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terça-feira, 30 de novembro de 2010

A Bíblia de Estienne

Jerónimo tinha traduzido a Bíblia dos originais hebraico e grego, mas, nos dias de Estienne, a Vulgata já existia por mil anos. Muitos erros e adulterações haviam sido introduzido em resultado das sucessivas transcrições da Vulgata. Além disso, durante a Idade Média, haviam sido acrescentadas ao texto da Vulgata, várias lendas medievais, passagens parafraseadas e interpolações espúrias. Estas haviam ficado tão misturadas com o texto , que começavam já a ser aceitas como parte dos escritos considerados sagrados.

Para eliminar o que não era original, Estienne aplicou os métodos da crítica textual, usados no estudo da literatura clássica. Recorreu aos melhores e mais antigos manuscritos que existiam. Pesquisou detalhadamente nas bibliotecas de Paris e arredores. Em localidades tais como Évreux e Soissons, Estienne descobriu diversos manuscritos antigos, um deles aparentemente do Século VI.

Estienne comparou cuidadosamente os diversos textos latinos, passagem por passagem, escolhendo apenas a que parecia ser mais autêntica. A obra resultante, a Bíblia de Estienne, foi primeiro publicada em 1528 e foi um passo significativo para o refinamento textual da Bíblia. Seguiram-se edições aprimoradas por Estienne. Outros, antes dele, já haviam tentado corrigir a Vulgata, mas a edição publicada por Estienne foi a primeira a incluir informação crítica. Estienne indicava nas margens onde havia omitido certas passagens duvidosas ou onde era possível haver mais de uma versão. Ele também anotou como fonte os manuscritos que autorizavam as correcções que resolveu introduzir.


Estienne introduziu também muitas outras particularidades bastante inovadoras para o Século XVI. Ele fez distinção entre os chamados livros apócrifos e os considerados canónicos. Colocou o livro de Actos dos Apóstolos depois dos Evangelhos e antes das cartas do Apóstolo Paulo. No alto de cada página incluiu algumas palavras-chave para ajudar o leitor a localizar passagens específicas. Este foi o mais antigo exemplo do que hoje se chama títulos corridos. Em vez de usar os caracteres góticos, complexos, originários da Alemanha, Estienne foi um dos primeiros a imprimir a Bíblia inteira em fontes romanas, mais finas de mais fácil leitura, hoje de uso comum. Ele forneceu também muitas remissões recíprocas e notas filológicas para ajudar a esclarecer certas passagens bíblicas.

Muitos nobres e prelados apreciavam a Bíblia de Estienne, porque era melhor do que qualquer outra edição impressa da Vulgata. Em matéria de beleza e utilidade, a sua edição tornou-se padrão e foi rapidamente imitada por toda a Europa.

Robert Estienne (Paris, 1503 – Genebra, 7 de Setembro de 1559), também conhecido pelo nome latinizado Roberto Estéfano ou Stephanus, foi um tipógrafo ou impressor parisiense do Século XVI, especialmente conhecido por ter sido o primeiro a imprimir a Bíblia com a inclusão de capítulos e versículos numerados.

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