Na parábola do semeador, Jesus falou sobre as sementes que caíram em diferentes tipos de solo, representando os corações que recebem a Palavra de Deus.
Quando o evangelista Mateus registra a parábola, ele descreve a semente que caiu em boa terra como produzindo cem, sessenta e trinta por um (Mateus 13:8). Já o evangelista Marcos, ao narrar a mesma parábola, inverte a ordem: a colheita é de trinta, sessenta e cem por um (Marcos 4:8).
Essa diferença, longe de ser uma contradição, tem uma explicação profunda e simbólica. Os estudiosos da Bíblia entendem que cada evangelho apresenta uma ênfase específica sobre a identidade de Jesus:
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Mateus apresenta Jesus como Rei. E um rei é visto de cima para baixo, da maior grandeza para a menor. Por isso, a ordem é 100, 60 e 30.
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Marcos apresenta Jesus como Servo. E o servo é visto de baixo para cima, começando no esforço humilde e chegando à grande recompensa. Por isso, a ordem é 30, 60 e 100.
Esse detalhe mostra como até mesmo a organização das palavras nos evangelhos tem significado e reforça a inspiração divina das Escrituras. Nada é colocado por acaso: cada evangelista, guiado pelo Espírito Santo, destacou aspectos diferentes da mesma verdade para revelar plenamente quem é Cristo — Rei soberano e Servo sofredor.
Fonte: Coletanea de curiosidades biblicas e historicas, Pr. Carvalho Junior
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