O apóstolo Paulo declara que "toda a Escritura é inspirada por Deus" (2 Timóteo 3:16), utilizando a expressão grega "θεοπνευστος" (theopneustos), que pode ser traduzida como "soprada por Deus". Na época em que Paulo escreveu, nem todos os livros que hoje compõem a Bíblia estavam escritos e a Bíblia ainda não havia sido formalmente compilada. No entanto, muitos cristãos acreditam que Paulo estava se referindo à Escritura que viria a ser canonizada posteriormente. O apóstolo Pedro reforça essa ideia, afirmando que "nenhuma profecia foi proferida pela vontade dos homens. Inspirados pelo Espírito Santo, homens falaram em nome de Deus" (2 Pedro 1:21). Para mais detalhes, veja os artigos sobre o Cânon Bíblico e os Apócrifos.
Para os cristãos, a Bíblia é vista como tendo sido escrita por homens sob a inspiração divina. No entanto, essa perspectiva pode ser considerada subjetiva para pessoas que não compartilham da fé cristã ou não são religiosas. A interpretação dos textos bíblicos pode variar amplamente entre diferentes tradições religiosas, e a compreensão de certos temas pode divergir de teólogo para teólogo e de crente para crente, dependendo das crenças e filosofias religiosas individuais. Ainda assim, há uma unidade significativa em relação aos fatos e narrativas históricas.
A fé dos leitores religiosos é fundamentada na crença de que "Deus está na Bíblia e não fica em silêncio", como enfatizado pelo renomado teólogo presbiteriano e filósofo Francis Schaeffer, que via a Bíblia como uma carta de Deus para a humanidade. Para os cristãos, o Espírito Santo teria agido de maneira única e sobrenatural sobre os escritores bíblicos. Nesse entendimento, Deus é considerado o verdadeiro autor da Bíblia, utilizando as personalidades e talentos individuais dos escritores para registrar Seus pensamentos e a revelação progressiva de Seus propósitos. Assim, para os crentes, a maneira como se relacionam com a Bíblia tem implicações significativas para seu destino eterno.
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