Pesquisar este blog

A Bíblia Curiosa reúne temas fascinantes relacionados à Bíblia, abordando sua origem, formação e autores. Além disso, traz artigos encontrados na internet, escritos pelo autor, e uma variedade de histórias e curiosidades que enriquecem nosso conhecimento. Essas experiências são fundamentais para fortalecer nossa fé e confiança em Deus. Aqui, você encontrará insights valiosos que podem transformar sua jornada espiritual. Desejamos a você uma ótima leitura!

16 julho 2025

O Criador Que Não Se Deixa Criar

Quem é Deus?

Deus é o princípio de tudo — não uma invenção da mente humana, mas o Criador da própria mente. Não é um ídolo esculpido, nem uma figura moldada por mãos humanas ou tradições religiosas. Deus é o invisível eterno, aquele que existe antes do tempo, fora do espaço e acima de toda imaginação. “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gênesis 1:1). “Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Salmo 90:2).

Este Deus não pediu uma imagem para ser lembrado, porque Ele próprio fez uma: o homem. Criado à Sua imagem e semelhança, o ser humano carrega em si um reflexo do divino — não em aparência física, mas em essência, consciência, liberdade e capacidade de amar. “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gênesis 1:27). A imagem de Deus não é uma estátua: é a vida pulsando no íntimo do ser humano. “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (João 4:24).

O Deus que não cabe em imagens

Desde os primeiros mandamentos, Deus deixou claro que não deve ser representado por imagens ou ídolos, pois nada criado pode expressar Sua natureza infinita, invisível e santa. “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra” (Êxodo 20:4). Nenhuma forma visível ou material é digna de representá-Lo, pois Ele está além da matéria, além da arte humana, além da visão dos olhos.

Ao longo das Escrituras, Deus condena o culto às imagens, não apenas por serem falsas representações, mas porque desviam o coração da verdade espiritual. “Trocaram a glória do Deus incorruptível por imagens semelhantes ao homem corruptível, às aves, quadrúpedes e répteis” (Romanos 1:23). O verdadeiro culto não se baseia em forma, mas em fé. “Olhando nós, não para as coisas que se veem, mas para as que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (2 Coríntios 4:18).

Deus não é feito; Ele é. Não foi moldado pelo pensamento humano, mas moldou o ser humano com Suas mãos invisíveis e o sopro do Seu Espírito. “Formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego da vida, e o homem tornou-se alma vivente” (Gênesis 2:7).

O Nome que Existe por Si Mesmo: “Eu Sou” e YHWH

Quando Moisés perguntou a Deus qual era o Seu nome, Deus respondeu com palavras que ecoam por toda a eternidade: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êxodo 3:14). O nome “Eu Sou” (Ehyeh Asher Ehyeh em hebraico) revela a natureza de Deus como Aquele que existe por Si mesmo, que não depende de nada nem de ninguém, que sempre foi, é, e será. Ele é o Eterno, o Imutável, o Absoluto.

Esse nome se conecta diretamente ao Tetragrama Sagrado — YHWH — o nome pessoal de Deus, que aparece milhares de vezes no Antigo Testamento. Por reverência extrema, os judeus até hoje evitam pronunciar esse Nome. Em vez disso, usam expressões como Adonai (“Senhor”), HaShem (“O Nome”) ou Elohim (“Deus”).

Além disso, os judeus jamais diriam “Eu sou” (Ehyeh) em sentido absoluto ou espiritual, especialmente em contextos litúrgicos e religiosos. Essa expressão é considerada exclusiva de Deus. Dizer “Eu sou” nesse sentido seria, para eles, uma blasfêmia. Isso explica por que, ao ouvirem Jesus dizer “Antes que Abraão existisse, EU SOU” (João 8:58), pegaram pedras para apedrejá-lo — pois entenderam que Ele estava reivindicando para Si o Nome divino revelado a Moisés.

Esse nome não é apenas uma identidade, mas uma declaração de poder, eternidade e presença constante. “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre” (Hebreus 13:8). Ele é Aquele que simplesmente é — sempre presente, sempre suficiente.

Um Deus que se revela e se esconde

Deus se revela não por meio de imagens ou templos feitos por mãos humanas, mas por meio da criação, da verdade, da justiça e da consciência. “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Salmo 19:1). “Porquanto, o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas” (Romans 1:19-20).

Ele não está preso a rituais, nem cabe em doutrinas humanas. É o Deus que ouve em silêncio, age no secreto, ama sem medida e governa com sabedoria. “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens” (Atos 17:24). “Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (Mateus 6:6).

Um Deus que fala

Este Deus invisível também é o Deus que fala. Desde o início, Ele tem se revelado por meio da palavra — não apenas com som, mas com sentido, direção e propósito. “E disse Deus: Haja luz; e houve luz” (Gênesis 1:3). O universo inteiro começou com uma voz. Ele falou com os patriarcas, com os profetas, com reis, com pastores e até com pecadores. Sua Palavra é viva, transformadora, e permanece para sempre. “Seca-se a erva, e murcha a flor; mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente” (Isaías 40:8).

Deus não apenas falou, mas deixou Sua Palavra registrada nas Escrituras, como luz para o caminho humano. “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho” (Salmo 119:105). Ele continua falando hoje — não por meio de gritos ou relâmpagos, mas pelo Espírito que aplica Sua verdade ao coração de quem o busca. “O que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 2:7).

Um Deus que procura o coração

Este Deus invisível não exige ouro nem sacrifícios vazios. Ele busca corações humildes, olhos que o procurem com verdade e almas que desejem caminhar com Ele. “Porque eu quero misericórdia, e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos” (Oseias 6:6). “Porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração” (1 Samuel 16:7b).

Este é o Deus verdadeiro: o Criador, não criado. Invisível, mas presente. Santo, mas próximo. Imensurável, mas íntimo. Ele não precisa ser visto para ser real — basta olhar para dentro, para a vida, para o amor e para a justiça: ali está Sua marca. “Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou” (João 1:18). “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mateus 5:8).

Fonte imagem:https://mensageiros.fandom.com/pt-br/wiki/Luz,_c%C3%A2mara,_cria%C3%A7%C3%A3o!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens em destaque da semana

Senhor, Guarda a Minha Língua!

  A língua: bênção ou maldição? A língua é um dos menores membros do corpo humano, mas sem dúvida um dos mais poderosos. Com ela, podemos e...

Postagens mais visitadas na semana

Postagens mais visitadas

Postagens mais visitadas em 2024