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28 maio 2012
Sansão
Baseado em Juízes 13-16.
Em meio da ampla apostasia, os fiéis adoradores de Deus continuaram a pleitear com Ele o livramento de Israel. Posto que não fossem aparentemente atendidos, embora ano após ano o poder do opressor continuasse a repousar mais pesadamente sobre a terra, a providência de Deus lhes estava preparando auxílio. Mesmo nos primeiros anos da opressão dos filisteus, nascera uma criança por meio da qual era desígnio de Deus humilhar a força daqueles poderosos adversários.
À beira do território montanhoso, sobranceiro à planície da Filístia, achava-se a cidadezinha de Zorá. Ali morava a família de Manoá, da tribo de Dã, uma das poucas casas que em meio da deserção geral permaneceram fiéis a Jeová. À mulher de Manoá, a qual não tinha filhos, o “Anjo do Senhor” apareceu, com a mensagem de que ela teria um filho, por meio de quem Deus começaria a livrar Israel. Em vista disto o Anjo lhe deu instruções com relação aos seus próprios hábitos, e também quanto ao tratamento do filho: “Agora, pois, guarda-te de que bebas vinho, ou bebida forte, ou comas coisa imunda”. Juízes 13:4. E a mesma proibição deveria ser imposta desde o princípio à criança, com o acréscimo de que o cabelo não lhe deveria ser cortado; pois que cumpria ser ele consagrado a Deus como nazireu desde o seu nascimento.
A mulher procurou o marido, e depois de descrever o Anjo, repetiu sua mensagem. Então, receosos de que cometessem algum erro na importante obra a eles confiada, orou o esposo: “Rogo-te que o homem de Deus, que enviaste, ainda venha para nós outra vez e nos ensine o que devemos fazer ao menino que há de nascer”. Juízes 13:8.
Quando o Anjo de novo apareceu, a ansiosa indagação de Manoá foi: “Qual será o modo de viver, e serviço do menino?” A instrução prévia foi repetida: “De tudo quanto Eu disse à mulher se guardará ela. De tudo quanto procede da vide de vinho não comerá, nem vinho nem bebida forte beberá, nem coisa imunda comerá; tudo quanto lhe tenho ordenado guardará.”
Deus tinha uma importante obra para o prometido filho de Manoá realizar, e foi para assegurar-lhe as habilitações para esta obra que os hábitos de ambos, mãe e filho, deveriam ser cuidadosamente regulados. “Nem vinho nem bebida forte beberá” foi a instrução do Anjo à mulher de Manoá; “nem coisa imunda comerá: tudo quanto lhe tenho ordenado guardará”. Juízes 13:12-14. O filho será influenciado para o bem ou para o mal pelos hábitos da mãe. Ela própria deve ser governada pelos princípios, e praticar a temperança e renúncia de si mesma, se quer o bem-estar do filho. Conselheiros imprudentes insistirão com a mãe quanto à necessidade de satisfazer todo o desejo e inclinação; mas tal ensino é falso e pernicioso. A mãe é colocada por ordem do próprio Deus sob a obrigação mais solene de exercer o domínio de si mesma.
E os pais, bem como as mães, acham-se incluídos nesta responsabilidade. Pai e mãe transmitem aos filhos suas características, mentais e físicas, e suas disposições e apetites. Como resultado da intemperança paterna, as crianças muitas vezes têm falta de força física, e de capacidade mental e moral. Alcoólatras e fumantes podem transmitir a seus filhos seu insaciável desejo, seu sangue inflamado e nervos irritáveis; e efetivamente o fazem. O libertino, muitas vezes, lega à prole, como herança, os seus desejos impuros, e mesmo doenças repugnantes. E, como os filhos têm menos poder para resistir à tentação do que o tiveram seus pais, a tendência é que cada geração decaia mais e mais. Em grau elevado, os pais são responsáveis não somente pelas paixões violentas e apetites pervertidos dos filhos, mas também pelas enfermidades de milhares que nascem mudos, cegos, doentes ou idiotas.
A indagação de cada pai e mãe deve ser: “Que faremos pelo filho que nos nascerá?” O efeito das influências pré-natais tem sido por muitos considerado levianamente; mas a instrução enviada do Céu àqueles pais hebreus, e duas vezes repetida da maneira mais explícita e solene, mostra como é este assunto considerado por nosso Criador.
E não era bastante que o filho prometido recebesse um bom legado dos pais. Este devia ser seguido de um ensino cuidadoso e da formação de hábitos corretos. Deus determinara que o futuro juiz e libertador de Israel fosse desde a infância ensinado na estrita temperança. Devia ser nazireu desde seu nascimento, achando-se assim posto sob proibição perpétua do uso do vinho ou de bebida forte. As lições de temperança, renúncia e governo de si mesmo devem ser ensinadas às crianças mesmo desde a primeira infância.
A proibição do Anjo incluía toda a “coisa imunda”. Juízes 13:14. A distinção entre alimentos limpos e imundos não era um estatuto meramente cerimonial e arbitrário, mas baseava-se em princípios sanitários. À observância desta distinção pode atribuir-se em grande parte a maravilhosa vitalidade que durante milhares de anos tem distinguido o povo judeu. Os princípios de temperança devem ser mais abrangentes do que a mera abstenção de bebidas alcoólicas. O uso de alimento estimulante e indigesto é, muitas vezes, tão ofensivo à saúde como aquelas, e em muitos casos lança as sementes da embriaguez. A verdadeira temperança nos ensina a dispensar inteiramente todas as coisas nocivas, e usar judiciosamente aquilo que é saudável. Poucos há que se compenetram, como deviam, do quanto seus hábitos no regime alimentar têm que ver com sua saúde, seu caráter, sua utilidade neste mundo e seu destino eterno. O apetite deve sempre estar sob a sujeição das faculdades morais e intelectuais. O corpo deve ser o servo da mente, e não a mente a serva do corpo.
A promessa divina a Manoá foi cumprida no tempo devido com o nascimento de um filho, a quem foi dado o nome de Sansão. Crescendo o rapaz, tornou-se evidente que possuía extraordinária força física. Isto, entretanto, não dependia, conforme Sansão e seus pais bem sabiam, de seus compactos músculos, mas sim de sua condição de nazireu, de que o seu cabelo não cortado era símbolo. Houvesse Sansão obedecido às ordens divinas tão fielmente como fizeram seus pais, e seu destino teria sido mais nobre e mais feliz. Mas a associação com os idólatras o corrompeu. Achando-se a cidade de Zorá próxima do território dos filisteus, Sansão veio a travar relações amistosas com eles. Assim, em sua mocidade surgiram camaradagens cuja influência lhe obscureceu toda a vida. Uma jovem que habitava na cidade filistéia de Timnate, conquistou as afeições de Sansão, e ele decidiu fazer dela sua esposa. A seus pais tementes a Deus, que se esforçavam por dissuadi-lo de seu propósito, sua única resposta era: “Ela agrada aos meus olhos”. Juízes 14:3. Os pais finalmente cederam aos seus desejos, e realizou-se o casamento.
Exatamente quando entrava para a varonilidade, época em que deveria executar sua missão divina — tempo este em que mais do que em todos os outros deveria ser fiel a Deus — ligou-se Sansão aos inimigos de Israel. Não procurou saber se poderia melhor glorificar a Deus estando unido ao objeto de sua escolha, ou se se encontrava a colocar-se em posição em que não poderia cumprir o propósito a ser realizado pela sua vida. A todos os que em primeiro lugar procuram honrá-Lo, Deus prometeu sabedoria; mas não há promessa àqueles que se inclinam a agradar a si mesmos.
Quantos não estão adotando a mesma conduta de Sansão! Quantas vezes se efetuam casamentos entre os que são tementes a Deus e os ímpios, porque a inclinação governa a escolha de marido ou mulher! As partes não pedem conselho de Deus, nem têm em vista a Sua glória. O cristianismo deve ter influência dominante na relação matrimonial; mas dá-se muitas vezes o caso de que os motivos que determinam esta união não se coadunam com os princípios cristãos. Satanás procura constantemente fortalecer o seu poder sobre o povo de Deus, induzindo-os a entrar em aliança com seus súditos; e a fim de realizar isto ele se esforça por despertar paixões impuras no coração. Mas o Senhor em Sua Palavra instruiu claramente Seu povo a não se unir àqueles nos quais não habita o amor para com Ele. “Que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos?” 2 Coríntios 6:15, 16.
Em sua festa nupcial foi levado Sansão à associação familiar com os que odiavam ao Deus de Israel. Quem quer que voluntariamente entre para uma relação tal, sentirá a necessidade de se conformar até certo ponto com os hábitos e costumes de seus companheiros. O tempo assim despendido é mais que desperdiçado. Entretêm-se pensamentos e falam-se palavras que tendem a derribar as fortalezas dos princípios e enfraquecer a cidadela da alma.
A esposa, para cuja obtenção Sansão transgredira o mandado de Deus, mostrara-se traidora a seu esposo antes de encerrar-se a festa nupcial. Irado pela sua perfídia, Sansão abandonou-a por algum tempo, e foi sozinho para sua casa em Zorá. Quando, depois de acalmar-se, voltou em busca da esposa, encontrou-a como mulher de outro. Sua vingança, devastando todos os campos e vinhas dos filisteus, induziu-os a assassiná-la, embora as ameaças deles a houvessem compelido ao dolo com que tivera início aquela calamidade. Sansão já havia dado prova de sua força maravilhosa, matando sozinho um leão novo, bem como matando trinta dos homens de Asquelom. Agora, levado à cólera pelo bárbaro assassínio da esposa, atacou os filisteus, e feriu-os “com grande ferimento”. Então, desejando um seguro refúgio de seus inimigos, retirou-se para a “rocha de Etã” (Juízes 15:8), na tribo de Judá.
Para aquele lugar foi ele perseguido por poderosa força, e os habitantes de Judá, grandemente alarmados, concordaram de maneira vil em entregá-lo a seus inimigos. Em conformidade com isto, três mil homens de Judá subiram a ele. Mas mesmo com tal disparidade não teriam ousado aproximar-se dele, se não se houvessem assegurado de que ele não faria mal a seus compatriotas. Sansão consentiu em ser ligado e entregue aos filisteus; mas primeiro exigiu dos homens de Judá a promessa de o não atacarem, e o compelirem assim a destruí-los. Permitiu-lhes que o amarrassem com duas cordas novas, e foi levado ao arraial de seus inimigos por entre demonstrações de grande alegria. Mas, enquanto suas aclamações estavam a despertar ecos nas colinas, “o Espírito do Senhor possantemente Se apossou dele”. Juízes 15:14. Rebentou as fortes cordas novas como se fossem fios de linho queimados. Agarrando então a primeira arma à mão, a qual, embora fosse apenas a queixada de um jumento, foi mais eficaz do que espada ou lança, feriu os filisteus até que fugiram aterrorizados, deixando mil homens mortos no campo.
Estivessem os israelitas prontos a unir-se a Sansão, e continuar a vitória, e poderiam nesta ocasião ter-se livrado do poder dos opressores. Mas eles se haviam tornado desanimados e covardes. Negligenciaram a obra que Deus lhes ordenara fazer, desapossando os gentios, e uniram-se a eles nas suas práticas degradantes, tolerando-lhes a crueldade, e mesmo favorecendo-lhes a injustiça enquanto esta não se revertia contra eles. Ao serem trazidos sob o poder do opressor, submetiam-se timidamente à degradação de que poderiam ter escapado, caso houvessem tão-somente obedecido a Deus. Mesmo quando o Senhor lhes levantava um libertador, abandonavam-no com freqüência e uniam-se a seus inimigos.
Depois da vitória de Sansão, os israelitas o tornaram juiz, e governou Israel durante vinte anos. Mas um passo errado prepara o caminho para outro. Sansão tinha transgredido o mandado de Deus, tomando esposa dentre os filisteus, e outra vez aventurou-se a ir entre eles — agora seus inimigos mortais — com o fim de satisfazer paixões ilícitas. Confiando em sua grande força, que inspirara tamanho terror aos filisteus, foi ousadamente a Gaza visitar uma prostituta do lugar. Os habitantes daquela cidade souberam da sua presença, e estavam ansiosos de vingança. Seu inimigo estava encerrado com segurança dentro dos muros da mais potentemente fortificada de todas as suas cidades; estavam certos de sua presa, e apenas esperavam a manhã para completarem o seu triunfo. À meia-noite Sansão foi despertado. A voz acusadora da consciência encheu-o de remorsos, ao lembrar-se de que violara seus votos de nazireu. Mas, apesar de seu pecado, a misericórdia de Deus o não abandonara. Sua prodigiosa força de novo serviu para livrá-lo. Indo à porta da cidade, arrancou-a do lugar, e levou-a com as ombreiras e tranca ao cimo de uma colina no caminho de Hebrom.
Contudo, mesmo esta difícil escapada não lhe deteve a má conduta. Não se arriscou outra vez a ir entre os filisteus, mas continuou à procura daqueles prazeres sensuais que o estavam atraindo à ruína. Ele “se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque” (Juízes 16:4), não longe de seu próprio lugar de origem. O nome dela era Dalila — “a consumidora”. O vale de Soreque era célebre pelas suas vinhas; estas também ofereciam uma tentação ao vacilante nazireu que já havia condescendido com o uso do vinho, quebrando assim outro laço que o ligava à pureza e a Deus. Os filisteus observavam vigilantemente os movimentos de seu inimigo; e, quando este se degradou pela sua nova aliança, resolveram por meio de Dalila efetuar sua ruína.
Uma delegação composta de um dos principais homens de cada província filistéia, foi enviada ao vale de Soreque. Não ousavam tentar prendê-lo, enquanto estivesse de posse de sua grande força, antes era seu propósito saber, sendo possível, o segredo de seu poder. Subornaram, portanto, a Dalila, para o descobrir e revelar.
Importunando a traidora a Sansão com suas perguntas, ele a enganou declarando que a fraqueza de outros homens lhe sobreviria se fossem experimentados certos processos. Quando ela punha aquilo à prova, descobria-se o engano. Então ela o acusou de falsidade, dizendo: “Como dirás: Tenho-te amor, não estando comigo o teu coração? já três vezes zombaste de mim, e ainda me não declaraste em que consiste a tua força”. Juízes 16:15. Três vezes Sansão teve a prova mais clara de que os filisteus se haviam coligado com aquela que o encantava, a fim de o destruir; mas, quando fracassava o propósito dela, tratava o caso como simples gracejo, e bania cegamente os seus receios.
Dia após dia, Dalila insistia com ele, até que “sua alma se angustiou até à morte”; contudo um poder sutil o conservava ao lado dela. Vencido finalmente, Sansão deu a conhecer o segredo: “Nunca subiu navalha à minha cabeça, porque sou nazireu de Deus desde o ventre de minha mãe; se viesse a ser rapado, ir-se-ia de mim a minha força, e me enfraqueceria, e seria como todos os mais homens.” Despachou-se imediatamente um mensageiro aos chefes dentre os filisteus, insistindo que viessem a ela, sem demora. Enquanto dormia o guerreiro, cortaram-lhe as pesadas porções de cabelo. Então, conforme fizera três vezes antes, ela chamou: “Os filisteus vêm sobre ti, Sansão.” Despertando subitamente, pensou em exercer sua força como antes, e destruí-los; mas os braços impotentes recusaram-se a cumprir a sua ordem, e soube que “o Senhor Se tinha retirado dele”. Juízes 16:16, 17, 20. Depois de ter sido rapado, Dalila começou a molestá-lo e a causar-lhe dor, pondo assim à prova a sua força; pois os filisteus não ousavam aproximar-se dele antes que estivessem completamente convencidos de que seu poder desaparecera. Então o agarraram, e havendo-lhe arrancado os olhos, levaram-no a Gaza. Ali foi preso com correntes e obrigado a trabalhos pesados.
Que mudança para aquele que fora juiz e campeão de Israel — agora fraco, cego, preso, rebaixado ao trabalho mais servil! Pouco a pouco, tinha violado as condições de sua vocação sagrada. Deus tinha tido muita paciência com ele; mas, quando se entregara tanto ao poder do pecado que traiu o seu segredo, o Senhor Se afastou dele. Não havia virtude alguma em seu longo cabelo, mas este era sinal de fidelidade para com Deus; e, quando sacrificou este símbolo na satisfação da paixão, perdeu também as bênçãos de que ele era um sinal.
No sofrimento e humilhação, como joguete dos filisteus, Sansão aprendeu mais acerca de sua fraqueza do que jamais soubera antes; e as aflições o levaram ao arrependimento. Crescendo-lhe o cabelo, a força lhe voltava gradualmente; seus inimigos, porém, considerando-o um prisioneiro algemado e indefeso, não tinham apreensões.
Os filisteus atribuíram a vitória aos seus deuses; e, exultantes, desafiaram ao Deus de Israel. Foi marcada uma festa em honra a Dagom, o deus-peixe, “protetor do mar”. Das cidades e dos campos, por toda a planície dos filisteus, o povo e seus grandes se congregaram. Multidões de adoradores enchiam o vasto templo e as galerias próximas do teto. Era uma cena de festa e regozijo. Havia a pompa do serviço sacrifical, seguido de música e banquetes. Então, como o máximo troféu do poder de Dagom, foi trazido Sansão. Aclamações de triunfo saudaram o seu aparecimento. O povo e os príncipes zombaram de seu estado miserável, e adoraram o deus que subvertera o “destruidor de seu país”. Depois de algum tempo, Sansão, como se estivesse cansado, pediu permissão para recostar-se de encontro às duas colunas centrais em que se apoiava o teto do templo. Proferiu então silenciosamente a oração: “Senhor Jeová, peço-Te que Te lembres de mim, e esforça-me agora só esta vez, ó Deus, para que de uma vez me vingue dos filisteus.” Com estas palavras, cingiu com os poderosos braços as colunas; e clamando: “Morra eu com os filisteus”, curvou-se e o teto caiu, destruindo em um só fragor toda aquela vasta multidão. “E foram mais os mortos que matou na sua morte do que os que matara na sua vida.”
O ídolo e seus adoradores, sacerdotes e camponeses, guerreiros e nobres, foram juntamente sepultados sob as ruínas do templo de Dagom. E entre eles estava o corpo gigantesco daquele que Deus escolhera para ser o libertador de Seu povo. Notícias da terrível destruição foram levadas à terra de Israel, e os parentes de Sansão desceram de suas colinas, e, sem encontrarem oposição, recobraram o corpo do finado herói. E “subiram com ele, e sepultaram-no entre Zorá e Estaol, no sepulcro de Manoá, seu pai”. Juízes 16:28-31.
A promessa de Deus de que por meio de Sansão começaria a “livrar a Israel da mão dos filisteus” (Juízes 13:5), foi cumprida; mas quão tenebroso e terrível é o relato daquela vida que poderia ter sido um louvor a Deus e uma glória para a nação! Se Sansão tivesse sido fiel à vocação divina, ter-se-ia cumprido o propósito de Deus em sua honra e exaltação. Mas ele rendeu-se à tentação, e mostrou-se infiel à sua incumbência; e sua missão cumpriu-se com a derrota, escravidão e morte.
Fisicamente falando, Sansão foi o homem mais forte da Terra; mas no domínio de si mesmo, na integridade e firmeza, foi um dos mais fracos. Muitos tomam erradamente as paixões fortes como caráter forte; mas a verdade é que aquele que é dominado por suas paixões é homem fraco. A verdadeira grandeza do homem é medida pela força dos sentimentos que ele domina, e não pelos sentimentos que o dominam.
O cuidado providencial de Deus estivera com Sansão, a fim de que ele pudesse estar preparado para realizar a obra que fora chamado a fazer. Mesmo no princípio da vida esteve cercado de condições favoráveis para a força física, vigor intelectual e pureza moral. Mas, sob a influência de companheiros ímpios, deixou aquele apego a Deus que é a única salvaguarda do homem, e foi arrastado pela onda do mal. Aqueles que no caminho do dever são levados à prova podem estar certos de que Deus os guardará; mas, se os homens voluntariamente se colocam sob o poder da tentação, cairão mais cedo ou mais tarde.
Justamente aqueles que Deus Se propõe usar como Seus instrumentos para uma obra especial, Satanás, empregando seu máximo poder procura transviar. Ele nos ataca em nossos pontos fracos, procurando, pelos defeitos do caráter, obter domínio sobre o homem todo; e sabe que, se tais defeitos são acalentados, terá bom êxito. Mas ninguém precisa ser vencido. O homem não é deixado só a vencer o poder do mal pelos seus fracos esforços. O auxílio está às mãos, e será dado a toda alma que realmente o desejar. Anjos de Deus, que sobem e descem pela escada que Jacó viu em visão, auxiliarão a toda alma, que o deseje, a subir mesmo aos mais altos Céus.
Fonte: Ellen G. White, Patriarcas e profetas, Capítulo 54.
Digitalização: Blog Sétimo Dia
Imagem: http://pr-joaomarcos.blogspot.com.br/2009/03/trajetoria-de-sansao.html
15 maio 2012
Os Lecionários
Embora Caspar René Gregory houvesse relacionado cerca de 1 545 lecionários gregos, em seu Canon and text of the New Testament [Cânon e texto do Novo Testamento] (1912), cerca de 2 000 foram utilizados na obra crítica da United Bible Societies [Sociedades Bíblicas Unidas], The Greek New Testament (1966). A grande maioria dos lecionados consiste de textos para leitura tomados dos evangelhos. Os demais consistem de textos de Atos, às vezes ao lado de trechos das cartas. Ainda que fossem ornamentados com muita elaboração e às vezes até contivessem notações musicais, é preciso que se admita que os lecionários têm apenas valor secundário no estabelecimento do texto genuíno do Novo Testamento, No entanto, desempenham papel importante na compreensão de passagens específicas das Escrituras, como João 7.53— 8.11 e Marcos 16.9-20.(ide fonte no final do blog)
Importância dos Lecionários para a Formação da Bíblia:
Preservação e Transmissão Textual:
- Os lecionários ajudaram na preservação e transmissão dos textos bíblicos ao longo dos séculos, pois muitas vezes incluem passagens completas ou parciais das Escrituras. Isso é especialmente relevante porque algumas cópias individuais dos livros bíblicos podem ter se perdido ao longo do tempo, mas as leituras litúrgicas continuaram a garantir a exposição regular dos textos sagrados.
Padrões de Leitura e Uso Litúrgico:
- Os lecionários estabelecem padrões para quais partes da Bíblia são lidas em diferentes períodos litúrgicos, como Advento, Natal, Quaresma, Páscoa, entre outros. Isso influencia a prática e a adoração da comunidade cristã ao longo do ano, proporcionando um contexto específico para a interpretação e reflexão das Escrituras.
Seleção de Passagens Significativas:
- A seleção cuidadosa das passagens nos lecionários enfatiza temas e eventos-chave da fé cristã, como a vida de Jesus, sua morte e ressurreição, e a mensagem dos apóstolos. Isso ajuda a moldar a compreensão teológica e espiritual da comunidade cristã através da repetição e contemplação regular das mesmas passagens ao longo dos anos.
Influência na Liturgia e na Teologia:
- Os lecionários não apenas influenciam a prática litúrgica, mas também contribuem para o desenvolvimento da teologia cristã ao enfatizar certos temas, relações simbólicas e a conexão entre o Antigo e o Novo Testamento. Eles ajudam a manter a coesão e a continuidade na interpretação das Escrituras dentro da tradição cristã.
Em resumo, os lecionários desempenham um papel fundamental na formação da Bíblia como um texto sagrado que não apenas é lido e estudado, mas também é vivenciado e celebrado na vida litúrgica da igreja. Eles são uma parte vital da herança textual e espiritual cristã, conectando gerações ao redor do mundo através da leitura e reflexão das Escrituras durante o culto e celebração.
Fonte: Como a Biblia chegou até nós, autor Norman Geisler e William Nix
Imagem: http://angelusexverum.blogspot.com.br/2011/03/lecionario-jaharis.html
Óstracos
Cacos de Cerâmica
Os óstracos são cacos de cerâmica freqüentemente utilizados como material de escrita entre as classes mais pobres da antigüidade. Exemplo do uso desse meio de escrita é uma cópia dos evangelhos registrados em vinte peças de óstracos. Seriam o que se poderia chamar "a Bíblia do pobre".
Essas peças de cerâmica (v. Is 45.9) permaneceram negligenciadas pelos estudiosos durante muito tempo, mas haveriam de lançar mais luz ao texto bíblico. Allen P. Wikgren relacionou cerca de 1 624 amostras desses humildes registros da história, em sua obra intitulada Greek ostraca [Óstracos gregos].1(vide fonte)
Os ostracos com fragmentos da época bíblica
A BÍBLIA é a inspirada
Palavra de Deus. (2 Timóteo 3:16)
O que ela diz sobre pessoas, lugares e situações religiosas e políticas dos
tempos antigos é exato. A autenticidade das Escrituras certamente não depende
de descobertas arqueológicas, embora tais descobertas confirmem ou esclareçam
nosso entendimento do registro bíblico.
Os itens encontrados em maior quantidade nas escavações em
antigos sítios arqueológicos são fragmentos ou pedaços de cerâmica. Esses
fragmentos são também chamados de óstracos, da palavra grega para “concha,
caco”. Pedaços de cerâmica eram usados como material de escrita barato em
muitos lugares do Oriente Médio antigo, incluindo o Egito e a Mesopotâmia.
Óstracos eram usados para registrar contratos, relatórios contábeis, vendas, e
assim por diante, do mesmo modo como hoje se usam blocos de anotações e folhas
de papel. Geralmente escritos a tinta, os textos nos óstracos variavam de
apenas uma palavra a muitas dezenas de linhas ou colunas.
Escavações arqueológicas em Israel já descobriram muitos
óstracos dos tempos bíblicos. Três coleções, datadas do sétimo e oitavo
séculos AEC, são de especial interesse, pois confirmam vários detalhes das
informações históricas contidas na Bíblia. São as coleções de óstracos de
Samaria, de Arade e de Laquis. Vamos conhecer melhor cada uma dessas coleções.
Os óstracos de Samaria
Samaria foi a capital do reino
setentrional de Israel, composto por dez tribos, até sua queda para os assírios
em 740 AEC. Segundo 1 Reis 16:23, 24, no trigésimo primeiro ano do reinado de
Asa, rei de Judá (por volta de 947 AEC), Onri adquiriu o monte de Samaria de
Semer por dois talentos de prata e fundou a cidade que levaria seu nome. A
cidade continuou a existir até a era romana, quando foi renomeada para Sebaste,
desaparecendo finalmente como cidade no sexto século EC.
Durante escavações em Samaria
em 1910, arqueólogos descobriram uma coleção de óstracos datados do oitavo
século AEC. Esses óstracos registravam carregamentos de óleo e vinho que
chegavam a Samaria de várias localidades vizinhas. Comentando essa descoberta,
o livro "Ancient Inscriptions—Voices From the Biblical World"
descreve os 63 óstracos encontrados como um dos conjuntos mais importantes de
inscrições antigas de Israel que sobreviveram. Sua importância não reside
apenas no conteúdo, mas também no extenso inventário de nomes de israelitas,
clãs e locais geográficos. Como esses nomes confirmam os detalhes do registro
bíblico?
Quando os israelitas
conquistaram a Terra Prometida e a dividiram entre as tribos, a região de
Samaria foi atribuída à tribo de Manassés. Conforme Josué 17:1-6, os
descendentes de Manassés, através de seu neto Gileade, receberam lotes de terra
nessa área. Entre eles estavam os clãs de Abiezer, Heleque, Asriel, Siquém e Semida.
Hefer, o sexto na lista, não teve filhos homens, mas cinco filhas: Maala, Noa,
Hogla, Milca e Tirza, cada uma recebendo uma parte de terra (Números 27:1-7).
Os óstracos de Samaria
preservam sete desses nomes de clã — os cinco filhos de Gileade e duas netas de
Hefer, Hogla e Noa. De acordo com a NIV Archaeological Study Bible, "Os
nomes de clã preservados nos óstracos de Samaria estabelecem uma conexão
adicional, além do que está registrado na Bíblia, entre os clãs de Manassés e o
território onde se estabeleceram". Assim, esses óstracos confirmam
aspectos da história antiga das tribos de Israel conforme registrados na
Bíblia.
Além disso, os óstracos de
Samaria lançam luz sobre a situação religiosa dos israelitas na época, conforme
descrita na Bíblia. Durante o período dos óstracos de Samaria, os israelitas
frequentemente misturavam a adoração de Jeová com a adoração do deus cananeu
Baal. A profecia de Oséias, do mesmo período, previa um tempo em que Israel,
arrependido, chamaria Jeová de "meu esposo" ao invés de "meu
baal" (Oséias 2:16, 17, nota). Alguns nomes encontrados nos óstracos de
Samaria significam "Baal é meu pai", "Baal canta",
"Baal é forte", "Baal se lembra" e similares. A proporção
de nomes pessoais contendo alguma forma de "Jeová" é menor em
comparação aos que contêm "Baal".
Os óstracos de Arade
Arade era uma antiga cidade
localizada numa região semi-árida chamada Negebe, ao sul de Jerusalém. Durante
as escavações em Arade, foram reveladas seis fortalezas israelitas
consecutivas, desde os dias do reinado de Salomão (1037-998 AEC) até a
destruição de Jerusalém pelos babilônios em 607 AEC. Os escavadores recuperaram
de Arade a maior coleção de óstracos dos tempos bíblicos, incluindo mais de 200
objetos com inscrições em hebraico, aramaico e outros idiomas.
Alguns dos fragmentos de Arade
corroboram as informações bíblicas sobre famílias sacerdotais. Por exemplo, um
deles menciona “os filhos de Corá”, referidos em Êxodo 6:24 e Números 26:11. Os
cabeçalhos dos Salmos 42, 44-49, 84, 85, 87 e 88 atribuem esses salmos
especificamente aos “filhos de Corá”. Outras famílias sacerdotais mencionadas
nos óstracos de Arade incluem as de Pasur e Meremote, conforme registrado em 1
Crônicas 9:12 e Esdras 8:33.
Um exemplo notável é um
fragmento de cerâmica encontrado nas ruínas de uma fortaleza, datando do
período pouco antes da destruição de Jerusalém pelos babilônios. O fragmento
era endereçado ao comandante da fortaleza e, de acordo com a publicação The
Context of Scripture, incluía a expressão: “A meu senhor Eliasibe. Que Iavé
[Jeová] se preocupe com teu bem-estar... A respeito do assunto sobre o qual me
deste ordens: está tudo bem agora; ele permanece no templo de Iavé.” Muitos
estudiosos acreditam que este templo se refere ao de Jerusalém, originalmente
construído nos dias de Salomão.
Os óstracos de Laquis
A antiga cidade-fortaleza de
Laquis situava-se aproximadamente a 45 quilômetros a sudoeste de Jerusalém. Em
escavações realizadas em 1930, foi descoberto um conjunto de fragmentos, dos
quais pelo menos 12 eram cartas descritas como “extremamente importantes... por
sua explicação da situação política e do tumulto geral que prevalecia enquanto
Judá se preparava para o inevitável ataque do rei babilônio Nabucodonosor”.
As cartas mais significativas
incluem correspondência entre um oficial subordinado e Yaosh, provavelmente o
comandante militar em Laquis. A linguagem dessas cartas é similar à usada pelo
profeta contemporâneo Jeremias. Considere como duas delas corroboram a
descrição bíblica desse período crítico.
Jeremias 34:7 descreve o tempo
em que “as forças militares do rei de Babilônia lutavam contra Jerusalém e
contra todas as cidades de Judá que sobravam, contra Laquis e contra Azeca;
porque elas, as cidades fortificadas, eram as que restavam dentre as cidades de
Judá”. Uma das Cartas de Laquis parece descrever os mesmos eventos,
mencionando: “Estamos atentos aos sinais [de fogo] de Laquis... porque não
podemos ver Azeca.” Muitos estudiosos interpretam isso como indicação de que
Azeca havia caído perante os babilônios e que Laquis seria a próxima a ser
conquistada. Um detalhe interessante é a referência aos “sinais de fogo”,
mencionados também em Jeremias 6:1.
Outra Carta de Laquis parece
confirmar o que os profetas Jeremias e Ezequiel disseram sobre os esforços do
rei de Judá para obter ajuda do Egito na rebelião contra Babilônia. A carta
menciona: “Agora seu servo recebeu a seguinte informação: o general Konyáhu,
filho de Elnatã, foi para o sul a fim de entrar no Egito.” Essa ação é
frequentemente interpretada como um esforço para buscar assistência militar do
Egito, conforme descrito por Jeremias 37:5-8; 46:25, 26 e Ezequiel 17:15-17.
Os óstracos de Laquis também
mencionam vários nomes que aparecem no livro de Jeremias, como Nerias,
Jaazanias, Gemarias, Elnatã e Osaías (Jeremias 32:12; 35:3; 36:10, 12; 42:1).
Embora não se possa afirmar com certeza se esses nomes se referem às mesmas
pessoas, a similaridade é notável, considerando que Jeremias viveu nesse
período.
Um aspecto comum
As coleções de óstracos de
Samaria, Arade e Laquis confirmam vários detalhes do registro bíblico,
incluindo nomes de famílias, designações geográficas e aspectos do contexto
religioso e político da época. No entanto, há um importante aspecto em comum
entre as três coleções.
As cartas encontradas nas
coleções de Arade e Laquis frequentemente incluem expressões como “Que Jeová
peça a tua paz”. Em sete das mensagens de Laquis, o nome de Deus é mencionado
11 vezes. Além disso, muitos dos nomes pessoais hebreus encontrados nas três
coleções contêm a forma abreviada do nome Jeová. Assim, esses óstracos
confirmam que o nome divino era usado no dia-a-dia entre os israelitas daquela
época.(vide fonte 2)
Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93straco
Os Minúsculos
As datas dos
manuscritos minúsculos (do século IX ao XV) mostram que em geral são de
qualidade inferior, se comparados aos manuscritos em papiros ou unciais. A
importância desses manuscritos está no relevo dispensado às famílias textuais e
não à sua quantidade. Somam 4 643, dos quais 2646 são manuscritos e 1997
lecionários (livros antigos que a igreja usava no culto). Alguns desses
manuscritos minúsculos mais importantes estão identificados abaixo.
Os minúsculos da família alexandrina são representados pelo
ms. 33, "rei dos cursivos", datado do século IX ou X. Contém todo o
Novo Testamento, menos o Apocalipse. É propriedade da Biblioteca Nacional de
Paris.
O texto cesareense emprega um tipo que sobreviveu na Família
1, dentre os manuscritos minúsculos. Essa família contém os manuscritos 1,
118,131 e 209, e todos datam do século XII até o XIV.
A subfamília italiana do tipo cesareense é representada por
cerca de doze manuscritos conhecidos por Família 13. Tais manuscritos haviam
sido copiados entre os séculos XI e XV. Incluem os manuscritos 13,69,124, 230,
346, 543, 788, 826, 828, 983, 1689 e 1709. Julgava-se de início que alguns desses
manuscritos tinham texto de tipo sírio.
Muitos dos demais manuscritos minúsculos podem ser colocados
em uma ou outra das várias famílias textuais, mas sustentam-se por seus
próprios méritos e não por pertencerem a uma das famílias de
manuscritos mencionadas acima. Entretanto, no todo, foram copiados de
manuscritos minúsculos ou manuscritos unciais primitivos, e poucas evidências
novas acrescentam ao Novo Testamento. Proporcionam uma linha contínua de
transmissão do texto bíblico, enquanto os manuscritos de outras obras clássicas
apresentam brechas de novecentos a mil anos entre os autógrafos e suas cópias
manuscritas, como se pode ver nos exemplos das Guerras gálicas, de César, e das
Obras, de Tácito.
Características
Os "manuscritos
minúsculos" referem-se a uma categoria específica de manuscritos antigos,
principalmente do Novo Testamento grego. Aqui estão algumas informações sobre
eles:
1. Definição e Características: Os manuscritos minúsculos são
manuscritos do Novo Testamento que são numerados com algarismos arábicos
menores que 2000. Eles são assim chamados para distingui-los dos
"manuscritos unciais", que são escritos com letras maiúsculas.
2. Idade e Datamento: Os manuscritos minúsculos geralmente
datam do nono século em diante. Eles foram produzidos após a transição da
escrita uncial para a minúscula no mundo grego e bizantino.
3. Variedade e Distribuição: Existem cerca de 2750 manuscritos
minúsculos conhecidos, cobrindo uma ampla gama de variantes textuais do Novo
Testamento. Eles foram copiados e usados em várias regiões do mundo cristão
oriental e ocidental.
4. Importância para a Crítica Textual: Os manuscritos minúsculos são
fundamentais para a crítica textual do Novo Testamento, pois fornecem uma base
extensa para estudar as variantes textuais e reconstruir o texto original.
Muitos deles contêm correções e anotações marginais que são valiosas para
entender como o texto foi interpretado e usado ao longo do tempo.
5. Exemplos Notáveis: Alguns manuscritos minúsculos famosos
incluem o 33 (Minúscula 33), conhecido como "Codex Athous Lavrensis",
que é um dos mais antigos manuscritos minúsculos completos do Novo Testamento
(século IX); e o 1739 (Minúscula 1739), um manuscrito minúsculo grego do Novo
Testamento que contém várias adições únicas e variantes textuais interessantes.
6. Estudos e Recursos: Para estudiosos e pesquisadores, os
manuscritos minúsculos são frequentemente acessados por meio de edições
críticas do Novo Testamento grego, como o Novum Testamentum Graece (NA28, NA29)
e o UBS5, que apresentam variantes textuais e a base manuscrita para cada
passagem.
Esses manuscritos representam uma parte crucial da tradição textual do Novo Testamento e são fundamentais para entender a história e o desenvolvimento do texto bíblico cristão ao longo dos séculos.
Imagem: http://miquels007.wordpress.com/category/historia-crista/
Códex Washingtoniano - também conhecido como Codex W ou Codex Freerianus
O Códex Washingtoniano (também conhecido como Codex W ou Codex Freerianus) é um antigo manuscrito do Novo Testamento em grego, datado do início do século IV d.C. Ele recebe esse nome por estar localizado na Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, em Washington D.C.
Características Principais:
Conteúdo: O Codex Washingtoniano contém quatro evangelhos completos (Mateus, Marcos, Lucas e João), além de algumas lacunas e partes faltantes.
Formato: Escrito em letras unciais (maiúsculas gregas) em pergaminho, o manuscrito tem um formato relativamente grande.
Origem: A origem exata do Codex Washingtoniano não é totalmente clara, mas é amplamente aceito que foi escrito no Egito, provavelmente na região de Alexandria, conhecida por sua tradição textual rica e variada.
História: Foi descoberto em 1906-1907 por Charles Lang Freer, um colecionador de arte e manuscritos antigos, durante uma expedição ao Egito. Freer adquiriu o manuscrito e eventualmente o doou para a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos em 1906.
Importância: O Codex Washingtoniano é importante para os estudos do Novo Testamento por ser um dos poucos manuscritos completos dos evangelhos do século IV. Ele ajuda na compreensão da transmissão textual e das variantes textuais no início da era cristã.
Crítica Textual: O texto do Codex Washingtoniano é significativo para a crítica textual do Novo Testamento, pois oferece uma das primeiras evidências completas dos evangelhos em grego, auxiliando os estudiosos na reconstrução do texto original e na comparação com outros manuscritos da mesma época.
Imagem: http://www.asia.si.edu/collections/zoomObject.cfm?ObjectId=48653
O manuscrito é um palimpsesto (raspado, apagado) reescrito em que originariamente estavam gravados o Antigo e o Novo Testamento. O texto sagrado foi apagado para que nesses pergaminhos se escrevessem sermões de Efraim, pai da igreja do século IV. Mediante reativação química, o conde Tischendorf foi capaz de decifrar as escritas quase invisíveis dos pergaminhos. Esse manuscrito está guardado na Biblioteca Nacional de Paris, e deixa à mostra sinais e evidências de duas fases de correções: a primeira, c2 ou cb, foi realizada na Palestina, no século vi, e a segunda, c3 ou Cc, foi acrescentada no século IX, em Constantinopla.
Fonte: Como a Biblia chegou até nós, autor Norman Geisler e William Nix
Codex Basilensis
Descoberta
Codex contém o texto dos quatro Evangelhos em 318 folhas de pergaminho, com lacunas (Lucas 1,69-2,4; 3,4-15; 12,58-13,12; 15,8-20; 24,47-fin). O texto está escrito em uma coluna por página, em 21 linhas por página.[1]
Contém tábulas do κεφαλαια, κεφαλαια, τιτλοι, as Seções Amonianas, e os Cânones Eusebianos.[2]
Atualmente acha-se no Universidade de Basiléia (AN III 12).[1]
Texto
O texto grego desse códice é um representante do Texto-tipo Bizantino. Aland colocou-o na Categoria V.[1]
Referências
1. ↑ a b c ALAND & ALAND, Kurt & Barbara. The Text of the New Testament: An Introduction to the Critical Editions and to the Theory and Practice of Modern Textual Criticism: Trad. por Erroll F. Rhodes (em inglês). Grand Rapids, Michigan: William B. Eerdmans Publishing Company, 1995. 110 p.
2. ↑ GREGORY, Caspar René. Textkritik des Neuen Testaments, Vol. 1. Leipzig: Hinrichs, 1900. 48 p.
Bibliografia
• Russell Champlin, Family E and Its Allies in Matthew (Studies and Documents, XXIII; Salt Lake City, UT, 1967).
• J. Greelings, Family E and Its Allies in Mark (Studies and Documents, XXXI; Salt Lake City, UT, 1968).
• J. Greelings, Family E and Its Allies in Luke (Studies and Documents, XXXV; Salt Lake City, UT, 1968).
• F. Wisse, Family E and the Profile Method, Biblica 51, (1970), pp. 67–75.
Ligações externas
• O Commons possui uma categoria com multimídias sobre Codex Basilensis
• R. Waltz, Codex Basilensis E (07) (em inglês): na Encyclopedia of Textual Criticism
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_Basilensis
Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Codex_Basilensis_08.jpg
Codex Augiensis
Atualmente acha-se no Trinity College (Cambridge) (Cat. number: B. XVII. 1).[1]
O texto é escrito em duas colunas por página, em 28 linhas por página.[1]
Texto
O texto grego desse códice é um representante do Texto-tipo Ocidental. Aland colocou-o na Categoria II.[1]
Referências
1. ↑ a b c d ALAND & ALAND, Kurt & Barbara. The Text of the New Testament: An Introduction to the Critical Editions and to the Theory and Practice of Modern Textual Criticism: Trad. por Erroll F. Rhodes (em inglês). Grand Rapids, Michigan: William B. Eerdmans Publishing Company, 1995. 110 p.
Bibliografia
• F. H. A. Scrivener, Contributions to the Criticism of the Greek New Testament bring the introduction to an edition of the Codex Augiensis and fifty other Manuscripts, Cambridge 1859.
• K. Tischendorf, Anecdota sacra et profana ex oriente et occidente allata sive notitia, Lipsiae 1861, pp. 209-216.
• W.H.P. Hatch, On the Relationship of Codex Augiensis and Codex Boernerianus of the Pauline Epistles, Harvard Studies in Classical Philology, Vol. 60, 1951, pp. 187–199.
Ligações externas
• Codex Augiensis (em inglês) na Trinity College Library Cambridge
• Codex Augiensis F (010) (em inglês): na Encyclopedia of Textual Criticism
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_Augiensis
Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_Augiensis
Codex Athous Lavrensis
Codex Athous Lavrensis designado por Ψ ou 044 (Gregory-Aland), δ 6 (von Soden), é um manuscrito uncial grego dos quatro evangelhos, datado pela paleografia como sendo do século IX.[1]
Actualmente acha-se no Grande Lavra (B' 52) em Monte Atos.[1]
Descoberta
Contém 261 folhas (21 x 15.3 cm) dos quatro evangelhos, Atos, Paulo, com várias lacunas (Mateus; Marcos 1,1-9,5; em Hebreus 8,11-9,19), e foi escrito com uma coluna por página, contendo 31 linhas cada.[1]
Ele contém respiração e acentos.[2]
Contém o κεφαλαια, as Seções Amonianas, ele necessita de Cânones Eusebianos.[2]
Texto
O texto grego desse códice é misto. Aland colocou-o na Categoria III.[1]
O texto grego do Evangelho segundo Marcos é um representante do Texto-tipo Alexandrino (semelhante ao Codex Regius).
Referências
1. ↑ a b c d Kurt und Barbara Aland, Der Text des Neuen Testaments. Einführung in die wissenschaftlichen Ausgaben sowie in Theorie und Praxis der modernen Textkritik. Deutsche Bibelgesellschaft, Stuttgart 1981, p. 123. ISBN 3-438-06011-6. (em alemão)
2. ↑ a b C. R. Gregory, "Textkritik des Neuen Testaments", Leipzig 1900, vol. 1, p. 94 (em alemão)
Bibliografia
• Kirsopp Lake, Texts from Mount Athos, Studia Biblica et Ecclesiastica, 5 (Oxford 1903), pp. 89–185.
• Kirsopp Lake, The Text of Codex Ψ in St. Mark, JTS I (1900), pp. 290–292.
• C. R. Gregory, Textkritik des Neuen Testaments (Leipzig 1900), vol. 1, pp. 94–95.
• Hermann von Soden, Die Schriften des Neuen Testaments in ihrer altesten erreibaren Textgestalt, I, III (Berlin, 1910), pp. 1664,-1666, 1841, 1921, 1928.
• M.-J. Lagrange, La critique rationnelle (Paris, 1935), pp. 109 f.
Ver também
• Lista de manuscritos unciais do Novo Testamento Grego
• Manuscrito bíblico
• Codex Petropolitanus Purpureus
• Crítica textual
Ligações externas
• Codex Athous Lavrentis Ψ (044): na Encyclopedia of Textual Criticism
• Kirsopp Lake, Texts from Mount Athos (Oxford 1903)
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_Athous_Lavrensis
Codex Athous Dionysiou
Crítica textual
Referências
1.↑ Kurt Aland and Barbara Aland, The Text of the New Testament: An Introduction to the Critical Editions and to the Theory and Practice of Modern Textual Criticism, trans. Erroll F. Rhodes, William B. Eerdmans Publishing Company, Grand Rapids, Michigan, 1995, p. 118.
Literatura
Compilações
Kirsopp Lake e Silva New, Six Collations of New Testament Manuscripts Harvard Theological Studies, XVII, (Cambridge, Massachusetts, 1932; 2007), pp. 3–25.
Artigos
Russell Champlin, Family E and Its Allies in Matthew (Studies and Documents, XXIII; Salt Lake City, UT, 1967).
J. Greelings, Family E and Its Allies in Mark (Studies and Documents, XXXI; Salt Lake City, UT, 1968).
J. Greelings, Family E and Its Allies in Luke (Studies and Documents, XXXV; Salt Lake City, UT, 1968).
Frederik Wisse, Family E and the Profile Method, Biblica 51, (1970), pp. 67–75.
Codex Argenteus
O famoso palimpsesto Códice Argenteus, é um evangeliário, um livro sagrado cristão contendo partes dos quatro evangelhos (não chega a ser uma Bíblia, nem mesmo um Novo Testamento). Das 336 folhas originais do Codex, se conservam 188, incluindo o fragmento descoberto em 1970 na Catedral de Speyer, contendo a tradução da maior parte dos quatro evangelhos em língua gótica, sendo o texto mais conhecido neste idioma extinto, e uma das principais fontes de conhecimento da mais antiga língua germânica que se tem evidência escrita, o idioma gótico.
Algumas letras de ouro embelezam as primeiras três linhas de cada evangelho, na ordem de Mateus, João, Lucas e Marcos, bem como os inícios das diferentes seções. Os nomes dos escritores dos Evangelhos também aparecem em ouro no alto de quatro "arcadas" paralelas, assentadas ao pé de cada coluna de escrita. Essas fornecem referências a passagens paralelas nos Evangelhos.[1] A maior parte do Codex Argenteus (187 folhas) está em exibição permanente na biblioteca Carolina Rediviva da Universidade de Uppsala, Suécia. A última folha se encontra na Catedral de Speyer, Alemanha.
História
Origem
A Bíblia de prata foi escrita provavelmente em Rávena no começo do século VI para o Rei dos ostrogodos, Teodorico o Grande. Foi produzida como um livro sagrado especial para a corte do Rei dos godos e dos romanos, com algumas letras escritas com tinta de ouro. As partes das copias dos evangelhos correspondem ao cânon ou regra do o bispo Eusébio de Cesareia e nas Tabelas de Concordância dos quatro evangelistas que aparecem nos quatro arcos de prata desenhados em cada página. O restante das letras escritas com tinta de prata (daí o nome argenteus, de prata em latim), em pergaminho de alta qualidade colorido de púrpura com tintas vegetais, adornado e provavelmente encadernado com pérolas e pedras preciosas. Depois da morte de Teodorico no ano 526 a Bíblia de prata não foi mencionada em inventários ou listas de livros durante mais de mil anos, quando foi redescoberta na Abadia beneditina de Werden, perto de Essen, na Renânia, Alemanha por dois teólogos de Colônia, Georg Cassander e Cornelius Wouters (segundo a correspondência do século XVI que cruzaram mediantes outros estudiosos).
O Mistério dos mil anos
Cerca de trinta anos depois da morte de Teodorico o Grande, o reino ostrogodo na Itália chegou a seu fim com a conquista do mesmo pelo Império Bizantino de Justiniano, que veio de Rávena sua capital na Itália. Visto que o Codex Argenteus era Pertencente a uma fé perseguida por heréticos, escrito num idioma que já não era usado, os estudiosos se perguntam como chegou à abadia de Werden, em Renânia desde Rávena, na Padania, e sobretudo, como uma folha se separou e chegou a Speyer.
Existem três teorias principais:
• A separação temporã em que a folha teria se separado do Códice na temporã Idade Média e seguindo a distintas relíquias de santos da Igreja. Enaquanto isso, os restos do manuscrito passariam pela Europa, chegando aos lugares de culto de seus portadores;
• A separação posterior. Supõe-se que a folha de Speyer teria permanecido junto com o restante do Códice em Werden por volta do século XV. Quando seus detentores separaram a última folha do códice para enviá-la a Mainz, pediram informações sobre a natureza do códice que estava num idioma desconhecido. Em Moguncia, a folha solta teria sido posta junto com as relíquias de São Erasmo. As folhas teriam sido reunidas novamente pelo principal arcebispo de Moguncia Alberto de Brandeburgo por volta de 1545, ano da sua morte.
• A via carolíngia. Supõe-se que o Códice argenteus esteve em Rávena quando foi tomado por Carlos Magno e levado a sua capital em Aachen, a pouca distãncia da Abadia de Werden.[2]
Redescobrimento
Por volta do ano 799, as 187 folhas do pergaminho estavam preservadas na Abadia beneditina de Werden guardada entre os monastérios mais ricos do Sacro Império Romano-Germânico, cujos abades possuíam o título de príncipes imperiais. A parte restante do livro apareceu na biblioteca do imperador Rodolfo II em sua sede imperial de Praga. Em 1648, no fim da Guerra dos Trinta Anos, foi tomado como botín de guerra e levado a Estocolmo, para a biblioteca da rainha Cristina da Suécia. Depois de sua conversão ao catolicismo e sua posterior abdicação (1654), o livro desaparece de sua biblioteca e é levado aos Países Baixos pelo bibliotecário da rainha, Isaac Vossius. Em 1662, foi comprado pelo Chanceler sueco Magnus Gabriel De la Gardie, que proporcionou a atual encadernação e o resguardou na Universidade de Uppsala.[3] Olof Rudbeck, que foi reitor da universidade nessa época, foi suspeito da falsificação do manuscrito ocorrida na década de 1670, com o objetivo de aumentar a confiabilidade de documentos antigos que provariam suas teorias políticas sobre a Grande Suécia.[4]
Hoje em dia, o códice permanece na biblioteca Carolina Rediviva da da Universidade de Uppsala, Suécia. Em Março de 1995, a capa e algumas folhas do Códice foram roubados da exposição pública na Biblioteca Carolina Rediviva, aproveitando falhas de segurança. Apareceu um mês depois numa na Estação Central de Ferroviária de Estocolmo, Suécia. Desconhece-se se o resto do livro sobreviveu, mas o paradeiro dos outros fragmentos continuam sendo um mistério.
O fragmento de Speyer
A folha final do códice, a folha 336, foi descoberta em outubro de 1970 por Franz Haffner, na Catedral de Speyer, Alemanha. Foi encontrada na capela de Santa Afra de Augsburgo enrolada em volta de um marco de madeira, contendo um pequeno relicário originário de Aschaffenburg. A folha contém os nove últimos versículos do capítulo 16 do Evangelho de Marcos.
Conteúdo do inteiro codex
• Evangelho de Mateus: 5:15-48; 6:1-32; 7:12-29; 8:1-34; 9:1-38; 10:1,23-42; 11:1-25; 26:70-75; 27:1-19,42-66.
• Evangelho de João: 5:45-47; 6:1-71; 7:1-53; 8:12-59; 9:1-41; 10:1-42; 11:1-47; 12:1-49; 13:11-38; 14:1-31; 15:1-27; 16:1-33; 27:1-26; 28:1-40; 29:1-13.
• Evangelho de Lucas 1:1-80; 2:2-52; 3:1-38; 4:1-44; 5:1-39; 6:1-49; 7:1-50; 8:1-56; 9:1-62; 10:1-30; 14:9-35; 15:1-32; 16:1-24; 17:3-37; 18:1-43; 19:1-48; 20:1-47.
• Evangelho de Marcos: 1:1-45; 2:1-28; 3:1-35; 4:1-41; 5:1-5; 5-43; 6:1-56; 7:1-37; 8:1-38; 9:1-50; 10:1-52; 11:1-33; 12:1-38; 13:16-29; 14:4-72; 15:1-47; 16:1-12 (+ 16:13-20).
Publicações
Logo após o reaparecimento deste códice, os eruditos passaram a estudar sua escrita para descobrir o sentido da língua gótica morta. A primeira publicação que menciona o códice apareceu em 1569, por Johannes Goropius Becanus de Amberes (provavelmente, devido a seus contactos com Georg Cassander e Cornelius Wouters). Em 1597, Bonaventura Vulcanius, outro neerlandês, publicou o texto, sendo a primeira publicação do texto gótico que leva o nome de Codex Argenteus. Franciscus Junius, tio de Isaac Vossius, imprimiu na Holanda a Primeira Edição do códice em 1665. Em 1737, Lars Roberg, médico de Uppsala, fez uma Xilogravura de una página do manuscrito; foi incluído na edição de Benzelius de 1750, e a prancha xilográfica se preserva na Biblioteca Diocesana e Regional de Linköping. A edição estandarte foi produzida pelo professor da Universidade de Uppsala Anders Uppström, entre 1854 e 1857. Recorrendo aos manuscritos disponíveis e a anteriores tentativas de restauração do texto, o erudito alemão Wilhelm Streitberg compilou e publicou em 1908 "Die gotische Bibel" (A Bíblia Gótica), com o texto grego e gótico em páginas opostas. Em 1927 realizou-se a última e mais importante edição tipo fac-símile do códice pelo professor de Química e premio Nobel Theodor Svedberg e também pelo Dr. Hugo Andersson.[5]
Referências
1. ↑ w94 15/5 página 8 A Bíblia gótica, uma notável realização
2. ↑ Munkhammar, Lars, Codex argenteus. From Ravenna to Uppsala – the wanderings of a Gothic manuscript from the early sixth century, 64ª Conferência Geral da IFLA, de 16 a 21 de agosto de 1998 64th IFLA General Conference
3. ↑ Universidade de Uppsala
4. ↑ Landau, David, The study of old texts with the aid of digital technology: the Gothic manuscripts, Tampere University of Technology-Institute of Software Systems, Informe del 26 de octubre de 2001, descrito en página 25
5. ↑ w94 15/5 página 9, Manuscritos que sobreviveram
• Bologna, Giulia, Illuminated Manuscripts: The Book before Gutenberg, New York: Crescent Books, 1995. pg. 50.
Ligações externas
• O Codex Argenteus Online (em inglês)
• Wulfila Project (em inglês) Biblioteca digital dedicado ao estudo gótico
• Site oficial do Codex Argenteus (em inglês) em Língua sueca)
• Lars Munkhammar, Uppsala University Library, "Codex Argenteus" (em inglês)
• Bibliografia do Codex Argenteus (em inglês)
• [The Gothic Bible gotische Bibel] (em inglês) ] on Wikisource, Streitberg's edition
• the Gothic New Testament (em inglês) on wikisource, Patrologia Latina edition
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_Argenteus
Imagem: http://www.unesco-ci.org/photos/showphoto.php/photo/6257/title/codex-argenteus-2c-an-op/cat/1037
Codex Angelicus ou Codex Passionei
Referências
1. ↑ Kurt Aland and Barbara Aland, "The Text of the New Testament: An Introduction to the Critical Editions and to the Theory and Practice of Modern Textual Criticism", transl. Erroll F. Rhodes, William B. Eerdmans Publishing Company, Grand Rapids, Michigan, 1995, p. 113.
Leitura recomendada
• Bernard Montfaucon, „Palaeographia Graeca", (Paris, 1708).
• G. Mucchio, "Studi italiani di filologia classica" 4, Index Codicum Bibliothecae no. 39 (Florence, 1896), pp. 7–184.
Ligações externas
• Codex Angelicus Lap (020): at the Encyclopedia of Textual Criticism.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_Angelicus
Imagem: http://digilander.libero.it/gregduomocremona/angelica_123.htm
Codex Alexandrinus
Conteúdo
O texto deste codex foi escrito em grego uncial, disposto em duas colunas, com 46 a 52 linhas por coluna e 20 a 25 letras por linha. As linhas iniciais de cada livro são escritas em vermelho e cada uma das seções é marcada com uma grande letra na margem.[1]
O manuscrito contém a cópia completa da LXX, incluindo os livros deuterocanônicos de III e IV Macabeus, Salmo 151 e o 14 Odes. A Epístola a Marcellinus, atribuída a Atanásio, bem como o sumário dos Salmos, atribuído a Eusébio, foram acrescentados antes do Livro de Salmos. Este codex também contém todos os livros do Novo Testamento, incluindo acrécimos de I e II Clemente.
Contém tábulas do κεφαλαια, κεφαλαια, τιτλοι, as Seções Amonianas, e os Cânones Eusebianos.[2]
Proveniência
A proveniência original deste manuscrito é desconhecida. Uma nota em Latim, provavelmente do século XVII, declara que o manuscrito foi dado de presente para o patriarca de Alexandria no ano de 1098. Em 1621, o patriarca de Constantinopla, Cirilo Lucas, presenteou-o a Carlos I de Inglaterra. Hoje encontra-se no Museu Britânico.
Referências
1. ↑ Kurt Aland, and Barbara Aland, The Text of the New Testament: An Introduction to the Critical Editions and to the Theory and Practice of Modern Textual Criticism, transl. Erroll F. Rhodes, William B. Eerdmans Publishing Company, Grand Rapids, Michigan, 1995, p. 107, 109.
2. ↑ Bruce M. Metzger, Manuscripts of the Greek Bible: An Introduction to Greek Palaeography, New York, Oxford: Oxford University Press, 1991, p. 86.
Bibliografia
1. B. H. Cowper, Codex Alexandrinus. Η ΚΑΙΝΗ ΔΙΑΘΗΚΗ. Novum Testamentum Graece. Ex Antiquissimo Codice Alexandrino a C. G. Woide (London 1860)
2. KENYON, Frederick G.. Codex Alexandrinus. [S.l.]: London: British Museum (Facsimile edition), 1909.
3. KENYON, Frederick G.. Codex Alexandrinus in Reduced Photographic Facsimile. [S.l.]: London: British Museum (Facsimile edition), 1915.
4. THOMPSON, Edward Maunde. Facsimile of the Codex Alexandrinus (4 vols.). [S.l.]: London, 1879-1883.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_Alexandrinus
Imagem: http://www.newworldencyclopedia.org/entry/Muratorian_fragment
14 maio 2012
Codex do Cairo
Historia
De de acordo com seu colofão, completo com a sua pontuação escrita por Moisés ben Asher em Tiberíades "no final do ano 827, depois da destruição do Segundo Templo" (Ec = 895). Foi um presente para a comunidade Karaite de Jerusalém, e tomada como despojo pelos cruzados em 1099. Mais tarde, entrou na posse da comunidade Karaite no Cairo, onde está ainda hoje.
Quando o Codex atingiu Israel em 1985, caraíta judeus formaram uma comissão que decidiu manter o códice temporariamente sob a custódia da Universidade Hebraica de Jerusalém. Qualquer decisão futura para o códice foi nas mãos do Conselho de Anciãos Karaite judeus de Israel. Em 2006, David e Albert Marzouk Gamill visitou a Universidade Hebraica de Jerusalém e inspecionou o Codex para a autenticidade ea capacidade de digitalizar examinado em nome de Karaite judeus de Israel. A Universidade Hebraica no momento em que ressaltou que qualquer decisão é e sempre será até o Conselho Karaite de Israel.
Conteudo
O códice contém, de acordo com a terminologia judaica, os livros dos profetas prentenecen Jeremias, Isaías, assim como Isaías, o livro dos Profetas Menores (mas não Daniel), os profetas antigos e anteriormente chamado Josué, Juízes , Samuel e Reis. Pele também contém 13 páginas.
Avaliação científica
De acordo com seu colofão o códice foi escrito por um membro da família Ben Asher, Lazar Lipschutz e outros perceberam que dentro da tradição Massorético, a Cairensis Codex parece ser mais próxima da de Ben Naftali Ben Asher .
Enquanto alguns estudiosos consideram que este é um argumento contra sua autenticidade, Moshe Goshen-Gottstein Ben Naftali supostamente mais fortemente ligados ao sistema do próprio Filho de Moisés ben Asher que Aaron ben Moses ben Asher (Aaron Ben-Asser) , corrigiu e acrescentou Aleppo Codex pontuação.
Mais recentemente, as dúvidas sobre sua autenticidade ter sido excluída por rádio de datação por carbono e outras técnicas científicas.
Umberto Cassuto foi baseado em grande parte, este códice para produzir sua edição do Texto Massorético, o que significa que a edição de profetas está mais próximo da tradição ben Naftali na Torá e os Escritos.
Referencias
- Ernst Würthwein, Der des Alten Testamentos Texto, Stuttgart 1974 (quarta edição), ISBN 3-438-06006-X
- A Universidade Hebraica Bíblia Projeto: Ezequiel, ed. S. Talmon, pub. A Universidade Hebraica Magnes Press, Jerusalém, 2004, ISBN 965-493-186-9
Fonte: http://es.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3dice_de_El_Cairo
Codex Vaticanus
Conteúdo
O Manuscrito Vaticanus originalmente contém uma cópia completa da Septuaginta, com exceção de 1-4 Macabeus e a Prece de Manassés.
A ordem dos livros do Antigo Testamento é como segue: de Gênesis a 2 Crônicas está na ordem normal, depois aparecem 1 e 2 Esdras, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares, Jó, Sabedoria, Eclesiástico, Ester, Judite, Tobias, os profetas menores de Oséias a Malaquias, e os profetas maiores Isaías, Jeremias, Baruc, Lamentações, Jeremias, Ezequiel e Daniel.
O Novo Testamento do Codex Vaticanus contém os Evangelhos, Atos, as Epístolas Gerais, as Epístolas de Paulo e Hebreus (até Heb 9:14, καθα [ριει); assim falta I e II Timóteo, Tito, Filemon e o Apocalipse. Estas páginas faltantes foram substituídas por um manuscrito cursivo do século XV (No. 1957).
O grego é escrito sem espaços entre as palavras, continuamente, e as letras originais foram reescritas mais tarde por um escriba do século XI. A pontuação é rara (os acentos foram adicionados por um escriba num período mais tardio).
O manuscrito contém misteriosos pontos duplos (também chamados de "umlauts") nas margens do Novo Testamento, que parecem marcar lugares onde havia incerteza textual. Há 795 destes pontos duplos no texto e aproximadamente outros 40 que são incertos. A data destas marcações é disputada entre os especialistas.
Proveniência
O manuscrito foi abrigado na biblioteca do Vaticano (fundada pelo Papa Nicolau V em 1448). Ele aparece em uma lista antiga, um catálogo anterior a 1475 e no catálogo 1481. Seu lugar de origem é incerto, com Roma, Itália e Cesaréia como lugares prováveis. Houve um especulação de que ele esteve na posse do cardeal Bessarion, porque o manuscrito cursivo que o complementa tem um texto similar a um dos manuscritos deste cardeal. T.C. Skeat, um paleógrafo do museu britânico, defende a tese de que o Codex Vaticanus era uma das 50 Bíblias que o Imperador Constantino requisitou para que Eusébio de Cesaréia produzisse. A similaridade do texto com os papiros da versão Copta (incluindo a formação de algumas letras), paralelas com as do cânon de Atanásio (de 367) sugere uma origem egípcia ou alexandrina.
Importância
O Codex Vaticanus é um dos manuscritos mais importantes para o criticismo textual e é um membro principal do texto-tipo Alexandrino. Era constantemente usado por Westcott e por Hort em sua edição do Novo Testamento grego (1881).
Referência
O Commons possui uma categoria com multimídias sobre Codex Vaticanus
• Codex Vaticanus, B, Tesouro 2 da Biblioteca Apostólica Vaticana via The European Library
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_Vaticanus
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