Pesquisar este blog

A Bíblia Curiosa reúne temas fascinantes relacionados à Bíblia, abordando sua origem, formação e autores. Além disso, traz artigos encontrados na internet, escritos pelo autor, e uma variedade de histórias e curiosidades que enriquecem nosso conhecimento. Essas experiências são fundamentais para fortalecer nossa fé e confiança em Deus. Aqui, você encontrará insights valiosos que podem transformar sua jornada espiritual. Desejamos a você uma ótima leitura!

24 outubro 2025

O Mistério da Doença que Fez Nabucodonosor Agir como animal

O ACONTECIMENTO BÍBLICO

O fato está narrado em Daniel capítulo 4. Nabucodonosor, rei da Babilônia, era um dos governantes mais poderosos da Terra. Seu império se estendia por muitas nações, e ele havia construído grandes obras, inclusive os famosos Jardins Suspensos da Babilônia — uma das maravilhas do mundo antigo. Certo dia, Nabucodonosor teve um sonho perturbador, e o profeta Daniel foi chamado para interpretá-lo. No sonho, ele via uma grande árvore que se estendia até o céu, dando sombra e alimento a todos os seres. Porém, um “vigilante” celestial descia do céu e ordenava que a árvore fosse cortada, deixando apenas o tronco e as raízes, que seriam molhados pelo orvalho do céu, até que “sete tempos” se passassem sobre ela. Daniel explicou que a árvore representava o próprio Nabucodonosor. O rei seria expulso do meio dos homens, viveria com os animais do campo, comeria erva como os bois, e ficaria assim por um período de tempo determinado — até reconhecer que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens (Dn 4:25). Apesar do aviso, um ano depois, enquanto caminhava pelo palácio e dizia: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para casa real, com a força do meu poder e para glória da minha majestade?” (Dn 4:30), uma voz vinda do céu declarou que o reino havia se afastado dele. Imediatamente, a profecia se cumpriu.

OS SINTOMAS DESCRITOS
O texto bíblico relata: “Foi tirado dentre os homens, e passou a comer erva como os bois, e o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que o seu cabelo cresceu como as penas da águia, e as suas unhas como as garras das aves.” (Daniel 4:33) Em resumo, os sintomas eram: comportamento animalizado — ele passou a agir e se mover como um animal; mudança de dieta — comia ervas e pasto; isolamento humano — vivia entre os animais do campo; negligência com o corpo — cabelos longos, unhas crescidas e falta de higiene; perda de juízo e racionalidade — incapacidade de perceber sua própria condição.

POSSÍVEIS DOENÇAS E DIAGNÓSTICOS MODERNOS
Os estudiosos e psiquiatras que analisam o caso de Nabucodonosor propõem que ele sofreu de uma zoantropia, especificamente boantropia.
Zoantropia é um distúrbio psiquiátrico no qual a pessoa acredita ser um animal e passa a agir de acordo com esse comportamento — imitando seus movimentos, sons e hábitos alimentares.
Boantropia é um tipo específico de zoantropia em que o indivíduo acredita ser um boi ou vaca, alimentando-se de capim e pastando. Casos semelhantes já foram registrados na psiquiatria moderna, geralmente associados a transtornos psicóticos (como esquizofrenia), distúrbios dissociativos, delírios religiosos ou de culpa, e transtornos mentais causados por estresse extremo ou trauma. Nabucodonosor, um homem que detinha poder absoluto, pode ter sofrido um colapso mental provocado pela arrogância, solidão e sensação de ser “como um deus”.

DIAGNÓSTICO CORRETO DO MAL ACOMETIDO
Baseando-se no relato bíblico e nas análises médicas, o diagnóstico mais coerente seria: Boantropia psicótica induzida por delírio de grandeza e intervenção divina. Em outras palavras, um distúrbio mental real, mas que teve origem espiritual — Deus permitiu que o rei fosse acometido por essa insanidade como forma de discipliná-lo e quebrar o seu orgulho.

QUESTÃO ESPIRITUAL — O PROPÓSITO DE DEUS
O ponto central do episódio não é a doença, mas a lição espiritual que Deus quis ensinar.
Deus é soberano sobre os reinos humanos
Nabucodonosor se achava autossuficiente e invencível. Deus mostrou que todo poder humano é temporário e subordinado à vontade divina. “...até que reconheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens.” (Dn 4:25)
O orgulho precede a queda
O rei foi humilhado para aprender que a glória pertence a Deus, não ao homem. “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” (Tg 4:6)
A misericórdia divina restaura
Após o período de loucura (“sete tempos”), Nabucodonosor levantou os olhos ao céu e sua razão lhe foi restituída: “Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao céu, e tornou-me a vir o entendimento...” (Dn 4:34) Ele então reconheceu publicamente a soberania de Deus e louvou o Altíssimo: “Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico ao Rei do céu...” (Dn 4:37) Deus não o destruiu — o restaurou, transformando o rei mais orgulhoso da Terra em um testemunho de humildade.

CONCLUSÃO
Evento histórico: Nabucodonosor enlouqueceu e viveu como animal por um período.
Causa espiritual: orgulho e soberba — Deus o humilhou para mostrar que só Ele é soberano.
Diagnóstico médico provável: boantropia, um tipo de zoantropia psicótica.
Resultado final: arrependimento, reconhecimento da autoridade divina e restauração da razão e do trono.

14 outubro 2025

“Por Que Jesus Rejeita Aqueles que Realizam Milagres em Seu Nome?”


 Análise dos Textos

Mateus 7:22-23 (NVI): "Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome, e em teu nome expelimos demônios, e em teu nome realizamos muitos milagres?' Então lhes direi claramente: 'Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade!'"

Marcos 16:16-17 (NVI): "Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. E estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes, e, se beberem algo mortífero, não lhes fará dano; imporão as mãos sobre os enfermos, e estes ficarão curados."

Contextos e Enfoques

Contexto de Mateus 7:22-23:

  • Enfoque: Jesus está falando sobre o Dia do Julgamento, onde muitas pessoas se apresentarão com uma lista de obras realizadas em Seu nome, incluindo profecias e milagres. No entanto, Jesus rejeita essas pessoas, apontando para a iniquidade em suas vidas como o motivo da rejeição.
  • Principal Pontos: O texto ressalta que milagres e profecias não garantem aceitação por Deus se a pessoa estiver envolvida em iniquidade. A relação pessoal com Deus e a prática de justiça são fundamentais.

Contexto de Marcos 16:16-17:

  • Enfoque: Jesus está dando instruções finais aos Seus discípulos, prometendo que sinais e maravilhas acompanharão aqueles que crerem e forem batizados. Esses sinais servem como confirmação da fé genuína.
  • Principal Pontos: Os sinais são evidências naturais da fé verdadeira. Aqueles que crêem genuinamente demonstrarão esses sinais, que incluem expulsar demônios e curar enfermos.

Comparação e Reflexão


Realização vs. Relação:
  • Mateus 7:22-23: Destaca que a mera realização de milagres e profecias não substitui a necessidade de uma verdadeira relação com Deus e uma vida de justiça. Mesmo que as pessoas possam realizar sinais externos, a iniquidade em suas vidas compromete a autenticidade de sua relação com Deus.
  • Marcos 16:16-17: Foca na consequência natural da fé genuína, onde sinais e maravilhas são esperados. Esses sinais confirmam a presença da fé verdadeira e a autoridade de Deus atuando através dos crentes.

Integridade da Fé:

  • Mateus 7:22-23: Alerta contra a ilusão de que milagres e obras impressionantes podem garantir salvação se a vida da pessoa não refletir verdadeira obediência e integridade. A iniquidade nas ações e atitudes invalida a autenticidade da fé.
  • Marcos 16:16-17: Assuma que sinais seguirão os verdadeiros crentes. A fé genuína será acompanhada por manifestações do poder de Deus, como evidenciado pelos sinais.

Diferenças e Complementaridade:

  • Diferenças: Mateus 7:22-23 e Marcos 16:16-17 abordam diferentes aspectos da vida cristã. Mateus 7:22-23 critica a ideia de que milagres e profecias são suficientes por si só para a aceitação de Deus. Já Marcos 16:16-17 afirma que sinais são uma evidência natural e esperada da fé genuína.
  • Complementaridade: Em vez de serem contraditórios, os textos se complementam. Marcos 16:16-17 mostra os sinais que acompanham os verdadeiros crentes, enquanto Mateus 7:22-23 lembra que uma vida de justiça e obediência é essencial, independentemente dos sinais externos.

Contexto da Igreja e Tipos de Pessoas

Na igreja, coexistem diferentes tipos de pessoas, que podem ser representadas por metáforas bíblicas. Entre elas, temos as ovelhas e os bodes: as ovelhas são aquelas que seguem verdadeiramente a vontade de Deus e vivem de acordo com Seus mandamentos, enquanto os bodes são aqueles que não praticam a justiça e falham em manter um relacionamento autêntico com Deus. 

Além disso, há o trigo e o joio: o trigo simboliza os verdadeiros crentes que vivem conforme a vontade de Deus, enquanto o joio representa aqueles que estão na comunidade, mas não têm uma fé genuína e podem até ser um obstáculo ao crescimento espiritual. 

Também podemos distinguir entre o justo e o injusto: o justo vive de maneira reta e obedece aos princípios de Deus, enquanto o injusto não segue esses princípios e se engaja em práticas contrárias à vontade divina. 

Por fim, há uma distinção crucial entre aqueles que vivem na justiça e aqueles que vivem na iniquidade: os que vivem na justiça praticam o bem e mantêm uma vida de obediência e integridade, enquanto os que vivem na iniquidade estão envolvidos em comportamentos pecaminosos e injustos, comprometendo a autenticidade de sua fé e relacionamento com Deus.

Conclusão Final

Não há uma contradição direta entre Mateus 7:22-23 e Marcos 16:16-17. Em vez disso, eles oferecem uma visão complementar da vida cristã:

  • Marcos 16:16-17 descreve como sinais e maravilhas são evidências esperadas e naturais para aqueles que têm uma fé genuína. Estes sinais confirmam a presença do poder de Deus e são uma confirmação visível da verdadeira crença.

  • Mateus 7:22-23 adverte que, apesar de milagres e profecias, a verdadeira aceitação por Deus requer uma vida de obediência e justiça. Milagres e sinais externos não garantem a salvação se a vida da pessoa não reflete uma relação autêntica com Deus.

O que Deus espera do cristão realmente:

  1. Relação Pessoal com Deus:

    • Deus espera uma relação pessoal e íntima com cada cristão. Isso envolve mais do que apenas práticas externas ou a realização de milagres. É fundamental ter um relacionamento genuíno, baseado na fé, na oração e na comunhão constante com Deus.
  2. Obediência e Justiça:

    • A verdadeira aceitação por Deus é evidenciada por uma vida de obediência aos Seus mandamentos e de justiça. Deus busca um caráter que reflete Seus princípios, que se traduz em ações que demonstram amor, integridade e justiça em todas as áreas da vida.
  3. Transformação Pessoal:

    • Deus espera uma transformação pessoal que vai além de ações superficiais. Essa transformação é uma mudança interior que se manifesta em comportamentos e atitudes que estão alinhados com a Sua vontade. O cristão deve buscar viver uma vida que reflete o caráter de Cristo e Seus ensinamentos.
  4. Autenticidade da Fé:

    • A fé verdadeira é acompanhada por ações e comportamentos que comprovam essa fé. A autenticidade da fé é demonstrada não apenas por sinais e milagres, mas pela forma como o cristão vive e se comporta diariamente, mostrando o fruto do Espírito em sua vida.
  5. Compromisso com a Verdade:

    • Deus espera que os cristãos sejam comprometidos com a verdade, não apenas no discurso, mas na prática. Isso inclui a rejeição da iniquidade e a vivência de uma vida que honra a Deus em todas as suas dimensões.

Portanto, a mensagem central é que, enquanto os sinais podem acompanhar e confirmar a fé verdadeira, a verdadeira aceitação de Deus exige uma vida de integridade, obediência e transformação. Deus espera que os cristãos não apenas realizem milagres ou professam a fé, mas que vivam de acordo com os Seus princípios, demonstrando um relacionamento autêntico e uma vida de justiça e amor. A presença de diferentes tipos de pessoas na igreja destaca a necessidade de discernir a autenticidade da fé e buscar uma vida que realmente reflita os valores e a vontade de Deus.

Batismo Bíblico ou Tradição Humana? Descubra a Verdade


 

O Batismo Bíblico: O Caminho da Verdade nas Águas

O batismo é uma das ordenanças mais importantes do cristianismo, instituída pelo próprio Senhor Jesus Cristo. No entanto, ao longo da história, surgiram diversas práticas e formas de batismo que não correspondem ao ensino claro das Escrituras. Neste artigo, vamos compreender como a Bíblia apresenta o batismo verdadeiro e compará-lo com outras formas humanas que se afastam da verdade bíblica.

1. O Significado do Batismo na Bíblia

A palavra "batismo" vem do grego baptízō, que significa “mergulhar, imergir”. Desde a origem do termo, entende-se que o batismo não é apenas um símbolo, mas uma experiência de morte para a velha vida e renascimento para uma nova vida em Cristo. O apóstolo Paulo ensina em Romanos 6:4: “Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.” Isso mostra que o batismo bíblico é uma representação de morte, sepultamento e ressurreição — o que só pode ser simbolizado plenamente pela imersão nas águas.

2. O Batismo de João Batista

João Batista, o precursor de Cristo, foi enviado para preparar o povo através do batismo de arrependimento. Em Marcos 1:5 lemos: “E toda a região da Judeia, e todos os habitantes de Jerusalém iam ter com ele; e, confessando os seus pecados, eram batizados por ele no rio Jordão.” Aqui vemos claramente que o batismo acontecia no rio Jordão, onde havia água em abundância. O texto mostra que João batizava no Jordão, e não com aspersão ou apenas palavras.

3. O Batismo de Jesus Cristo

O próprio Senhor Jesus, que não tinha pecados, se submeteu ao batismo para dar exemplo de obediência. Em Lucas 3:21 está escrito: “E aconteceu que, sendo todo o povo batizado, também Jesus, sendo batizado, orando, o céu se abriu.” Já em Mateus 3:16 lemos: “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água...”. Note a expressão “saiu da água”, o que comprova que Ele entrou no rio para ser batizado por imersão, e não por aspersão ou derramamento.

4. O Batismo dos Discípulos

Após a ressurreição, Jesus ordenou que Seus discípulos continuassem essa prática. Em Mateus 28:19 Ele disse: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” Em Atos encontramos o exemplo de Filipe e o eunuco: “E desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou.” (Atos 8:38). Mais uma vez, a Bíblia confirma que o batismo é descida à água, algo que exclui práticas simbólicas e superficiais.

5. Comparação com Outros Tipos de Batismo

A Bíblia deixa claro o modelo de batismo: por imersão, de pessoas conscientes, como ato de fé e arrependimento. Entretanto, ao longo da história, práticas não bíblicas surgiram. O batismo por aspersão (jogar água na cabeça) não existe na Bíblia, foi introduzido séculos depois como uma conveniência humana. O batismo infantil também não possui registro bíblico, pois o batismo requer fé e arrependimento, conforme Marcos 16:16: “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” Uma criança ainda não pode crer nem se arrepender. Além disso, Jesus declarou claramente que as crianças já pertencem ao Reino de Deus. Em Mateus 19:14 Ele disse: “Deixai os pequeninos e não os estorveis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus.” Ou seja, os pequenos não necessitam de batismo, pois o Reino já lhes pertence por direito. Outro exemplo é o batismo simbólico sem água, praticado por alguns grupos, mas a Escritura mostra claramente o uso das águas. Essas práticas, apesar de comuns em várias tradições, não têm fundamento bíblico e distorcem o verdadeiro significado do batismo que aponta para a morte e ressurreição com Cristo.

6. Conclusão

O batismo bíblico é claro: é realizado por imersão nas águas; é destinado a pessoas conscientes, arrependidas e crentes em Jesus; é um ato público de fé, demonstrando a união do cristão com a morte e ressurreição de Cristo. Todos os outros tipos de batismo, que não seguem este modelo, são invenções humanas e não possuem aprovação divina. O cristão fiel deve buscar seguir o exemplo deixado por Jesus, pelos apóstolos e pela igreja primitiva, sem acrescentar nem tirar nada do que a Palavra de Deus estabeleceu.

O batismo é, portanto, a porta de entrada da salvação. Jesus disse em João 3:5: “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.” Mas entrar pela porta não é o suficiente: é preciso permanecer no caminho. A Bíblia ensina que devemos manter nossa salvação todos os dias, vivendo em comunhão com Cristo. Isso acontece através da oração (1 Tessalonicenses 5:17), da leitura e obediência à Palavra de Deus (João 8:31), da santificação (Hebreus 12:14) e da perseverança até o fim (Mateus 24:13).

Podemos dizer que o batismo é como o passaporte para a vida eterna. Nele recebemos nossa entrada no Reino de Deus, mas esse passaporte precisa ser carimbado ao longo da vida: cada ato de fé, cada passo de obediência e cada momento de comunhão com Cristo confirmam nossa cidadania celestial. Por isso Paulo declarou em Filipenses 2:12: “Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor.”

Assim, o batismo nos abre a porta da vida eterna, mas é a fidelidade diária que garante a chegada vitoriosa ao destino final. Como bem afirma Efésios 4:5: “Um só Senhor, uma só fé, um só batismo.”

Falsos Cristos


Recentemente, foi noticiada a morte de José Luis de Jesús Miranda, fundador da Igreja Crescendo em Graça. Ele afirmava ser Jesus Cristo e anunciou que, no dia 30 de junho de 2012, seu corpo seria transformado, tornando-o imortal. Como essa profecia não se cumpriu, Miranda desapareceu da mídia. Embora sua morte não tenha sido oficialmente confirmada, o caso apenas reforça o número crescente de pessoas que, ao longo da história, afirmaram ser o próprio Cristo.

Essas ocorrências parecem se alinhar com a profecia registrada em Mateus 24:23-26:

“Se, então, alguém disser: ‘Vejam, aqui está o Cristo!’ ou: ‘Ali está ele!’, não acreditem. Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão grandes sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os eleitos. Vejam que eu os avisei antecipadamente. Assim, se alguém disser: ‘Ele está lá, no deserto!’, não saiam; ou: ‘Ali está ele, dentro da casa!’, não acreditem.”

Desde os primeiros séculos, surgiram pessoas que declaravam ser (ou foram consideradas por seus seguidores) a encarnação, a reencarnação ou a Segunda Vinda de Jesus Cristo. Além disso, há milhares de casos de indivíduos com distúrbios psicológicos que fizeram esse tipo de alegação.

A seguir, uma lista com alguns dos mais famosos falsos cristos dos séculos XIX, XX e XXI.

Século 19

John Nichols Thom (1799-1838), rebelde contra o governo, dizia ser o “salvador do mundo” e a reencarnação de Jesus Cristo em 1834. Foi morto por soldados britânicos na Batalha de Bossenden Wood, em 31 de maio de 1838 na cidade de Kent, Inglaterra.

Arnold Potter (1804-1872), apostatou da Igreja dos Santos dos Últimos Dias líder (mórmons), Afirmava que o espírito de Jesus Cristo entrou em seu corpo e ele se tornou “Potter Cristo”, Filho do Deus vivo. Morreu numa tentativa de “subir ao céu” ao pular de um penhasco.

Bahá’u’lláh (1817-1892), nascido numa família muçulmana xiita, em 1844 afirmou ser o cumprimento profetizado e Prometido de todas as grandes religiões. Ele fundou a Fé Bahá’í em 1863, que tem seguidores até hoje em todo o mundo.

William W. Davies (1833-1906), líder da seita Reino dos Céus localizado em Walla Walla, Washington (1867-1881). Ele ensinava a seus seguidores que era o arcanjo Miguel, mas já havia vivido como Adão, Abraão e Davi. Quando seu filho Arthur nasceu, em 11 de fevereiro de 1868, Davies afirmou que a criança era a reencarnação de Jesus Cristo. Quando David, o segundo filho de Davies, nasceu em 1869, ele passou dizer que era Deus, o Pai.

Mirza Ghulam Ahmad, (1835-1908), natural da Índia afirmou ser o aguardado Mahdi, bem como a segunda Vinda de Jesus, o Messias prometido no final do tempo. Ele foi a única pessoa na história islâmica que alegava ser ambos. Afirmava ser Jesus, no sentido metafórico, em caráter. Fundou a Movimento Ahmadiyya em 1889, alegando ser comissionado por Deus para reformar a humanidade.

Lou de Palingboer (1898-1968), fundador e líder de uma seita da Holanda, que dizia ser “o corpo ressuscitado de Jesus Cristo.”

Século 20

Haile Selassie I (1892-1975) não dizia abertamente ser Jesus, mas o movimento Rastafari, que surgiu na Jamaica durante os anos 1930, acredita que ele é a Segunda Vinda . Incorporou isso quando se tornou imperador da Etiópia em 1930, defendendo ser a confirmação do retorno do Messias no Livro de Apocalipse. Também é chamado de Jah Ras Tafari, e os seguidores do movimento Rastafari dizem que ele deve retornar uma segunda vez para iniciar o dia de julgamento. A seita continua crescendo em parte graças a grupos de reggae, e teria cerca de um milhão de seguidores.

Ernest Norman (1904-1971), um engenheiro elétrico que fundou a Academia Unarius de Ciência, em 1954, Dizia ser a encarnação terrena de um arcanjo chamado Raphiel, mas já vivera na terra como outras figuras notáveis, incluindo Confúcio, Sócrates e Jesus. Faleceu em 1971, mas a Unarius ainda se mantém e oferece terapia de vidas passadas para curar todo tipo de mal.

Krishna Venta (1911-1958), fundados da seita Fonte de sabedoria, conhecimento, fé e amor, na Califórnia, no final de 1940. Em 1948, declarou que ele era o Cristo, o novo messias e que chegou à Terra vindo do planeta Neophrates, já extinto. Foi assassinado dois ex-seguidores descontentes que o acusavam de Venta mau uso do dinheiro da seita e de ter abusado de suas esposas.

Ahn Sahng-Hong (1918-1985), sul-coreano que fundou a Igreja de Deus Nova Aliança da Páscoa em 1964, que se tornou a Sociedade Missionária Mundial de Deus. Ele seria a Segunda Vinda de Jesus e depois passou a se declarar o próprio Deus Pai.

Sun Myung Moon (1920-2012), mais conhecido como Reverendo Moon, fundador da Igreja da Unificação. Ensinava ser o Messias e a Segunda Vinda de Cristo, cumprindo a missão inacabada pelo Jesus bíblico. Os membros da Igreja da Unificação ainda consideram Sun Myung Moon e sua esposa, Hak Ja Han, os Verdadeiros Pais da humanidade, Adão e Eva restaurados à sua plenitude.

Jim Jones (1931-1978), fundador do Templo dos Povos. Inicialmente um líder protestante, passou a se dizer reencarnação de Jesus, Akhenaton , Buda e o Divino Pai. Alegando perseguição religiosa nos EUA, levou seus seguidores para Jonestown , Guiana, onde organizou um suicídio coletivo dia 18 de novembro de 1978.

Marshall Applewhite (1931-1997), fundador da seita Portão do céu, usou a internet para se declarar Jesus Cristo e reunir seguidores. Todos cometeram suicídio coletivo dia 26 de março de 1997, quando passou pela Terra o cometa Hale-Bopp . Eles acreditavam que iriam se encontrar com ele no céu, pois na verdade seria uma nave espacial que veio buscá-los.

Wayne Bent (1941 -), seu verdadeiro nome é Michael Travesser. Fundador da Igreja o Senhor é Nossa Justiça. Ele afirma: “Sou a personificação de Deus, sou a divindade e a humanidade combinado”. Iniciou seu seita em 1989, quando convenceu alguns adventistas a abandonarem a igreja e segui-lo numa vida sem pecados. A partir de 2000 disse ter ouvido Deus dizer: “Você é o Messias”. Foi condenado à prisão em 15 de dezembro de 2008, por abuso sexual de menores.

Ariffin Mohammed (1943 -), também conhecido como “Ayah Pin”, fundou a seita Reino dos Céus, na Malásia , em 1975, logo proibida pelo governo. Ele afirma a seus seguidores ter contato direto com os céus, sendo considerado a encarnação de Jesus, bem como de Shiva, de Buda e de Maomé.

Matayoshi Mitsuo (1944 -), um político conservador japonês, que em 1997 criou a Partido Mundial da Comunidade Econômica, com base em sua convicção de que ele é Deus e Cristo. De acordo com seu programa, ele fará o último julgamento como Cristo, mas dentro do sistema político atual.

José Luis de Jesús Miranda (1946 – 2013), porto-riquenho fundador e líder da Igreja Crescendo em Graça. Afirma que o Cristo ressuscitado se apossou do seu corpo em 1973, quando 2 espíritos lhe avisaram disso. Anunciou que passaria por uma grande transformação em 2012, tornando-se imortal. Sua morte em decorrência de um câncer não é confirmada pela igreja que conta com 710 centros de culto em 25 países.

Inri Cristo (1948 -), um astrólogo brasileiro que afirma desde 1969 ser o segundo Jesus reencarnado. Vive em Brasília, considerado por ele e seus discípulos como a “Nova Jerusalém” mencionada no Apocalipse.

Shoko Asahara (1955 -), fundou o controverso japonês grupo religioso Aum Shinrikyo , em 1984. Ele declarou ser “o Cristo” e ” Cordeiro de Deus “. Seria o único só mestre do Japão plenamente iluminado. Divulgou uma profecia sobre o fim do mundo, que incluiu uma Terceira Guerra Mundial, que terminaria em um bombardeamento nuclear. A humanidade iria acabar, exceto para os poucos que seguissem a Aum. Ficou famoso quando realizou o ataque com gás sarin no metrô de Tóquio em 1995. Desde então está preso e foi condenado à morte, mas ainda aguarda a execução.’

David Koresh (1959-1993), nascido Vernon Wayne Howell, foi o líder da seita “Davidiana” com sede em Waco, Texas. Em 1983 começou a dizer que era o último profeta e “o Filho de Deus, o Cordeiro”. Reuniu seus seguidores e um grande arsenal em uma fazenda, em 1993. O FBI invadiu o local, numa operação que terminou com um incêndio da sede do grupo. Além de Koresh, morreram 54 adultos e 21 crianças.

Hogen Fukunaga (1945 -), fundador no Japão, em 1987, a Ho No Hana Sanpogyo , conhecida como seita da “leitura do pé”. Ele diz ter passado por uma experiência espiritual quando descobriu ser a reencarnação de Jesus Cristo e de Sidarta Gautama, o Buda.

Marina Tsvigun (1960 -), ou Maria Devi Christos, líder da Grande Fraternidade Branca . Em 1990, ela conheceu Yuri Krivonogov, que passou a afirmar que Marina era um novo messias e mais tarde se casou com ela.

Sergey Torop (1961 -), um ex-guarda de trânsito russo, que afirma ter “renascido” como Vissarion, Jesus Cristo embora ressalte que ele não é “Deus”, mas a ” palavra de Deus “. Fundou a Igreja do Último Testamento. Em 1990 mudou-se para o sul da Sibéria, onde vive com seus discípulos na comunidade espiritual Tiberkul Ecopolis. Ele tem várias esposas e diz ter 10 mil espalhados pelo mundo.

Século 21

David Shayler (1965 -) é um inglês, ex-agente do serviço secreto MI5 que, no verão de 2007, proclamou ser o Messias. A “descoberta” da nova identidade veio após o consumo de cogumelos alucinógenos. Afirma que um espírito apareceu e lhe deu a notícia. `Passou então a andar apenas com roupas brancas e sem sapatos. Defende o uso de drogas como algo espiritual. Lançou uma série de vídeos no YouTube onde afirma ser Jesus. Vive com alguns seguidores numa comunidade seminômade, ocupando casas vazias em Londres ou no interior da Inglaterra. Ele afirma ter um “lado mulher” e assume por vezes a personalidade de Delores Kane. Explica que não se trata de homossexualidade. “É como balancear as coisas [os lados feminino e masculino], como se eu pudesse esquecer quem sou “, justifica,

Oscar Ramiro Ortega-Hernandez (1990 -). Em novembro de 2011, disparou nove tiros com um rifle AK-47 contra a Casa Branca, em Washington. Dizendo ser Jesus Cristo, disse que foi enviado para matar o presidente Barack Obama, que seria o Anticristo.

Alan John Miller (1962 -), mais conhecido como AJ Miller. Australiano, é um ex- Testemunha de Jeová e líder do movimento Verdade Divina. Miller afirma ser Jesus Cristo reencarnado e quer espalhar mensagens que ele chama de “Verdade Divina”. Ele faz vários seminários sobre o tema e usa várias formas de mídia, principalmente a internet. Vive com Mary Suzanne Luck, que seria o retorno de Maria Madalena a Terra.

Fonte: https://www.amambainoticias.com.br/2013/08/25/conheca-os-falsos-cristos-mais-famosos-da-historia/

Referências Bibliográficas

  1. Wikipedia. José Luis de Jesús Miranda. https://en.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Luis_de_Jes%C3%BAs_Miranda

  2. Wikipedia. List of messiah claimants. https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_messiah_claimants

  3. RationalWiki. José Luis de Jesús Miranda. https://rationalwiki.org/wiki/Jose_Luis_de_Jes%C3%BAs_Miranda

  4. Gospel Prime. Falsos cristos: os mais famosos dos últimos séculos.

  5. ElijahFire.ca. False Prophets Who Claimed to Be Jesus Christ. https://elijahfire.ca/cults/False-Prophets-Who-Claimed-To-Be-Jesus.pdf

  6. The Christian Post. Death rumors denied by followers of José Luis de Jesús.

  7. BibleHub. Who was José Luis de Jesús Miranda? https://biblehub.com/q/who_was_jose_luis_de_jesus_miranda.htm

24 setembro 2025

Os Dois Tipos de Pessoas na Cruz – O Espelho da Humanidade e o Chamado à Escolha


Quando pensamos na crucificação de Jesus, é comum lembrarmos de sua dor e sofrimento. Contudo, ao lado de Cristo, estavam dois outros homens, ambos condenados à morte, mas suas histórias são muito mais do que simples figuras no contexto de um evento histórico. As duas cruzes que acompanhavam a de Jesus são representações simbólicas dos dois caminhos que toda a humanidade pode seguir.

Através desses dois homens, Gestas e Dimas, Jesus mostra ao mundo as opções que estão diante de todos: a escolha pela rejeição ou pela aceitação, pelo orgulho ou pelo arrependimento, pela dureza ou pela humildade. Eles são, de fato, espelhos que refletem o comportamento humano diante de Deus.

Dois homens, duas atitudes, dois destinos

Na cruz de Jesus, estavam dois homens, com atitudes diametralmente opostas. De um lado, havia um homem endurecido, que zombava de Cristo, rejeitava qualquer possibilidade de salvação e insistia em sua própria visão de mundo. Ele não queria entender a dor de Jesus e nem se importar com o que estava acontecendo. Em seu coração, havia apenas zombarias e descrença.

Do outro lado, estava um homem completamente diferente. Humilde, quebrantado, arrependido e consciente de seus pecados. Esse homem reconheceu em Jesus algo muito além de um simples condenado. Ele enxergou, mesmo em meio à sua própria angústia, que aquele homem que estava ao seu lado era o Salvador. Enquanto o primeiro homem rejeitava a verdade, o outro a aceitava com toda a sinceridade do coração.

Esses dois homens, conhecidos tradicionalmente como Gestas e Dimas, não estavam ali apenas como criminosos sendo punidos. Eles estavam representando a eterna divisão da humanidade, um retrato de como o ser humano reage ao chamado divino. Dois destinos opostos aguardavam cada um deles, e suas escolhas definiriam suas eternidades.

A cruz, o julgamento e a separação definitiva

A cruz não apenas simboliza a dor e o sacrifício de Cristo; ela também é um ponto de partida para o julgamento divino. Na Bíblia, Jesus não apenas veio ao mundo para salvar a humanidade, mas também deixou claro que um dia voltará para separar os justos dos injustos, os santos dos pecadores, o joio do trigo. Ele disse:

“Voltarei para separar os justos dos injustos, os santos dos pecadores, o joio do trigo…” (Mateus 13:30, 24:31-51).

A crucificação já era um prenúncio disso. Naquele momento, diante de Cristo, estava a escolha de cada um: aceitar ou rejeitar, crer ou não crer. Um ladrão rejeitou Jesus e zombou, e o outro o reconheceu, fazendo sua escolha em um último momento de vida. Esse momento simboliza a separação que ocorrerá no fim dos tempos, quando Cristo voltar para julgar a todos.

A cruz, portanto, não é apenas um símbolo de sofrimento, mas um sinal da escolha que todos terão de fazer: se render à graça ou rejeitá-la. A separação será definitiva.

O ladrão que zombou — o símbolo da rejeição

O ladrão que zombou de Jesus, em seu momento final, se tornou o símbolo de muitos que, durante sua vida, se recusam a reconhecer a verdade de Deus. Ele representa aqueles que, por orgulho ou dureza de coração, se fecham para o arrependimento. Essa atitude é vista em muitas pessoas hoje, que preferem confiar em suas próprias forças e crenças, desconsiderando a misericórdia e a graça oferecidas por Deus.

Esse ladrão é um reflexo das pessoas que endurecem seus corações diante do chamado divino. Ele escolheu as ilusões temporárias da vida em vez da promessa de uma eternidade com Deus. Sua zombaria e incredulidade são um retrato do orgulho humano que prefere continuar acreditando nas mentiras deste mundo do que se submeter à verdade de Deus. Quando ele fez sua escolha, ele rejeitou a salvação.

E assim como a Bíblia afirma:

“Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno…” (Mateus 25:41),

o destino desse ladrão é uma advertência para todos aqueles que endurecem seus corações diante do chamado divino.

O bom ladrão — o símbolo da esperança e da graça

Do outro lado, o bom ladrão, Dimas, se tornou o símbolo de todos aqueles que, mesmo em seu estado de falência espiritual e moral, respondem ao chamado de Deus com arrependimento e fé. Ele não tinha mais tempo para fazer boas ações ou para reverter os erros do passado. Mas, em um último momento, ele reconheceu a autoridade de Cristo e, com humildade, pediu a salvação.

Dimas representa a esperança infinita que a graça de Deus oferece. Ele fez a escolha mais importante da sua vida, uma escolha que alterou seu destino. Embora estivesse sendo punido por seus crimes, ele escolheu reconhecer sua necessidade de Deus e confiar no perdão divino.

Jesus, ao ver essa fé simples e sincera, prometeu a ele:

“Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso.” (Lucas 23:43).

Essa promessa de salvação, feita em um momento de total desespero, é um lembrete de que nunca é tarde demais para aceitar a graça de Deus. Mesmo no último instante, mesmo diante da morte, há esperança para quem se arrepende.

Reflexão para o leitor: Quem você quer ser?

Agora, diante dessas duas figuras, você se vê em algum deles? Essa é uma reflexão que todos devemos fazer. Ao olharmos para o ladrão que zombou de Jesus e o bom ladrão, precisamos perguntar a nós mesmos:

  • Quem somos nós diante de Deus?

  • Temos endurecido nossos corações, preferindo as ilusões do mundo e o orgulho de achar que podemos viver sem a ajuda divina?

  • Ou, assim como Dimas, estamos dispostos a reconhecer nossas falhas e nos entregar humildemente a Deus, confiando na misericórdia que Ele oferece?

Essa escolha não é apenas uma questão de fé, mas de vida e morte. Ela tem consequências eternas. O destino de cada um daqueles homens foi decidido na cruz, e o mesmo pode acontecer com cada um de nós.

O convite urgente da cruz

O que aconteceu naquele dia, há mais de dois mil anos, não foi apenas um evento histórico. A crucificação de Jesus é um convite urgente para todos nós, que chega até o presente, até você:

“Jesus está no centro da cruz, oferecendo perdão e vida nova.
E ao seu lado, duas cruzes mostram que a escolha é sua.”

Hoje, assim como os dois ladrões, você também tem uma escolha a fazer. Você pode rejeitar o chamado de Deus e zombar, ou pode se arrepender, confiar e aceitar a salvação que Ele oferece. Você pode continuar vivendo distante de Deus, ou pode, como Dimas, se arrepender e confiar na misericórdia de Cristo, encontrando a esperança no último momento.

Conclusão: A escolha que determina tudo

A volta de Cristo trará uma separação definitiva. O tempo do arrependimento será encerrado, e o juízo será real. Mas, enquanto ainda houver vida, a graça de Deus está disponível. Não espere para fazer sua escolha. O arrependimento e a fé precisam ser decididos agora.

Não espere estar na cruz para fazer sua escolha. O convite está diante de você. Reconheça suas falhas, peça perdão e aceite a misericórdia que o bom ladrão recebeu. Lembre-se de que, mesmo naquele momento de dor extrema, Jesus olhou para Dimas e disse:

“Hoje estarás comigo no Paraíso.”

Que essa promessa seja seu alento e sua decisão hoje. Não adie o momento de se entregar ao chamado de Deus. A cruz está diante de você, e a escolha é sua.

Fonte imagem:https://www.luterano.org.br/predica-para-cristo-rei-em-lucas-23-33-43/

18 setembro 2025

Quando o Sofrimento Leva à Salvação


O sofrimento é, muitas vezes, uma das experiências humanas mais difíceis de compreender e suportar. No entanto, sob a perspectiva bíblica, ele pode assumir um papel redentor, conduzindo o ser humano ao arrependimento, à fé e, finalmente, à salvação. A Bíblia não apenas reconhece a realidade do sofrimento, mas também mostra como ele pode ser usado por Deus como instrumento de transformação espiritual.

O primeiro ponto essencial é compreender que Deus usa o sofrimento como meio de disciplina e correção, com o objetivo de nos levar de volta ao caminho da vida. Como está escrito em Hebreus 12:10-11: “Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.” O sofrimento, portanto, pode ser um processo pedagógico divino que visa a nossa purificação e aproximação de Deus.

Além disso, há situações em que a dor leva à reflexão e à busca sincera por Deus. Foi o que aconteceu com o filho pródigo, na parábola contada por Jesus. Ele só voltou à casa do pai depois de experimentar a miséria e o vazio da vida longe do lar. Essa história é resumida pela essência de Lucas 15:17-18: “E, tornando em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti.” O sofrimento levou aquele jovem à consciência do pecado, ao arrependimento e à salvação.

O apóstolo Paulo também testemunha como as tribulações o ensinaram a depender totalmente de Deus. Em 2 Coríntios 1:8-9: “Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia; pois fomos sobremaneira agravados mais do que podíamos suportar, de modo tal que até da vida desesperamos. Mas já em nós mesmos tínhamos a sentença de morte, para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos.” Aqui, o sofrimento não apenas expôs os limites humanos, mas revelou o poder salvador e sustentador de Deus.

Outro exemplo poderoso é o do salmista, que reconhece o valor do sofrimento como instrumento de aprendizado e correção espiritual. Em Salmos 119:71: “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.” A dor se transforma em bênção quando leva o indivíduo a conhecer e obedecer à Palavra de Deus.

Por fim, o maior exemplo de sofrimento que conduz à salvação está na cruz de Cristo. Jesus, o Filho de Deus, sofreu injustamente para que nós fôssemos salvos. Isaías 53:5: “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” O sofrimento de Cristo é o fundamento da nossa salvação, e nos mostra que, por mais doloroso que seja, o sofrimento pode ter um propósito eterno.

A história de José do Egito é outro exemplo impressionante de como o sofrimento, quando enfrentado com fidelidade a Deus, pode se tornar o caminho para o cumprimento de um propósito maior. José foi traído por seus próprios irmãos, vendido como escravo, acusado injustamente de tentar violentar a esposa de Potifar e lançado na prisão. Gênesis 39:20: “Então o senhor de José o tomou, e o entregou à prisão, ao lugar onde os presos do rei estavam encarcerados; assim esteve ali na prisão.” Apesar de todas as injustiças, José permaneceu fiel a Deus. No tempo certo, Deus o exaltou, tirando-o do cárcere e fazendo dele o segundo homem mais poderoso do Egito, abaixo apenas de Faraó. Gênesis 41:41: “Disse mais Faraó a José: Vês aqui te tenho posto sobre toda a terra do Egito.” O sofrimento de José foi o caminho usado por Deus para salvar não só sua família, mas muitas nações da fome. Ao reencontrar seus irmãos, José declara com sabedoria e perdão: Gênesis 50:20: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida.”

Outro exemplo emblemático é o de , um homem justo que passou por uma sequência devastadora de sofrimentos: perdeu seus bens, seus filhos, sua saúde e até o apoio da esposa e amigos. No entanto, Jó nunca abandonou a sua fé. Ele disse em meio à dor: Jó 1:21: “O Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor.” Jó questionou, chorou, lamentou, mas jamais amaldiçoou a Deus. No final, o Senhor restaurou sua sorte, e lhe deu em dobro tudo o que antes possuía. Jó 42:10: “E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou, em dobro, a tudo quanto Jó antes possuía.” A história de Jó nos ensina que até o sofrimento mais inexplicável pode resultar em bênção, quando mantemos a fé.

É importante também reconhecer que muitos sofrimentos vêm como consequência direta dos nossos próprios erros. Por exemplo, uma gravidez indesejada pode trazer sofrimento, medo e insegurança, especialmente quando resultado de escolhas impulsivas ou fora da vontade de Deus. No entanto, mesmo nessa situação, Deus pode transformar a dor em bênção. Com o nascimento da criança, o coração pode se encher de alegria, amor e redenção. João 16:21: “A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pela alegria de ter nascido um homem no mundo.” Deus é especialista em transformar consequências difíceis em oportunidades de crescimento e graça.

Outra situação semelhante é a de alguém que perde tudo por causa de escolhas erradas — vícios, relacionamentos destrutivos ou decisões financeiras impulsivas — e, ao tocar o fundo do poço, encontra espaço para se arrepender e recomeçar com Deus. A dor do fracasso pode se tornar o ponto de partida para uma nova vida, guiada pela sabedoria e pela graça do Senhor.

Encerrando, a esperança cristã nos assegura que o sofrimento não é o fim da história. Quando entregamos nossas dores a Deus, até mesmo os erros mais amargos podem ser redimidos. Romanos 5:3-5: “E não somente isso, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” Assim, o sofrimento, quando vivido com fé e humildade, pode ser o caminho pelo qual Deus nos leva à salvação, à maturidade espiritual e a uma nova vida restaurada.

Um convite ao seu coração

Todos nós, em algum momento da vida, enfrentamos dores que parecem maiores do que podemos suportar. Pode ser uma perda, uma decepção, um erro do passado ou até mesmo o silêncio de Deus em meio à nossa angústia. A verdade é que o sofrimento é uma realidade constante neste mundo caído. Mas você não precisa atravessar isso sozinho.

Se você está vivendo um momento difícil, lembre-se: Deus vê o seu sofrimento, ouve o seu clamor e conhece as suas lágrimas. Ele não é indiferente à sua dor. Pelo contrário, Ele está perto dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido (Salmos 34:18).

Talvez você não entenda agora o porquê de tanta dor, mas há um propósito — e esse propósito pode ser o seu recomeço, o seu renascimento espiritual. Não endureça o seu coração. Volte-se para Deus. Clame a Ele com sinceridade, e Ele virá ao seu encontro com graça, perdão e restauração.

Entregue hoje mesmo a sua dor nas mãos de Jesus. Ele sofreu para que você pudesse ser curado. Ele morreu para que você pudesse viver. E Ele está vivo, pronto para transformar seu sofrimento em salvação.

Não espere mais. Deus pode começar algo novo em sua vida agora. Deixe que a sua dor o leve não à revolta, mas à cruz — e ali você encontrará não apenas respostas, mas a verdadeira paz.

Fonte imagem:https://deusteabencoe.com.br/meu-sofrimento-me-garante-a-salvacao/

Desenhos Bíblicos com Histórias Incríveis

Desenhos Bíblicos - O Pão do Céu

Desenhos Bíblicos - José do Egito

"A Verdade em Palavras: Como Saber se um Profeta Fala de Deus"


1. Conformidade com a Palavra de Deus
Deuteronômio 13:1-5: “Quando se levantar no meio de ti profeta ou sonhador de sonhos, e te anunciar um sinal ou prodígio, e suceder tal sinal ou prodígio de que te houver falado, e disser: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los; não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador de sonhos, porquanto o Senhor vosso Deus vos prova, para saber se amais o Senhor vosso Deus com todo o vosso coração e com toda a vossa alma.” Um profeta verdadeiro sempre deve estar em conformidade com a Palavra de Deus e com os princípios estabelecidos na Escritura. Se o profeta ensina algo que vai contra os mandamentos de Deus ou introduz novas doutrinas que não estão na Bíblia, ele não é um profeta verdadeiro.

2. Cumprimento das Profecias
Deuteronômio 18:21-22: “Se disseres no teu coração: Como conheceremos a palavra que o Senhor falou? Quando o profeta falar em nome do Senhor, e tal palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele.” O cumprimento das profecias é um teste crucial para a autenticidade do profeta. Profecias verdadeiras são realizadas conforme o previsto. Se um profeta frequentemente faz previsões que não se concretizam, isso é um sinal de que ele não é verdadeiro.

3. A Vida e o Caráter do Profeta
Mateus 7:15-20: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Pelos seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus.” O verdadeiro profeta deve ser conhecido pelos frutos que produz — isto é, pelo seu comportamento, caráter e modo de vida. Se o profeta demonstra integridade, justiça, e vive de acordo com os padrões bíblicos, é um indicativo de que ele pode ser verdadeiro. Sua vida deve refletir o caráter de Cristo, e ele deve ser uma pessoa que busca viver conforme a moral e os princípios de Deus.

4. A Confissão de Jesus Cristo
1 João 4:1-3: “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus.” Um profeta verdadeiro deve professar que Jesus é o Filho de Deus e reconhecer a Sua encarnação e divindade. Se um profeta nega a verdadeira natureza de Cristo ou apresenta uma visão distorcida sobre Ele, isso é um sinal de que ele não é um profeta verdadeiro.

5. O Testemunho de Paz e Edificação
1 Coríntios 14:3: “Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação.” O objetivo das palavras do profeta verdadeiro é promover a paz e o crescimento espiritual. As profecias verdadeiras devem edificar a fé da comunidade, trazer conforto e encorajamento, e não causar divisão, medo ou confusão.

6. O Testemunho e a Concordância da Comunidade Cristã
Atos 17:11: “Ora, estes foram mais nobres que os de Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.” A comunidade cristã deve ser criteriosa e testar as profecias à luz das Escrituras. A confirmação por parte da comunidade cristã e o alinhamento com a doutrina bíblica são importantes para assegurar que o profeta é verdadeiro.

Conclusão
Esses critérios ajudam a garantir que o ensino e a liderança espiritual que seguimos sejam verdadeiros e estejam em conformidade com a vontade e a Palavra de Deus. Um profeta verdadeiro não só revela a vontade de Deus, mas também vive de acordo com os princípios divinos e contribui para o bem-estar espiritual da comunidade cristã.

Fonte imagem: https://www.univervideo.com/blog/post/jeremias-onde-assistir

13 setembro 2025

Grupos Religiosos na Bíblia


Na Bíblia, especialmente no contexto do Judaísmo do período do Segundo Templo (aproximadamente 516 a.C. a 70 d.C.), vários grupos religiosos e seitas são mencionados. Cada um tinha suas próprias crenças, práticas e influências na vida religiosa e social da Judeia. Aqui estão os principais grupos religiosos mencionados:

1. Fariseus

  • Características: Os fariseus eram um grupo religioso e político que enfatizava a importância da Lei Oral e Tradicional, além da Lei Escrita (Pentateuco). Eles acreditavam na ressurreição dos mortos, na existência de anjos e espíritos, e na vida após a morte.
  • Visão: Tinham uma abordagem mais flexível e interpretativa da Lei, adaptando-a às circunstâncias da vida diária. Eram conhecidos por seu zelo religioso e por suas práticas de pureza.
  • Referências Bíblicas: Mateus 5:20; Mateus 23; Atos 15:5; Atos 23:6-8.

2. Saduceus

  • Características: Os saduceus eram predominantemente membros da aristocracia sacerdotal e do círculo político. Aceitavam apenas os cinco primeiros livros da Bíblia (Pentateuco) e rejeitavam outros escritos e tradições orais.
  • Visão: Negavam a ressurreição dos mortos, a existência de anjos e espíritos, e acreditavam que a recompensa e punição divina se limitavam a esta vida.
  • Referências Bíblicas: Mateus 22:23-33; Marcos 12:18-27; Atos 4:1-2; Atos 23:6-10.

3. Essênios

  • Características: Os essênios eram um grupo ascético que se retirava da sociedade para viver em comunidades isoladas, como em Qumran. Eles tinham uma vida de rigorosa pureza e esperavam a vinda de um Messias.
  • Visão: Enfatizavam a vida comunitária e a pureza ritual. Sua literatura, incluindo os Manuscritos do Mar Morto, revela suas crenças e práticas distintas.
  • Referências Históricas: Embora não sejam amplamente mencionados no Novo Testamento, sua existência é confirmada por escritores antigos, como Flávio Josefo e Filon de Alexandria. Os Manuscritos do Mar Morto, encontrados em Qumran, são atribuídos aos essênios.

4. Zelotes

  • Características: Os zelotes eram um grupo revolucionário que se opunha à dominação romana e buscava a independência judaica. Eles eram conhecidos por sua resistência ativa e por lutar contra a ocupação romana.
  • Visão: Enfatizavam a luta armada contra os romanos e a purificação da nação judaica. Eram menos focados em aspectos religiosos e mais em objetivos políticos e sociais.
  • Referências Bíblicas: Simão, um dos doze apóstolos de Jesus, é descrito como "Simão, o Zelote" (Lucas 6:15; Atos 1:13). Referências aos zelotes também são encontradas em obras de Flávio Josefo.

5. Herodianos

  • Características: Os herodianos eram partidários da dinastia de Herodes e tinham uma posição política favorável ao governo romano. Eles eram menos um grupo religioso e mais uma facção política.
  • Visão: Alinhavam-se com os interesses de Herodes e do poder romano, em contraste com os fariseus e outros grupos que se opunham à dominação romana.
  • Referências Bíblicas: Mateus 22:16; Marcos 3:6; Marcos 12:13.

6. Nazarenos

  • Características: Os nazarenos eram seguidores de Jesus Cristo e se distinguiam como o primeiro grupo de cristãos. O termo "nazareno" foi usado para se referir a Jesus e aos seus seguidores.
  • Visão: Eles acreditavam que Jesus era o Messias prometido e seguiam seus ensinamentos. O cristianismo primitivo começou como uma seita dentro do Judaísmo antes de se expandir para além dele.
  • Referências Bíblicas: Mateus 2:23; Atos 24:5.

7. Heloístas (ou Elóístas)

  • Características: Embora menos conhecidos e não amplamente documentados na Bíblia, os helóístas eram um grupo associado com práticas e crenças específicas, como o uso de fórmulas e práticas de oração.
  • Visão: Suas crenças e práticas são menos detalhadas na Bíblia e mais conhecidas através de textos históricos e literatura rabínica.

Resumo:

Esses grupos representavam uma diversidade de crenças e práticas dentro do Judaísmo do período do Segundo Templo. Cada um deles tinha suas próprias interpretações da Lei, práticas religiosas e visões sobre questões importantes como a ressurreição, a vida após a morte e a relação com o poder romano. As interações entre esses grupos, bem como com Jesus e os primeiros cristãos, são uma parte crucial da narrativa bíblica e ajudam a entender o contexto em que os eventos do Novo Testamento ocorreram.

08 setembro 2025

“Como se pode amar alguém que vive te desprezando dia após dia?”

Essa pergunta, carregada de dor, frustração e desespero, é feita por Caleb, personagem principal do filme Prova de Fogo (Fireproof), no auge de uma crise em seu casamento. Após dias tentando reconquistar a esposa com gestos, palavras e atitudes — mas sendo continuamente rejeitado — ele se volta ao pai e, com a voz embargada, questiona:
“Como se pode amar alguém que vive te desprezando dia após dia?”

Essa não é apenas uma frase de um roteiro. É o grito de muitos corações. Pessoas que, mesmo dando o melhor de si, enfrentam frieza, desprezo, indiferença. Caleb verbaliza uma dor humana profunda: a angústia de amar e não ser amado; de insistir por amor e só encontrar rejeição.

Comentário: A pergunta de Caleb expressa o limite da dor emocional humana diante do amor que não encontra eco. É a dúvida de muitos: vale a pena continuar amando quando o outro parece não se importar?

O Silêncio do Pai e a Cruz: Quando Deus Responde com um Gesto

A resposta do pai de Caleb é tão impactante quanto inesperada. Ele não responde com conselhos teológicos, nem tenta minimizar a dor do filho. Ao contrário, ele apenas caminha até uma simples cruz de madeira e, tocando-a, diz com suavidade: “É uma boa pergunta.”

Esse gesto carrega em si uma mensagem poderosa. Ao apontar para a cruz, o pai não está fugindo da pergunta, mas conduzindo Caleb à única resposta verdadeira: o amor que escolhe continuar mesmo diante da rejeição. A cruz é a resposta silenciosa, mas eloquente, à dor de amar sem retorno.

Comentário: Às vezes, a resposta de Deus não é uma explicação, mas uma direção. A cruz não responde com lógica, mas com entrega. Ela diz: "Eu entendo. Eu já estive aí."

A Cruz: A Maior Prova de Amor Diante da Rejeição

A cruz de Cristo é o maior símbolo do amor incondicional e sacrificial. Jesus foi rejeitado pelos seus, traído por amigos, zombado pelos líderes religiosos e abandonado pelas multidões. Mesmo assim, Ele amou até o fim. Em Romanos 5:8 está escrito:“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”

Isso significa que Ele nos amou não porque éramos bons, fiéis ou gratos — mas apesar de tudo. Jesus não desistiu de amar, mesmo sendo desprezado dia após dia pela humanidade. Ele permaneceu fiel à natureza do Seu amor.

Comentário: A cruz é a resposta para todos que se perguntam se vale a pena continuar amando. Sim, vale. Porque foi assim que Deus nos amou.

Um Amor que Não Espera Retorno: O Exemplo de Cristo

1 João 4:19 nos lembra: “Nós o amamos porque Ele nos amou primeiro.” Jesus amou primeiro. Amou antes que O buscássemos. Amou sabendo que muitos O rejeitariam. E ainda assim, Ele não recuou. Esse é o padrão do amor cristão — um amor que não depende da reação do outro para existir.

Caleb queria entender como amar alguém que o desprezava. A cruz responde: é possível, quando o amor não é baseado na reciprocidade, mas na graça.

Comentário: Amar como Cristo é escolher agir movido pela graça, não pela reação do outro. É refletir o amor de Deus mesmo em um cenário de frieza e resistência.

O Amor na Prática: Perseverança em Meio à Dor

O amor que Cristo nos ensina não é passivo ou permissivo. Ele é ativo, firme, constante. O apóstolo Paulo descreve esse amor em 1 Coríntios 13:4-7: “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. [...] Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”

Esse amor não fecha os olhos para a dor, mas escolhe responder com maturidade e perseverança. Ele busca o bem do outro, mesmo quando não é reconhecido. Ele não se alimenta de reciprocidade, mas de convicção.

Comentário: Amar verdadeiramente é uma decisão sustentada pela fé em Deus, não pelas emoções do momento. É confiar que Deus está agindo, mesmo quando o outro não muda imediatamente.

Caleb: De Coração Ferido a Coração Transformado

Ao longo do filme, Caleb passa de alguém ferido e reativo para um homem transformado pelo amor de Cristo. Ele aprende que amar não é algo que vem de dentro de si, mas algo que vem de Deus. O Desafio do Amor (um plano de 40 dias que ele segue) é apenas o início de uma jornada interior, onde ele entende que o verdadeiro amor exige:

  • Entrega 
  • Renúncia 
  • Perseverança 
  • Dependência de Deus

Sua transformação é visível, e, aos poucos, também transforma o coração de sua esposa.

Comentário: O exemplo de Caleb nos ensina que, quando permitimos que Deus nos transforme primeiro, Ele pode usar nosso amor para tocar também aqueles ao nosso redor.

A Oração: Lugar de Renovação para um Amor que Cansa

Amar alguém que nos despreza dia após dia esgota as forças mais sinceras. Por isso, o amor cristão precisa ser abastecido na fonte: a presença de Deus. Jesus nos convida em Mateus 11:28-29: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo [...] e encontrareis descanso para as vossas almas.”

A oração é o lugar onde derramamos nossa dor, recarregamos nosso espírito e recebemos forças para continuar. Não amamos por nós mesmos — amamos porque Cristo vive em nós.

Comentário: Um coração que ora é um coração que continua amando, mesmo quando humanamente seria impossível. O amor que vem de Deus não falha.

Conclusão: Amar Como Cristo – O Maior Desafio e a Maior Vitória

A pergunta de Caleb continua sendo feita por muitos hoje: “Como se pode amar alguém que vive te desprezando dia após dia?” A resposta continua a mesma: olhe para a cruz.

Ela é a prova de que sim — é possível. E mais do que possível, é necessário. É nessa forma de amar que mostramos ao mundo quem é Cristo. E é nesse amor que os relacionamentos mais quebrados podem ser restaurados.

Comentário Final: Amar como Cristo é difícil, sim — mas é também o maior testemunho que podemos dar. É um amor que vence a rejeição, cura feridas e transforma histórias.

Fonte imagem: https://www.tiktok.com/discover/filme-prova-de-fogo

05 setembro 2025

Senhor, Guarda a Minha Língua!

 

A língua: bênção ou maldição?

A língua é um dos menores membros do corpo humano, mas sem dúvida um dos mais poderosos. Com ela, podemos edificar ou destruir, confortar ou ferir, abençoar ou amaldiçoar. Muitas vezes, falamos sem pensar, reagimos com palavras antes mesmo de refletir, e nos esquecemos que aquilo que sai da nossa boca tem um impacto profundo e duradouro.

A Bíblia nos alerta severamente sobre o uso da língua. Em Tiago 3:5-6 – "Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno." Tiago nos mostra que, apesar de ser pequena, a língua pode causar estragos enormes, comparando-a a uma faísca capaz de incendiar uma floresta inteira. Ela é retratada como instrumento de iniquidade, com potencial de contaminar todo o ser humano.

Jesus também nos lembra de onde vêm as palavras más: Mateus 12:34 – "Raça de víboras! Como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca." Aqui, Cristo denuncia a hipocrisia dos fariseus e afirma que nossas palavras são o reflexo do que realmente há em nosso interior. Se nossos corações estiverem cheios de ódio, orgulho ou malícia, nossa língua inevitavelmente refletirá isso.

Tiago continua sua exortação dizendo: Tiago 4:11-12 – "Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei. Ora, se tu julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz. Há só um legislador e juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?" Falar mal do próximo não é apenas uma questão de comportamento social ruim; é pecado. Criticar, julgar e difamar os outros nos coloca em um lugar que não nos pertence: o de juiz.

A Bíblia também nos dá conselhos práticos sobre como devemos nos portar: Provérbios 10:19 – "Na multidão de palavras não falta transgressão, mas o que modera os seus lábios é prudente." Falar demais geralmente leva ao pecado. O sábio é aquele que sabe calar quando necessário, evitando palavras impensadas que podem ferir.

Por isso, Tiago aconselha: Tiago 1:19 – "Sabei isto, meus amados irmãos: todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar." A pressa em responder ou reagir pode ser perigosa. A sabedoria está em ouvir mais e falar menos, controlando não apenas o que dizemos, mas também nossas emoções.

Esse domínio da língua é enfatizado também em Provérbios 21:23 – "O que guarda a sua boca e a sua língua guarda das angústias a sua alma." O autocontrole no falar nos livra de muitos problemas, conflitos e sofrimentos desnecessários.

Mas como podemos dominar algo tão difícil de controlar? A resposta está no Espírito Santo. Gálatas 5:22-23 – "Mas o fruto do Espírito é amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei." Somente guiados pelo Espírito conseguiremos produzir frutos como mansidão e domínio próprio, que são essenciais para controlar a língua.

O apóstolo Paulo também nos orienta sobre o que deve sair de nossa boca: Efésios 4:29 – "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem." Nossas palavras devem edificar, trazer graça e consolo. Não fomos chamados para ferir, mas para curar com aquilo que dizemos.

A sabedoria de Salomão reforça: Provérbios 17:27-28 – "O que possui o conhecimento guarda as suas palavras, e o homem de entendimento é de precioso espírito. Até o tolo, quando se cala, será reputado por sábio; e o que cerra os seus lábios, por entendido." Às vezes, o silêncio é a melhor resposta. Até quem nada entende pode parecer sábio se souber calar na hora certa.

Provérbios 13:3 – "O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios tem perturbação." Este versículo destaca que há um custo espiritual em falar demais. Palavras impensadas podem trazer ruína à nossa vida.

Tiago novamente reforça a importância do controle da língua: Tiago 3:2 – "Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo." O domínio da fala é sinal de maturidade espiritual. Quem consegue controlar a língua, pode controlar todo o seu comportamento.

Salomão ainda adverte: Eclesiastes 5:2 – "Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; portanto, sejam poucas as tuas palavras." Devemos ter reverência ao falar, especialmente diante de Deus. Falar demais pode ser expressão de arrogância e falta de temor.

O salmista orou pedindo ajuda divina: Salmos 141:3 – "Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios." Esse é o clamor de quem reconhece a dificuldade de controlar a língua e depende da graça de Deus para não pecar com os lábios.

Por fim, Jesus conclui com uma advertência séria: Mateus 12:36-37 – "Mas eu vos digo que de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado." Isso mostra que Deus leva nossas palavras muito a sério. Seremos julgados por elas, pois elas revelam o que há em nossos corações.

Uma História Real

Certa vez, numa pequena igreja do interior, uma irmã piedosa passava em frente à casa do pastor. De repente, ouviu gritos vindos de dentro da casa. Parou por um momento, assustada. "O que será que está acontecendo?" — pensou. Em sua mente, uma conclusão precipitada surgiu: “Será que o pastor está agredindo sua esposa?”

2

Sem confirmar, sem buscar entender, contou a outros irmãos. E como acontece com todo boato, a notícia correu rápido... e aumentou. Quando o pastor chegou à igreja naquele domingo, pronto para pregar, encontrou um ambiente frio, olhares desconfiados, um silêncio estranho. Antes mesmo de abrir a Bíblia, um dos irmãos levantou-se e, com voz firme, disse diante da congregação:
— Pastor, nós não queremos mais ouvir seus sermões. Não queremos mais o senhor como nosso líder.
O pastor, sem entender, olhou para os irmãos e perguntou com o coração apertado:
— Mas o que eu fiz?
E ouviu como uma flecha:
— Sabemos que o senhor bate em sua esposa.

Chocado, o pastor parou o culto ali mesmo. Sem uma palavra de defesa, chamou sua esposa e saiu do templo. Com coragem e serenidade, a esposa do pastor ficou diante da igreja e disse:
— Irmãos, desculpem... mas isso não é verdade. Sou casada há 12 anos com esse homem. Ele nunca me agrediu. Se ele me batesse, eu seria a primeira a denunciá-lo. Somos felizes. E quem conhece nossa vida sabe disso.

Um silêncio constrangedor tomou conta da congregação. Os rostos começaram a se abaixar. Um a um, os irmãos pediram perdão. Então o pastor voltou, com humildade, e perguntou:
— Mas... de onde surgiu essa história?
Todos apontaram para a mesma pessoa: a irmã que passava em frente à sua casa.

O pastor a chamou para conversar. Ela, com lágrimas nos olhos, mal conseguia olhar para ele. Pediu perdão, profundamente envergonhada. E o pastor, com o coração cheio de graça, a perdoou. E explicou:
— Irmã, quando a senhora passou, estávamos brincando de pega-pega dentro de casa. Minha esposa gritava, sim... de tanto rir. Corríamos em volta da mesa, como duas crianças. Era apenas uma brincadeira boba entre marido e mulher.

A irmã baixou a cabeça, sem palavras.

Mas o pastor, com sabedoria, pediu que ela fosse à sua casa no dia seguinte. Ela foi, apreensiva. O pastor a colocou no carro e a levou até o topo da montanha mais alta da região. Lá, abriu o porta-malas, tirou dois travesseiros de penas e os entregou a ela, dizendo:

— Irmã, rasgue esses travesseiros e deixe o vento levar todas as penas.

Sem entender, ela obedeceu. As penas voaram longe, sumindo no horizonte.

Então o pastor disse com calma:

3

— Agora, por favor, recolha cada pena.

A irmã, quase chorando, respondeu:

— Isso é impossível, pastor! Elas se espalharam...

O pastor, com olhos cheios de compaixão, concluiu:

— Assim também é o seu comentário. Depois que uma palavra é espalhada, não há como recolhê-la. Mesmo pedindo perdão, o estrago já foi feito. E há feridas que só Deus pode curar.

Que essa história viva em nossa memória.
Antes de falarmos, pensemos. Antes de julgarmos, oremos. E antes de espalharmos, investiguemos. A língua tem o poder de destruir — mas também o de curar. Que escolhamos sempre ser instrumentos de cura e edificação. Que nossas palavras sejam como bálsamo, e não como fogo.

E que nunca esqueçamos: palavras são como penas ao vento... uma vez ditas, jamais poderão ser recolhidas.

Fonte imagem:https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2016/03/15/clique-ciencia-qual-e-o-animal-com-a-lingua-mais-comprida.htm

2. https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/casa-e-decoracao/confira-o-ranking-dos-signos-mais-fofoqueiros,7ffc691e48e591ef267f60ab30173addtnqhzrop.html

3. https://www.shutterstock.com/it/video/clip-13804754-animation-flying-white-feathers-slow-motion-seamless

Postagens em destaque da semana

O Mistério da Doença que Fez Nabucodonosor Agir como animal

O ACONTECIMENTO BÍBLICO O fato está narrado em Daniel capítulo 4 . Nabucodonosor, rei da Babilônia, era um dos governantes mais poderosos d...

Postagens mais visitadas na semana

Postagens mais visitadas

Postagens mais visitadas em 2024