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A Bíblia Curiosa reúne temas fascinantes relacionados à Bíblia, abordando sua origem, formação e autores. Além disso, traz artigos encontrados na internet, escritos pelo autor, e uma variedade de histórias e curiosidades que enriquecem nosso conhecimento. Essas experiências são fundamentais para fortalecer nossa fé e confiança em Deus. Aqui, você encontrará insights valiosos que podem transformar sua jornada espiritual. Desejamos a você uma ótima leitura!

27 julho 2020

A MULHER NÃO PODE FALAR EM PÚBLICO?



1 Tim. 2:8-15; 1 Cor. 14:34

by leandro.quadros on 25/08/09 at 11:02 am

Os textos de Paulo referentes à participação da mulher no culto público (1 Timóteo 2:8-15; 1 Coríntios 14:34) devem ser entendidos à luz do contexto histórico e cultural dos dias dele.

A Bíblia não considera a mulher inferior ao homem, pois, ambos foram criados à imagem de Deus (Gênesis 1:26 e 27). Eva inclusive foi tirada de uma costela de Adão, DO SEU LADO, o que indica que ela era IGUAL a ele em importância. Deus não a fez do “osso do pé” de Adão, para não ser inferior e nem do “osso da cabeça”, para não ser superior. A palavra de Deus exalta a mulher. Apenas difere a mulher do homem em sua função depois da entrada do pecado. O homem agora é o cabeça do lar e ela, o coração do lar. Deus achou melhor que o homem fosse o chefe da família no contexto de pecado em que vivemos.

Se 1 Timóteo 2:8-15 fosse interpretado sem levar em conta o porquê de Paulo ter dato tal orientação, até Ellen White, a profetisa chamada por Deus, estaria errada em pregar. Ela era uma grande pregadora e muitas pessoas se converteram com seus sermões. E mais: se devemos entender tal declaração de Paulo como sendo um princípio (ao invés de uma norma cultural) para todas as culturas, de todas as épocas, então as mulheres nos dias de hoje devem usar o véu e o cabelo comprido (1 Coríntios 11:2-16). E, não poderíamos nem mesmo apreciar as lindas vozes de nossas cantoras nos dias de culto, já que elas não podem se expressar diante do público.

Paulo falou para culturas em que era “vergonhoso” (conferir 1 Coríntios 14:35) as mulheres falarem em público (em Corinto, era indecente aparecer sem o véu ou com o cabelo cortado). O Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia afirma sobre 1 Coríntios 14:35: “… os costumes dos gregos e dos judeus ordenavam que as mulheres se retirassem quando se discutiam os assuntos públicos. A violação desse costume seria considerada como uma desonra e teria sido uma vergonha para a igreja”.

Que isso era apenas uma questão cultural podemos ver no fato de que a Bíblia mencionar mulheres chamadas por Deus para serem profetisas e até mesmo ocupar cargos de liderança: Débora (juíza e profetisa – Juízes 4: 4 e 5), e as 4 filhas de Felipe (profetisas – Atos 21:9), por exemplo. O próprio Paulo contava com a cooperação das mulheres na pregação do evangelho (Filipenses 4:2, 3; Romanos 16:3, 6, 12, 15).

Hoje, em nossa cultura, não é vergonhoso uma mulher falar publicamente. Pelo contrário: a mulher está cada vez mais ocupando o seu espaço, inclusive no comando de grandes empresas. Claro que não devemos aceitar que a mulher perca o seu papel destinado por Deus. Ela é insubstituível em sua função de professora dos filhos, no preparo deles para a vida eterna.

Assim, não há nada na Bíblia que proíba e mulher, em nossa cultura, de ensinar e pregar.

Um abraço a todos os amigos do blog,

Leandro Quadros.

18 junho 2020

VIDA DE JESUS GEOGRAFICAMENTE

FONTE: https://www.youtube.com/watch?v=bq2_Uu1pZ8M

A BÌBLIA ERROU!!! SERÁ??

A questão da inspiração e autoridade da Bíblia raramente perturbava os cristãos até um século atrás. Eles consideravam a Bíblia como fonte de sua crença. Aceitavam a autoridade da Bíblia sem defini-la em termos de inerrância. Nenhum dos principais credos católicos ou protestantes discute a noção de inerrância bíblica. Somente desde o século XIX é que essa questão tem dominado o cenário religioso.

  Um fator que destacadamente contribuiu para isso foi o impacto negativo da crítica liberal que reduziu a Bíblia a uma coleção de documentos religiosos cheios de dificuldades e erros textuais. Esse movimento crítico tem levado muitos cristãos a abandonarem seu comprometimento para com a infalibilidade da Bíblia. A fim de defender o ponto de vista cristão tradicional da inspiração e autoridade da Bíblia contra os ataques dos críticos liberais, cristãos conservadores desenvolveram o que se tornou conhecido como a “Doutrina da Inerrância Bíblica”.

  Definir a doutrina da inerrância bíblica não é fácil, porque vem numa variedade de formas que vão desde o ditado mecânico a inerrância funcional, posição que define a Bíblia isenta de erros em sua função de revelar o plano de Deus para nossa eterna salvação, mas não nas informações que oferece sobre vários aspectos factuais. Para o propósito de nosso estudo limitaremos a distinção a dois pontos de vista mais comuns de inerrância, conhecidos como inerrância “absoluta” e “limitada”.

—> Inerrância Absoluta

  É a posição de que a Bíblia em seus autógrafos originais, em sua inteireza é inerrante, sendo livre de toda falsidade, fraude, ou engano, e apropriadamente interpretados, será constatada como verdadeira e fiel em tudo quanto afirma concernente a todas as áreas da vida, fé e prática. Ou seja, que a Bíblia não contém erro de espécie alguma, seja de história, geografia, astronomia, cronologia, ciência, ou qualquer área que seja.

  A aceitação dessa posição é vista por muitos evangélicos como um divisor de águas da ortodoxia. Igualam a autoridade da Bíblia a sua inerrância, porque presumem que se não se puder demonstrar ser a Bíblia isenta de erros em questões não-religiosas, então nela não se pode confiar nas áreas religiosas mais importantes. Chegam ao ponto de reivindicar que os cristãos não podem ser legitimamente considerados evangélicos a menos que creiam na inerrância absoluta da Bíblia. A negação de tal crença supostamente conduziria à rejeição de outras doutrinas evangélicas e ao colapso de qualquer denominação ou organização cristã.

—> Inerrância Limitada

  É a posição que defende a inspiração conceitual, não verbal, e aceita exatidão da Bíblia somente em questões de salvação e ética, mas não a sua inerrância. A inspiração divina não impediu que os autores bíblicos cometessem “erros” de natureza histórica ou científica, uma vez que estes não afetam nossa salvação. A Bíblia não é inerrante em tudo quanto diz, mas é infalível em tudo quanto ensina com respeito a fé e a prática.

A INSPIRAÇÃO CONCEITUAL

  O reconhecimento da natureza divino-humana da Bíblia exclui dois grandes equívocos na consideração da inspiração bíblica. O primeiro é o ponto de vista inerrantista, que defende a inspiração verbal e exalta o aspecto divino da Escritura, minimizando a participação humana, a fim de assegurar que o texto seja completamente livre de todos os erros. O segundo é o ponto de vista liberal dos críticos que mantêm que os escritos bíblicos simplesmente refletem idéias e aspirações humanas. Eles crêem que as Escrituras são o produto de gênios religiosos que foram influenciados — não pela inspiração do Espírito Santo — mas pela cultura de seu tempo. Como faremos notar, o conceito de inspiração conceitual ou inerrância limitada está em equilíbrio, numa posição moderada entre esses dois conceitos extremos.

—> A Escritura como Divina e Humana

  A perspectiva dos que defendem a inspiração conceitual da Bíblia baseia-se em dois importantes versos: “Toda Escritura é inspirada por Deus” (2Tm.3:16) e “Nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens santos falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo” (2Pd.1:21). Estes versos realçam o caráter divino-humano da Bíblia. As mensagens dos autores bíblicos originaram-se com Deus, mas foram expressas em linguagem humana, refletindo a base cultural e educacional dos escritores.

  Devemos rejeitar as errôneas posições mantidas pelos inerrantistas bíblicos, por um lado, e pelos críticos liberais, por outro. Em vez disso, sustentam um ponto de vista equilibrado da Bíblia, baseados em seu testemunho (2Tm.3:16/1Pd.1:21) com respeito a seu caráter divino-humano. Os aspectos divino-humanos da Bíblia são misteriosamente fundidos, algo similar à união divino-humana da natureza de Cristo.

—> A Humanidade da Bíblia

  A humanidade da Bíblia pode ser vista, por exemplo, no uso do grego koine, que era a língua do mercado, antes que da literatura clássica. É evidente também no pobre estilo literário de tais livros como o Apocalipse, que tem um vocabulário limitado e alguns erros gramaticais. Aparece no uso de tradições orais por homens como Lucas, ou de registros escritos pelos autores de Reis e Crônicas. É também refletido na expressão de emoções humanas em lugares como o Salmo 137 que descreve o sentimento dos cativos hebreus em Babilônia, dizendo: “Filha de Babilônia, que hás de ser destruída. (…) Feliz aquele que pegar teus filhos e esmagá-los contra a pedra”! (Sl.137:8–9). Tal linguagem violenta expressa emoções humanas de profunda mágoa, antes que o divino amor por amigos e inimigos.

—> A Divindade da Bíblia

  A divindade da Bíblia é sugerida pela unidade subjacente aos ensinos da Bíblia. Cerca de 40 autores escreveram 66 livros ao longo de 1600 anos, contudo todos compartilham o mesmo ponto de vista da criação, redenção e restauração final. Somente a inspiração divina poderia assegurar a unidade temática subjacente da Bíblia ao longo de séculos de sua composição.

  Outra indicação do divino caráter da Bíblia é seu impacto sobre vidas e sociedades humanas. A Bíblia superou o ceticismo, preconceito e perseguição do mundo romano. Têm transformado os valores sociais e práticas de sociedades que abraçaram os seus ensinos. Tem atribuído novo valor à vida, um senso de valor ao indivíduo, uma nova condição às mulheres e escravos, derribado discriminações sociais e raciais, dado uma razão para viver, amar e servir a incontáveis milhões de pessoas.

  O divino caráter da Bíblia é também indicado por seu maravilhoso conceito de Deus, da criação, redenção, natureza e destino humanos.. Tais elevados conceitos são estranhos aos livros sagrados das religiões pagãs. Por exemplo, nos mitos da criação do Oriente Próximo, o descanso divino é geralmente alcançado, seja por eliminar deuses perturbadores ou por criar a humanidade.

  No sábado da criação, contudo, o divino repouso é assegurado não por subordinar ou destruir competidores, nem por explorar o trabalho da humanidade, mas pelo completar de uma perfeita criação. Deus descansou no sétimo dia porque Seu trabalho estava “terminado… feito” (Gn.2:2–3). Ele cessou de fazer para expressar Seu desejo de estar com a Sua criação, por dar a Suas criaturas não somente coisas, mas a Si mesmo. Tal conceito maravilhoso de Deus, que entrou no tempo humano por ocasião da criação e na carne humana em função da encarnação a fim de fazer-se “Emanuel — Deus Conosco”, não se acha nas religiões pagãs, onde os deuses tipicamente compartilham das falhas humanas.

  A admirável natureza da Bíblia é também indicada por sua miraculosa preservação ao longo da história, a despeito de incansáveis esforços de destruí-la. Anteriormente mencionamos as tentativas passadas de suprimir a Bíblia, pelos imperadores romanos, reis cristãos, e regimes comunistas. A despeito das deliberadas tentativas de destruir a Bíblia, seu texto nos veio substancialmente inalterado. Alguns dos mais antigos manuscritos nos levam para mais perto da composição dos originais. Revelam a impressionante exatidão do texto que tem chegado até nós. Podemos ser confiantes de que nossas Bíblias são versões confiáveis das mensagens originais.

  Por fim, a validade da Bíblia é comprovada por considerações conceituais e existenciais. Conceitualmente, a Bíblia propicia uma explicação razoável de nossa situação humana e da solução divina para nossos problemas. Existencialmente, os ensinos da Bíblia dão significado a nossa existência e nos oferece razões para viver, amar e servir. Mediante eles podemos experimentar as ricas bênçãos da salvação.

OBJEÇÕES À INERRÂNCIA
  Há cinco principais razões pelas quais não devemos adotar a doutrina da inerrância bíblica.

 1 — Primeiramente que os autores bíblicos foram os redatores de Deus, e não apenas do Espírito Santo. Eles estavam plenamente envolvidos na produção de seus escritos. Alguns deles, como Lucas, reuniram as informações entrevistando testemunhas visuais do ministério de Cristo (Lc.1:1–3). Outros, como os autores de Reis e Crônicas, fizeram uso de registros históricos que lhes estavam disponíveis. O fato de que tanto os escritores e suas fontes eram humanos, torna-se irreal insistir em que não há declarações inexatas na Bíblia.

 2 — Em segundo lugar, as tentativas dos inerrantistas em conciliar as diferenças entre as descrições bíblicas do mesmo evento, amiúde resulta em interpretações distorcidas e rebuscadas da Bíblia. Por exemplo, alguns tentam conciliar os divergentes relatos da negação de Pedro a Jesus com relação ao cantar do galo propondo que Pedro negou a Jesus um total de seis vezes! Tais especulações gratuitas podem ser evitadas por simplesmente aceitar a existência de pequenas e insignificantes discrepâncias factuais nos relatos dos Evangelhos quanto à negação de Pedro.

 3 — Em terceiro lugar, por basear a confiabilidade e infalibilidade da Bíblia na exatidão de seus detalhes, a doutrina da inerrância ignora que a principal função da Escritura é revelar o plano de Deus para a nossa salvação. A Bíblia não tem intenção de suprir-nos com informações geográficas, históricas ou culturais precisas, mas revelar-nos como Deus nos criou perfeitamente, remiu-nos completamente, e por fim nos restaurará.

 4 — Em quarto lugar, a doutrina da inerrância bíblica é carente de apoio bíblico. Em parte alguma os autores bíblicos reivindicam que suas declarações sejam inerrantes. Tal conceito tem sido deduzido a partir da ideia da inspiração divina. Presume-se que, sendo a Bíblia divinamente inspirada, deve também ser inerrante. Todavia, a Bíblia nunca faz a equivalência de inspiração com inerrância. A natureza da Bíblia deve ser definida indutivamente, ou seja, considerando-se todos os dados propiciados pela própria Bíblia, antes que dedutivamente, ou seja, por tirar conclusões de premissas subjetivas. Uma análise indutiva das discrepâncias existentes na Bíblia não apóia o ponto de vista de inerrância absoluta.

 5 — Uma razão final para a rejeição da inerrância absoluta, no caso dos adventistas, são os ensinos de Ellen White, e o exemplo da produção de seus escritos. Ela claramente reconhece o papel humano na produção da Bíblia. Escreveu ela:

  “A Bíblia aponta a Deus como seu autor, contudo foi escrita por mãos humanas, e no variado estilo de seus diferentes livros apresenta as características dos vários autores. As verdades reveladas são todas dadas por inspiração de Deus (2 Tim. 3:16); contudo são todas expressas nas palavras dos homens. O Infinito por Seu Espírito Santo derramou luz nas mentes e corações de Seus servos”. — Em “Selected Messages”, (Washington, D.C., 1958), book 1, p. 21.

  A inspiração, segundo Ellen White, impressionou os autores da Bíblia com pensamentos, não com palavras:

  “Não são as palavras da Bíblia que são inspiradas, mas os homens é que foram inspirados. A inspiração não atua nas palavras do homem, ou suas expressões, mas no próprio homem, que, sob a influência do Espírito Santo, é imbuído com os pensamentos”. — Idem.

  Deus inspirou homens, não suas palavras. Isso significa, como explica Ellen White, que a Bíblia “não é o modo de pensamento e expressão de Deus. Os homens muitas vezes dirão que tal expressão não parece como de Deus. Mas Deus não Se colocou em palavras, em lógica, em retórica, em julgamento na Bíblia. Os escritores da Bíblia foram redatores de Deus, não Sua pena.” (Idem).

  Ellen White reconheceu a presença de discrepâncias ou inexatidões na produção da Bíblia e na transmissão de seu texto:

  “Alguns nos encaram seriamente e dizem, ‘Não acha que poderia ter havido alguns erros nos copistas ou tradutores?’ Isso é muito provável. (…) todos os erros não causarão perturbação a uma alma, ou levarão quaisquer pés a tropeçarem, que não manufaturarem dificuldades das verdades mais claramente reveladas”. — Idem, p. 16.

  “Nem sempre ocorre perfeita ordem ou unidade aparente na Escritura”. — Idem, p. 20.

  Para Ellen White, a presença de inexatidões na produção ou transmissão do texto bíblico é somente um problema para aqueles que desejam “manufaturar dificuldades da verdade mais claramente revelada”. A razão é que a presença de detalhes inexatos não enfraquece a validade das verdades fundamentais reveladas na Escritura.

  OBS.: Os adventistas consideram os escritos de Ellen White como possuindo inspiração conceitual, não verbal. Inclusive, ela mesma não rogava para seus escritos o grau de inerrância.

CONCLUSÃO

  A controvérsia entre os inerrantistas e os liberais, faz com que a Bíblia seja atacada hoje por amigos e inimigos. O pêndulo está se movendo para ambos os extremos. Por um lado, os críticos liberais reduzem a Bíblia a um livro estritamente humano contendo erros e isento de revelações sobrenaturais e manifestações milagrosas. Tratam a Bíblia estritamente como uma produção literária humana. Por outro lado, alguns evangélicos conservadores elevam a Bíblia a um nível tão divino que passam por alto a dimensão humana da Escritura. Afirmam que a Bíblia é absolutamente sem erro em todas as suas referências que tratam de história, geografia, cronologia, cosmologia, ciência, e assim por diante.

  Por fim, tanto as posições de errância quanto de inerrância são pontos de vista extremos, heréticos que solapam a autoridade da Bíblia por torná-la, ou demasiada humana ou demasiada divina. A solução para essas posições extremadas se acha na palavra-chave “equilíbrio” — um equilíbrio que reconhece tanto o caráter divino quanto humano da Bíblia. A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem historicamente mantido uma visão equilibrada da Bíblia por reconhecer tanto seu caráter divino quanto humano. Muito do crédito para isso deve-se à direção profética de Ellen White.

  Em suma, a Bíblia é o produto de uma misteriosa combinação da participação divina e humana. A fonte é divina, os escritores são humanos, e os escritos contêm pensamentos divinos em linguagem humana. Esta combinação singular nos oferece uma revelação digna de confiança e infalível da vontade e plano de Deus para nossa vida presente e destino futuro. Como declarado na primeira das crenças fundamentais dos adventistas do sétimo dia, “As Sagradas Escrituras são a revelação infalível de Sua vontade. São o padrão do caráter, o teste da experiência, a autoridade reveladora de doutrinas e o registro digno de confiança dos atos de Deus na história”.

Fonte: Artigo “Inerrância Bíblica”. Adaptado.

Só para enriquecer mais o conteúdo...

A Bíblia é a Inspiração de Deus, ela foi "soprada" pelo Senhor. A Bíblia, na verdade é respirada por Deus e aspirada pelo homem. O homem ganha vida com o hálito de Deus.

O plano original de Deus não era dar ao homem a sua palavra de forma escrita. Os anjos eram os ensinadores dos homens. Adão e Eva eram visitados livremente por Deus e os anjos, porém com a entrada do pecado esta livre comunhão foi interrompida.” (Pedro Apolinário, História do Texto Bíblico, p. 21)

“Ninguém que possua este tesouro é pobre e abandonado. Quando o vacilante peregrino avança, para o chamado “vale da sombra e da morte”, não teme penetrá-lo. Ele toma o bastão e o cajado da Escritura em sua mão e diz ao amigo e companheiro: ‘Adeus até nos encontrarmos novamente.’ E confortado por aquele apoio, segue o trilho solitário como quem caminha das trevas para a luz.” (Pedro Apolinário, História do Texto Bíblico, p. 4)

“Este livro contém a mente de Deus, o estado espiritual do homem, o caminho da salvação, a condenação dos pecadores e a felicidade dos crentes. As suas doutrinas são santas, os seus preceitos são obrigatórios, as suas histórias são verídicas, as suas decisões imutáveis. … Ele é o mapa do viajante, o cajado do peregrino, a bússola do piloto, a espada do soldado, a carta magna do cristão. Nele o paraíso é restaurado, os céus abertos e as portas do inferno desmascaradas. Cristo é seu único assunto; o nosso bem é o seu desígnio e a glória de Deus é o seu fim. Ele deve encher a memória, reinar no coração e guiar os pés. …É nos oferecido na vida presente, será o código de lei do Juízo Final e o único a permanecer na Biblioteca da eternidade.” (Pedro Apolinário, História do Texto Bíblico, p. 41)

Não se deve adorar o Livro, mas sim, o Jesus contido nele. Pois a Bíblia é a palavra de Deus e o ser humano deve lembrar que Deus pode ter outras palavras para outros mundos mas, para este mundo a Palavra de Deus é Jesus.

Fonte: http://adventista.forumbrasil.net/acervo-teologico-f1/inerrancia-biblica-t499.htm

Imagens:
https://jesuscristoemnos.org/2014/03/06/a-biblia-e-a-palavra-de-deus-ou-nao-passa-de-invencao-humana/
https://www.jcnaveia.com.br/versiculo/muito-atarefados-para-cristo/

02 maio 2020

A MASTURBAÇÃO É PECADO?

Somos ensinados pela Palavra de Deus que o sexo,
 em vez de ser usufruído egoisticamente,
 deve ser compartilhado exclusivamente 
dentro do relacionamento matrimonial.
Pr. Alberto R. Timm, Ph.D.*
A Bíblia não fala explicitamente sobre masturbação, mas apresenta vários princípios que nos ajudam na compreensão do assunto. Somos ensinados pela Palavra de Deus que o sexo, em vez de ser usufruído egoisticamente, deve ser compartilhado exclusivamente dentro do relacionamento matrimonial. O plano divino não é “que o homem esteja só” (Gênesis 2:18), mas que se realize sexualmente no casamento (ver Gênesis 2:24; Êxodo 20:14; Provérbios 5:18; 6:20-35; 7:1-27).
A despeito de ser encarada positivamente por muitos médicos e sexólogos contemporâneos, a masturbação é uma negação direta do princípio bíblico de que “a mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher” (1 Coríntios 7:4). Além disso, ao se masturbar, a pessoa geralmente contempla fotos pornográficas ou imagina cenas eróticas, não condizentes com os elevados princípios de pureza moral e espiritual do cristianismo (ver 1 Pedro 2:11).
Cristo foi claro em afirmar que o adultério condenado pelas Escrituras (Êxodo 20:14) não se restringe meramente às relações sexuais fora do casamento, mas envolve também os próprios pensamentos imorais, “que contaminam o homem” (Mateus 15:19 e 20). Ele asseverou no Sermão do Monte: “Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mateus 5:27 e 28). E no Salmo 24:3 e 4 lemos: “Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no Seu santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração…”
Apesar de não ser fácil romper com o vício da masturbação, a graça de Cristo é poderosa para nos dar a vitória sobre todo e qualquer hábito pecaminoso (ver 1 Coríntios 15:57; Filipenses 2:13; 4:7; 1 João 1:7-9) e para desenvolver em nossa vida o ideal divino enunciado nas seguintes palavras: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses 4:8).
Fonte: Equipe Biblia.com.br
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*Alberto Ronald Timm, Sinais dos Tempos, setembro de 1998, p. 29.

30 abril 2020

DIA E HORA DO FIM DO MUNDO. SABE QUANDO?

Primeiramente, vou direto ao ponto desta questão, baseando-me em Marcos 13:32 que diz: "Mas daquele dia ou daquela hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, senão só o Pai.

Mas por falta de conhecimento bíblico, ou outra razão qualquer, o ser humano insiste em marcar dia e hora para o fim do mundo.


Bom, como disse o texto, o ÚNICO que sabe o dia e a hora é DEUS, que está no céu e ele não revelou nem para Jesus que é seu filho, muito menos para qualquer ser humano.


Mas trouxe abaixo uma lista de todas as previsões do fim do mundo que foram marcadas até o dias de hoje, e as marcadas para o futuro, para você ter uma idéia.


(CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR)











Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_datas_previstas_para_eventos_apocal%C3%ADpticos

ÉTICA E VERGONHA NA CARA

Em uma corrida de Cross-country, o queniano Abel Muttai estava a poucos metros da linha de chegada, quando se confundiu com a sinalização, pensando que já havia completado a prova. Logo atrás, vinha o espanhol Iván Anaya que, vendo a situação, começou a gritar para que o queniano ficasse atento, mas Muttai não entendia o que o colega dizia. O espanhol, então, o empurrou em direção à vitória. Um jornalista perguntou a Iván: " - Por que o senhor fez isso?" Iván respondeu com outra pergunta: " - Isso o que?" Ele não havia entendido a pergunta… O meu sonho é que um dia possamos ter um tipo de vida comunitária, em que a pergunta feita pelo jornalista não seja mesmo entendida, pois não pensou que houvesse outra coisa a ser feita do que aquilo feito por ele. Veja o restante da entrevista: " - Por que o senhor deixou o queniano ganhar?" " - Eu não o deixei ganhar, ele ia ganhar." " - Mas o senhor podia ter ganhado!" " - Mas qual seria o mérito da minha vitória? Qual seria a honra dessa medalha? O que minha mãe iria achar disso?" Honra, ética e vergonha na cara são princípios passados de geração em geração. Não deixe que esses princípios se percam!

Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=3078414582219692&set=a.205240656203780&type=3&theater

21 fevereiro 2020

Quarteto Inspirasom - Lirio do Vale

Quarteto Está Escrito - Veio Até Mim

Salmo 23

JULGAR OU SER JULGADO - Romanos 2



Romanos 2:1: "Portanto, és indesculpável, ó homem, qualquer que sejas, quando julgas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, praticas as mesmas coisas."

Neste verso, Paulo está abordando a hipocrisia. Ele está falando com uma pessoa genérica (chamada de "ó homem" sem especificar um grupo específico) e está dizendo que essa pessoa é "indesculpável" ao julgar os outros. A razão para isso é que, ao julgar alguém por algo, a pessoa está, na verdade, condenando a si mesma, pois ela mesma faz as mesmas coisas pelas quais está julgando os outros. Ou seja, a crítica que fazemos aos outros frequentemente reflete nossas próprias falhas e pecados.

Paulo, neste texto, adverte contra o julgamento precipitado e hipócrita, enfatizando que quem julga os outros está sujeito ao mesmo padrão de julgamento. Ele destaca que o julgamento de Deus é justo e imparcial, baseado na verdadeira natureza e intenções dos corações humanos. 

Mateus 7:3-5 reforça: "Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho de teu irmão."

Aquele que julga os outros, se esquece de olhar para si mesmo, culpa os outros, tentando encobrir os próprios pecados. Assim, a pessoa que ouve a condenação do acusador, conhecendo este texto, saberá que o acusador é o verdadeiro culpado. Pois faz a mesma coisa que condenam nos outros.


Romanos 2:2: "Sabemos, porém, que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que praticam tais coisas."
Aqui Paulo está contrastando o julgamento humano com o juízo de Deus. Ele está dizendo que Deus julga de acordo com a verdade, sem parcialidade ou hipocrisia. Portanto, ao invés de julgar os outros com base em nossos próprios padrões falíveis, devemos lembrar que Deus julgará corretamente todos aqueles que praticam essas ações.



Romanos 2:3: "E tu, ó homem, que julgas os que praticam tais coisas, pensas que te livrarás do juízo de Deus, praticando-as tu também?"

Este verso é uma pergunta retórica direcionada à pessoa que julga os outros. Paulo está desafiando essa pessoa a considerar se ela acredita que escapará do juízo de Deus ao praticar as mesmas coisas pelas quais está julgando os outros. Ele está enfatizando a hipocrisia e a inconsistência moral dessa atitude. Julgar os outros sem reconhecer nossos próprios pecados é arrogância e falta de entendimento da justiça de Deus.

Lembre-se de Rom 14:10-12: "Você, então, por que julga seu irmão? E por que despreza seu irmão? Pois todos compareceremos diante do tribunal de Deus. Está escrito: 'Por mim mesmo juro', diz o Senhor, 'diante de mim todo joelho se dobrará e toda língua confessará que sou Deus'. Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus"

Esses versículos são parte de um argumento mais amplo de Paulo em Romanos, onde ele está expondo a necessidade universal de salvação por meio de Cristo, independentemente do status ou da posição de alguém. Ele está mostrando que todos, tanto judeus quanto gentios, são pecadores e estão sujeitos ao juízo de Deus, e que a justificação vem somente pela fé em Jesus Cristo.

É essencial lembrar que este texto não é uma simples opinião humana; está registrado na Bíblia. Quando alguém acusa ou julga sem evidências concretas, é importante considerar quem está realmente cometendo o erro. 

Experiência Pessoal

Uma vez, um ancião da igreja trouxe à minha atenção acusações infundadas contra mim. Não deixei abalar pela acusação, falei para o ancião:

__Como não posso provar que a acusação que o senhor trouxe para mim é uma mentira. Vou fazer um propósito neste instante: Vou pedir que nesta noite, o Senhor nosso Deus, mostre quem está errado, pois nessa noite, quero que o Senhor nosso Deus, mostre o culpado, Ele vai disparar uma flecha no peito de quem está em pecado, uma dor forte no peito, para mostrar quem está errado, se sou eu ou se é meu acusador.

Na mesma noite o fato aconteceu, e logo pela manhã, o ancião me ligou dizendo:

__Pastor, o propósito que o senhor falou, aconteceu, o acusador teve uma dor intensa no peito, sua mulher achou que ele fosse morrer, chorava de desespero, uma dor insuportável, foi atendido as pressas no hospital.

Os homens podem julgar você, te injuriarem, falarem todo o mal a seu respeito, mas Deus, nosso pai, sempre fará justiça aos que lhe são fieis. Deus não deixará que seus filhos sejam julgados, sem que os acusadores fiquem sem punição.

Para refletir

"Você já parou para pensar no peso do julgamento? Quando apontamos o dedo para os outros, muitas vezes esquecemos que também estamos sob o olhar de Deus. Nos versículos de Romanos 2:1-3, Paulo nos lembra da fragilidade da hipocrisia e da inevitabilidade do juízo divino. É fácil apontar falhas nos outros, mas e quanto às nossas próprias falhas?

Imagine um mundo onde cada um de nós escolhe olhar para si mesmo antes de julgar o próximo. Um mundo onde a compaixão substitui a crítica e a humildade supera o orgulho. Deus não nos chama para julgar, mas para amar e cuidar uns dos outros.

Hoje, quero desafiar você a refletir profundamente sobre suas atitudes. Será que estamos verdadeiramente livres do julgamento de Deus ao condenar os outros? Que possamos escolher a compaixão sobre a condenação e a empatia sobre o julgamento.

Que nossas vidas reflitam a verdadeira justiça, aquela que vem do coração transformado pelo amor de Cristo. Que possamos todos buscar a paz e a reconciliação, sabendo que o julgamento é para Deus e o amor é para nós.

Vamos juntos, ser agentes de perdão e reconciliação neste mundo necessitado de graça. Que nossas ações falem mais alto do que nossas palavras, e que o amor de Cristo nos guie em cada passo. Este é o apelo: escolha o amor, escolha a compaixão, e escolha a paz. O mundo ao nosso redor pode mudar quando mudamos a forma como vemos e interagimos com ele. Vamos começar hoje!"

Portanto, querido leitor, não se deixe enganar por acusações vazias. Confie na palavra de Deus, que sempre revela a verdade no tempo certo.

Johnny C. Francisco
Autor Bíblia Curiosa





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08 fevereiro 2020

HUMILDADE E AMOR AO PRÓXIMO

Juan trabalhava numa fábrica de distribuição de carne. Um dia, quando terminou o seu horário de trabalho, foi a um dos frigoríficos para inspecionar algo, mas num momento de azar a porta fechou-se e ele ficou trancado lá dentro.
Ainda que tenha gritado e batido na porta com todas as suas forças, jamais poderiam ouvi-lo. A maioria dos trabalhadores já tinha ido embora, e no exterior da arca frigorífica era impossível ouvir o que estava acontecendo lá dentro.
Cinco horas mais tarde, quando Juan já se encontrava à beira da morte, alguém abriu a porta. Era o segurança da fábrica, que salvou a vida de Juan.

Juan perguntou ao segurança como foi possível ele passar e abrir a porta, se isso não fazia parte da sua rotina de trabalho, e ele explicou:
“Eu trabalho nesta fábrica há 35 anos, centenas de trabalhadores entram e saem a cada dia, mas você é um dos poucos que me cumprimenta pela manhã e se despede de mim à noite. Muitos me tratam como se eu fosse invisível. Hoje, como todos os dias, você me disse seu simples ‘olá’ na entrada, mas hoje curiosamente, não tinha ouvido o seu ‘até amanhã’. Espero o seu ‘olá’ e ‘até amanhã’ todos os dias. Para você eu sou alguém. Ao não ouvir a sua despedida, eu sabia que algo tinha acontecido… Procurei e encontrei!”
Fica esta reflexão: sejam humildes e amem o próximo. A vida é curta demais e temos um impacto que não conseguimos sequer imaginar sobre as pessoas com as quais cruzamos todos os dias.
A origem da história é desconhecida, mas o ensinamento deve aquecer a todos os corações

Fonte: Facebook

Por que Jesus é chamado nazareno se ele nasceu em Belém da Judéia?




De fato Jesus nasceu em Belém (Mateus 2,1; Lucas 2,4), a cerca de 100 quilômetros de Nazaré. Porém, como sublinha a narração evangélica (veja Lucas 2), José era de Nazaré e, por causa de um censo, encontrava-se, com Maria, em Belém, quando Jesus nasceu.

Se buscamos “Nazareno” na Bíblia, aparece 17 vezes (Almeida), nos evangelhos e em Atos. O grego usa “nazoraios” (Mateus, João e Atos) e também “nazarênos” (em Marcos e Lucas, que usa também “nazoraios”). Nazaré também aparece diversas vezes e o vocábulo grego usado é “Nazaret”. Basicamente Jesus é apelidado de “Nazareno”. Também os primeiros cristãos eram chamados assim pelos judeus. No mundo grego prevaleceu o adjetivo “cristão” para designar os seguidores de Jesus.

Normalmente se identifica o adjetivo “nazareno” ao nome da localidade onde teria vivido Jesus com sua família, antes de sua missão pública. Há algumas hipóteses, baseadas sobretudo em Mateus 2,23, que defendem outra origem para esse adjetivo. O texto de Mateus diz: “E chegou, e habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno.” Não sabemos a qual oráculo profético Mateus se refere. Alguns pensam em Isaías 11,1, onde o profeta usa “neçer” (rebento), ou em Isaías 42,6 e 49,8, onde é utilizado o vocábulo “naçar” (guardar), do qual deriva “naçur” (o resto).

Há algumas hipóteses alarmistas que falam que Nazaré nem existia e que portanto “Nazareno” teria a ver com “nazireu”, pessoas que faziam um voto a Deus. Os testemunhos históricos são inúmeros e confirmam a existência da cidadezinha da Galiléia. Provavelmente, no tempo de Cristo, era um lugar pequenino. Os cristãos, contudo, há muito tempo visitam o local e recordam ali a vida da infância e juventude de Cristo. Isso foi confirmado pelas descobertas arqueológicas feitas nos anos 60, quando foi construída a atual basílica da anunciação.

Creio que não há suficiente argumentação para questionar a ligação de “Nazareno” com “Nazaré”. Aquilo que poderíamos aceitar é o uso do adjetivo, por parte de Mateus, para sublinhar o aspecto messiânico de Jesus, anunciado pelos profetas.


"Justiça e Coragem: A Lição de um Professor"

Foto Ilustrativa

Era o primeiro dia de aula na USP São Francisco, e o clima de expectativa pairava no ar. O professor de "Introdução ao Direito" entrou na sala com uma expressão autoritária. Assim que avistou um aluno na primeira fila, disparou:

— Qual é o seu nome?
— Chamo-me Nelson, senhor.
— Saia da minha aula e não volte nunca mais! — gritou, de forma brusca.

Nelson ficou paralisado, atordoado pela agressividade. Quando conseguiu reagir, levantou-se rapidamente, apanhou seus materiais e saiu, deixando um rastro de desconforto. Os outros alunos, assustados e indignados, trocavam olhares cúmplices, mas a atmosfera de medo os impediu de se manifestar.

O professor, sem se importar com o clima tenso, prosseguiu:

— Agora sim! Vamos começar. — A voz dele ecoava na sala.
— Para que servem as leis? — perguntou, com um tom desafiador.

Os alunos, ainda impactados, hesitaram antes de responder. Um por um, começaram a murmurar respostas, tentando entender a lógica do professor:

— Para haver ordem em nossa sociedade.
— Não!
— Para cumpri-las.
— Não!
— Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
— Não!

A tensão aumentava. O professor parecia se divertir com a confusão. Então, sua voz ressoou novamente, quase em desespero:

— Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!

Uma garota, sentindo-se impulsionada pela pressão do momento, falou timidamente:

— Para que haja justiça.
— Finalmente! É isso. Mas agora, para que serve a justiça?

O desconforto se transformou em incômodo, e os alunos, apesar do medo, continuaram a tentar responder:

— Para salvaguardar os direitos humanos...
— Muito bem. E mais?
— Para diferenciar o certo do errado, para premiar quem faz o bem...
— Ok, não está mal. Mas agora me digam: "Agir corretamente ao expulsar Nelson da sala de aula foi justo?"

Um silêncio sepulcral tomou conta da sala. Ninguém ousava responder. O professor, impaciente, insistiu:

— Quero uma resposta clara e unânime!
— Não! — gritaram todos, em uníssono, revelando a indignação acumulada.

O professor, surpreso, continuou:

— Poderia se dizer que cometi uma injustiça?
— Sim!
— E por que ninguém fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não temos a coragem de praticá-las? Cada um de vocês tem a obrigação de se manifestar diante da injustiça. Todos. Nunca mais fiquem calados! Vou buscar o Nelson — disse ele, lembrando que, afinal, era o professor, enquanto os alunos eram de outro período.

Aprendam: Quando não defendemos nossos direitos, perdemos a dignidade, e dignidade não se negocia. O povo é forte; juntos somos mais do que aqueles que nos oprimem. Pagar o preço pelas injustiças que sofremos é demais.

Sei que poucos lerão isso, mas a mensagem é essencial para entendermos a realidade política do Brasil. Precisamos retomar as rédeas do nosso país. Estamos à deriva, abandonados, sem ninguém ao nosso lado, e é hora de nos unirmos em busca de mudança.

Reflexão

A história do professor e de Nelson serve como um poderoso alerta para as igrejas e suas comunidades. Muitas vezes, as instituições religiosas têm leis e diretrizes claras que definem o que é justo e correto, mas, na prática, muitas ficam em silêncio diante da injustiça, permitindo que situações inaceitáveis persistam. Essa inação transforma essas instituições em cúmplices, pois não agem quando deveriam defender os princípios que pregam.

Assim como os alunos se sentiram impotentes diante da agressividade do professor, muitas pessoas nas comunidades religiosas se sentem intimidadas a se manifestar contra injustiças, mesmo sabendo que a justiça é um valor central em suas crenças. A pergunta crucial que deve ser feita é: por que permanecer em silêncio?

Aplicações para as Igrejas:

  1. Despertar a Coragem: Assim como o professor instigou os alunos a falarem, as igrejas devem incentivar seus membros a não apenas reconhecerem as injustiças, mas também a se manifestarem contra elas. É fundamental criar um ambiente onde a expressão de indignação e o clamor por justiça sejam bem-vindos. “Seja forte e corajoso. Não tema nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar.” (Josué 1:9)

  2. Praticar o que Pregam: As igrejas têm um papel fundamental na promoção da justiça e na defesa dos oprimidos. É necessário que as comunidades religiosas não apenas proclamem a justiça, mas que também a pratiquem ativamente, tomando posições claras e concretas diante de injustiças sociais. “Defendam a causa do oprimido e do pobre; façam justiça ao necessitado e ao aflito.” (Salmos 82:3)

  3. Educação e Conscientização: Assim como os alunos aprenderam sobre a função das leis e da justiça, as igrejas devem educar seus membros sobre seus direitos e deveres. Workshops, palestras e discussões em grupo podem ajudar a promover uma consciência crítica sobre questões sociais e éticas. “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:32)

  4. Solidariedade e Ação Coletiva: O professor ressaltou que a força está na união. As igrejas devem promover a solidariedade entre seus membros e incentivar ações coletivas para enfrentar injustiças. Juntos, podem ser uma voz poderosa que desafia a opressão. “Se um cair, o outro levanta o seu companheiro.” (Eclesiastes 4:10)

  5. Responsabilidade Pessoal e Comunitária: Cada membro da comunidade deve entender que tem uma responsabilidade pessoal e coletiva em relação à justiça. O silêncio diante da injustiça é uma forma de consentimento. A igreja deve lembrar a todos que cada voz conta e que a ação é um imperativo moral. “Aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado.” (Tiago 4:17)

Situações Injustas e Inaceitáveis

  • Perseguição de Líderes Espirituais: Muitos pastores e líderes enfrentam perseguições dentro da própria congregação, frequentemente motivadas por ciúmes ou disputas de poder, o que não apenas prejudica os líderes, mas também divide a comunidade. “Não toquem nos meus ungidos, nem façam mal aos meus profetas.” (Salmos 105:15)

  • Manipulação da Humildade: Irmãos se aproveitam da humildade de outros, criando relações de dependência e manipulando em vez de promover um ambiente de apoio. “Portanto, se alguém pensa que está em pé, cuide-se para que não caia.” (1 Coríntios 10:12)

  • Engano e Falsidade: A presença de enganos e desonestidade cria um clima de desconfiança, ferindo a essência da comunidade cristã. “Não mintam uns aos outros, pois já vos despistes do velho homem com suas práticas.” (Colossenses 3:9)

  • Lutas pelo Poder: Rivalidades e disputas por controle substituem o amor e a solidariedade, minando a unidade da igreja. “Onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de males.” (Tiago 3:16)

  • Julgamento e Condenação: Muitos irmãos preferem julgar e criticar em vez de oferecer apoio, criando um ambiente hostil. “Não julgueis, para que não sejais julgados.” (Mateus 7:1)

  • Críticas Destrutivas: Críticas feitas de maneira destrutiva ferem e desmotivam os membros, afastando-os da igreja. “A língua dos sábios é medicina, mas a boca dos tolos provoca calamidade.” (Provérbios 12:18)

  • Divisões na Comunidade: A formação de facções e rivalidades provoca desunião, afastando os irmãos e minando a força da comunidade. “Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões.” (1 Coríntios 1:10)

  • Lobos na Pele de Ovelhas: Infelizmente, há aqueles que se infiltram nas comunidades com intenções maliciosas, agindo como "lobos na pele de ovelhas". Esses indivíduos podem manipular, enganar e causar divisões, visando seu próprio benefício em detrimento do bem coletivo. “Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm até vocês disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores.” (Mateus 7:15)

A Injustiça Não Deve Ser Ignorada

A injustiça não deve ser ignorada, especialmente dentro da igreja, que deve ser um baluarte da justiça e da verdade. Aqueles que escolhem permanecer em silêncio ou que ignoram essas situações se tornam coniventes com a injustiça, permitindo que ela se perpetue. “Examinai tudo. Retende o bem.” (1 Tessalonicenses 5:21) Se os membros são coniventes com a injustiça, a igreja sofre, o distrito sofre, a associação sofre, a união sofre; todos enfrentam as consequências. Assim como o povo de Israel, que, quando esteve em pecado e foi à luta, acabou perdendo:

  • Josué 7:1-5: Após a conquista de Jericó, Israel foi derrotado em Ai porque Acã desobedeceu e pecou ao tomar itens consagrados. A derrota foi um reflexo do pecado no meio do povo.

  • 1 Samuel 4:1-11: Israel foi derrotado pelos filisteus na batalha de Ebenézer. Eles trouxeram a arca da aliança como um amuleto, mas estavam em desobediência e sem buscar a orientação de Deus, resultando em uma grande derrota.

  • 2 Samuel 11-12: Embora não seja uma derrota em batalha imediata, o pecado de Davi com Bate-Seba e o subsequente assassinato de Urias resultaram em consequências severas para Israel, incluindo conflitos e perdas subsequentes. (2 Samuel 12:10-12)

  • 1 Crônicas 10:13-14: A morte de Saul é atribuída à sua desobediência e à busca de consulta a um espírito em vez de buscar a Deus, resultando em sua derrota na batalha contra os filisteus.

  • Isaías 30:1-5: Embora não mencione uma derrota específica em batalha, o texto fala sobre a rebelião de Israel e como isso traria consequências, inclusive em tempos de guerra.

Conclusão

Assim como os alunos finalmente se uniram em uma única voz, as igrejas e suas comunidades precisam se levantar contra as injustiças que testemunham. A dignidade e os direitos humanos são valores que não podem ser negociados. Que as igrejas se tornem faróis de justiça, desafiando suas comunidades a não apenas falar sobre justiça, mas a agir em prol dela, todos os dias. Quando a igreja se une para enfrentar essas injustiças, ela cumpre sua missão de ser uma luz no mundo, promovendo amor, unidade e verdadeira justiça. “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte.” (Mateus 5:14)

Fonte: https://espelhosemaco.blogspot.com/2015/07/primeiro-dia-de-aula-na-usp-sao.html

Fonte imagem: https://editoraforum.com.br/noticias/curso-online-gratuito-de-formacao-docente-para-professores-de-direito-pela-fgv/

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