Durante as severas perseguições sofridas pelos cristãos nos primeiros séculos, tornou-se arriscado manifestar publicamente a fé em Jesus Cristo. Por isso, os discípulos desenvolveram maneiras discretas de se identificarem entre si, e um dos símbolos mais marcantes desse período foi o peixe.
Esse símbolo surgiu de uma sigla formada pelas iniciais da expressão grega: "Iesous Christos Theou Uios Soter" — que significa “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”. Ao reunir as letras iniciais, obtemos a palavra “Ichthys” (ou Ichtus), que em grego quer dizer “peixe”.
Assim, desenhar um peixe em uma parede, em um pergaminho ou mesmo na areia, era uma forma secreta de demonstrar a fé e reconhecer outros cristãos, sem despertar suspeitas das autoridades romanas. Muitas vezes, quando dois desconhecidos se encontravam, um traçava metade da figura de um peixe no chão, e se o outro completasse o desenho, ambos sabiam que partilhavam da mesma fé.
Com o tempo, o peixe passou a ser mais do que um código secreto: tornou-se também um símbolo de vida, pureza e multiplicação, lembrando o chamado de Jesus aos discípulos: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mateus 4:19).
Portanto, o peixe não apenas expressava uma identidade cristã em tempos de perseguição, mas também resumia a mensagem central do Evangelho: Jesus Cristo é o Salvador, Filho de Deus, fonte de vida eterna.
Fonte: Coletânea de Curiosidades Bíblicas e Históricas, Pr. Carvalho Junior
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