Atualmente, o Códice de Leningrado, é o mais importante texto Hebraico reproduzido na Rudolf Kittel's Biblia Hebraica (BHK),(1937) e na Bíblia Hebraica Stuttgartensia (BHS), (1977). Serve também como uma fonte para que eruditos trabalhem na recuperação de detalhes nas partes faltantes do Codex de Aleppo.
O texto bíblico encontrado no códice, contém a letra-texto hebraica, junto com os tiberianos Niqqud e Cantillation. Além disso, possui notas massoréticas em suas margens. Há também vários suplementos técnicos que tratam dos detalhes textuais e lingüísticos, muitos dos quais são pintados em formulários geométricos. O codex é escrito em pergaminho. A ordem dos livros no Códice de Leningrado segue a tradição textual Tiberiana (Sefardita), que combina também a tradição mais antiga de manuscritos biblicos.
A ordem de marcações para os livros difere da maioria de Bíblias hebraicas impressos para os livros do Ketuvim judaico. No Codex de Leningrado, a ordem de Ketuvim está: I Crônicas, Salmos, Jó, Provérbios, Rute, Cântico dos cânticos, Eclesiastes, Lamentações, Ester, Daniel, e Esdras-Neemias.
O Códice de Leningrado, foi bem conservado e está em excelentes condições, mesmo após um milênio. Fornece também base para a arte judaica medieval. Dezesseis de suas páginas contêm desenhos padrões geométricos decorativos que iluminam as passagens do texto. A página da assinatura mostra uma estrela com os nomes dos escritores nas bordas.
História
De acordo com o Colophon (book), o códice foi copiado em Cairo, sendo um dos manuscritos copiados em 1008 EC - "dos livros corrigidos, preparados e anotados por Aaron ben Moses ben Asher, o instrutor".[2]
Acredita-se ser um manuscrito bem mais fiel do que o tradicional Codex Aleppo. Seu proprietário anterior, o coletor Abraham Firkovich, não deixou nenhum indício em seus escritos, sobre como adquiriu o códice, por volta de 1838. Algum tempo depois, em 1863, foi transferido para a Biblioteca Nacional da Russia em São Petersburgo. Por volta de 1917, foi rebatizado de Codex Leningradensis, mesmo nome da cidade onde fica a biblioteca que o abriga.
Edições Modernas
Bíblia Hebraica
Em 1935, o Códice de Leningrado foi emprestado ao Seminário do Velho Testamento da Universidade de Leipzig, por dois anos, quando Paul E. Kahle usou seu texto como base para a transcrição para o texto hebraico da terceira edição da Rudolf Kittel's Biblia Hebraica (BHK), publicada em Stuttgart, 1937. O Códice foi usado também para o tradução da Bíblia Hebraica Stuttgartensia (BHS) em 1977, e será usado para Biblia Hebraica Quinta (BHQ). Como um trabalho original feito pelos massoretas Tiberianos, o Códice de Leninegrado está por diversos séculos, bem à frente de outros manuscritos hebraicos, que tinham sido usados por todas as edições precedentes de Bíblias hebraicas impressas até a Rudolf Kittel's Biblia Hebraica (BHK).
The Westminster Leningrad Codex[3] é uma versão digital, do Códice de Leningrado mantido por J. Alan, para pesquisa Bíblica avançada no Westminster Theological Seminary. Esta é uma versão eletrônica verificada da BHS, com várias correções. A versão atual, inclui notas e ferramentas de transcrição para analisar a sintaxe.
Edições Judaicas
O Códice de Leningrado serviu também como a base para duas importantes edições judaicas da Bíblia Hebraica (Tanak):
• The Dotan edition, official Tanak of Israel Defense Forces , 1990.
• The New Jewish Publication Society of America Version, JPS Hebrew-English Tanakh (Philadelphia, 1999).
Notas
1. ↑ Alexandre II: do livro Spamers Illustrierte Weltgeschichte, Leipzig, 1898.
2. ↑ [1]
3. ↑ The Westminster Leningrad Codex, Versão Digital;
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3dice_de_Leningrado
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