Essa história lendária visava atribuir autoridade divina ao texto. A realidade histórica, porém, aponta para diferentes tradutores, com variações estilísticas e teológicas entre os livros.

Criação
A criação da Septuaginta foi motivada pela necessidade dos judeus da Diáspora de manterem contato com sua tradição religiosa em uma língua que compreendiam. O trabalho teve início com o Pentateuco e depois avançou para os demais livros. A qualidade das traduções variava: alguns textos foram traduzidos de forma literal, outros com paráfrases ou mesmo reinterpretações. Muitos livros foram retraduzidos ou revisados, e alguns, como Sabedoria e 2 Macabeus, já foram compostos originalmente em grego. Há variações significativas de extensão e conteúdo em livros como Daniel e Ester, mais longos que suas versões no texto massorético. O cânon da Septuaginta incluía livros que não entraram na Bíblia Hebraica, como Eclesiástico, Judite, Tobias e os livros dos Macabeus.

Publicação
A Septuaginta não teve uma publicação formal em sua origem. Ela foi transmitida manuscritamente e amplamente usada entre judeus helenizados e cristãos primitivos. Os códices mais antigos contendo a Septuaginta são o Codex Vaticanus, o Codex Sinaiticus e o Codex Alexandrinus, todos do século IV d.C. As primeiras edições impressas surgiram no Renascimento, como a Bíblia Poliglota Complutense (1514–1517), a edição aldina (1518, Veneza), e a edição romana ou sistina (1586), baseada no Codex Vaticanus.

Características distintas
A Septuaginta é a tradução mais antiga da Bíblia Hebraica e contém livros e passagens ausentes do texto hebraico tradicional. Em muitos casos, seu conteúdo diverge significativamente do texto massorético, refletindo tradições textuais diferentes ou interpretações teológicas específicas. Ela introduziu um cânon mais amplo que influenciou profundamente o cristianismo e permanece como base textual das Bíblias das Igrejas Ortodoxas. É também a primeira tradução bíblica conhecida a apresentar um corpus em grego koiné.

Linguagem e estilo
Escrito em grego koiné, o estilo da Septuaginta varia amplamente. O Pentateuco foi bem traduzido e preserva uma estrutura clara e coerente. Em contrapartida, livros poéticos e proféticos muitas vezes apresentam traduções menos precisas, com dificuldades linguísticas e até absurdos textuais. Há livros cuja linguagem é mais refinada e adaptada à cultura helenística, enquanto outros preservam um estilo semítico mais rígido. Essa variação reflete tanto o tempo longo de produção quanto as diferentes competências dos tradutores.

Importância e influência
A Septuaginta teve impacto profundo na tradição cristã. Foi a versão do Antigo Testamento usada pelos primeiros cristãos, inclusive pelos autores do Novo Testamento, que frequentemente citam diretamente seu texto. Foi considerada inspirada por autores antigos como Fílon de Alexandria e Flávio Josefo. Padres da Igreja como Orígenes, Jerônimo e Agostinho também a reconheceram como valiosa. Serviu como base para traduções para o latim, copta, siríaco, armênio, georgiano e eslavônico. Embora abandonada pelo judaísmo rabínico a partir do século II d.C., estudos recentes e descobertas como os Manuscritos do Mar Morto renovaram o interesse acadêmico, revelando que alguns textos da Septuaginta podem preservar tradições hebraicas alternativas ao texto massorético.

Relação com outras traduções
A Septuaginta foi a base para muitas traduções antigas, como a Vetus Latina, usada antes da Vulgata. Jerônimo, ao traduzir a Vulgata, inicialmente baseou-se nela antes de recorrer ao hebraico. Também influenciou traduções orientais e liturgias cristãs. As versões eslavas, armênias, georgianas e coptas derivam em grande parte da Septuaginta. Embora traduções protestantes posteriores tenham preferido o texto massorético, muitas incluem os chamados “apócrifos” ou “deuterocanônicos”, que provêm da LXX, em seções separadas.

Edições e legados
Todas as edições impressas da Septuaginta derivam de três códices principais. A Bíblia Poliglota Complutense foi a primeira edição impressa, baseada em manuscritos hoje perdidos, mas muito próxima aos mais antigos. A edição aldina (Veneza, 1518) segue mais de perto o Codex Vaticanus. A edição sistina (1586), promovida pelo Papa Sisto V, foi fundamental para as revisões da Vulgata latina no pós-Trento. Seguiram-se edições importantes, como as de Holmes e Pearson (1798–1827), as sete edições de Tischendorf (1850–1887) e as quatro edições de Henry Swete (1887–1909). A edição de Grabe (1707–1720) baseou-se parcialmente no Codex Alexandrinus.

Conclusão
A Septuaginta é uma obra monumental da história da Bíblia e da cultura judaico-cristã. Sua criação reflete um momento de transição linguística e cultural que exigiu a adaptação da fé ao mundo helenizado. Influenciou profundamente o cristianismo, moldando sua teologia e seu cânon bíblico. Apesar das controvérsias modernas sobre sua definição e existência como versão unificada, seu legado é indiscutível. Permanece essencial para estudos bíblicos, história textual e compreensão das tradições judaicas e cristãs antigas. A Septuaginta não é apenas uma tradução — é uma ponte entre mundos e um testemunho da diversidade e fluidez da transmissão das Escrituras.

Referências

  1. Carta de Aristeias (pseudepígrafo), relato lendário sobre a tradução da Torá para o grego.

  2. Jones, F.F. & Silva, M. Invitation to the Septuagint, 2010.

  3. Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas, 12.57 e 12.86.

  4. Tov, Emanuel. Textual Criticism of the Hebrew Bible, 2012.

  5. Saldarini, Anthony J. Pharisees, Scribes and Sadducees in Palestinian Society, 2001.

  6. Charlesworth, James H. The Old Testament Pseudepigrapha, 1983.

  7. Collins, John J. Introduction to the Hebrew Bible, 2004.

  8. Tov, Emanuel. The Septuagint Translation of Jeremiah and Baruch, 1999.

  9. Liddell, H.G. & Scott, R. A Greek-English Lexicon, 1940.

  10. Augustine de Hippo, A Cidade de Deus, Livro XVIII, capítulo 42.

  11. Philo de Alexandria, De Vita Mosis; Megillah 9a-b (Talmude Babilônico).

  12. Biblia Poliglota Complutense, 1514–1517.

  13. Holmes, F.L. & Pearson, H.J. Septuaginta, Oxford, 1798–1827.

  14. Tischendorf, Constantin von, edições da Septuaginta, Leipzig, 1850–1887.

  15. Swete, Henry Barclay, The Old Testament in Greek, Cambridge, 1887–1909.

  16. Grabe, John Ernest, Septuaginta, Oxford, 1707–1720.


Fonte imagem:https://cursoaleftav.com.br/porque-o-povo-da-alianca-rejeita-a-septuaginta/

Vulgata


A Vulgata é uma das obras mais importantes da tradição cristã ocidental. Mais do que uma simples tradução da Bíblia, ela representa um esforço monumental de tornar as Escrituras acessíveis, compreensíveis e liturgicamente adequadas ao povo da época. Mas o que exatamente é a Vulgata? Como ela surgiu? E por que continua sendo tão relevante mesmo após séculos? Neste artigo, vamos explorar tudo isso.

O que significa “Vulgata”?

O termo "Vulgata" vem de expressões latinas como vulgata editio, vulgata versio ou vulgata lectio, significando literalmente “edição/divulgação popular”. Ou seja, trata-se da versão mais difundida e aceita de um texto – no caso, a Bíblia.

Essa tradução para o latim ganhou este nome porque foi pensada para o povo comum, num latim acessível, em contraste com o latim clássico e literário de autores como Cícero.

Contexto histórico: a transição do grego ao latim

Nos primeiros séculos do cristianismo, a maior parte dos textos sagrados circulava em grego koiné, a língua franca do Império Romano oriental. O próprio Novo Testamento foi inteiramente escrito em grego, incluindo cartas como a Epístola aos Romanos de São Paulo.

No entanto, com a expansão do cristianismo no Ocidente, onde o latim era dominante, surgiu a necessidade de uma tradução das Escrituras para essa nova língua do povo. Assim, no século IV, o papa Dâmaso I encarregou São Jerônimo de revisar as antigas traduções latinas (conhecidas como Vetus Latina) e produzir uma versão mais fiel e acessível.

São Jerônimo e a criação da Vulgata

Entre os anos 382 e 405 d.C., Jerônimo traduziu os Evangelhos a partir do grego e, posteriormente, dedicou-se ao Antigo Testamento, utilizando os textos hebraicos originais — um feito notável para a época. Ele vivia em Belém, e ali se dedicou ao estudo profundo da Bíblia em suas línguas originais.

Além da tradução, Jerônimo escreveu diversos prólogos críticos, destinados a estudiosos e não ao público leigo. O mais famoso é o Prologus Galeatus, onde ele defende a autoridade do cânon hebraico de 22 livros. Mesmo assim, ele incluiu na tradução os livros deuterocanônicos, como Judite, Sabedoria e Eclesiástico, sobre os quais demonstrou posterior aceitação em suas cartas.

Outro prólogo interessante, de autoria desconhecida, é o Primum Quaeritur, que defende a autoria paulina da Carta aos Hebreus.

Características da Vulgata

A Vulgata foi elaborada para ser mais exata e compreensível do que suas predecessoras. Suas características principais incluem:

  • Fidelidade aos textos originais, especialmente o hebraico para o Antigo Testamento.

  • Latim acessível, conhecido como sermo humilis (linguagem humilde), que contrastava com o latim literário clássico.

  • Clareza teológica e pastoral, sem abrir mão da beleza estilística em passagens como os Salmos ou os Evangelhos.

  • Inclusão dos deuterocanônicos, mesmo após hesitações iniciais de Jerônimo.

Oficialização e evolução da Vulgata

A Vulgata se espalhou amplamente pela Europa medieval, tornando-se a versão padrão da Bíblia na Igreja Católica. No século XVI, durante a Reforma Protestante, a Igreja viu a necessidade de consolidar um texto único e confiável.

Assim, o Concílio de Trento (1546) oficializou a Vulgata como a Bíblia oficial da Igreja Católica, com base em manuscritos disponíveis. Essa versão ficou conhecida como Vulgata Clementina, promulgada em 1592 pelo Papa Clemente VIII.

Com o tempo, surgiram novas edições críticas, como a Vulgata de Stuttgart (1969), voltada para estudos acadêmicos.

A Nova Vulgata

Após o Concílio Vaticano II, o Papa Paulo VI iniciou uma revisão do texto latino da Bíblia, atualizando-o com base em avanços linguísticos e descobertas manuscritas. O resultado foi a Nova Vulgata, concluída em 1975 e promulgada oficialmente em 1979 pelo Papa João Paulo II.

A Nova Vulgata continua sendo, até hoje, a versão oficial da Bíblia da Igreja Católica, usada especialmente na liturgia.

Influência e legado da Vulgata

A influência da Vulgata é imensurável. Durante mais de mil anos, ela moldou:

  • A teologia católica, incluindo obras de Santo Agostinho, São Tomás de Aquino e outros teólogos medievais.

  • A literatura e a arte europeia, desde Dante Alighieri até a Bíblia de Gutenberg (1455), o primeiro livro impresso no Ocidente.

  • Traduções vernáculas, como a Bíblia de Wycliffe (inglês), a de Lutero (alemão) e as modernas traduções católicas.

Mesmo hoje, a Vulgata continua a inspirar edições modernas, estudos linguísticos e debates teológicos.

Conclusão

A Vulgata não é apenas uma tradução da Bíblia — é um monumento da fé cristã e da cultura ocidental. Sua criação, evolução e permanência mostram como a tradição pode dialogar com a erudição e a pastoralidade.

Seja na versão Clementina, na crítica de Stuttgart ou na Nova Vulgata, essa obra milenar continua a ser uma ponte entre os textos sagrados e os povos que buscam compreendê-los com profundidade.

Se você gostou deste conteúdo e quer saber mais sobre as edições da Vulgata ou outras traduções bíblicas, deixe um comentário! 

Referências

  • Jerônimo, São. Prologus Galeatus e outros prólogos. Disponível em: Documenta Catholica Omnia

  • Vulgata Clementina (1592). Texto oficial da Igreja Católica. Acesso digital na Biblioteca Digital Mundial

  • Nova Vulgata (1979). Texto oficial da Igreja para uso litúrgico. Disponível no Vaticano: Nova Vulgata PDF

  • Metzger, Bruce M. The Early Versions of the New Testament. Oxford University Press, 1977.

  • Ehrman, Bart D. The Orthodox Corruption of Scripture. Oxford University Press, 1993.

  • Vetus Latina e traduções antigas da Bíblia. Disponível em: New Advent - Catholic Encyclopedia

  • Biblia Vulgata Stuttgart Edition (1969). Disponível para estudos: Bible Gateway

Bíblia



Foi São Jerónimo, tradutor da Vulgata latina, que chamou pela primeira vez ao conjunto dos livros do Antigo Testamento e Novo Testamento de "Biblioteca Divina". A Bíblia é uma coleção de livros catalogados, considerados como divinamente inspirados pelas três grandes religiões dos filhos de Abraão (além do cristianismo e do judaísmo, o islamismo). São, por isso, conhecidas como as "religiões do Livro". É sinónimo de "Escrituras Sagradas" e "Palavra de Deus".

As diversas igrejas cristãs possuem algumas divergências quanto aos seus cânones sagrados.

As igrejas cristãs protestantes possuem 39 livros no Antigo Testamento como parte do cânone de suas Bíblias.

A Igreja Católica possui 46 livros no Antigo Testamento como parte de seu cânone bíblico (os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico (ou Sirácides), Baruque, I Macabeus e II Macabeus, e alguns trechos nos livros de Ester e de Daniel). Estes textos são chamados deuterocanónicos (ou "do segundo cânon") pela Igreja Católica.

As igrejas cristãs ortodoxas, e as outras igrejas orientais, aceitam, além de todos estes já citados, outros dois livros de Esdras, outros dois dos Macabeus, a Oração de Manassés, e alguns capítulos a mais no final do livro dos Salmos (um nas Bíblias das igrejas de tradição grega, cóptica, eslava e bizantina, e cinco nas Bíblias das igrejas de tradição siríaca).[2]

As igrejas cristãs protestantes, dentre outros grupos, consideraram os textos deuterocanónicos como apócrifos. Mas alguns deles os reconhecem como leitura proveitosa e moralizadora, além do valor histórico dos livros dos Macabeus. E algumas importantes Bíblias protestantes, como a Bíblia do Rei Tiago e a Bíblia espanhola Reina-Valera, os contêm ao menos nalgumas das suas edições.

Quanto ao Novo Testamento, todos os cristãos são unânimes em aceitar o Novo Testamento com seus 27 escritos.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

25 março 2010

A NATUREZA REVELA QUE DEUS É AMOR











E mais uma............................ A seguinte foto é comovente...

A Dobermam está grávida.

O bombeiro acabou de salvá-la de um incêndio em sua casa, colocando-a no jardim, e continuou com a luta contra o fogo.

Quando finalmente terminou , sentou-se para tomar ar e descansar.

Um fotógrafo notou que a cachorra olhava seu salvador de longe. E a viu caminhar direto ao bombeiro e ficou se perguntando o que ela iria fazer.

O fotógrafo captou o exato momento em que a mesma lambeu o homem em agradecimento!

16 março 2010

DEUS CAPACITA OS ESCOLHIDOS

Conta certa lenda, que estavam duas crianças patinando num lago congelado.
Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam despreocupadas.
De repente, o gelo se quebrou e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou.
A outra, vendo seu amiguinho preso
e se congelando, tirou um dos patins
e começou a golpear o gelo com todas
as suas forças, conseguindo por fim
quebrá-lo e libertar o amigo.
Quando os bombeiros chegaram
e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:
- Como você conseguiu fazer isso?
É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!
Nesse instante, um ancião que passava pelo local, comentou:
- Eu sei como ele conseguiu.
Todos perguntaram:
- Pode nos dizer como?
- É simples - respondeu o velho.
- Não havia ninguém ao seu redor, para lhe dizer que não seria capaz.

"Deus nos fez perfeitos e não escolhe os capacitados,

CAPACITA OS ESCOLHIDOS.
Fazer ou não fazer algo só depende
de nossa vontade e perseverança

Mt 22:14- Porque muitos são chamados.
MAS POUCOS OS ESCOLHIDOS.

Confie...

As coisas acontecem na hora certa.
Exatamente quando devem acontecer!
Momentos felizes, louve a Deus.
Momentos difíceis, busque a Deus.
Momentos silenciosos, adore a Deus.
Momentos dolorosos, confie em Deus.
Cada momento, agradeça a Deus.

08 março 2010

A submissão da mulher ao marido – Efésios 5:22



Veja o relato a seguir:

“Meu marido toma algumas decisões e não considera os meus sentimentos e opiniões. Constantemente cita os textos bíblicos em que a mulher deve ser submissa ao homem. Devo me submeter até que ponto?” I. Q., por e-mail.

A seguir, as orientações bíblicas dadas a ela:

O seu esposo está com uma compreensão equivocada do que significa a submissão da mulher ao marido. E, se ele não mudar os conceitos, o casamento de vocês estará em sério risco. Levando-se em conta também o verso 21 do capítulo 5 (que muitos não fazem questão de ler…), o assunto ficará mais bem esclarecido: “sujeitando-VOS UNS AOS OUTROS no temor de Cristo.”

Veja que o marido também deve SE SUJEITAR a sua esposa, “no temor de Cristo”. Sujeitar a ela as suas afeições, seu amor e torná-la parte importante de sua vida.

Alguns se apóiam apenas nos versos 22 e 23 de Efésios 5 para defender a ideia antibíblica de que a mulher, por ser submissa, “não precisa tomar parte nas decisões do lar”. É necessário ler TODO O CONTEXTO DOS VERSOS e, ao mesmo tempo, lembrar que, para, Deus marido e mulher formam “uma só carne” (Gênesis 2:24; Mateus 19:5). Isto envolve uma união íntima, sexual, e também união em outros aspectos da vida conjugal, inclusive no tomar decisões. Isto é uma demonstração de amor, interesse e respeito.

Quando levamos também em conta os versos 25-33 de Efésios 5, vemos que A SUBMISSÃO A QUE A BÍBLIA SE REFERE É AQUELA BASEADA NO AMOR DO MARIDO. E esta submissão é do mesmo tipo de submissão que a igreja tem para com Cristo. A submissão é um respeito pelo marido, um reconhecimento de que ele é o CABEÇA do lar. Ao mesmo tempo, o esposo não deve se esquecer que a esposa é o CORAÇÃO do lar.

Pergunto: Cristo é um carrasco para a igreja? Não a deixa tomar as decisões com Ele? De modo algum! Jesus AMA A IGREJA COMO A SI MESMO! DO MESMO MODO, OS MARIDOS DEVEM AMAR AS SUAS EPOSAS. DA MESMA MANEIRA QUE CRISTO CUIDA DE SUA IGREJA O MARIDO DEVE CUIDAR DA SUA MULHER.

O matrimônio simboliza a união entre Cristo e a igreja, é algo sagrado. Peça ao seu marido para ler estes textos, refletir e pedir a Deus ajuda para que possa a tratar DO MESMO MODO QUE CRISTO TRATA A SUA ESPOSA, A IGREJA.

JUNTOS, vocês podem vencer na vida conjugal.

Despeço-me com alguns versos para reflexão:

“Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama”. Efésios 5:28

“Não obstante, vós, cada um de per si também ame a própria esposa como a si mesmo, e a esposa respeite ao marido”. Efésios 5:33.

Fonte: http://www.novotempo.org.br/namiradaverdade/?p=334
Fonte imagem: https://redacaonline.com.br/blog/tema-de-redacao-a-submissao-feminina-na-sociedade/

Os animais irão para o Céu?



Gostaria de saber o que a Bíblia diz em relação aos animais e a ressurreição, já que esta menciona que no dia do arrebatamento, apenas as pessoas escolhidas serão irão para o Céu. Os animais serão destruídos juntamente com os maus ou Deus criará outros?…

Realmente, a Bíblia não menciona a ressurreição dos animais. Podemos ler apenas citações sobre a ressurreição dos justos para a salvação e acerca da ressurreição dos maus para a perdição (João 5:28 e 29; Apocalipse 20:5 e 6, etc.).

Conquanto as Escrituras não confirmem a existência de animais no Céu, afirmam que eles existirão na Nova Terra. Eis alguns textos que você poderá ler em sua Bíblia sobre o assunto: Isaías 11:6-9; Isaías 65:17 e 25.

Não temos como explicar plenamente como Deus trará os animais à existência na Nova Terra. O que encontramos na Bíblia é um Deus amoroso, que se preocupa com todos os animaizinhos, por menores que sejam. Veja:

“Lembrou-se Deus (aqui o termo indica o interesse de Deus e Sua graça em favor de alguém) de Noé e de todos os animais selváticos e de todos os animais domésticos que com ele estavam na arca…” Gênesis 8:1. Ao orientar Noé a sair da arca, além de abençoar a raça humana o Senhor abençoou também os animais (Gênesis 8:15-17).

“Se encontrares desgarrado o boi do teu inimigo ou o seu jumento, lho conduzirás. Se vires prostrado debaixo da sua cerca o jumento daquele que te aborrece, não o abandonarás, mas ajudá-lo-ás a erguê-lo” Êxodo 23:4 e 5.

“Seis anos semearás a tua terra e recolherás os seus frutos; porém, no sétimo ano, a deixarás descansar e não a cultivarás, para que os pobres do teu povo achem o que comer, e do sobejo comam os animais do campo…” Êxodo 23:11.

“Seis dias farás a tua obra, mas, ao sétimo dia, descansarás; para que descanse o teu boi e o teu jumento…” Êxodo 23:12. Mesmo os animais devem ter o direito ao repouso sabático! (Conferir Êxodo 20:8-11).

“Quando nascer o boi, ou cordeiro, ou cabra, sete dias estará com a mãe; do oitavo dia em diante, será aceito por oferta…” Levítico 22:27. Aqui vemos que um animal recém nascido não era aceito como oferta. Deus queria que ele ficasse com a mãe. Ver também Êxodo 22:30.

“Se de caminho encontrares algum ninho de ave, nalguma árvore ou no chão, com passarinhos, ou ovos, e a mãe sobre os passarinhos ou sobre os ovos, não tomarás a mãe com os filhotes…” Deuteronômio 22:6 (conferir também o verso 7, que mostra a preocupação de Deus com a preservação das espécies ).

“Não atarás a boca ao boi quando debulha” Deuteronômio 25:4. Deus não queria que o boi fosse maltratado. Ao debulhar espigas na frente dele, com certeza iria salivar de tanta vontade de comer.

“Os leõezinhos rugem pela presa e buscam de Deus o sustento” Salmo 104:21.

“Tornou o Senhor: tens compaixão da planta que te não custou trabalho, a qual não fizeste crescer, que numa noite nasceu e numa noite pereceu; e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda, e também muitos animais?” Jonas 4:10 e 11.

“Não se vendem cinco pardais por dois asses? Entretanto, nenhum deles está em esquecimento diante de Deus” Lucas 12:6.

“Observai os corvos, os quais não semeiam, nem ceifam, não têm despensa nem celeiros; todavia, Deus os sustenta…” Lucas 12:24.

Além disso, a Bíblia diz que os filhos de Deus têm responsabilidades para com os animais: “o justo atenta para a vida dos seus animais, mas o coração dos perversos é cruel” Provérbios 12:10. A escritora cristã Ellen G. White assim se expressou a respeito:

“É por causa do pecado do homem que “toda a criação geme e está juntamente com dores de parto”. Rom. 8:22. O sofrimento e a morte foram assim impostos não somente ao gênero humano, mas aos animais. Certamente, pois, ao homem toca procurar aliviar o peso do sofrimento que sua transgressão acarretou sobre as criaturas de Deus, em vez de aumentá-lo. Aquele que maltrata os animais porque os tem em seu poder, é tão covarde quanto tirano. A disposição para causar dor, quer seja ao nosso semelhante quer aos seres irracionais, é satânica. Muitos não compreendem que sua crueldade haja de ser conhecida, porque os pobres animais mudos não a podem revelar. Mas, se os olhos desses homens pudessem abrir-se como os de Balaão, veriam um anjo de Deus, em pé, como testemunha, para atestar contra eles no tribunal celestial. Um relatório sobe ao Céu, e aproxima-se o dia em que se pronunciará juízo contra os que maltratam as criaturas de Deus” Patriarcas e Profetas, pág. 443 (Grifos acrescentados).

A Palavra de Deus também afirma que um dia o Criador virá a este mundo para dar o castigo àqueles que destroem a natureza (plantas, animais, rios, etc.): “na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, assim aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra” Apocalipse 11:18.

Todos esses versos (entre outros) são bem claros: Deus ama muito os animais e se preocupa com o bem estar de cada um deles. Isso indica que o Criador tem bons planos para tais criaturinhas. Não há como ter dúvidas.

Não podemos afirmar com base na Bíblia que teremos o mesmo animalzinho de estimação na Nova Terra e muito menos que não o teremos! Os textos que lemos devem nos confortar com a certeza de que Deus fará aquilo que for melhor para a nossa felicidade. Com toda a certeza, nosso Criador tem poder para recriar o mesmo animalzinho de estimação que um dia perdemos.

No mundo restaurado teremos muitas surpresas; por que nos admirarmos de que o Senhor possa querer alegrar Seus filhos com os animais domésticos que tanto lhes fizeram bem? Gosto muito de ver a Deus como um pai que se alegra em dar ao seu filho um presente que ele menos espera.

Confie no amor de Deus e descanse em Suas promessas. O que Ele fez na cruz do calvário (João 3:16; Romanos 5:6-8) é suficiente para nos provar que o Seu amor por todas as Suas criaturas é infinito.

Fonte: http://www.novotempo.org.br/namiradaverdade/?p=269

É impossível o arrependimento de acordo com Hebreus 6:4-6?

A seguir, disponibilizo a resposta do Prof. Pedro Apolinário (que hoje descansa no Senhor) sobre um texto que tem deixado muitos cristãos perplexos. Foi extraída e adaptada do livro “Leia e Compreenda Melhor a Bíblia” (agosto de 1985 – segunda edição ampliada), pág. 111-114.

Tenho certeza de que o estudo contextualizado de Hebreus 6 lhe dará esperança e a certeza do amor de Deus por cada pecador – não importa o quanto tenha ido longe (desde que se arrependa)!

Vamos ao estudo do professor Apolinário:

Em Hebreus 6:4-6 lemos: “É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia”.

Estes versos, através dos séculos, têm deixado seus leitores angustiados e perplexos, por que a primeira vista parecem ensinar que não há esperança de arrependimento ou de aceitação divina para aqueles que aceitaram a Cristo e depois O rejeitaram.

Para melhor compreensão do problema, Hebreus 6:4 deve ser estudado juntamente com as declarações que tratam do mesmo assunto em Hebreus 10: 26-31 e 12: 15-17; 25-29.

Há várias interpretações sugeridas para solucionar os aparentes paradoxos desta passagem com as demais doutrinas escriturísticas, destacando-se entre estas as arminianas e as calvinistas, apresentadas por Russell Champlin em O Novo Testamento Interpretado, vol. 5, págs 537 e 538.

Em uma coisa os comentaristas estão de acordo: há neste trecho referências ao pecado da apostasia.

Declara o Comentário Bíblico Adventista do 7º Dia: “Entre as várias opiniões que têm sido sugeridas, duas são dignas de consideração:

“1o) Que a apostasia aqui referida é o ato de cometer o pecado imperdoável (Mateus 12:31-32), uma vez que esta é a única forma de apostasia que é sem esperança;

“2o) Que a passagem corretamente compreendida não ensina a absoluta desesperança da apostasia aqui descrita, mas uma desesperança condicional (Hebreus 6:6). A maioria dos comentaristas aceita a primeira alternativa, embora a segunda tenha méritos e possa ser baseada no grego”.

Como bem salientou Cotton: “nada pode existir nesta passagem que nos leve a duvidar da total misericórdia de Deus, pois do contrário, esta passagem destruiria o evangelho”.

Deduzimos da leitura de Hebreus 6:4-6 e das outras passagens correlatas, que Paulo fala de pessoas que propositadamente rejeitaram a Cristo e os princípios do evangelho.

As afirmações aqui consignadas pelo apóstolo trouxeram sérios problemas para a igreja cristã, especialmente durante as perseguições, quando alguns fraquejaram e posteriormente arrependidos de terem sido tíbios na fé quiseram voltar. E, infelizmente, muitas comunidades cristãs não queriam aceitá-los escudados em Hebreus 6:6.

A seguinte verdade não pode ser esquecida: Cristo está sempre de braços abertos para receber o mais indigno pecador, que reconhece o erro e apela pelo perdão, como nos relata Mateus 18:22 e se comprova na triste experiência de Pedro. Em contrapartida, outra verdade escriturística deve ser lembrada: não há esperança para quem consciente e deliberadamente rejeita os ensinamentos de Cristo e o seu sacrifício vicário em nosso favor.

Fonte:http://www.novotempo.org.br/namiradaverdade/?p=262

Deus criou o mal? Isaías 45:7



Sinto-me honrado em saber que Deus usa o programa para dar as respostas que você precisa meu irmão. Não tenha dúvidas de que o Senhor o tirará do deserto e o colocará sobre o “rio da água da vida” – o Espírito Santo – (Joao 7:37-39) a fim de você ser refrescado e encontrar alívio. Continue em sua busca por Jesus peça-Lhe forças para vencer o que o atrapalha de seguir adiante. Filipenses 2:13 diz que é Ele que efetua em você (e em mim) o querer e o fazer coisas boas. Portanto, basta pedir e o Senhor atuará lá no fundo da sua mente, refinando seus gostos e o auxiliando até obter a vitória que tanto almeja!

Isaías 45:7, a princípio, parece contradizer 1 João 4:8, 16, Tiago 1:13, etc. Mas, quando entendemos o significado da palavra hebraica para “mal” empregada no texto, o aparente problema fica resolvido. Vou lhe ajudar:

A palavra hebraica para designar mal no verso é ‘ra e significa: “mal moral”, “a natureza perversa” e também “males como inundações, terremotos, tempestades de granizo”. Nesse contexto, ao compararmos com Isaías 47:11, vemos o termo “mal” se refere à “desolação” e às “calamidades” que Deus permitiria vir sobre os babilônicos por não terem se arrependido dos pecados deles! Leiamos Isaías 47:11:

“Pelo que sobre ti virá o mal que por encantamentos não saberás conjurar; tal calamidade cairá sobre ti, da qual por expiação não te poderás livrar; porque sobre ti, de repente, virá tamanha desolação, como não imaginavas.” (Grifo acrescentado)

O Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia comenta sobre Isaías 45:7:

“Crio o mal – Deus é o autor da luz e da paz. Ele permite o mal para que os homens e os anjos possam testificar o resultado do afastamento dos eternos princípios da justiça. Na Escritura, Deus muitas vezes é representado como causando aquilo que ele não evita”em> (Grifos acrescentados).

Aqui é exposto um princípio muito importante para análise do texto: o idiomatismo hebraico (forma de os hebreus se expressarem) apresenta Deus fazendo coisas que na verdade Ele não impede de acontecerem. Esse é o caso de 1 Samuel 16:14.

Quando entendemos o termo no original e a forma como o hebreu se expressa (apresenta Deus a fazer algo, mas, que na verdade Ele não impediu), conseguimos entender tais questões difíceis. E, quando lemos o contexto geral das Escrituras, concluímos que Deus realmente não é o autor do mal moral, mas sim que Ele permite que calamidades e desolações sobrevenham a nações rebeldes (Isaías 45:7 e 47:11):

“Pois tu não és Deus que se agrade com a iniqüidade, e contigo não subsiste o mal.” Salmo 5:4.

Fonte: http://www.novotempo.org.br/namiradaverdade/?p=259

Miguel não é mais que um título do Divino Jesus!



by leandro.quadros on 24/06/09 at 1:23 pm

O nome Miguel significa: “Quem é semelhante a Deus?”. É um desafio a satanás que, desde o princípio, quis ser igual ao Criador (Isaías 14:12-14). Sempre que Miguel é mencionado na Bíblia, se refere à pessoa de Jesus como Comandante dos exércitos celestiais em direta disputa com Satanás. Para nossa felicidade eterna, Miguel sempre sai vitorioso. Leia: Judas 9; Daniel 10:13, 21;12:1; Apocalipse 12:7.

Detalhe: quando nós Adventistas afirmamos que Miguel significa “semelhante a Deus”, no original e para a cultura hebraica, entendemos que “semelhante” significa “igual” (ver João 5:18; 19:7).

Miguel, portanto, é um dos nomes de honra de Jesus e em nada interfere na Divindade dEle. Por isso, é injusta a comparação que alguns “apologistas” modernos fazem entre os Adventistas e as Testemunhas de Jeová, que usam o argumento de que Cristo é “Miguel” para “provar” que Ele é uma “criatura”.

Sendo Jesus chamado de o “arcanjo” (e até de anjo algumas vezes, como veremos a seguir) nas Escrituras, isto não O torna “anjo” no sentido de criatura, assim como o fato de Ele ser chamado de cordeiro (João 1:29) e leão (Apocalipse 5:5) não o torna animal. Da mesma forma que estes nomes simbólicos se referem a determinadas funções de Jesus, os termos “arcanjo” e “anjo”, também. Anjo significa “mensageiro” e Jesus é o “mensageiro de Deus Pai” à humanidade, o Mensageiro que comunica as boas notícias de Salvação!

Portanto, para os Adventistas do Sétimo Dia e demais cristãos ortodoxos, Jesus é Deus no mais pleno sentido da palavra. A Bíblia não deixa dúvidas: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez”. João 1:1-3. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”. João 1:14. “Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste”. Colossenses 1:15-17. “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”. Filipenses 2:5-11.

E o texto de Judas 9? Se o aplicarmos a Jesus não estaríamos rebaixando a Sua autoridade perante Satanás?

“Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda!” Judas 1:9.

Este texto não rebaixa a autoridade de Jesus, mas contém uma preciosa lição para nós cristãos. Cristo, mesmo sendo Deus, não respondeu a diabo da mesma forma: não se rebaixou a ponto de proferir palavras de difamação ao diabo, mesmo (Cristo) falando com autoridade. A natureza perfeita de Jesus não permite que Ele faça uso do mesmo comportamento do inimigo (proferir palavras malignas, juízo infamatório, como diz o texto – compare-o com Filipenses 2:5-8 e veja o contraste entre caráter de satanás e o caráter humilde de Cristo).

Em certa ocasião, Deus Pai, mesmo sendo poderoso, não optou por expulsar de vez Satanás de Sua presença. (Ler Jó 1:6-12). Do mesmo modo que o Pai não perdeu Sua autoridade Divina por ter permitido que Satanás dialogasse, Jesus não perde a autoridade dEle pelo fato de deixar o diabo falar e por não querer (Jesus) fazer parte daquele tipo de palavreado maldoso. Jesus é um Deus de classe.

Leia Zacarias 3:1-8, especialmente o verso dois. Poderá confirmar que o “Anjo do Senhor” (termo usado em referência ao próprio Cristo) é Miguel em Judas 9.

E Daniel 10:13? A expressão “um dos primeiros príncipes” não estaria sugerindo que há outros no mesmo pé de igualdade que Miguel, ou seja, que este ser é um anjo mesmo?

Conquanto Miguel seja chamado de “um dos primeiros príncipes” isso não O coloca no mesmo pé de igualdade que os demais anjos. No Céu há uma hierarquia de anjos (há querubins, serafins…), cada um com um papel a desempenhar na adoração a Deus e no plano da salvação (Hebreus 1:14). Se Jesus escolheu alguns anjos para serem príncipes com Ele no governo dos demais anjos (sendo Ele o Príncipe Supremo), que problema haveria em Ele ser chamado de “um dos primeiros príncipes”? Não há dificuldades em Jesus ser o Príncipe Principal (por ser Deus) e estabelecer outros seres abaixo dele, com o mesmo nível de governo, para dirigir os anjos. Isto em nada afeta a autoridade Divina do nosso Salvador.

O pastor americano Mark Finley em seu livro Revelando os Mistérios de Daniel, pág. 125, traz uma informação importante: há traduções (em inglês) que traduzem Daniel 10:13 da seguinte forma: “o primeiro dos príncipes”.

Interessante é que não são apenas os Adventistas do Sétimo Dia que identificam Miguel com Jesus Cristo. Comentaristas como João Calvino, Matthew Henry, entre outros, tiveram a mesma opinião! (Disponibilizarei no blog várias citações deles que constam no livro “Questões Sobre Doutrina” – Casa Publicadora Brasileira).

Também é importante salientar que a mesma Bíblia que chama a Miguel de “um dos primeiros príncipes” diz ser Ele “o vosso príncipe” (Daniel 10:21) e “o grande príncipe” (Daniel 12:1). Comparando estes textos com Isaías 9:6 e Atos 5:31 (preste atenção no termo “príncipe”), não podemos ter dúvidas de que o Ser mencionado em Daniel 10:13 mencionado é Cristo.

1ª Tessalonicenses 4:16 relaciona a “voz do arcanjo” com a ressurreição dos santos por ocasião da volta do Senhor Jesus. Cristo mesmo declarou que os mortos sairiam do túmulo ao ouvirem SUA VOZ (João 5:28, 29). Esta é outra evidência de que Miguel tem de ser um dos nomes de honra do Salvador.

“A literatura judaica descreve a Miguel como o mais elevado dos anjos, o verdadeiro representante de Deus, e o identifica como “anjo de Yahweh”, o qual se menciona com freqüência no Antigo Testamento como um ser divino” (Dicionário Bíblico Adventista do 7º Dia [CD ROM, espanhol]).

Daniel é a maior evidência de que Miguel é um dos nomes de honra do Divino Jesus

O livro de Daniel, a meu ver, apresenta a maior das evidências de que o nome “Miguel” deve obrigatoriamente ser aplicado a Cristo. Temos neste livro quatro grandes blocos proféticos que dão ênfase a Jesus e ao Seu reino. Estes blocos proféticos nos ajudam a entender o livro, seu propósito e também a descobrir quem é o personagem principal das profecias da Bíblia. Veja:

CAPÍTULO 2: Jesus aparece como sendo a Pedra que destrói a estátua;

CAPÍTULO 7: Jesus aparece como sendo o Filho do Homem que se dirige ao Ancião de Dias (Deus Pai);

CAPÍTULO 8: Jesus aparece em cena como sendo o Príncipe dos Príncipes;

CAPÍTULOS 10-12: Jesus aparece como Miguel, o libertador.

Veja que interessante: se Miguel não fosse Jesus, o sincronismo do livro de Daniel (apresentado em seus blocos proféticos) seria quebrado! É muito estranho imaginarmos que nos três primeiros blocos proféticos o centro é Jesus enquanto que no último o personagem principal é um “ser criado”.

Todos os blocos proféticos terminam com a manifestação de Cristo e do Seu reino. Por isso, para que o sincronismo do livro de Daniel seja mantido, Miguel tem que ser um dos nomes de Jesus. Além disso, deve-se destacar que o conflito entre o bem e o mal se dá entre Cristo (Deus) e lúcifer (criatura) e não entre dois seres criados (ver Apocalipse 12:7-9).

Se Jesus é Deus, como pode ser chamado de Arcanjo?

Ao compreendermos o sentido etimológico da palavra “arcanjo”, este aparente problema é resolvido. No grego, “arcanjo” significa “chefe dos Anjos”. Este título não precisa necessariamente referir-se apenas a um ser criado, assim como ocorre com o termo “anjo” – mensageiro (vimos isso anteriormente). É aceito entre os comentaristas (inclusive não-adventistas) que Jesus Cristo é o “Anjo do Senhor” mencionado no Antigo Testamento (ver Gênesis 16:7; 18:1, 2, 13 e 19; Êxodo 3:2-5; 23:20-33; 32:34; Juízes 6:11-24; 13:21-22. Eis uma nota explicativa da Bíblia de Estudo Almeida sobre Êxodo 3:2 [Sociedade Bíblica do Brasil]: “O Anjo do Senhor (mensageiro ou enviado) não é aqui um ser distinto do próprio Deus (conferir verso 4), mas Deus mesmo, enquanto se faz presente para comunicar uma mensagem”.

Do mesmo modo que Cristo não se torna uma criatura ao ser chamado de “Anjo do Senhor” (na verdade Ele é o “mensageiro”, de Deus Pai à humanidade), o mesmo ocorre quando é designado de arcanjo. Sendo que Ele é o Criador, automaticamente é o “Chefe Supremo”- Arcanjo – de todos os anjos.

A expressão “arcanjo” aparece apenas em passagens apocalípticas, onde Cristo está em direto confronto com satanás. Não há base bíblica para crermos que este termo aplique-se a um anjo, um ser criado. É difícil provar pela Bíblia a ideia de que arcanjo seria uma “classe de anjo”, mesmo que um dos significados da palavra possa ser “anjo chefe”. Como sabemos, não devemos basear um ensino apenas no significado das palavras: um conjunto de textos bíblicos que esclareçam um ponto também deve ser considerado.

Com isto, podemos ver que a posição Adventista a respeito do “Arcanjo Miguel”, levando em conta não apenas o sentido do termo, mas também outros textos paralelos, em nada afeta a suprema e absoluta Divindade do Senhor Jesus Cristo. (1 João 5:20; Hebreus 1:1-3, etc).

Fonte: http://www.novotempo.org.br/namiradaverdade/?p=246

“Ninguém subiu ao céu” – João 3:13



by leandro.quadros on 17/05/09 at 12:20 pm

A Bíblia afirma que muitos foram levados ao Céu quando Cristo ressuscitou… Em outro texto Jesus diz que ninguém subiu ao Céu… Como harmonizar isso? Uma das perguntas feitas no blog.

A Bíblia diz que Enoque, Moisés e Elias foram levados ao Céu em vida (Gênesis 5:24, Hebreus 11:5; Deuteronômio 34:6, Mateus 17:1-8, Judas 1:9; 2 Reis 2: 9-14 – Moisés foi ressuscitado).

Mas, em João 3:13 relata: “Ora, ninguém subiu ao céu senão aquele que de lá desceu, a saber, o filho do homem”. Como entender essa aparente contradição?

João 3:13 é compreendido à luz de seu contexto interno (o que vem antes ou depois do verso). Lendo a partir do primeiro verso, vemos que Jesus está dirigindo o assunto a Nicodemos, que estava com dificuldades de compreender a doutrina do Senhor.

O verso 12 é a chave para a interpretação. Jesus diz a Nicodemos que, se não crer nas coisas terrenas explicadas por Ele (que ilustravam o Novo Nascimento), como poderia crer nos assuntos celestiais?

Analisando conjuntamente os versos 12 e 13, vemos que Jesus diz que “ninguém subiu ao céu para falar das coisas celestiais se não aquele que de lá desceu, o filho do homem” (Cristo).

Adam Clarke apresenta o seguinte comentário:

“Parece haver aqui uma expressão figurada, indicando que ninguém conhece os mistérios do reino de Deus como lemos em Deut. 30:12; Sal. 73:17; Prov. 30:4; Rom. 11:34. A expressão pode ser compreendida, relacionando-a com a seguinte máxima: Para estar perfeitamente familiarizado com os acontecimentos de um lugar é necessário que a pessoa esteja no lugar. Nosso Senhor provavelmente pretendia corrigir uma falsa noção dos judeus, a saber, que Moisés ascendera ao céu para receber a lei” [Citado pelo Professor Pedro Apolinário em Leia e Compreenda Melhor a Bíblia (Instituto Adventista de Ensino, Agosto de 1985. 2a Edição Ampliada), pág. 130.]


Portanto, este versículo não se refere a Enoque, Moisés ou Elias, pois seus nomes nem são mencionados. Afirma que ninguém subiu ao céu e de lá desceu para falar das coisas de Deus, a não ser Jesus Cristo, que é o próprio Deus encarnado (João 1:1-3; 14).

Fonte: http://www.novotempo.org.br/namiradaverdade/?p=142

Contradição na Bíblia? 2 Crônicas 15:11



by leandro.quadros on 08/05/09 at 10:49 am



Por que as versões bíblicas “Almeida, Revista e Corrigida” e “Almeida, Revista e Atualizada” se contradizem quanto ao texto de 2 Crônicas 15:11? Josimar, por e-mail.

Obrigado por enviar sua pergunta bíblica.

Vejamos os textos que lhe trouxeram essa dúvida importante:

“E, no mesmo dia, ofereceram em sacrifício ao SENHOR, do despojo que trouxeram, seiscentos bois e seis mil ovelhas.” 2 Crônicas 15:11 (Almeida, Revista e Corrigida)

“Naquele dia, ofereceram em sacrifício ao SENHOR, do despojo que trouxeram, setecentos bois e sete mil ovelhas.” 2 Crônicas 15:11 (Almeida, Revista e Atualizada)

Ao verificar no original hebraico, no Léxico de Português Hebraico de Strong (CD-ROM Bíblia Online – versão 3.0. Sociedade Bíblica do Brasil), percebi que a tradução da Almeida, Revista e Corrigida não é a mais exata, pois aparece em 2 Crônicas 15:11 a palavra hebraica “sheba” que se refere ao número sete (setecentos bois e sete mim ovelhas).

Já o Comentário Bíblico de Mattew Henry faz uma aplicação mais devocional ao texto e não fornece uma explicação técnica para a diferença que há entre a tradução da “Almeida, Revista e Corrigida” e as demais . Eis o que disse o grande comentarista:

“Ele (rei Asa) e o seu povo ofereceram sacrifícios a Deus; ações de graças pelos favores recebidos, e súplicas por favores vindouros. As orações e os louvores são agora os nossos sacrifícios espirituais”

O que pude perceber é que no hebraico, a escrita do número 7 é muito parecida com a do número 6. Veja:

• Número sete: “sheba”.

• Número seis: “shesh”.

A diferença é de apenas duas letras.

É bem provável que tenha ocorrido o seguinte, com a tradução da Almeida Corrigida:

1) O manuscrito utilizado continha os valores 600 e 6000 por um erro do copista (que copiou do original);

2) O tradutor da referida versão – Almeida (ou os copistas) pode ter confundido “sheba” (sete) com “shesh” (seis). Por isso, a diferença nas traduções.

O certo é que os melhores manuscritos e as diversas traduções (as que tive acesso para consulta), indicam que a tradução correta é a da “Almeida, Revista e Atualizada” (entre as outras citadas na nota de rodapé) que afirma que o rei e o povo “ofereceram em sacrifício ao SENHOR… setecentos bois e sete mil ovelhas.” (Grifos acrescentados).

Mas, confesso que não fiquei satisfeito com a resposta que elaborei e decidi escrever um e-mail à Sociedade Bíblica do Brasil. Fui muito bem atendido e recebi a resposta de um dos representantes da Comissão de Tradução, Revisão e Consulta. (Obrigado, Denis, por me atender de forma tão rápida e com carinho cristão!). Veja a ótima explicação da Sociedade Bíblica do Brasil:

“A edição Revista e Corrigida procura preservar o máximo possível o trabalho original de Almeida. É por isso que, na RC, o texto de 2Cr 15.11 traz “seiscentos bois e seis mil ovelhas”.

“A RA, por sua vez, fez uma profunda revisão à tradução de Almeida, corrigindo alguns problemas e incorporando as mais recentes descobertas na área da arqueologia bíblica. Na RA, a tradução é “setecentos bois e sete mil ovelhas” e se baseia no texto original hebraico e na Septuaginta (tradução do AT para o grego, feita por volta de 280 a.C.). É provável que Almeida tenha se enganado na tradução, pois praticamente todas as traduções concordam com a RA”.

Como podemos ver, esse detalhe técnico não afeta em nada as doutrinas bíblicas e a certeza de que o livro de Deus traz salvação e transforma a vida do ser humano.

Fonte: http://www.novotempo.org.br/namiradaverdade/?p=116

05 março 2010

Que amor é esse?

O relato da vida real que se segue, é o testemunho pessoal de um médico judeu.

“ Trabalhei como cirurgião do exército dos Estados Unidos durante a Guerra Civil.
Após a batalha em Gettysburg chegaram ao hospital vários soldados feridos, entre eles Charlie Coulson.



Como Charlie era muito jovem para ser soldado, pois tinha 17 anos, alistara-se como tambor. Ele chegou com ferimentos graves, sendo necessário amputar-lhe um braço e uma perna.

Quando meus assistentes foram aplicar-lhe clorofórmio para a cirurgia, ele recusou-se e pediu para chamar-me e disse:
- Doutor, quando eu tinha 9 anos, dei meu coração a Jesus e desde aquele dia venho aprendendo a confiar Nele. Ele é minha força, Ele me sustentará enquanto o senhor estiver amputando meu braço e minha perna.


Então indaguei e pedi para que tomasse um pouco de conhaque. Mais uma vez ele respondeu:
- Doutor, quando eu tinha 5 anos, minha mãe se ajoelhou ao meu lado, pedindo à Jesus, para que eu nunca bebesse um gole de bebida alcoólica. Existe a possibilidade de eu morrer e ir para a presença de Deus. O senhor quer que eu chegue lá com bafo de conhaque?

Naquela ocasião, eu detestava Jesus, mas admirei a lealdade daquele rapaz com seu Salvador. Chamei então o Capelão, que conhecia bem o moço, pois este freqüentava as reuniões de oração.
Disse o Capelão:
- Charles, estou muito penalizado de vê-lo assim.

Respondeu Charlie ao Capelão:
Ah, eu estou bem senhor. O doutor me ofereceu clorofórmio e conhaque, mas eu não aceitei, pois quero me apresentar ao meu Salvador em meu juízo perfeito.
Talvez você não morra, disse o Capelão. Mas, se o Senhor o levar, você deseja que eu faça alguma coisa?
- Capelão, respondeu o jovem, escreva uma carta para minha mãe e diga que tenho lido a Bíblia todos os dias, e tenho orado sempre para que Ele a abençoe.

Estou pronto doutor. Prometo que não vou nem gemer se o senhor não me der o clorofórmio.
Garanti-lhe que não aplicaria a droga, mas antes de pegar o bisturi, fui a saleta tomar um gole de conhaque. Quando peguei a serra para cortar o osso, o rapaz colocou a ponta do travesseiro entre os dentes e sussurrou:
Ó Jesus, bendito Jesus! Fica ao meu lado agora.
O rapaz cumpriu o que prometera, não gemeu.

Naquela noite não dormi pensando no rapaz. Pouco depois da meia-noite, levantei-me e fui ao hospital. Assim que cheguei disse o enfermeiro:
Dezesseis soldados morreram.
E Charlie também? Indaguei.
- Não, dorme como um bebê. Por volta das 9 horas, o Capelão leu as escrituras para Charlie e ambos cantaram hinos de louvor. Não consigo entender doutor como uma pessoa sentindo tanta dor ainda era capaz de cantar, completou o enfermeiro.

Passados 5 dias desde que fora operado, Charlie me chamou e disse:
É chegada a minha hora. Creio que não terei mais um dia de vida. Sei que é judeu, e não crê em Jesus, mas gostaria que ficasse ao meu lado e me visse morrer confiando em meu Salvador.
Tentei ficar, mas não consegui, pois aquele rapaz regozijava no amor daquele Jesus que eu detestava.

Passados 20 minutos o enfermeiro me procurou no consultório.
Doutor, Charlie está morrendo e gostaria de vê-lo novamente.
Chegando ao quarto, Charlie pediu-me que segurasse em sua mão e disse:
Doutor, amo o senhor porque é judeu. O melhor amigo que tive neste mundo foi um judeu.
Perguntei-lhe quem era esse amigo, e ele replicou:

JESUS CRISTO. Quero apresentá-lo ao senhor antes de morrer. Enquanto o senhor me amputava, orei ao Senhor Jesus pedindo que manifestasse o seu amor ao senhor.
Essas palavras tocaram fundo em meu coração. Doze minutos depois ele dormiu seguro nos braços de Jesus.
Durante a guerra morreram centenas de soldados, mas só compareci ao sepultamento de Charlie Coulson.

As últimas palavras daquele rapaz me impressionaram muito. Possuía muitos bens materias, mas teria dado todo meu dinheiro para crer em Cristo como ele cria.
Contudo a fé é algo que o dinheiro não compra.
Pouco depois esqueci o sermão de Charlie, embora não conseguisse esquecer-me do próprio moço. Durante 10 anos lutei contra Cristo com todo ódio que tinha por Ele, até que afinal a oração de Charlie foi atendida.

Um ano e meio após a minha conversão fui a uma reunião de oração no Brooklyn, onde as pessoas davam seus testemunhos. Depois de várias pessoas falarem, levantou-se uma senhora idosa e disse:
- Estou com os pulmões muito doentes, pouco tempo me resta. É um imenso prazer saber que muito em breve me encontrarei com meu filho e com Jesus. O Charlie, além de soldado da pátria, foi também soldado de Cristo.


E ela continuou:
Ele foi ferido em uma batalha, e ficou aos cuidados de um médico judeu que amputou-lhe um braço e uma perna. Morreu 5 dias após a operação. O Capelão escreveu-me uma carta relatando o que ocorrera entre meu filho e o médico em seus últimos momentos de vida.
Ao ouvi-la, não me contive. Levantei-me e fui correndo até ela. Apertei-lhe a mão e disse:

Deus a abençoe, minha irmã! A oração do seu filho já foi atendida. Sou o médico judeu por quem o Charlie orou, e o Salvador dele agora é meu Salvador também. O amor de Jesus cativou minha alma. ”

Esse relato toca profundamente nosso coração. Vemos em Charlie Coulson quatro qualidades notáveis:
Convicção, Descanso, Amor e Compromisso.
Mas vemos ainda a fidelidade de Deus que honrou essas quatro atitudes dele.

Busquem ao Senhor enquanto é possível achá-lo; clamem por ele enquanto está perto. (Is 55:6)

Todo o que Nele confia jamais será envergonhado. (Rm 10:11)

Quem converte um pecador do erro do seu caminho, salvará a vida dessa pessoa e fará que muitíssimos pecados sejam perdoados. (Tg 5:20)

Fonte: Recebido por Email.

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