As datas dos manuscritos minúsculos (do século IX ao XV) mostram que em geral são de qualidade inferior, se comparados aos manuscritos em papiros ou unciais. A importância desses manuscritos está no relevo dispensado às famílias textuais e não à sua quantidade. Somam 4 643, dos quais 2646 são manuscritos e 1997 lecionários (livros antigos que a igreja usava no culto). Alguns desses manuscritos minúsculos mais importantes estão identificados abaixo.
Os minúsculos da família alexandrina são representados pelo ms. 33, "rei
dos cursivos", datado do século IX ou X. Contém todo o Novo Testamento,
menos o Apocalipse. É propriedade da Biblioteca Nacional de Paris.
O texto cesareense emprega um tipo que sobreviveu na Família 1, dentre os
manuscritos minúsculos. Essa família contém os manuscritos 1, 118,131 e 209, e
todos datam do século XII até o XIV.
A subfamília italiana do tipo cesareense é representada por cerca de doze
manuscritos conhecidos por Família 13. Tais manuscritos haviam sido copiados
entre os séculos XI e XV. Incluem os manuscritos 13,69,124, 230, 346, 543, 788,
826, 828, 983, 1689 e 1709. Julgava-se de início que alguns desses manuscritos
tinham texto de tipo sírio.
Muitos dos demais manuscritos minúsculos podem ser colocados em uma ou outra das
várias famílias textuais, mas sustentam-se por seus próprios méritos e não por
pertencerem a uma das famílias de manuscritos mencionadas acima.
Entretanto, no todo, foram copiados de manuscritos minúsculos ou manuscritos
unciais primitivos, e poucas evidências novas acrescentam ao Novo Testamento.
Proporcionam uma linha contínua de transmissão do texto bíblico, enquanto os
manuscritos de outras obras clássicas apresentam brechas de novecentos a mil
anos entre os autógrafos e suas cópias manuscritas, como se pode ver nos
exemplos das Guerras gálicas, de César, e das Obras, de Tácito.
Características
Os "manuscritos
minúsculos" referem-se a uma categoria específica de manuscritos antigos,
principalmente do Novo Testamento grego. Aqui estão algumas informações sobre
eles:
1. Definição e Características: Os manuscritos minúsculos são
manuscritos do Novo Testamento que são numerados com algarismos arábicos
menores que 2000. Eles são assim chamados para distingui-los dos
"manuscritos unciais", que são escritos com letras maiúsculas.
2. Idade e Datamento: Os manuscritos minúsculos geralmente
datam do nono século em diante. Eles foram produzidos após a transição da
escrita uncial para a minúscula no mundo grego e bizantino.
3. Variedade e Distribuição: Existem cerca de 2750 manuscritos
minúsculos conhecidos, cobrindo uma ampla gama de variantes textuais do Novo
Testamento. Eles foram copiados e usados em várias regiões do mundo cristão
oriental e ocidental.
4. Importância para a Crítica Textual: Os manuscritos minúsculos são
fundamentais para a crítica textual do Novo Testamento, pois fornecem uma base
extensa para estudar as variantes textuais e reconstruir o texto original.
Muitos deles contêm correções e anotações marginais que são valiosas para
entender como o texto foi interpretado e usado ao longo do tempo.
5. Exemplos Notáveis: Alguns manuscritos minúsculos famosos
incluem o 33 (Minúscula 33), conhecido como "Codex Athous Lavrensis",
que é um dos mais antigos manuscritos minúsculos completos do Novo Testamento
(século IX); e o 1739 (Minúscula 1739), um manuscrito minúsculo grego do Novo
Testamento que contém várias adições únicas e variantes textuais interessantes.
6. Estudos e Recursos: Para estudiosos e pesquisadores, os
manuscritos minúsculos são frequentemente acessados por meio de edições
críticas do Novo Testamento grego, como o Novum Testamentum Graece (NA28, NA29)
e o UBS5, que apresentam variantes textuais e a base manuscrita para cada
passagem.
Esses manuscritos representam
uma parte crucial da tradição textual do Novo Testamento e são fundamentais
para entender a história e o desenvolvimento do texto bíblico cristão ao longo
dos séculos.
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