O termo Bíblia Hebraica (em hebraico: תנ"ך, transl. Tanakh) é uma referência genérica para descrever livros da Bíblia escritos originalmente no hebraico bíblico (e no aramaico bíblico). O termo engloba os conteúdos do Tanakh judaico e do Velho Testamento protestante, sem incluir, no entanto, os livros deuterocanônicos das escrituras católicas, ou as partes Anagignoskomena do Velho Testamento ortodoxo. O termo não implica a padronização dos nomes, números ou ordem dos livros, que variam de acordo com a religião.
Versões da Bíblia em hebraico
Bíblia Hebraica pode se referir a versões da Bíblia na língua hebraica, como:
- Bíblia Hebraica de Rudolf Kittel
- Bíblia Hebraica Stuttgartensia
Bíblia Hebraica de Rudolf Kittel, (BHK)
|
Foto 1 |
O hebraísta Rudolf Kittel publicou na Alemanha, duas edições de Bíblia Hebraica, sendo a primeira em 1906 e a segunda com pequenas revisões em 1913.
A segunda edição tem sido reimpressa diversas vezes. Ambas as edições reproduziram o texto hebraico, editado por Mikraot Gedolot e publicado por Daniel Bomberg em Veneza, no ano de 1524.
Estas edições não incluíram as notas massoréticas, embora a edição do Bomberg as tivessem. Sua característica principal são suas notas de rodapé que gravam correções possíveis ao texto hebraico.
São também baseadas no Pentateuco Samaritano e em traduções conceituadas da Bíblia, como a Septuaginta, Vulgata e Peshitta. Assim, usou-se o texto geralmente aceito e preparado por Jacob ben Chayyim como base.
|
Foto 2 |
Mais tarde, quando tornaram-se disponíveis os textos massoréticos de Ben Asher, como o do Códice de Leningrado, textos que são bem mais antigos e superiores, sendo padronizados por volta do século XX EC, Kittel passou produzir uma terceira edição da Bíblia Hebraica, que teve um texto hebraico ligeiramente diferente e algumas notas de rodapé completamente revisadas. Esta obra foi concluída por seus associados, após a sua morte. Foi a primeira vez que uma Bíblia reproduziu o texto do Códice de Leningrado. Os créditos pela idéia de usar o códice, cabem a Paul Kahle.[1]
Esta revisão apareceu nas edições, de 1929 a 1937, sendo que a primeira edição em um só volume foi em 1937; Depois disso foi reimpresso muitas vezes, incluindo as mais antigas edições que gravam variantes no livro de Isaías e do livro de Habacuque nos Pergaminhos do Mar Morto. Reproduz exatamente as notas massoreticas do códice, sem as editar. Quanto à referência, a Bíblia Hebraica de Kittel é geralmente abreviado BH, ou BHK (K para Kittel). Quanto a edições específicas para consultas, usa-se BH1, BH2 e BH3[2].
Bíblia Hebraica Stuttgartensia
|
Foto 3 |
A Bíblia Hebraica Stuttgartensia, ou BHS, é uma edição da bíblia do Texto Massorético da Bíblia Hebraica no idioma Hebraico, totalmente baseada no Códice de Leningrado publicada pela Sociedade Bíblica Alemã Deutsche Bibelgesellschaft em Stuttgart.
É amplamente vista tanto pelo judaísmo como pelo cristianismo, como uma edição confiável das Escrituras em Hebraico e Aramaico (tanak na terminologia judia ou Antigo Testamento na terminologia cristã), e tem sido em muito, a mais usada por eruditos do texto mestre na língua original, tanto para pesquisas como para base de traduções em outros idiomas. Também tornou-se a edição mais usada em escolas bíblicas.
Atualmente usa-se uma revisão da terceira edição da Bíblia Hebraica editada por Rudolf Kittel, sendo que a primeira foi baseada no Códice de Leningrado. As notas de rodapé das páginas tem sido totalmente revisadas. Originalmente estas notas foram acrescentadas aos poucos desde 1968 a 1976, chegando a ser um só volume em 1977; Desde então sendo reimpressa muitas vezes.
O texto usado é uma cópia exata, salvo pequenos erros, do Texto Massorético assim como está registrado no Códice de Leningrado. A única pequena diferença está no Livro das Crônicas, o qual precede aos Salmos, este foi movido para o fim, assim como também ocorre com outros livros bíblicos. O Livro de Jó, precede ao Livro dos Provérbios, assim como o acontece com todas as outras bíblias hebraicas.
Em suas margens, possuem as notas massoréticas. Estas estão baseadas no códice massorético, mas foram reeditadas a fim de se tornarem mais fáceis de entender. Mesmo assim, alguns livros tem sido escritos, explicando estas notas.
As notas ao pé da página registram possíveis correções ao texto. Muitas destas estão baseadas no Pentateuco samaritano, nos Pergaminhos do Mar Morto, e em antigas traduções bíblicas tais como a Septuaginta, a Vulgata e a Peshitta.
É apreciado que homens dedicados procuraram sempre obter um amplo entendimento das escrituras sagradas, e procuraram preservar, essas maravilhas para os nossos dias tão carente de manter a verdade em destaque, assim suprimimos os engôdos e as mazelas dos que deturpam o raciocínio lógico.
ResponderExcluir