Bíblia Poliglota Complutense é o nome por que é conhecida a primeira edição poliglota da bíblia por inteiro, projeto do Cardeal Cisneiros. Incluía as primeiras versões impressas do Novo Testamento grego, a Septuaginta completa e o Targum Onkelos. Das seiscentas impressas, apenas 123 chegaram aos nossos dias.
História
Com o surgimento da prensa móvel em 1450 tornou-se possível a impressão de textos numa escala até então desconhecida. Por esta época o Cardeal Cisneiros convidou vários eruditos, incluindo Hernán Nuñez para o ambicioso projeto de compilar uma edição poliglótica completa da bíblia. Encontraram-se em Alcalá de Henares (em latim, Complutum) na Universidade de Alcalá, fundada pelo próprio cardeal e, sob seus cuidados iniciaram o trabalho, que teve a direção de Diego Lopez de Zúñiga e lá continuou por quinze anos.
O Novo testamento estava completo e impresso em 1514, porém não se deu sua publicação enquanto trabalhava-se ainda no Velho Testamento para que pudessem vir a luz como uma única obra. Por essa época, notícia do projeto chegou até o conhecimento de Erasmo de Roterdã que produziu sua própria edição impressa do Novo Testamento grego. Erasmo obteve do imperador Maximiliano e do papa Leão X o privilégio de publicação exclusiva por quatro anos. Este texto tornou-se o Textus receptus e suas edições posteriores foram a base para o Novo Testamento da versão do rei James.
O Velho testamento complutense estava completo em 1517, mas por força do privilégio obtido por Erasmo a publicação da Poliglota Complutense foi adiada até que o papa Leão X pudesse sancioná-la em 1520. Acredita-se que sua distribuição foi reduzida até 1522. O cardeal Cisneiros morreu em julho de 1517, cinco meses após o término da obra e não chegou a ver sua publicação.
Conteúdo
A Poliglota complutense foi publicada em seis volumes. Os primeiros quatro volumes contêm o Velho Testamento. Cada página consiste em três colunas de texto paralelo: hebraico à esquerda, a Vulgata no meio e a Septuaginta grega na última coluna. Em cada página do Pentateuco o texto aramaico (Targum Onkelos) e sua tradução para o latim estavam na parte inferior. O quinto volume, o Novo Testamento, consistia em colunas paralelas do texto grego e da Vulgata; O sexto volume continha dicionários de hebraico, aramaico e grego e textos de apoio.
Um fac-símile em tamanho fólio foi publicado em Valência entre 1984 e 1987, reproduzindo os cinco primeiros volumes a partir da cópia da Biblioteca dos Jesuítas em Roma. O raro sexto volume foi reproduzido a partir da cópia da Universidade de Madri.
A letra criada para a Complutense por Arnaldo Guillén de Brocar foi considerada por tipógrafos como Robert Proctor como o ápice do desenvolvimento da tipografia grega naquela época de início das publicações impressas. Antes que a letra criada por Aldus Manutius tomasse conta do mercado pelos próximos dois séculos. Proctor baseou sua criação, a letra Otter Greek na letra da Poliglota. A GFS Complutensian Greek da organização grega Greek Font Society igualmente baseou-se na Poliglota.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADblia_Poliglota_Complutense
Foto: http://tipografos.net/historia/brocar.html
Por volta de 1455, ocorreu uma revolução na maneira de publicar a Bíblia. Johannes Gutenberg usou uma impressora para produzir a primeira Bíblia impressa com tipos móveis. Por fim, a distribuição da Bíblia não se restringia mais ao número limitado de documentos escritos à mão. Ela podia então ser produzida em grandes quantidades e a um custo relativamente baixo. Em pouco tempo, a Bíblia passaria a ser o livro mais amplamente distribuído no mundo.
A Bíblia de Gutenberg era em latim. Mas eruditos europeus logo se deram conta de que precisavam de um texto fidedigno da Bíblia nas línguas originais — hebraico e grego. A Igreja Católica considerava a Vulgata latina a única versão aceitável da Bíblia, mas havia duas grandes desvantagens. No século 16, a maioria das pessoas não entendia latim. Além disso, por um período de mil anos, o texto da Vulgata havia acumulado um grande número de erros de copistas.
Tanto tradutores como eruditos precisavam duma Bíblia nas línguas originais, bem como uma tradução melhor em latim. Em 1502, o cardeal Jiménez de Cisneros, conselheiro político e espiritual de Isabel I da Espanha, decidiu suprir a necessidade com apenas uma publicação. Essa tradução histórica ficou conhecida como a Poliglota Complutense. Cisneros pretendia ter uma Bíblia poliglota, ou multilíngüe, com o melhor texto em hebraico, grego e latim, junto com algumas partes em aramaico. A arte de impressão ainda estava no começo, de modo que essa realização também seria um marco nesse campo.
Cisneros começou a sua enorme tarefa por comprar antigos manuscritos hebraicos, dos quais havia muitos na Espanha. Coletou também diversos manuscritos gregos e latinos. Estes constituiriam a base para o texto poliglota. Cisneros confiou o trabalho de compilação a uma equipe de eruditos, que ele organizou na recém-fundada Universidade de Alcalá de Henares, na Espanha. Entre os eruditos convidados para colaborar estava Erasmo de Roterdã. Mas esse famoso lingüista não aceitou o convite.
Os eruditos levaram dez anos para compilar a obra monumental, e o trabalho de impressão durou mais quatro anos. Havia muitas dificuldades técnicas, visto que as impressoras espanholas não tinham tipos de letras hebraicas, gregas ou aramaicas. De modo que Cisneros recorreu aos serviços de um grande impressor, Arnaldo Guillermo Brocario, a fim de preparar tipos para essas línguas. Por fim, os impressores começaram a produção em 1514. Os seis volumes foram terminados em 10 de julho de 1517, apenas quatro meses antes do falecimento do cardeal. Publicaram-se umas seiscentas cópias da obra completa e isso numa época em que a Inquisição espanhola estava no auge.
I. A composição da obra
Cada página da Poliglota oferecia uma abundância de informações. Nos quatro volumes das Escrituras Hebraicas, o texto da Vulgata estava na coluna central de cada página; o texto hebraico estava na coluna da extremidade; e o texto grego, junto com uma tradução interlinear em latim, na coluna interna. Nas margens aparecia a raiz de muitos termos hebraicos. E na parte inferior de cada página do Pentateuco, os editores incluíram também o Targum de Onkelos (uma paráfrase em aramaico dos primeiros cinco livros da Bíblia) junto com uma tradução em latim.
O quinto volume da Poliglota continha as Escrituras Gregas em duas colunas. Uma tinha o texto grego; e a outra, o texto equivalente em latim, da Vulgata. As palavras correspondentes nos dois textos eram indicadas por meio de letras pequenas, que levavam o leitor para a palavra equivalente em cada coluna. O texto grego da Poliglota foi o primeiro livro completo das Escrituras Gregas, ou do “Novo Testamento”, que foi impresso, seguido pouco depois pela edição preparada por Erasmo.
Os eruditos tiveram tanto cuidado ao revisar o texto do quinto volume, que houve apenas cinqüenta erros de impressão. Por causa de tal cuidado escrupuloso, os críticos modernos consideraram o quinto volume superior ao famoso texto grego de Erasmo. O grande estilo dos caracteres gregos combinou com a beleza simples dos manuscritos unciais mais antigos. R. Proctor declara no seu livro The Printing of Greek in the Fifteenth Century (A Impressão em Grego no Século Quinze): “Cabe à Espanha a honra de ter produzido os tipos na língua grega que são, sem dúvida, os melhores já encontrados.”
O sexto volume da Poliglota continha diversas ajudas para o estudo da Bíblia: um dicionário hebraico e aramaico, a interpretação de nomes gregos, hebraicos e aramaicos, uma gramática hebraica, e um índice em latim para o dicionário. Não é de admirar que a Poliglota Complutense tenha sido considerada um “monumento de arte tipográfica e da ciência das Escrituras”.
Cisneros pretendia que essa obra ‘incentivasse o estudo das Escrituras que até então havia estado adormecido’, mas não queria tornar a Bíblia disponível ao público em geral. Achava que “a Palavra de Deus tinha de estar envolta em mistérios discretos, longe do alcance do homem comum”. Acreditava também que “as Escrituras deviam ficar restritas às três línguas antigas, nas quais Deus permitiu que fossem escritas as palavras que apareciam acima da cabeça do seu Filho crucificado”. Por esse motivo, a Poliglota Complutense não incluía nenhuma tradução em espanhol.
Fonte: http://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/05/poliglota-complutense-part-1.html
http://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/05/poliglota-complutense-part-2.html
O primeiro Novo Testamento Grego foi impresso em 1514 como parte de uma Bíblia Poliglota. Esta Bíblia, planejada em 1502 pelo Cardeal da Espanha, Francisco Ximenes, chama-se Poliglota por trazer os textos hebraico, aramaico, grego e latino. Pelo fato de ter sido impressa na Universidade de Alcalá (nome árabe para o lugar onde estava a Universidade, em latim o nome era Complutum) esta Bíblia recebeu também o nome de Poliglota de Alcalá.
Das 600 coleções que foram impressas, são conhecidas e localizadas hoje 97 delas, estando uma na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
Esta Bíblia é constituída de seis volumes, sendo que os quatro que contêm o Velho Testamento apresentam o texto hebraico massorético, o latim da Vulgata e o grego da Septuaginta. Na parte inferior vem o texto do Targum aramaico de Onkelos, acompanhado de uma tradução latina. O Novo Testamento está no quinto volume, havendo no final deste um índice de nomes próprios, uma gramática da língua grega e um dicionário grego-latino. No sexto volume há um extenso dicionário hebraico-latino e outro pequeno latino hebraico, além de uma gramática hebraica.
Embora fosse o primeiro Novo Testamento impresso, não foi o primeiro a ser vendido, porque para a sua divulgação era necessária uma autorização papal e esta só foi obtida em 1520. Por alguma razão, até hoje não explicada, a Bíblia Poliglota Complutense não circulou antes de 1522.
Não sabemos que manuscritos foram usados pelo Cardeal Ximenes na elaboração desta grande obra. Em sua dedicação ao Papa Leão X, depois de mencionar as dificuldades enfrentadas para obter manuscritos latinos, hebraicos e gregos, Ximenes afirma:
“Pelas cópias gregas somos reconhecidos a Sua Santidade, que muito bondosamente, nos enviou da Biblioteca Apostólica códices mui antigos, tanto do Velho como do Novo Testamento, que nos ajudaram muito nesta empreitada.”
Houve outras poliglotas famosas publicadas em Antuérpia (1569 – 1572) e Paris (1629-1645); porém, a mais notável de todas foi a Poliglota de Londres (1657-1669), publicada por Briam Walton em oito volumes, contendo cada página o texto do Velho Testamento em hebraico, latim da Vulgata, Targum, grego da Septuaginta, siríaco, árabe e Pentateuco Samaritano.
Fonte: História do Texto Biblico, autor Pedro Apolinário
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30 novembro 2010
Hemorroidas ou peste bubonica?
Possivelmente a primeira notícia sobre a peste bubônica seja a narrativa que se encontra na Bíblia sobre a praga que acometeu os filisteus. Estes tomaram dos hebreus a arca do Senhor e foram castigados. "A mão do Senhor veio contra aquela cidade, com uma grande vexação; pois feriu aos homens daquela cidade, desde o pequeno até ao grande e tinham hemorróidas nas partes secretas" (Samuel 1:6.9). Decidiram, então, devolver a arca, com a oferta de 5 ratos de ouro e 5 hemorróidas de ouro. "Fazei, pois, umas imagens das vossas hemorróidas e as imagens dos vossos ratos, que andam destruindo a terra, e dai glória ao Deus de Israel" (Samuel 1:6.5). E os hebreus também foram vitimados pela peste após receberem a arca de volta. "E feriu o Senhor os homens de Bete-Semes, porquanto olharam para dentro da arca do Senhor, até ferir do povo cinqüenta mil e setenta homens; então o povo se entristeceu, porquanto o Senhor fizera grande estrago entre o povo (Samuel 1:6.19).1
É digno de nota o fato de que os povos daquela época já haviam estabelecido ligação entre os ratos e a peste; do contrário, a oferta de expiação não seria constituída de hemorróidas (bubões) e de ratos. Aliás, esta ligação já havia sido referida em textos antigos da medicina hindu (Susruta, 1000 d.C.) 2
A palavra Epholim do texto original hebraico tem o sentido de inchação, tumefação, e poderia referir-se a gânglios enfartados (bubões na região inguinal) e não a uma afecção benigna como as hemorróidas. Os gânglios inflamados ou bubões, que caracterizam a peste é que lhe valeram o nome de peste bubônica.3
Em edições mais recentes da Bíblia, os seus organizadores tiveram o bom senso de trocar "hemorróidas" por "tumores" (A Bíblia Sangrada. Trad. de João Ferreira de Almeida, 4a. edição, revista e atualizada no Brasil. Milwaukee, Spanish Publications, Inc., 1993, p. 302-3).4
1. A Bíblia Sagrada. Trad. de João Ferreira de Almeida, 1981, p. 287-9).
Fonte:http://usuarios.cultura.com.br/jmrezende/epidemias.htm
É digno de nota o fato de que os povos daquela época já haviam estabelecido ligação entre os ratos e a peste; do contrário, a oferta de expiação não seria constituída de hemorróidas (bubões) e de ratos. Aliás, esta ligação já havia sido referida em textos antigos da medicina hindu (Susruta, 1000 d.C.) 2
A palavra Epholim do texto original hebraico tem o sentido de inchação, tumefação, e poderia referir-se a gânglios enfartados (bubões na região inguinal) e não a uma afecção benigna como as hemorróidas. Os gânglios inflamados ou bubões, que caracterizam a peste é que lhe valeram o nome de peste bubônica.3
Em edições mais recentes da Bíblia, os seus organizadores tiveram o bom senso de trocar "hemorróidas" por "tumores" (A Bíblia Sangrada. Trad. de João Ferreira de Almeida, 4a. edição, revista e atualizada no Brasil. Milwaukee, Spanish Publications, Inc., 1993, p. 302-3).4
1. A Bíblia Sagrada. Trad. de João Ferreira de Almeida, 1981, p. 287-9).
Fonte:http://usuarios.cultura.com.br/jmrezende/epidemias.htm
A Bíblia de Genebra - 1560
A Bíblia de Genebra foi produzido pelo Inglês refugiados que se estabeleceram em Genebra para escapar das perseguições da Igreja Católica Romana Queen Mary, na Inglaterra, que reinou de 1553 a 1558.
Genebra foi um bastião do texto bíblico e da atividade de tradução.
Em 1535 o francês Robert Olivetan tradução foi publicada em Genebra. O apoio financeiro para a impressão tinha vindo de igrejas valdenses no norte da Itália (Daniel Lortch, Histoire de la Bíblia Francaise [História do francês Bíblia], p. 105, a partir de uma tradução em Inglês aparecendo em Documentação sobre a Bíblia-Ostervald Olivetan por Curtis Gibson , p. 2).
Em 1556, a Bíblia traduzida para espanhol Juan Pérez de Pineda foi publicado em Genebra.
Genebra foi a casa de Theodore Beza, um dos estudiosos bíblicos de destaque do dia e um editor do grego Recebido do Novo Testamento. Beza, que assumiu o lugar de João Calvino em Genebra, em 1564, publicaram edições do Texto recebido em 1565, 1582, 1588-9 e 1598.
A Bíblia de Genebra, em Inglês foi principalmente o trabalho de William Whittingham, que se casou com Catarina Chauvin, a irmã de João Calvino. Ele era um graduado de Oxford e tinha viajado muito na Europa. Ele se mudou para Genebra em 1555, pouco mais de um ano após a rainha Maria assumiu o trono, e ele se tornou o pastor da congregação Inglês de cerca de 100 membros. A despesa com o projeto de tradução Inglês Genebra foi custeada pelos membros mais ricos da congregação.
Auxiliado por outros dois exilados Inglês, de Anthony Golby e Thomas Sansão, Whittingham concluída a revisão de toda a Bíblia Tyndale, em abril de 1560.
Golby foi educado em Cambridge e hábil em latim, grego e hebraico. Ele era conhecido "por um zelo ardente contra os erros e abominações do papismo, e todos os restos e manchas de reteve na Igreja da Inglaterra" (Alexander McClure, tradutores Revived: Notas biográficas dos tradutores KJV, c. 1850).
Samson (1517-1589) foi educado em Oxford e "foi uma stout protestante e puritano, e um grande estudioso muito" (McClure). Depois que ele voltou para a Inglaterra tornou-se reitor da Igreja de Cristo em Oxford e foi considerado foi dos maiores lingüistas do país. Ele foi preso em 1564 sob a rainha Elizabeth, acusado de não-conformidade.
Whittingham retornou à Inglaterra após a publicação da Bíblia de Genebra e foi o autor de várias versões métricas dos Salmos que ainda são cantadas em igrejas anglicanas.
O Novo Testamento de Genebra foi publicado em 1557, a Bíblia inteira em 1560.
A Bíblia de Genebra foi muitas vezes impressos em tamanhos pequenos, que eram convenientes para uso missionário.
Ela continha muitas notas explicativas, que condenou o catolicismo romano e ensinava doutrinas protestantes. Estas notas são publicados ainda hoje.
Foi a primeira Bíblia inteira Inglês para conter divisões versículo todo. Antes disso, o Inglês Bíblias foram divididos em capítulos e parágrafos. Nas divisões versículo, os tradutores de Genebra seguido Stephanus "a Bíblia latina de 1555, que foi toda a primeira Bíblia em qualquer língua para conter divisões verso.
A Genebra rapidamente se tornou o mais popular Inglês Bíblia e exercia uma influência poderosa durante quase 100 anos, até a sua popularidade diminuiu em favor da King James Version.
A Bíblia de Genebra foi levada para a América pelos primeiros colonos da Inglaterra no século 17.
Ele continuou a ser impresso na Inglaterra até 1617.
Fonte: http://www.wayoflife.org/database/historyofenglishbible.html
Tradução: Google Tradutor
Genebra foi um bastião do texto bíblico e da atividade de tradução.
Em 1535 o francês Robert Olivetan tradução foi publicada em Genebra. O apoio financeiro para a impressão tinha vindo de igrejas valdenses no norte da Itália (Daniel Lortch, Histoire de la Bíblia Francaise [História do francês Bíblia], p. 105, a partir de uma tradução em Inglês aparecendo em Documentação sobre a Bíblia-Ostervald Olivetan por Curtis Gibson , p. 2).
Em 1556, a Bíblia traduzida para espanhol Juan Pérez de Pineda foi publicado em Genebra.
Genebra foi a casa de Theodore Beza, um dos estudiosos bíblicos de destaque do dia e um editor do grego Recebido do Novo Testamento. Beza, que assumiu o lugar de João Calvino em Genebra, em 1564, publicaram edições do Texto recebido em 1565, 1582, 1588-9 e 1598.
A Bíblia de Genebra, em Inglês foi principalmente o trabalho de William Whittingham, que se casou com Catarina Chauvin, a irmã de João Calvino. Ele era um graduado de Oxford e tinha viajado muito na Europa. Ele se mudou para Genebra em 1555, pouco mais de um ano após a rainha Maria assumiu o trono, e ele se tornou o pastor da congregação Inglês de cerca de 100 membros. A despesa com o projeto de tradução Inglês Genebra foi custeada pelos membros mais ricos da congregação.
Auxiliado por outros dois exilados Inglês, de Anthony Golby e Thomas Sansão, Whittingham concluída a revisão de toda a Bíblia Tyndale, em abril de 1560.
Golby foi educado em Cambridge e hábil em latim, grego e hebraico. Ele era conhecido "por um zelo ardente contra os erros e abominações do papismo, e todos os restos e manchas de reteve na Igreja da Inglaterra" (Alexander McClure, tradutores Revived: Notas biográficas dos tradutores KJV, c. 1850).
Samson (1517-1589) foi educado em Oxford e "foi uma stout protestante e puritano, e um grande estudioso muito" (McClure). Depois que ele voltou para a Inglaterra tornou-se reitor da Igreja de Cristo em Oxford e foi considerado foi dos maiores lingüistas do país. Ele foi preso em 1564 sob a rainha Elizabeth, acusado de não-conformidade.
Whittingham retornou à Inglaterra após a publicação da Bíblia de Genebra e foi o autor de várias versões métricas dos Salmos que ainda são cantadas em igrejas anglicanas.
O Novo Testamento de Genebra foi publicado em 1557, a Bíblia inteira em 1560.
A Bíblia de Genebra foi muitas vezes impressos em tamanhos pequenos, que eram convenientes para uso missionário.
Ela continha muitas notas explicativas, que condenou o catolicismo romano e ensinava doutrinas protestantes. Estas notas são publicados ainda hoje.
Foi a primeira Bíblia inteira Inglês para conter divisões versículo todo. Antes disso, o Inglês Bíblias foram divididos em capítulos e parágrafos. Nas divisões versículo, os tradutores de Genebra seguido Stephanus "a Bíblia latina de 1555, que foi toda a primeira Bíblia em qualquer língua para conter divisões verso.
A Genebra rapidamente se tornou o mais popular Inglês Bíblia e exercia uma influência poderosa durante quase 100 anos, até a sua popularidade diminuiu em favor da King James Version.
A Bíblia de Genebra foi levada para a América pelos primeiros colonos da Inglaterra no século 17.
Ele continuou a ser impresso na Inglaterra até 1617.
Fonte: http://www.wayoflife.org/database/historyofenglishbible.html
Tradução: Google Tradutor
29 novembro 2010
A Bíblia de Estienne
Jerónimo tinha traduzido a Bíblia dos originais hebraico e grego, mas, nos dias de Estienne, a Vulgata já existia por mil anos. Muitos erros e adulterações haviam sido introduzido em resultado das sucessivas transcrições da Vulgata. Além disso, durante a Idade Média, haviam sido acrescentadas ao texto da Vulgata, várias lendas medievais, passagens parafraseadas e interpolações espúrias. Estas haviam ficado tão misturadas com o texto , que começavam já a ser aceitas como parte dos escritos considerados sagrados.
Para eliminar o que não era original, Estienne aplicou os métodos da crítica textual, usados no estudo da literatura clássica. Recorreu aos melhores e mais antigos manuscritos que existiam. Pesquisou detalhadamente nas bibliotecas de Paris e arredores. Em localidades tais como Évreux e Soissons, Estienne descobriu diversos manuscritos antigos, um deles aparentemente do Século VI.
Estienne comparou cuidadosamente os diversos textos latinos, passagem por passagem, escolhendo apenas a que parecia ser mais autêntica. A obra resultante, a Bíblia de Estienne, foi primeiro publicada em 1528 e foi um passo significativo para o refinamento textual da Bíblia. Seguiram-se edições aprimoradas por Estienne. Outros, antes dele, já haviam tentado corrigir a Vulgata, mas a edição publicada por Estienne foi a primeira a incluir informação crítica. Estienne indicava nas margens onde havia omitido certas passagens duvidosas ou onde era possível haver mais de uma versão. Ele também anotou como fonte os manuscritos que autorizavam as correcções que resolveu introduzir.
Estienne introduziu também muitas outras particularidades bastante inovadoras para o Século XVI. Ele fez distinção entre os chamados livros apócrifos e os considerados canónicos. Colocou o livro de Actos dos Apóstolos depois dos Evangelhos e antes das cartas do Apóstolo Paulo. No alto de cada página incluiu algumas palavras-chave para ajudar o leitor a localizar passagens específicas. Este foi o mais antigo exemplo do que hoje se chama títulos corridos. Em vez de usar os caracteres góticos, complexos, originários da Alemanha, Estienne foi um dos primeiros a imprimir a Bíblia inteira em fontes romanas, mais finas de mais fácil leitura, hoje de uso comum. Ele forneceu também muitas remissões recíprocas e notas filológicas para ajudar a esclarecer certas passagens bíblicas.
Muitos nobres e prelados apreciavam a Bíblia de Estienne, porque era melhor do que qualquer outra edição impressa da Vulgata. Em matéria de beleza e utilidade, a sua edição tornou-se padrão e foi rapidamente imitada por toda a Europa.
Robert Estienne (Paris, 1503 – Genebra, 7 de Setembro de 1559), também conhecido pelo nome latinizado Roberto Estéfano ou Stephanus, foi um tipógrafo ou impressor parisiense do Século XVI, especialmente conhecido por ter sido o primeiro a imprimir a Bíblia com a inclusão de capítulos e versículos numerados.
Para eliminar o que não era original, Estienne aplicou os métodos da crítica textual, usados no estudo da literatura clássica. Recorreu aos melhores e mais antigos manuscritos que existiam. Pesquisou detalhadamente nas bibliotecas de Paris e arredores. Em localidades tais como Évreux e Soissons, Estienne descobriu diversos manuscritos antigos, um deles aparentemente do Século VI.
Estienne comparou cuidadosamente os diversos textos latinos, passagem por passagem, escolhendo apenas a que parecia ser mais autêntica. A obra resultante, a Bíblia de Estienne, foi primeiro publicada em 1528 e foi um passo significativo para o refinamento textual da Bíblia. Seguiram-se edições aprimoradas por Estienne. Outros, antes dele, já haviam tentado corrigir a Vulgata, mas a edição publicada por Estienne foi a primeira a incluir informação crítica. Estienne indicava nas margens onde havia omitido certas passagens duvidosas ou onde era possível haver mais de uma versão. Ele também anotou como fonte os manuscritos que autorizavam as correcções que resolveu introduzir.
Estienne introduziu também muitas outras particularidades bastante inovadoras para o Século XVI. Ele fez distinção entre os chamados livros apócrifos e os considerados canónicos. Colocou o livro de Actos dos Apóstolos depois dos Evangelhos e antes das cartas do Apóstolo Paulo. No alto de cada página incluiu algumas palavras-chave para ajudar o leitor a localizar passagens específicas. Este foi o mais antigo exemplo do que hoje se chama títulos corridos. Em vez de usar os caracteres góticos, complexos, originários da Alemanha, Estienne foi um dos primeiros a imprimir a Bíblia inteira em fontes romanas, mais finas de mais fácil leitura, hoje de uso comum. Ele forneceu também muitas remissões recíprocas e notas filológicas para ajudar a esclarecer certas passagens bíblicas.
Muitos nobres e prelados apreciavam a Bíblia de Estienne, porque era melhor do que qualquer outra edição impressa da Vulgata. Em matéria de beleza e utilidade, a sua edição tornou-se padrão e foi rapidamente imitada por toda a Europa.
Robert Estienne (Paris, 1503 – Genebra, 7 de Setembro de 1559), também conhecido pelo nome latinizado Roberto Estéfano ou Stephanus, foi um tipógrafo ou impressor parisiense do Século XVI, especialmente conhecido por ter sido o primeiro a imprimir a Bíblia com a inclusão de capítulos e versículos numerados.
A Biblia de Tyndale
William Tyndale (por vezes apelidado de Tindall ou Tyndall; Gloucestershire, Inglaterra, c. 1484 - perto de Bruxelas, Bélgica, 6 de Outubro de 1536) foi um pastor protestante e um académico inglês, formado mestre em Artes na Universidade de Oxford, que traduziu a Bíblia para uma versão inicial do moderno inglês. o seu objetivo era fazer o Novo Testamento um livro tal que "todo menino de arado" pudesse lê-lo e se tornasse mais conhecedor das Escrituras que o próprio clero. Apesar de numerosas traduções para inglês, parciais ou completas, terem sido feitas a partir do século VII, a Bíblia de Tyndale foi a primeira a beneficiar da imprensa, o que permitiu uma ampla distribuição.
Tyndale estudou as escrituras e começou a defender as teses da Reforma Protestante, muitas das quais eram consideradas heréticas, primeiro pela Igreja Católica e depois pela própria Igreja Anglicana. As traduções de Tyndale foram banidas pelas autoridade e o próprio Tyndale foi queimado na fogueira em 1536 em Vilvoorden (10 kms a nordeste de Bruxelas), Bélgica, sob a instigação de agentes de Henrique VIII e a Igreja Anglicana. Suas últimas palavras foram, "Senhor, abre os olhos ao rei da Inglaterra".
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Tyndale
Tyndale estudou as escrituras e começou a defender as teses da Reforma Protestante, muitas das quais eram consideradas heréticas, primeiro pela Igreja Católica e depois pela própria Igreja Anglicana. As traduções de Tyndale foram banidas pelas autoridade e o próprio Tyndale foi queimado na fogueira em 1536 em Vilvoorden (10 kms a nordeste de Bruxelas), Bélgica, sob a instigação de agentes de Henrique VIII e a Igreja Anglicana. Suas últimas palavras foram, "Senhor, abre os olhos ao rei da Inglaterra".
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Tyndale
Biblia de Erasmo - Textus Receptus
Textus Receptus (em latim "texto recebido") é o nome subsequentemente dado por Bonaventura Elzevir à série de impressões, em grego, do Novo Testamento que serviu de base para a Bíblia Luther, a Bíblia Rei James e para a maioria das traduções do Novo Testamento da reforma protestante, inclusive a tradução portuguesa por João Ferreira de Almeida.
A série que iniciou com a primeira impressão publicada do Novo Testamento em Grego, foi organizada pelo filósofo e humanista Erasmo de Roterdã em 1516. Sob pressão do seu editor, que queria que a obra fosse publicada antes da Bíblia Poliglota Complutense, Erasmo criou o Textus Receptus a partir de cerca de seis manuscritos, que não continham no seu total a completude do Novo Testamento. Dentre estes manuscritos datados do século XII ou posteriores, apenas um não era do estilo Bizantino, apesar disso a obra de Erasmo possui várias diferenças marcantes em relação à versão clássica deste texto, a de Hodges e Farstad.
Origem
A primeira edição de Erasmo foi criada apressadamente, pois seu editor Johann Froben queria se antecipar à versão em grego do Novo Testamento que estava sendo elaborada na Espanha, como parte do grande projeto da Bíblia Poliglota Complutense. Erros tipográficos, atribuídos à pressa em completar o trabalho, eram abundantes no texto publicado. Erasmo também não possuía uma versão completa do Apocalipse de João e foi forçado a traduzir para o grego seis versos da Vulgata em latim. Erasmo alterou o texto grego em vários locais para que correspondesse ao texto da Vulgata ou às citações dos Pais da Igreja, em consequência disso, apesar do Textus Receptus ser classificado como um texto Bizantino ele possui várias diferenças marcantes em relação à versão clássica de Hodges e Farstad.
A edição, que contava com um acordo de exclusividade por quatro anos do Maximiliano I, Sacro Imperador Romano-Germânico e Papa Leão X foi um sucesso comercial, sendo reimpressa por Erasmo em 1519 com a maioria dos erros tipográficos corrigidos.
Erasmo vinha estudando manuscritos do Novo Testamento em Grego por vários anos, na Holanda, França, Inglaterra e Suíça, notando suas diversas variantes, mas na época da feitura do Textus Receptus possuía apenas seis manuscritos à sua disposição.[1] Todos eles eram do século XII ou mais novos, sendo apenas um fora da corrente Bizantina. Consequentemente, a maioria dos estudiosos modernos considera seu texto de qualidade dúbia.[2]
Na terceira edição, de 1522, Erasmo incluiu o Comma Johanneum porque um único manuscrito continha este trecho, apesar disso Erasmo expressou dúvida sobre a autenticidade da passagem em suas anotações. A demanda popular pelo Novo Testamento em Grego gerou uma série de edições autorizadas e não-autorizadas baseadas em seu trabalho, incorporando sua versão do Novo Testamento, embora tipicamente incluindo várias alterações particulares. São também denominadas Textus Receptus as reimpressões de Estéfano em 1546; Beza em 1598 e também a dos irmãos Elzevir em 1633.
Nome
O nome "Textus Receptus" provém do prefácio da edição de 1633 (dos irmãos Bonnaventura e Abraão Elzevir) que diz: Textum ergo habes nunc ab omnibus receptum, in quo nihil immutatum aut corruptum damus (Tens, portanto, o texto agora recebido por todos, no qual nada oferecemos de alterado ou corrupto). As palavras "textum" e "receptum" foram utilizadas no caso nominativo para formar "Textus Receptus".
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Textus_Receptus
A série que iniciou com a primeira impressão publicada do Novo Testamento em Grego, foi organizada pelo filósofo e humanista Erasmo de Roterdã em 1516. Sob pressão do seu editor, que queria que a obra fosse publicada antes da Bíblia Poliglota Complutense, Erasmo criou o Textus Receptus a partir de cerca de seis manuscritos, que não continham no seu total a completude do Novo Testamento. Dentre estes manuscritos datados do século XII ou posteriores, apenas um não era do estilo Bizantino, apesar disso a obra de Erasmo possui várias diferenças marcantes em relação à versão clássica deste texto, a de Hodges e Farstad.
Origem
A primeira edição de Erasmo foi criada apressadamente, pois seu editor Johann Froben queria se antecipar à versão em grego do Novo Testamento que estava sendo elaborada na Espanha, como parte do grande projeto da Bíblia Poliglota Complutense. Erros tipográficos, atribuídos à pressa em completar o trabalho, eram abundantes no texto publicado. Erasmo também não possuía uma versão completa do Apocalipse de João e foi forçado a traduzir para o grego seis versos da Vulgata em latim. Erasmo alterou o texto grego em vários locais para que correspondesse ao texto da Vulgata ou às citações dos Pais da Igreja, em consequência disso, apesar do Textus Receptus ser classificado como um texto Bizantino ele possui várias diferenças marcantes em relação à versão clássica de Hodges e Farstad.
A edição, que contava com um acordo de exclusividade por quatro anos do Maximiliano I, Sacro Imperador Romano-Germânico e Papa Leão X foi um sucesso comercial, sendo reimpressa por Erasmo em 1519 com a maioria dos erros tipográficos corrigidos.
Erasmo vinha estudando manuscritos do Novo Testamento em Grego por vários anos, na Holanda, França, Inglaterra e Suíça, notando suas diversas variantes, mas na época da feitura do Textus Receptus possuía apenas seis manuscritos à sua disposição.[1] Todos eles eram do século XII ou mais novos, sendo apenas um fora da corrente Bizantina. Consequentemente, a maioria dos estudiosos modernos considera seu texto de qualidade dúbia.[2]
Na terceira edição, de 1522, Erasmo incluiu o Comma Johanneum porque um único manuscrito continha este trecho, apesar disso Erasmo expressou dúvida sobre a autenticidade da passagem em suas anotações. A demanda popular pelo Novo Testamento em Grego gerou uma série de edições autorizadas e não-autorizadas baseadas em seu trabalho, incorporando sua versão do Novo Testamento, embora tipicamente incluindo várias alterações particulares. São também denominadas Textus Receptus as reimpressões de Estéfano em 1546; Beza em 1598 e também a dos irmãos Elzevir em 1633.
Nome
O nome "Textus Receptus" provém do prefácio da edição de 1633 (dos irmãos Bonnaventura e Abraão Elzevir) que diz: Textum ergo habes nunc ab omnibus receptum, in quo nihil immutatum aut corruptum damus (Tens, portanto, o texto agora recebido por todos, no qual nada oferecemos de alterado ou corrupto). As palavras "textum" e "receptum" foram utilizadas no caso nominativo para formar "Textus Receptus".
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Textus_Receptus
Bíblia Hebraica
O termo Bíblia Hebraica (em hebraico: תנ"ך, transl. Tanakh) é uma referência genérica para descrever livros da Bíblia escritos originalmente no hebraico bíblico (e no aramaico bíblico). O termo engloba os conteúdos do Tanakh judaico e do Velho Testamento protestante, sem incluir, no entanto, os livros deuterocanônicos das escrituras católicas, ou as partes Anagignoskomena do Velho Testamento ortodoxo. O termo não implica a padronização dos nomes, números ou ordem dos livros, que variam de acordo com a religião.
Versões da Bíblia em hebraico
Bíblia Hebraica pode se referir a versões da Bíblia na língua hebraica, como:
O hebraísta Rudolf Kittel publicou na Alemanha, duas edições de Bíblia Hebraica, sendo a primeira em 1906 e a segunda com pequenas revisões em 1913.
A segunda edição tem sido reimpressa diversas vezes. Ambas as edições reproduziram o texto hebraico, editado por Mikraot Gedolot e publicado por Daniel Bomberg em Veneza, no ano de 1524.
Estas edições não incluíram as notas massoréticas, embora a edição do Bomberg as tivessem. Sua característica principal são suas notas de rodapé que gravam correções possíveis ao texto hebraico.
São também baseadas no Pentateuco Samaritano e em traduções conceituadas da Bíblia, como a Septuaginta, Vulgata e Peshitta. Assim, usou-se o texto geralmente aceito e preparado por Jacob ben Chayyim como base.
Mais tarde, quando tornaram-se disponíveis os textos massoréticos de Ben Asher, como o do Códice de Leningrado, textos que são bem mais antigos e superiores, sendo padronizados por volta do século XX EC, Kittel passou produzir uma terceira edição da Bíblia Hebraica, que teve um texto hebraico ligeiramente diferente e algumas notas de rodapé completamente revisadas. Esta obra foi concluída por seus associados, após a sua morte. Foi a primeira vez que uma Bíblia reproduziu o texto do Códice de Leningrado. Os créditos pela idéia de usar o códice, cabem a Paul Kahle.[1]
Esta revisão apareceu nas edições, de 1929 a 1937, sendo que a primeira edição em um só volume foi em 1937; Depois disso foi reimpresso muitas vezes, incluindo as mais antigas edições que gravam variantes no livro de Isaías e do livro de Habacuque nos Pergaminhos do Mar Morto. Reproduz exatamente as notas massoreticas do códice, sem as editar. Quanto à referência, a Bíblia Hebraica de Kittel é geralmente abreviado BH, ou BHK (K para Kittel). Quanto a edições específicas para consultas, usa-se BH1, BH2 e BH3[2].
A Bíblia Hebraica Stuttgartensia, ou BHS, é uma edição da bíblia do Texto Massorético da Bíblia Hebraica no idioma Hebraico, totalmente baseada no Códice de Leningrado publicada pela Sociedade Bíblica Alemã Deutsche Bibelgesellschaft em Stuttgart.
É amplamente vista tanto pelo judaísmo como pelo cristianismo, como uma edição confiável das Escrituras em Hebraico e Aramaico (tanak na terminologia judia ou Antigo Testamento na terminologia cristã), e tem sido em muito, a mais usada por eruditos do texto mestre na língua original, tanto para pesquisas como para base de traduções em outros idiomas. Também tornou-se a edição mais usada em escolas bíblicas.
Atualmente usa-se uma revisão da terceira edição da Bíblia Hebraica editada por Rudolf Kittel, sendo que a primeira foi baseada no Códice de Leningrado. As notas de rodapé das páginas tem sido totalmente revisadas. Originalmente estas notas foram acrescentadas aos poucos desde 1968 a 1976, chegando a ser um só volume em 1977; Desde então sendo reimpressa muitas vezes.
O texto usado é uma cópia exata, salvo pequenos erros, do Texto Massorético assim como está registrado no Códice de Leningrado. A única pequena diferença está no Livro das Crônicas, o qual precede aos Salmos, este foi movido para o fim, assim como também ocorre com outros livros bíblicos. O Livro de Jó, precede ao Livro dos Provérbios, assim como o acontece com todas as outras bíblias hebraicas.
Em suas margens, possuem as notas massoréticas. Estas estão baseadas no códice massorético, mas foram reeditadas a fim de se tornarem mais fáceis de entender. Mesmo assim, alguns livros tem sido escritos, explicando estas notas.
As notas ao pé da página registram possíveis correções ao texto. Muitas destas estão baseadas no Pentateuco samaritano, nos Pergaminhos do Mar Morto, e em antigas traduções bíblicas tais como a Septuaginta, a Vulgata e a Peshitta.
Versões da Bíblia em hebraico
Bíblia Hebraica pode se referir a versões da Bíblia na língua hebraica, como:
- Bíblia Hebraica de Rudolf Kittel
- Bíblia Hebraica Stuttgartensia
Foto 1 |
Foto 2 |
Bíblia Hebraica Stuttgartensia
Foto 3 |
A Bíblia Hebraica Stuttgartensia, ou BHS, é uma edição da bíblia do Texto Massorético da Bíblia Hebraica no idioma Hebraico, totalmente baseada no Códice de Leningrado publicada pela Sociedade Bíblica Alemã Deutsche Bibelgesellschaft em Stuttgart.
É amplamente vista tanto pelo judaísmo como pelo cristianismo, como uma edição confiável das Escrituras em Hebraico e Aramaico (tanak na terminologia judia ou Antigo Testamento na terminologia cristã), e tem sido em muito, a mais usada por eruditos do texto mestre na língua original, tanto para pesquisas como para base de traduções em outros idiomas. Também tornou-se a edição mais usada em escolas bíblicas.
Atualmente usa-se uma revisão da terceira edição da Bíblia Hebraica editada por Rudolf Kittel, sendo que a primeira foi baseada no Códice de Leningrado. As notas de rodapé das páginas tem sido totalmente revisadas. Originalmente estas notas foram acrescentadas aos poucos desde 1968 a 1976, chegando a ser um só volume em 1977; Desde então sendo reimpressa muitas vezes.
O texto usado é uma cópia exata, salvo pequenos erros, do Texto Massorético assim como está registrado no Códice de Leningrado. A única pequena diferença está no Livro das Crônicas, o qual precede aos Salmos, este foi movido para o fim, assim como também ocorre com outros livros bíblicos. O Livro de Jó, precede ao Livro dos Provérbios, assim como o acontece com todas as outras bíblias hebraicas.
Em suas margens, possuem as notas massoréticas. Estas estão baseadas no códice massorético, mas foram reeditadas a fim de se tornarem mais fáceis de entender. Mesmo assim, alguns livros tem sido escritos, explicando estas notas.
As notas ao pé da página registram possíveis correções ao texto. Muitas destas estão baseadas no Pentateuco samaritano, nos Pergaminhos do Mar Morto, e em antigas traduções bíblicas tais como a Septuaginta, a Vulgata e a Peshitta.
Bíblia Hebraica Stuttgartensia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bhs
Biblia - Versão Gotica
A Bíblia Gótica ou Bíblia de Wulfila é a Bíblia Cristã traduzida por Wulfila para a língua gótica falada pelos Germânicos Orientais ou pelas Tribos dos Godos.
Tal tradução consiste de um compilado de manuscritos dos século VI a VIII contendo uma grande parte do Novo Testamento e algumas partes do Velho escritos quase na sua maioria na Itália. Estes escritos são chamados de o Cordex Argenteus, que é conservado em Uppsala; o Codex Ambrosianus A até o Codex Ambrosianus E que contêm as espítolas Skeireins (são escritos muitos longos e muito importantes na composição dessa tradução aqui estudada) e Neemias 5-7; O Codex Carolinus (Romanos 11-14), o Codex Vaticanus Latinus 5750 (Skeireins), O Codex Gissensis (fragmentos do Evangelho de Lucas) e o Fragmento Pannonica, fragmentos de 1 mm de grossura em mental de prata e com versículos do Evangelho de João.
Sua história se resume basicamente assim: durante o século III, os Godos viviam na fronteira nordeste do Império Romano, onde hoje é a Ucrânia, Bulgária e Romênia. Durante o século IV, os Godos foram convertidos ao Cristianismo, em grande parte, pelos esforços do Bispo Wulfila, que inventou o alfabeto gótico e traduziu a Bíblia para a língua gótica em Nicopolis ad Istrum no norte da Bulgária de hoje. Partes desta tradução sobreviveram permitindo que o texto escrito fosse preservado preservando também a língua Gótica.
Os cristãos góticos se diferiam da doutrina Católica quanto a divindade de Jesus. Na crença dos cristãos góticos, Jesus era de uma criação menor do que Deus. Os Godos rejeitavam a fé na Santíssima Trindade ou em um Deus dito Trino.
A Bíblia de Wulfila, embora fragmentada, é o único documento em uma língua Germânica oriental antiga, pois os outros textos são muito limitados, exceto talves o Skeireins, sua significância, para o estudo destas línguas, pode dificilmente ser exagerada.
Texto da Oração do Senhor, o Pai-Nosso, que se encontra na Bíblia Gótica ou Bíblia de Wulfila
Fonte: http://biblicvs.carissimus.com/Trb/BibliaGotica.htm
Tal tradução consiste de um compilado de manuscritos dos século VI a VIII contendo uma grande parte do Novo Testamento e algumas partes do Velho escritos quase na sua maioria na Itália. Estes escritos são chamados de o Cordex Argenteus, que é conservado em Uppsala; o Codex Ambrosianus A até o Codex Ambrosianus E que contêm as espítolas Skeireins (são escritos muitos longos e muito importantes na composição dessa tradução aqui estudada) e Neemias 5-7; O Codex Carolinus (Romanos 11-14), o Codex Vaticanus Latinus 5750 (Skeireins), O Codex Gissensis (fragmentos do Evangelho de Lucas) e o Fragmento Pannonica, fragmentos de 1 mm de grossura em mental de prata e com versículos do Evangelho de João.
Sua história se resume basicamente assim: durante o século III, os Godos viviam na fronteira nordeste do Império Romano, onde hoje é a Ucrânia, Bulgária e Romênia. Durante o século IV, os Godos foram convertidos ao Cristianismo, em grande parte, pelos esforços do Bispo Wulfila, que inventou o alfabeto gótico e traduziu a Bíblia para a língua gótica em Nicopolis ad Istrum no norte da Bulgária de hoje. Partes desta tradução sobreviveram permitindo que o texto escrito fosse preservado preservando também a língua Gótica.
Os cristãos góticos se diferiam da doutrina Católica quanto a divindade de Jesus. Na crença dos cristãos góticos, Jesus era de uma criação menor do que Deus. Os Godos rejeitavam a fé na Santíssima Trindade ou em um Deus dito Trino.
A Bíblia de Wulfila, embora fragmentada, é o único documento em uma língua Germânica oriental antiga, pois os outros textos são muito limitados, exceto talves o Skeireins, sua significância, para o estudo destas línguas, pode dificilmente ser exagerada.
Texto da Oração do Senhor, o Pai-Nosso, que se encontra na Bíblia Gótica ou Bíblia de Wulfila
atta unsar þu in himinam,
weihnai namo þein.
qimai þiudinassus þeins.
wairþai wilja þeins,
swe in himina jah ana airþai.
hlaif unsarana þana sinteinan gif uns himma daga.
jah aflet uns þatei skulans sijaima,
swaswe jah weis afletam þaim skulam unsaraim.
jah ni briggais uns in fraistubnjai,
ak lausei uns af þamma ubilin;
unte þeina ist þiudangardi jah mahts jah wulþus in aiwins.
amen.
Tradução deste texto: Jhúnior Cazetta
Fonte: http://biblicvs.carissimus.com/Trb/BibliaGotica.htm
Biblia Diatesseron
É a mais importante Harmonia Evangélica, criada por Tatiano, um apologista e asceta dentre os primeiros cristãos[1]. O termo "diatessarão" em português advém diretamente do latim diatessarōn ("composto por quatro [ingredientes]") e que, por sua vez, derivou do grego διὰ τεσσάρων (dia tessarōn), cujo significado é: διά - dia ("em intervalos de") e tessarōn (genitivo de τέσσαρες, tessares - "quatro"). Tatiano combinou os quatro evangelhos - Mateus, Marcos, Lucas e João - em uma única narrativa. O nome siríaco para esta harmonia é 'ܐܘܢܓܠܝܘܢ ܕܡܚܠܛܐ' (Ewangeliyôn Damhalltê), que significa 'Evangelho dos Misturados', enquanto temos o 'ܐܘܢܓܠܝܘܢ ܕܡܦܪܫܐ' (Evangelion de Mepharreshe), que significa 'Evangelho dos Separados'.
A harmonia de Tatiano segue os evangelhos bem de perto no texto, mas os coloca numa sequência nova, diferente. Como em outras harmonias, o Diatessarão resolve as aparentes discrepâncias e contradições entre os quatro evangelhos individuais. Tatiano também omitiu as genealogias presentes em Mateus e em Lucas. Com o objetivo de incluir todo o material canônico, Tatiano criou sua própria sequência narrativa, diferente tanto da sequência dos Evangelhos sinóticos quanto da encontrada em João e também omitiu duplicações, especialmente entre os sinóticos. A harmonia ainda omite o encontro de Jesus com a adúltera (Perícopa da Adúltera - João 7:53 até João 8:11), uma passagem que alguns consideram não ser originalmente parte do texto de João[2]. Assim, apenas 56 versículos dos Evangelhos canônicos não tem uma contraparte no Diatessarão, o que deixa o texto completo com aproximadamente 74% do comprimento total dos quatro evangelhos juntos [3].
Durante os primeiros anos do Cristianismo, os evangelhos primeiro circularam de forma independente, sendo o de Mateus o mais popular [4]. O Diatessarão é uma notável evidência da considerável autoridade que os quatro evangelhos canônicos tinham já na segunda metade do século II dC[5]. Vinte anos após a harmonia de Tatiano, Ireneu expressamente proclamou a autoridade formal dos quatro evangelhos. O Diatessarão se tornou a versão padrão dos evangelhos em algumas igrejas siríacas até pelo menos o quinto século, quando cedeu espaço para as versões independentes[5], na versão da bíblia chamada Peshitta.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Diatessar%C3%A3o
Foto: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.thomasevangelie.nl/gesch28.jpg&imgrefurl=http://www.thomasevangelie.nl/gesch11.htm&usg=__YbFNyjejhre394jAxAScPwK601o=&h=297&w=254&sz=30&hl=pt-br&start=38&zoom=1&tbnid=U54kwG8OX7tG6M:&tbnh=125&tbnw=106&prev=/images%3Fq%3Ddiatesseron%26hl%3Dpt-br%26biw%3D1020%26bih%3D567%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1&itbs=1&iact=rc&dur=266&ei=pending&oei=TUv0TJzAKoT48Aai-PG4Cg&esq=2&page=3&ndsp=15&ved=1t:429,r:9,s:38&tx=51&ty=88
A harmonia de Tatiano segue os evangelhos bem de perto no texto, mas os coloca numa sequência nova, diferente. Como em outras harmonias, o Diatessarão resolve as aparentes discrepâncias e contradições entre os quatro evangelhos individuais. Tatiano também omitiu as genealogias presentes em Mateus e em Lucas. Com o objetivo de incluir todo o material canônico, Tatiano criou sua própria sequência narrativa, diferente tanto da sequência dos Evangelhos sinóticos quanto da encontrada em João e também omitiu duplicações, especialmente entre os sinóticos. A harmonia ainda omite o encontro de Jesus com a adúltera (Perícopa da Adúltera - João 7:53 até João 8:11), uma passagem que alguns consideram não ser originalmente parte do texto de João[2]. Assim, apenas 56 versículos dos Evangelhos canônicos não tem uma contraparte no Diatessarão, o que deixa o texto completo com aproximadamente 74% do comprimento total dos quatro evangelhos juntos [3].
Durante os primeiros anos do Cristianismo, os evangelhos primeiro circularam de forma independente, sendo o de Mateus o mais popular [4]. O Diatessarão é uma notável evidência da considerável autoridade que os quatro evangelhos canônicos tinham já na segunda metade do século II dC[5]. Vinte anos após a harmonia de Tatiano, Ireneu expressamente proclamou a autoridade formal dos quatro evangelhos. O Diatessarão se tornou a versão padrão dos evangelhos em algumas igrejas siríacas até pelo menos o quinto século, quando cedeu espaço para as versões independentes[5], na versão da bíblia chamada Peshitta.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Diatessar%C3%A3o
Foto: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.thomasevangelie.nl/gesch28.jpg&imgrefurl=http://www.thomasevangelie.nl/gesch11.htm&usg=__YbFNyjejhre394jAxAScPwK601o=&h=297&w=254&sz=30&hl=pt-br&start=38&zoom=1&tbnid=U54kwG8OX7tG6M:&tbnh=125&tbnw=106&prev=/images%3Fq%3Ddiatesseron%26hl%3Dpt-br%26biw%3D1020%26bih%3D567%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1&itbs=1&iact=rc&dur=266&ei=pending&oei=TUv0TJzAKoT48Aai-PG4Cg&esq=2&page=3&ndsp=15&ved=1t:429,r:9,s:38&tx=51&ty=88
Biblia Antiga Latina - escrita em 157 D.C
Latina Antiga, dos Valdenses (do Vale de Vaudois, Norte da Itália, aos pés dos Alpes, traduzida ao redor do ano 157 d.C.);
As principais traduções antigas da Bíblia para o Latim são: (a) A Antiga Latina (que era chamada de Vulgata [significando a língua vulgar, usual, do povo], antes de Jerônimo e do Romanismo roubarem este nome); (b) a Ítala; e (c) a Vulgata de Jerônimo. Esta última é bem posterior e tem muita da má influência de Alexandria (embora ainda esteja mais perto do TR do que do TC, do Vaticanus e do Sinaiticus!).
- Não é muito claro se a Antiga Latina e a Ítala realmente nasceram distintas ou se são variações da mesma tradução original.
- Também não é totalmente claro se a Antiga Latina (e, também, a Ítala) é uma só versão ou se é um número de versões.
- Nem se o texto da Antiga Latina do Norte da África foi independente daquele da Europa.
- Antiga Latina: alguns historiadores e outras fontes põem sua tradução em cerca do ano 157. Tertuliano testifica de muitas cópias de uma tradução COMPLETA da Bíblia para o Latim, circulando por todo o Norte da África, no ano 190.
- Tradutor desconhecido, empreendimento não organizado, local indeterminado (mais provavelmente o Norte da África).
- É muito, muito literalista.
- Resultou de um esforço ESPONTÂNEO de tradução, por crente(s) individual ou por alguma(s) igreja local - independente - autônoma - soberana, ao invés de ser uma imposição OFICIAL de uma mega organização centralizada, como o seriam a Vulgata de Jerônimo e todas as Bíblias Alexandrinas.
(Nenhum fruto prestou quando veio da árvore de "um grande esforço das maiores organizações religiosas, unidas com o cândido objetivo de revisar a Bíblia da Reforma", pois este "revisar" incluiu revisar o texto em que ela se baseou! Começando por Col 1:14, 1Tim 3:16 e 1Jo 5:7-8, faça as seguintes comparações:
. Em grego, contraste os NT coligidos por Erasmus (3a edição em diante) contra os da United Bible Society;
. Em inglês, contraste a Bíblia de Tyndale 1525 [a KJV1611 é o "polimento final" dela] contra a English Revised Version 1881, encomendada pela Southern Convocation of the Church of England (a primeira revisão das Bíblias da Reforma!);
. Em alemão, contraste a Bíblia de Lutero 1522 contra a Hoffnung fur Alle, da International Bible Society;
. Em espanhol, contraste a Bíblia de Cassiodoro de Reyna 1569 contra a Nueva Versión Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional;
. Em italiano, contraste a Bíblia de Diodati 1607 contra Il NT in Lingua Moderna, da International Bible Society;
. Em francês, contraste a Bíblia de Lefevre y Olivetan 1534 contra a Bible de Semeur, da International Bible Society;
. Em português, contraste a Bíblia de João F. de Almeida [a ACF é ela na gramática de hoje] contra ... vocês sabem!).
- Atenção:
a) As primeiras cópias da Antiga Latina (e todas as cópias usadas pelos Valdenses do indomável vale de Vaudois, ao Norte da Itália, aos pés dos Alpes, desde os anos 157, passando pelo reavivamento de 1170 até a destruição pouco antes da Reforma) NÃO tinham os Apócrifa e eram 100% baseadas em manuscritos gregos dos anos 1** (que não sobreviveram mas que, inegavelmente, à luz da tradução para o Latim, têm que ter sido basicamente iguais ao texto dos manuscritos Bizantinos que nos chegaram às mãos).
b) Mas algumas cópias posteriores da Antiga Latina tiveram acrescentados os Apócrifa e tiveram algumas adulterações, tudo introduzido por admiradores dos hereges Orígenes e Agostinho. Cuidado!
- Apesar dos esforços Romanistas de liquidar a Antiga Latina e de impor a Vulgata de Jerônimo, a primeira estava constantemente reaparecendo e sendo trazida de volta à Europa. Além dos Valdenses, também os Albingenses recusaram totalmente a Bíblia de Jerônimo, aferraram-se à Antiga Latina, foram independentes de Roma, e, por tudo isto, foram considerados hereges, foram caluniados, perseguidos, e exterminados.
- A Antiga Latina tem cerca de 35 manuscritos-cópia sobreviventes, sendo os mais velhos de 3** e os mais novos de 12**. - A análise deles mostra que a Antiga Latina (na forma original e intocada) sustentou maravilhosamente o TR.
Fontes: http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-Traducoes/Ha2TiposBibGravDiferenc-Curto.htm
http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-Traducoes/1asTraducoesSustentamTR-Helio.htm
As principais traduções antigas da Bíblia para o Latim são: (a) A Antiga Latina (que era chamada de Vulgata [significando a língua vulgar, usual, do povo], antes de Jerônimo e do Romanismo roubarem este nome); (b) a Ítala; e (c) a Vulgata de Jerônimo. Esta última é bem posterior e tem muita da má influência de Alexandria (embora ainda esteja mais perto do TR do que do TC, do Vaticanus e do Sinaiticus!).
- Não é muito claro se a Antiga Latina e a Ítala realmente nasceram distintas ou se são variações da mesma tradução original.
- Também não é totalmente claro se a Antiga Latina (e, também, a Ítala) é uma só versão ou se é um número de versões.
- Nem se o texto da Antiga Latina do Norte da África foi independente daquele da Europa.
- Antiga Latina: alguns historiadores e outras fontes põem sua tradução em cerca do ano 157. Tertuliano testifica de muitas cópias de uma tradução COMPLETA da Bíblia para o Latim, circulando por todo o Norte da África, no ano 190.
- Tradutor desconhecido, empreendimento não organizado, local indeterminado (mais provavelmente o Norte da África).
- É muito, muito literalista.
- Resultou de um esforço ESPONTÂNEO de tradução, por crente(s) individual ou por alguma(s) igreja local - independente - autônoma - soberana, ao invés de ser uma imposição OFICIAL de uma mega organização centralizada, como o seriam a Vulgata de Jerônimo e todas as Bíblias Alexandrinas.
(Nenhum fruto prestou quando veio da árvore de "um grande esforço das maiores organizações religiosas, unidas com o cândido objetivo de revisar a Bíblia da Reforma", pois este "revisar" incluiu revisar o texto em que ela se baseou! Começando por Col 1:14, 1Tim 3:16 e 1Jo 5:7-8, faça as seguintes comparações:
. Em grego, contraste os NT coligidos por Erasmus (3a edição em diante) contra os da United Bible Society;
. Em inglês, contraste a Bíblia de Tyndale 1525 [a KJV1611 é o "polimento final" dela] contra a English Revised Version 1881, encomendada pela Southern Convocation of the Church of England (a primeira revisão das Bíblias da Reforma!);
. Em alemão, contraste a Bíblia de Lutero 1522 contra a Hoffnung fur Alle, da International Bible Society;
. Em espanhol, contraste a Bíblia de Cassiodoro de Reyna 1569 contra a Nueva Versión Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional;
. Em italiano, contraste a Bíblia de Diodati 1607 contra Il NT in Lingua Moderna, da International Bible Society;
. Em francês, contraste a Bíblia de Lefevre y Olivetan 1534 contra a Bible de Semeur, da International Bible Society;
. Em português, contraste a Bíblia de João F. de Almeida [a ACF é ela na gramática de hoje] contra ... vocês sabem!).
- Atenção:
a) As primeiras cópias da Antiga Latina (e todas as cópias usadas pelos Valdenses do indomável vale de Vaudois, ao Norte da Itália, aos pés dos Alpes, desde os anos 157, passando pelo reavivamento de 1170 até a destruição pouco antes da Reforma) NÃO tinham os Apócrifa e eram 100% baseadas em manuscritos gregos dos anos 1** (que não sobreviveram mas que, inegavelmente, à luz da tradução para o Latim, têm que ter sido basicamente iguais ao texto dos manuscritos Bizantinos que nos chegaram às mãos).
b) Mas algumas cópias posteriores da Antiga Latina tiveram acrescentados os Apócrifa e tiveram algumas adulterações, tudo introduzido por admiradores dos hereges Orígenes e Agostinho. Cuidado!
- Apesar dos esforços Romanistas de liquidar a Antiga Latina e de impor a Vulgata de Jerônimo, a primeira estava constantemente reaparecendo e sendo trazida de volta à Europa. Além dos Valdenses, também os Albingenses recusaram totalmente a Bíblia de Jerônimo, aferraram-se à Antiga Latina, foram independentes de Roma, e, por tudo isto, foram considerados hereges, foram caluniados, perseguidos, e exterminados.
- A Antiga Latina tem cerca de 35 manuscritos-cópia sobreviventes, sendo os mais velhos de 3** e os mais novos de 12**. - A análise deles mostra que a Antiga Latina (na forma original e intocada) sustentou maravilhosamente o TR.
Fontes: http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-Traducoes/Ha2TiposBibGravDiferenc-Curto.htm
http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-Traducoes/1asTraducoesSustentamTR-Helio.htm
A Biblia Peshita
A palavra “Peshita” vem do siríaco p’shitá que significa “simples” ou “comum”, em hebraico temos uma expressão similar – P’shát – que tem o mesmo sentido. Este foi o nome dado a uma versão da Bíblia em língua aramaica-siríaca, com uma escrita de origem mesopotâmica mais próxima do árabe do que do hebraico quadrático.
O Peshita é um tipo de “re-trabalho” do Antigo Siríaco (já citado), produzido por Rabbula, bispo de Edessa em 435 d.C., a obra possui todos os livros da Bíblia, exceto II Pedro, II João, III João, Judas e Apocalipse.
1 Targum: literalmente ‘tradução’, eram traduções que judeus faziam do A.T. para a língua aramaica. Ex: Targum Jônatas, Targum Onkelos, etc.
No século XIX muitos estudiosos datavam a versão do II século, porém, no século passado, esta visão foi largamente abandonada pelos estudiosos por uma questão óbvia, Ephraem em 378 d.C. menciona o Diatesaron2, mas se quer faz menção ao Peshita, o que prova claramente, que esta versão só passou existir pelo em aproximadamente a partir do início do século V d.C.
Quase todos os estudiosos siríacos concordam que os evangelhos contidos nesta versão são traduções
dos originais gregos. Uma minoria é que insiste que ela preserva a versão inicial do Novo Testamento e o
que o texto grego é apenas uma tradução secundária dele.
Fonte: http://www.ensinandodesiao.org.br/pdf/peshita.pdf
O Peshita é um tipo de “re-trabalho” do Antigo Siríaco (já citado), produzido por Rabbula, bispo de Edessa em 435 d.C., a obra possui todos os livros da Bíblia, exceto II Pedro, II João, III João, Judas e Apocalipse.
1 Targum: literalmente ‘tradução’, eram traduções que judeus faziam do A.T. para a língua aramaica. Ex: Targum Jônatas, Targum Onkelos, etc.
No século XIX muitos estudiosos datavam a versão do II século, porém, no século passado, esta visão foi largamente abandonada pelos estudiosos por uma questão óbvia, Ephraem em 378 d.C. menciona o Diatesaron2, mas se quer faz menção ao Peshita, o que prova claramente, que esta versão só passou existir pelo em aproximadamente a partir do início do século V d.C.
Quase todos os estudiosos siríacos concordam que os evangelhos contidos nesta versão são traduções
dos originais gregos. Uma minoria é que insiste que ela preserva a versão inicial do Novo Testamento e o
que o texto grego é apenas uma tradução secundária dele.
Fonte: http://www.ensinandodesiao.org.br/pdf/peshita.pdf
O Perigo do Adulterio - Proverbios 5
1-2 Meu filho, presta atenção à sabedoria que aqui te apresento: ouve as minhas explicações, para seres prudente e para que a tua linguagem guarde o conhecimento.
7 Portanto, agora, meus filhos, dêem-me ouvidos, e nunca se desviem das palavras que vos estou a dizer:
8-11 Afastem-se dessas mulheres. Não se aproximem sequer da porta onde elas moram, para que não percam a dignidade, fazendo depender a vossa vida de gente cruel; para que gente que vos é estranha não venha a tirar-vos força e se tornem escravos deles. A consequência disso não poderá deixar de ser o gemerem em angústias, enquanto o vosso corpo vai apodrecendo pelo vício. No fim, só terão isto a dizer:
12-13 Oh, se ao menos eu tivesse prestado atenção aos avisos que me deram! Se não tivesse desprezado as repreensões! Porque é que não quis ouvir os que queriam ensinar-me? Porque é que fui assim tão estúpido?
14 Pouco faltou para que a minha desgraça fosse completa. E agora até o desprezo público tenho de enfrentar.
15-17 Por isso, bebe a água da tua própria cisterna. Porque é que o teu amor havia de derramar-se por mulheres da rua? Que os filhos que tens sejam só para ti e não partilhados com outros!
19-20 Bela, aos teus olhos, como linda gazela, como uma corça graciosa, que te satisfaças, todo o tempo no seu seio - que só o seu amor te deleite! Porque é que, meu filho, te deixarias atrair por outras mulheres, que não a tua? Porque abraçarias tu uma mulher que te é estranha?
22-23 Quem faz o mal ficará cativo da sua própria maldade; será acorrentado pelo seu pecado. Morrerá porque preferiu viver sem correção. Todos os seus erros se explicam pela sua loucura.
Fonte: http://www.biblegateway.com/passage/?search=Prov%C3%A9rbios+5&version=OL
3-6 Os lábios de uma mulher de má vida podem parecer que escorrem mel. As suas falsas lisonjas são untuosas e macias. Mas no fim de contas, deixam um sabor amargo, uma ferida feita como que por uma aguda espada de dois gumes. Os seus comportamentos conduzem à morte. A sua conduta é inspirada pelo inferno. Não conhece o caminho da vida. Cambaleia por um caminho tortuoso, e nem se importa de saber onde é que ele leva.
7 Portanto, agora, meus filhos, dêem-me ouvidos, e nunca se desviem das palavras que vos estou a dizer:
8-11 Afastem-se dessas mulheres. Não se aproximem sequer da porta onde elas moram, para que não percam a dignidade, fazendo depender a vossa vida de gente cruel; para que gente que vos é estranha não venha a tirar-vos força e se tornem escravos deles. A consequência disso não poderá deixar de ser o gemerem em angústias, enquanto o vosso corpo vai apodrecendo pelo vício. No fim, só terão isto a dizer:
12-13 Oh, se ao menos eu tivesse prestado atenção aos avisos que me deram! Se não tivesse desprezado as repreensões! Porque é que não quis ouvir os que queriam ensinar-me? Porque é que fui assim tão estúpido?
14 Pouco faltou para que a minha desgraça fosse completa. E agora até o desprezo público tenho de enfrentar.
15-17 Por isso, bebe a água da tua própria cisterna. Porque é que o teu amor havia de derramar-se por mulheres da rua? Que os filhos que tens sejam só para ti e não partilhados com outros!
18 Que a tua fonte seja bendita; sê feliz com a mulher que escolheste na tua juventude.
21 Deus observa atentamente a tua conduta, examina cuidadosamente tudo o que fazes.
22-23 Quem faz o mal ficará cativo da sua própria maldade; será acorrentado pelo seu pecado. Morrerá porque preferiu viver sem correção. Todos os seus erros se explicam pela sua loucura.
Fonte: http://www.biblegateway.com/passage/?search=Prov%C3%A9rbios+5&version=OL
27 novembro 2010
Descoberto o ossuario de Tiago, irmão de Jesus
Quando descobre um fóssil duvidoso tido por algum especialista como “elo perdido” ou coisa que o valha, a mídia geralmente faz aquele estardalhaço. Por que, então, silenciaram sobre a primeira descoberta arqueológica referente a Jesus e Sua família? O ossuário (urna funerária) de Tiago data do século 1 e traz a inscrição em aramaico “Tiago, filho de José, irmão de Jesus” (Ya´akov bar Yosef achui d´Yeshua).
Oculto por séculos, o ossuário foi comprado muitos anos atrás pelo engenheiro e colecionador judeu Oded Golan, que não suspeitou da importância do artefato. Só quando o renomado estudioso francês André Lemaire viu na urna, em abril de 2002, a inscrição na língua falada por Jesus, foi que se descobriu sua importância. O ossuário foi submetido a testes pelo Geological Survey of State of Israel e declarado autêntico. Segundo o jornal The New York Times, “essa descoberta pode muito bem ser o mais antigo artefato relacionado à existência de Jesus”.
O livro O Irmão de Jesus (Editora Hagnos, 247 p.) trata justamente da descoberta do ossuário de Tiago. A autoria é de Hershel Shanks, fundador e editor-chefe da Biblical Archaeology Review, e de Ben Witherington III, especialista no Jesus histórico e autor de vários livros sobre Jesus e o Novo Testamento. O prefácio é do próprio Lemaire, especialista em epigrafia semítica e autoridade incontestável no assunto.
Hershel conduz a história de maneira muito interessante, revelando os bastidores da descoberta e as reações a ela. Afinal, o ossuário, além de autenticar materialmente o Jesus histórico, afirma que Ele tinha um irmão chamado Tiago, filho de José e, possivelmente, também de Maria. Segundo a revista Time, trata-se de “uma história de investigação científica com alta relevância para o cristianismo”, talvez por isso mesmo deixada de lado por setores da mídia secular e antirreligiosa.
Juiz julga autêntico o objeto
A despeito de todas as evidências a favor da autenticidade do ossuário, somente agora, depois de muita investigação, o veredito foi dado: a urna mortuária é autêntica. Mas o assunto foi capa de alguma semanal? Apenas a revista IstoÉ fez menção ao assunto, mas preferiu falar sobre “sedução” na matéria de capa. Estaria a mídia tão seduzida pelo naturalismo/secularismo que prefere não destacar matérias que confirmam fatos relacionados com o cristianismo?
A título de contraponto, isso mereceria também reportagem de capa na Superinteressante ou na Veja, já que o neoateísmo militante e as especulações teológicas liberais sempre passeiam pelas páginas dessas publicações.
Segundo a revista IstoÉ desta semana, a discussão em torno do ossuário nasceu em 2002, quando Oded Golan revelou o misterioso objeto para o mundo. “A possibilidade da existência de um depositário dos restos mortais de um parente próximo de Jesus Cristo agitou o circuito da arqueologia bíblica. Seria a primeira conexão física e arqueológica com o Jesus do Novo Testamento”, diz a semanal. “A peça teve sua veracidade colocada em xeque pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA).
Em dezembro de 2004, Golan foi acusado de falsificador e a Justiça local entrou no imbróglio. No mês passado, porém, o juiz Aharon Far-kash, responsável por julgar a suposta fraude cometida pelo antiquário judeu, encerrou o processo e acenou com um veredito a favor da autenticidade do objeto. “[...] Nesses cinco anos, a ação se estendeu por 116 sessões. Foram ouvidas 133 testemunhas e produzidas 12 mil páginas de depoimentos.”
Dúvidas foram dissolvidas
Um dos entrevistados da reportagem foi o professor do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), e especialista em arqueologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém, Rodrigo Pereira da Silva. Ele acredita que todas as provas de que o ossuário era falso caíram por terra. “A paleografia mostrou que as letras aramaicas eram do primeiro século”, diz. “A primeira e a segunda partes da inscrição têm a mesma idade. E o estudo da pátina indica que tanto o caixão quanto a inscrição têm dois mil anos.”
“A participação de peritos em testes de carbono-14, arqueologia, história bíblica, paleografia (análise do estilo da escrita da época), geologia, biologia e microscopia transformou o tribunal israelense em um palco de seminário de doutorado”, compara IstoÉ. “Golan foi acusado de criar uma falsa pátina (fina camada de material formada por microorganismos que envolvem os objetos antigos). Mas o próprio perito da IAA, Yuval Gorea, especializado em análise de materiais, admitiu que os testes microscópicos confirmavam que a pátina onde se lê `Jesus´ é antiga. `Eles perderam o caso, não há dúvida´, comemorou Golan.”
De certa forma, foi bom que tantos especialistas – entre os quais, muitos céticos quanto à autenticidade da urna – tenham estudado o artefato. Assim, as dúvidas que pairavam sobre o objeto foram dissolvidas. Resta, agora, esperar que a imprensa dê o braço a torcer a admita tudo o que o ossuário nos revela.
Fonte: Michelson Borges, para o site www.observatoriodaimprensa.com.br
Oculto por séculos, o ossuário foi comprado muitos anos atrás pelo engenheiro e colecionador judeu Oded Golan, que não suspeitou da importância do artefato. Só quando o renomado estudioso francês André Lemaire viu na urna, em abril de 2002, a inscrição na língua falada por Jesus, foi que se descobriu sua importância. O ossuário foi submetido a testes pelo Geological Survey of State of Israel e declarado autêntico. Segundo o jornal The New York Times, “essa descoberta pode muito bem ser o mais antigo artefato relacionado à existência de Jesus”.
O livro O Irmão de Jesus (Editora Hagnos, 247 p.) trata justamente da descoberta do ossuário de Tiago. A autoria é de Hershel Shanks, fundador e editor-chefe da Biblical Archaeology Review, e de Ben Witherington III, especialista no Jesus histórico e autor de vários livros sobre Jesus e o Novo Testamento. O prefácio é do próprio Lemaire, especialista em epigrafia semítica e autoridade incontestável no assunto.
Hershel conduz a história de maneira muito interessante, revelando os bastidores da descoberta e as reações a ela. Afinal, o ossuário, além de autenticar materialmente o Jesus histórico, afirma que Ele tinha um irmão chamado Tiago, filho de José e, possivelmente, também de Maria. Segundo a revista Time, trata-se de “uma história de investigação científica com alta relevância para o cristianismo”, talvez por isso mesmo deixada de lado por setores da mídia secular e antirreligiosa.
Juiz julga autêntico o objeto
A despeito de todas as evidências a favor da autenticidade do ossuário, somente agora, depois de muita investigação, o veredito foi dado: a urna mortuária é autêntica. Mas o assunto foi capa de alguma semanal? Apenas a revista IstoÉ fez menção ao assunto, mas preferiu falar sobre “sedução” na matéria de capa. Estaria a mídia tão seduzida pelo naturalismo/secularismo que prefere não destacar matérias que confirmam fatos relacionados com o cristianismo?
Inscrição diz: “Tiago, filho de José, irmão de Jesus” (Ya´akov bar Yosef achui d´Yeshua). |
Segundo a revista IstoÉ desta semana, a discussão em torno do ossuário nasceu em 2002, quando Oded Golan revelou o misterioso objeto para o mundo. “A possibilidade da existência de um depositário dos restos mortais de um parente próximo de Jesus Cristo agitou o circuito da arqueologia bíblica. Seria a primeira conexão física e arqueológica com o Jesus do Novo Testamento”, diz a semanal. “A peça teve sua veracidade colocada em xeque pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA).
Em dezembro de 2004, Golan foi acusado de falsificador e a Justiça local entrou no imbróglio. No mês passado, porém, o juiz Aharon Far-kash, responsável por julgar a suposta fraude cometida pelo antiquário judeu, encerrou o processo e acenou com um veredito a favor da autenticidade do objeto. “[...] Nesses cinco anos, a ação se estendeu por 116 sessões. Foram ouvidas 133 testemunhas e produzidas 12 mil páginas de depoimentos.”
Dúvidas foram dissolvidas
Um dos entrevistados da reportagem foi o professor do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), e especialista em arqueologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém, Rodrigo Pereira da Silva. Ele acredita que todas as provas de que o ossuário era falso caíram por terra. “A paleografia mostrou que as letras aramaicas eram do primeiro século”, diz. “A primeira e a segunda partes da inscrição têm a mesma idade. E o estudo da pátina indica que tanto o caixão quanto a inscrição têm dois mil anos.”
“A participação de peritos em testes de carbono-14, arqueologia, história bíblica, paleografia (análise do estilo da escrita da época), geologia, biologia e microscopia transformou o tribunal israelense em um palco de seminário de doutorado”, compara IstoÉ. “Golan foi acusado de criar uma falsa pátina (fina camada de material formada por microorganismos que envolvem os objetos antigos). Mas o próprio perito da IAA, Yuval Gorea, especializado em análise de materiais, admitiu que os testes microscópicos confirmavam que a pátina onde se lê `Jesus´ é antiga. `Eles perderam o caso, não há dúvida´, comemorou Golan.”
De certa forma, foi bom que tantos especialistas – entre os quais, muitos céticos quanto à autenticidade da urna – tenham estudado o artefato. Assim, as dúvidas que pairavam sobre o objeto foram dissolvidas. Resta, agora, esperar que a imprensa dê o braço a torcer a admita tudo o que o ossuário nos revela.
Fonte: Michelson Borges, para o site www.observatoriodaimprensa.com.br
21 novembro 2010
20 novembro 2010
19 novembro 2010
RAINHA DE SABÁ
A rainha de Sabá (em ge'ez: ንግሥተ ሳባ, transl. Nigista Saba, em hebraico: 'מלכת שבא, transl. Malkat Shva, em árabe ملكة سبأ, transl. Malikat Sabaʾ) foi, na Torá, no Antigo e no Novo Testamento, no Alcorão, na história da Etiópia e do Iêmen, uma célebre soberana do antigo Reino de Sabá. A localização deste reino pode ter incluido os atuais territórios da Etiópia e do Iêmen.
Conhecida entre os povos etíopes como Makeda (em ge'ez ማክዳ, transl. mākidā), esta rainha recebeu diferentes nomes ao longo dos tempos. Para o rei Salomão de Israel ela era a "rainha de Sabá". Na tradição islâmica ela era Balkis ou Bilkis. Flávio Josefo, historiador romano de origem judaica, a chamou de Nicaula. Acredita-se que tenha vivido no século X a.C..
A rainha de Sabá no judaísmo e no Velho Testamento
O relato prossegue apontando a rainha como maravilhada pela grande sabedoria e riqueza do rei Salomão, e pronunciando uma bênção sobre a divindade do rei. Salomão respondeu, por sua vez, com presentes e "tudo o que ela desejou", após o qual a rainha retornou ao seu país. Aparentemente, a rainha de Sabá seria muito rica, já que ela teria trazido 4 toneladas e meia consigo para presentear ao rei Salomão (I Reis, 10:10).
Nas passagens bíblicas que se referem explicitamente à rainha de Sabá não há sinal de amor ou atração sexual entre ela e o rei Salomão. Os dois são descritos apenas como dois monarcas envolvidos em assuntos de estado.
Outro texto bíblico, o Cântico dos Cânticos, contém algumas referências que, por diversas vezes, foram interpretados como se referindo ao amor entre Salomão e a rainha de Sabá. A jovem mulher do Cântico dos Cânticos, no entanto, nega continuamente as insinuações românticas de seu pretendente, que muitos estudiosos identificaram com o rei Salomão. De qualquer maneira, não há nada que identifique esta personagem deste texto com a rainha estrangeira, rica e poderosa, descrita do Livro dos Reis. A mulher do texto da canção claramente indica umas certas "filhas de Jerusalém" como suas iguais.
A tradição etíope posterior afirma com segurança que o rei Salomão realmente seduziu e engravidou sua convidada, e possui um relato detalhado de como ele o fez (ver a seção posterior relevante), um assunto de importância considerável para o povo etíope, já que a linhagem de seus imperadores remontaria àquela união.
A rainha de Sabá no islamismo
A rainha de Sabá, Bilqis, é mostrada ao deitar-se num jardim - desenho em tinta sobre papel, 1595.O Alcorão, texto religioso central do islã, nunca menciona a rainha de Sabá por seu nome, embora as fontes árabes a chamem de Balqis ou Bilqis. O relato corânico é similar àquele da Bíblia; a narrativa conta como Salomão recebeu relatos de um reino governado por uma rainha cujo povo venerava o Sol. Ele enviou uma carta, convidando-a a visitá-lo e discutir sobre a sua divindade, relatada como sendo Alá, o Senhor dos Mundos (Alamin) no texto islâmico. Ela aceitou o convite e preparou enigmas para testar sua sabedoria e seu conhecimento. Então, um dos ministros de Salomão (que tinha conhecimento do "Livro") propôs trazê-lo o trono de Sabá "num piscar de olhos".[2] Diante do feito, a rainha chegou à sua corte, mostrou-lhe seu trono, entrou no seu palácio de cristal e começou a fazer as perguntas. Impressionada por sua sabedoria, ela louvou sua divindade e, eventualmente, aceitou o monoteísmo abraâmico.
Visão no islamismo atual
Alguns acadêmicos árabes modernos têm identificado a rainha de Sabá como uma soberana de uma colônia ou entreposto comercial no noroeste da Arábia, estabelecido por reinos da Arábia Meridional.[carece de fontes?] As descobertas arqueológicas mais recentes confirmam o fato de que tais colônias realmente existiram, com achados como artefatos e inscrições no alfabeto arábico meridional, embora nada especificamente relacionado a Balkis ou Bilkis, a rainha de Sabá, tenha sido descoberto até agora.
A rainha de Sabá na cultura etíope
Afresco etíope da rainha de Sabá rumo a Jerusalém, cavalgando e armada com espada e lança.A familia imperial da Etiópia aponta sua origem a partir de um descendente da rainha de Sabá com o rei Salomão[3] A rainha de Sabá (em ge'ez ንግሥተ ሣብአ, transl. nigiśta Śab'a), é chamada de Makeda (ge'ez: ማክዳ) no relato etíope (que pode ser traduzido literalmente como "travesseiro").
A etimologia de seu nome é incerta, existindo duas correntes principais de pensamento divergindo sobre sua fonte etíope. Uma delas, que inclui o acadêmico britânico Edward Ullendorff, mantém que o nome seria uma corruptela de Candace, uma rainha etíope mencionada no Novo Testamento (Atos dos Apóstolos); a outra corrente liga o nome à Macedônia, e relaciona esta história com as lendas etíopes posteriores sobre Alexandre, o Grande e o período do século IV a.C.. Muitos acadêmicos, no entanto, como o italiano Carlo Conti Rossini, não se convenceram por nenhuma destas teorias, e declararam o assunto como ainda não-resolvido.[4]
Uma antiga compilação de lendas etíopes, o Kebra Negast ("Glória dos Reis"), foi datada como tendo sido escrito há 700 anos, e relata a história de Makeda e seus descendentes. Neste relato o rei Salomão teria seduzido a rainha de Sabá e tido com ela um filho, Menelik I, que se tornaria o primeiro imperador da Etiópia.
A narrativa contida no Kebra Negast - que não encontra paralelo na história bíblica - é de que o rei Salomão teria convidado a rainha de Sabá a um banquete, servindo comida condimentada a induzi-la a ter sede, e convidando-a para passar a noite em seu palácio. A rainha pediu-lhe então que jurasse não a tomar à força. Ele aceitou com a condição de que ela, por sua vez, não levasse nada de seu palácio à força. A rainha assegurou que não o faria, ofendida pela insinuação de que ela, uma monarca rica e poderosa, precisaria roubar qualquer coisa. No entanto, quando ela acordou no meio da noite, sedenta, pegou uma jarra de água que havia sido colocada ao lado de sua cama. O rei Salomão então apareceu, avisando-a de que estava a descumprir sua promessa, ainda mais pelo fato de que a água, segundo ele, seria a mais valiosa de todas as suas posses materiais. Assim, enquanto ela saciou sua sede, ela libertou o rei de sua promessa, e passaram a noite juntos.
A tradição de que a rainha de Sabá bíblica teria sido uma soberana da Etiópia que visitou o rei Salomão em Jerusalém, no antigo Reino de Israel, é referendada pelo historiador romano de origem judaica Flávio Josefo, que identificou a visitante de Salomão como sendo "Rainha do Egito e da Etiópia".
Enquanto não existem tradições conhecidas de matriarcado no Iêmen durante o início do primeiro milênio a.C., as primeiras inscrições dos governantes de D'mt, no norte da Etiópia e da Eritréia, mencionam rainhas de status elevado, possivelmente até igual ao de seus reis.[5]
Para a monarquia etíope, a linhagem salomônica e sabaítica tem considerável importância política e cultural. A Etiópia foi convertida ao cristianismo pelos coptas do Egito, e a Igreja Copta lutou por séculos para manter os etíopes numa condição de dependência e subserviência fortemente ressentida pelos imperadores etíopes.
A rainha de Sabá no cristianismo
Além de sua menção no Velho Testamento, a rainha de Sabá é mencionada, como Rainha do Sul, no Novo Testamento,[6] quando Jesus Cristo indica que ela e os ninivitas julgarão a geração dos contemporâneos de Jesus, que o rejeitaram.
As interpretações cristãs das escrituras enfatizam, tipicamente, tanto os valores históricos quanto os valores metafóricos da história. O relato da rainha de Sabá é interpretado como uma metáfora e uma analogia cristã: a visita da rainha a Salomão foi comparada ao casamento metafórico da Igreja com Cristo, onde Salomão seria o "ungido" (Cristo), ou messias, e Sabá representaria uma população de gentios que se submeteu ao messias; a castidade da rainha de Sabá foi descrita como um presságio da Virgem Maria; e os três presentes que ela teria levado a Israel (ouro, especiarias e pedras) foram vistos como análogos aos presentes dos Três Reis Magos (ouro, incenso e mirra). Esta última analogia, em particular, é enfatizada como sendo consistente com uma passagem do Livro de Isaías (60:6): "todos virão de Sabá; trarão ouro e incenso e publicarão os louvores do Senhor."[7]
Visão medieval
Entre as obras de arte realizadas na Idade Média que retratam a visita da rainha de Sabá estão o "Portal da Mãe de Deus", na Catedral de Amiens, do século XIII, incluída como analogia em parte de um painel maior que retrata os presentes dos Reis Magos..[8] As catedrais de Estrasburgo, Chartres, Rochester e Cantuária, do século XII, contêm interpretações artísticas da rainha em vitrais e bas decorações das jambas.[7]
Visão renascentista
Relevo renascentista da rainha de Sabá se encontrando com o rei Salomão - um dos vários painéis que compõem o portal do Batistério de Florença.Giovanni Boccaccio, em sua obra Sobre as mulheres famosas (De mulieribus claris, em latim), segue o exemplo de Josefo ao chamar a rainha de Sabá de Nicaula. Boccaccio ainda afirma que ela não só era rainha da Etiópia e do Egito, como também da Arábia, e que relatos afirmavam que ela tinha um palácio luxuoso numa "ilha muito grande" chamada Meroe, localizada em algum lugar próximo ao rio Nilo, "praticamente no outro lado do mundo." De lá, Nicaula cruzou os desertos da Arábia, através da Etiópia e do Egito, pela costa do mar Vermelho, até chegar a Jerusalém, onde se encontrou com "o grande rei Salomão".[9]
O livro Cidade das Damas, de Cristina de Pisano também chama a rainha de Sabá de Nicaula. Os afrescos de Piero della Francesca em Arezzo (1466) sobre a Lenda da Vera Cruz contêm dois painéis sobre a visita da rainha de Sabá a Salomão. A lenda ilustrada liga as vigas do palácio do rei Salomão à madeira utilizada na crucifixão. A sequência desta visão metafórica, do Renascimento, sobre a rainha de Sabá como uma analogia aos presentes dos Reis Magos, também está claramente evidente no Tríptico da Adoração dos Magos (1510), de Hieronymus Bosch. Bosch optou por retratar a rainha de Sabá e o rei Salomão no colar vestido por um dos magos.[10]
O Doutor Fausto, de Christopher Marlowe, se refere à rainha como Sabá, quando Mefistófeles está tentando persuadir Fausto da sabedoria das mulheres com quem ele supostamente será presenteado todas as manhãs.[11]
Descobertas arqueológicas recentes
Templo de Bar'an, em Ma'rib - construído no século XVIII a.C., e em uso por quase 1000 anos.Descobertas arqueológicas recentes feitas no Mahram Bilqis ("Templo de Bilkis"), em Ma'rib, no Iêmen, apoiam a tese de que a rainha de Sabá teria governado a Arábia Meridional, com evidências de que a área seria a capital do reino de Sabá.
Uma equipe de pesquisadores financiados pela American Foundation for the Study of Man (AFSM, "Fundação Americana para o Estudo do Homem") e liderada pelo professor de arqueologia da Universidade de Calgary, Bill Glanzman, vem trabalhando para decifrar os segredos de um templo de 3.000 anos de idade encontrado no deserto.[12]
Referências:
1.↑ [1] "Arqueólogos alemães encontram palácio da rainha de Sabá na Etiópia", Yahoo Notícias - Ciência & Saúde
2.↑ Alcorão, 27:40
3.↑ Antigo Testamento, 351
4.↑ David Allen Hubbard, "The Literary Sources of the Kebra Nagast", doctoral thesis (St. Andrews, 1954), pp. 303f.
5.↑ Rodolfo Fattovich, "The 'Pre-Aksumite' State in Northern Ethiopia and Eritrea Reconsidered" in Paul Lunde and Alexandra Porter ed., Trade and Travel in the Red Sea Region, in D. Kennet & St J. Simpson ed., Society for Arabian Studies Monographs No. 2. BAR International Series 1269. Archaeopress, Oxford: 2004, p. 73.
6.↑ Evangelho segundo Mateus, 12:42 e Evangelho segundo Lucas, 11:31.
7.↑ a b Byrd, Vickie, editor; Queen of Sheba: Legend and Reality, (Santa Ana, California: The Bowers Museum of Cultural Art, 2004), p. 17.
8.↑ Murray, Stephen, The Portals:Access to Redemption, http://www.mcah.columbia.edu/Mcahweb/facade/body.html, webpage, accessed August 6, 2006.
9.↑ Giovanni Boccaccio, De mulieribus claris
10.↑ Web Gallery of Art, http://www.wga.hu/frames-e.html?/html/b/bosch/91adorat/01tripty.html, Visitado em 2 de agosto de 2006
11.↑ Marlowe, Christopher; Doctor Faustus and other plays: Oxford World Classics, p. 155.
12.↑ University of Calgary, http://www.ucalgary.ca/UofC/events/unicomm/NewsReleases/queen.htm, website accessed November 18, 2007
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rainha_de_Sab%C3%A1
Conhecida entre os povos etíopes como Makeda (em ge'ez ማክዳ, transl. mākidā), esta rainha recebeu diferentes nomes ao longo dos tempos. Para o rei Salomão de Israel ela era a "rainha de Sabá". Na tradição islâmica ela era Balkis ou Bilkis. Flávio Josefo, historiador romano de origem judaica, a chamou de Nicaula. Acredita-se que tenha vivido no século X a.C..
Na Torá, uma tradição que narra a história das nações foi preservada em Beresh't 10 (Gênesis 10). Em Beresh't 10:7 existe uma referênca a Sabá (Shva), filho de Raamá, filho de Cuxe, filho de Cam, filho de Noé. Em Beresh't 10:26-29 há uma referência a Sabá - listada ao lado de Almodá, Selefe, Hazarmavé, Jerá, Hadorão, Usal, Dicla, Obal, Abimael, Ofir, Havilá e Jobabe, como os descendentes de Joctã, filho de Héber, filho de Salá, filho de Arfaxade, descendente de Sem, um dos filhos de Noé. A questão sobre se a rainha de Sabá representaria uma ancestral dos hamitas ou dos semitas suscita debates passionais até hoje.
Em 8 de maio de 2008, a Universidade de Hamburgo anunciou oficialmente que arqueólogos alemães, depois de uma pesquisa comandada pelo professor Helmut Ziegert, descobriram os restos do palácio da Rainha de Sabá, datados do século X a.C., em Axum (Aksum), uma cidade sagrada da Etiópia, sob um antigo palácio real.[1]
A rainha de Sabá no judaísmo e no Velho Testamento
Claude Lorrain, A Embarcação da Rainha de Sabá.De acordo com a Torá e o Velho Testamento, a rainha da terra de Sabá (cujo nome não é mencionado) teria ouvido sobre a grande sabedoria do rei Salomão de Israel, e viajado até ele com presentes de especiarias, ouro, pedras preciosas, e belas madeiras, pretendendo testá-lo com suas perguntas, como está registrado no Primeiro Livro de Reis (10:1-13) (relato copiado posteriormente no Segundo Livro de Crônicas, 9:1-12).
O relato prossegue apontando a rainha como maravilhada pela grande sabedoria e riqueza do rei Salomão, e pronunciando uma bênção sobre a divindade do rei. Salomão respondeu, por sua vez, com presentes e "tudo o que ela desejou", após o qual a rainha retornou ao seu país. Aparentemente, a rainha de Sabá seria muito rica, já que ela teria trazido 4 toneladas e meia consigo para presentear ao rei Salomão (I Reis, 10:10).
Nas passagens bíblicas que se referem explicitamente à rainha de Sabá não há sinal de amor ou atração sexual entre ela e o rei Salomão. Os dois são descritos apenas como dois monarcas envolvidos em assuntos de estado.
Outro texto bíblico, o Cântico dos Cânticos, contém algumas referências que, por diversas vezes, foram interpretados como se referindo ao amor entre Salomão e a rainha de Sabá. A jovem mulher do Cântico dos Cânticos, no entanto, nega continuamente as insinuações românticas de seu pretendente, que muitos estudiosos identificaram com o rei Salomão. De qualquer maneira, não há nada que identifique esta personagem deste texto com a rainha estrangeira, rica e poderosa, descrita do Livro dos Reis. A mulher do texto da canção claramente indica umas certas "filhas de Jerusalém" como suas iguais.
A tradição etíope posterior afirma com segurança que o rei Salomão realmente seduziu e engravidou sua convidada, e possui um relato detalhado de como ele o fez (ver a seção posterior relevante), um assunto de importância considerável para o povo etíope, já que a linhagem de seus imperadores remontaria àquela união.
A rainha de Sabá no islamismo
A rainha de Sabá, Bilqis, é mostrada ao deitar-se num jardim - desenho em tinta sobre papel, 1595.O Alcorão, texto religioso central do islã, nunca menciona a rainha de Sabá por seu nome, embora as fontes árabes a chamem de Balqis ou Bilqis. O relato corânico é similar àquele da Bíblia; a narrativa conta como Salomão recebeu relatos de um reino governado por uma rainha cujo povo venerava o Sol. Ele enviou uma carta, convidando-a a visitá-lo e discutir sobre a sua divindade, relatada como sendo Alá, o Senhor dos Mundos (Alamin) no texto islâmico. Ela aceitou o convite e preparou enigmas para testar sua sabedoria e seu conhecimento. Então, um dos ministros de Salomão (que tinha conhecimento do "Livro") propôs trazê-lo o trono de Sabá "num piscar de olhos".[2] Diante do feito, a rainha chegou à sua corte, mostrou-lhe seu trono, entrou no seu palácio de cristal e começou a fazer as perguntas. Impressionada por sua sabedoria, ela louvou sua divindade e, eventualmente, aceitou o monoteísmo abraâmico.
Visão no islamismo atual
Alguns acadêmicos árabes modernos têm identificado a rainha de Sabá como uma soberana de uma colônia ou entreposto comercial no noroeste da Arábia, estabelecido por reinos da Arábia Meridional.[carece de fontes?] As descobertas arqueológicas mais recentes confirmam o fato de que tais colônias realmente existiram, com achados como artefatos e inscrições no alfabeto arábico meridional, embora nada especificamente relacionado a Balkis ou Bilkis, a rainha de Sabá, tenha sido descoberto até agora.
A rainha de Sabá na cultura etíope
Afresco etíope da rainha de Sabá rumo a Jerusalém, cavalgando e armada com espada e lança.A familia imperial da Etiópia aponta sua origem a partir de um descendente da rainha de Sabá com o rei Salomão[3] A rainha de Sabá (em ge'ez ንግሥተ ሣብአ, transl. nigiśta Śab'a), é chamada de Makeda (ge'ez: ማክዳ) no relato etíope (que pode ser traduzido literalmente como "travesseiro").
A etimologia de seu nome é incerta, existindo duas correntes principais de pensamento divergindo sobre sua fonte etíope. Uma delas, que inclui o acadêmico britânico Edward Ullendorff, mantém que o nome seria uma corruptela de Candace, uma rainha etíope mencionada no Novo Testamento (Atos dos Apóstolos); a outra corrente liga o nome à Macedônia, e relaciona esta história com as lendas etíopes posteriores sobre Alexandre, o Grande e o período do século IV a.C.. Muitos acadêmicos, no entanto, como o italiano Carlo Conti Rossini, não se convenceram por nenhuma destas teorias, e declararam o assunto como ainda não-resolvido.[4]
Uma antiga compilação de lendas etíopes, o Kebra Negast ("Glória dos Reis"), foi datada como tendo sido escrito há 700 anos, e relata a história de Makeda e seus descendentes. Neste relato o rei Salomão teria seduzido a rainha de Sabá e tido com ela um filho, Menelik I, que se tornaria o primeiro imperador da Etiópia.
A narrativa contida no Kebra Negast - que não encontra paralelo na história bíblica - é de que o rei Salomão teria convidado a rainha de Sabá a um banquete, servindo comida condimentada a induzi-la a ter sede, e convidando-a para passar a noite em seu palácio. A rainha pediu-lhe então que jurasse não a tomar à força. Ele aceitou com a condição de que ela, por sua vez, não levasse nada de seu palácio à força. A rainha assegurou que não o faria, ofendida pela insinuação de que ela, uma monarca rica e poderosa, precisaria roubar qualquer coisa. No entanto, quando ela acordou no meio da noite, sedenta, pegou uma jarra de água que havia sido colocada ao lado de sua cama. O rei Salomão então apareceu, avisando-a de que estava a descumprir sua promessa, ainda mais pelo fato de que a água, segundo ele, seria a mais valiosa de todas as suas posses materiais. Assim, enquanto ela saciou sua sede, ela libertou o rei de sua promessa, e passaram a noite juntos.
A tradição de que a rainha de Sabá bíblica teria sido uma soberana da Etiópia que visitou o rei Salomão em Jerusalém, no antigo Reino de Israel, é referendada pelo historiador romano de origem judaica Flávio Josefo, que identificou a visitante de Salomão como sendo "Rainha do Egito e da Etiópia".
Enquanto não existem tradições conhecidas de matriarcado no Iêmen durante o início do primeiro milênio a.C., as primeiras inscrições dos governantes de D'mt, no norte da Etiópia e da Eritréia, mencionam rainhas de status elevado, possivelmente até igual ao de seus reis.[5]
Para a monarquia etíope, a linhagem salomônica e sabaítica tem considerável importância política e cultural. A Etiópia foi convertida ao cristianismo pelos coptas do Egito, e a Igreja Copta lutou por séculos para manter os etíopes numa condição de dependência e subserviência fortemente ressentida pelos imperadores etíopes.
A rainha de Sabá no cristianismo
Além de sua menção no Velho Testamento, a rainha de Sabá é mencionada, como Rainha do Sul, no Novo Testamento,[6] quando Jesus Cristo indica que ela e os ninivitas julgarão a geração dos contemporâneos de Jesus, que o rejeitaram.
As interpretações cristãs das escrituras enfatizam, tipicamente, tanto os valores históricos quanto os valores metafóricos da história. O relato da rainha de Sabá é interpretado como uma metáfora e uma analogia cristã: a visita da rainha a Salomão foi comparada ao casamento metafórico da Igreja com Cristo, onde Salomão seria o "ungido" (Cristo), ou messias, e Sabá representaria uma população de gentios que se submeteu ao messias; a castidade da rainha de Sabá foi descrita como um presságio da Virgem Maria; e os três presentes que ela teria levado a Israel (ouro, especiarias e pedras) foram vistos como análogos aos presentes dos Três Reis Magos (ouro, incenso e mirra). Esta última analogia, em particular, é enfatizada como sendo consistente com uma passagem do Livro de Isaías (60:6): "todos virão de Sabá; trarão ouro e incenso e publicarão os louvores do Senhor."[7]
Visão medieval
Entre as obras de arte realizadas na Idade Média que retratam a visita da rainha de Sabá estão o "Portal da Mãe de Deus", na Catedral de Amiens, do século XIII, incluída como analogia em parte de um painel maior que retrata os presentes dos Reis Magos..[8] As catedrais de Estrasburgo, Chartres, Rochester e Cantuária, do século XII, contêm interpretações artísticas da rainha em vitrais e bas decorações das jambas.[7]
Visão renascentista
Relevo renascentista da rainha de Sabá se encontrando com o rei Salomão - um dos vários painéis que compõem o portal do Batistério de Florença.Giovanni Boccaccio, em sua obra Sobre as mulheres famosas (De mulieribus claris, em latim), segue o exemplo de Josefo ao chamar a rainha de Sabá de Nicaula. Boccaccio ainda afirma que ela não só era rainha da Etiópia e do Egito, como também da Arábia, e que relatos afirmavam que ela tinha um palácio luxuoso numa "ilha muito grande" chamada Meroe, localizada em algum lugar próximo ao rio Nilo, "praticamente no outro lado do mundo." De lá, Nicaula cruzou os desertos da Arábia, através da Etiópia e do Egito, pela costa do mar Vermelho, até chegar a Jerusalém, onde se encontrou com "o grande rei Salomão".[9]
O livro Cidade das Damas, de Cristina de Pisano também chama a rainha de Sabá de Nicaula. Os afrescos de Piero della Francesca em Arezzo (1466) sobre a Lenda da Vera Cruz contêm dois painéis sobre a visita da rainha de Sabá a Salomão. A lenda ilustrada liga as vigas do palácio do rei Salomão à madeira utilizada na crucifixão. A sequência desta visão metafórica, do Renascimento, sobre a rainha de Sabá como uma analogia aos presentes dos Reis Magos, também está claramente evidente no Tríptico da Adoração dos Magos (1510), de Hieronymus Bosch. Bosch optou por retratar a rainha de Sabá e o rei Salomão no colar vestido por um dos magos.[10]
O Doutor Fausto, de Christopher Marlowe, se refere à rainha como Sabá, quando Mefistófeles está tentando persuadir Fausto da sabedoria das mulheres com quem ele supostamente será presenteado todas as manhãs.[11]
Descobertas arqueológicas recentes
Templo de Bar'an, em Ma'rib - construído no século XVIII a.C., e em uso por quase 1000 anos.Descobertas arqueológicas recentes feitas no Mahram Bilqis ("Templo de Bilkis"), em Ma'rib, no Iêmen, apoiam a tese de que a rainha de Sabá teria governado a Arábia Meridional, com evidências de que a área seria a capital do reino de Sabá.
Uma equipe de pesquisadores financiados pela American Foundation for the Study of Man (AFSM, "Fundação Americana para o Estudo do Homem") e liderada pelo professor de arqueologia da Universidade de Calgary, Bill Glanzman, vem trabalhando para decifrar os segredos de um templo de 3.000 anos de idade encontrado no deserto.[12]
Referências:
1.↑ [1] "Arqueólogos alemães encontram palácio da rainha de Sabá na Etiópia", Yahoo Notícias - Ciência & Saúde
2.↑ Alcorão, 27:40
3.↑ Antigo Testamento, 351
4.↑ David Allen Hubbard, "The Literary Sources of the Kebra Nagast", doctoral thesis (St. Andrews, 1954), pp. 303f.
5.↑ Rodolfo Fattovich, "The 'Pre-Aksumite' State in Northern Ethiopia and Eritrea Reconsidered" in Paul Lunde and Alexandra Porter ed., Trade and Travel in the Red Sea Region, in D. Kennet & St J. Simpson ed., Society for Arabian Studies Monographs No. 2. BAR International Series 1269. Archaeopress, Oxford: 2004, p. 73.
6.↑ Evangelho segundo Mateus, 12:42 e Evangelho segundo Lucas, 11:31.
7.↑ a b Byrd, Vickie, editor; Queen of Sheba: Legend and Reality, (Santa Ana, California: The Bowers Museum of Cultural Art, 2004), p. 17.
8.↑ Murray, Stephen, The Portals:Access to Redemption, http://www.mcah.columbia.edu/Mcahweb/facade/body.html, webpage, accessed August 6, 2006.
9.↑ Giovanni Boccaccio, De mulieribus claris
10.↑ Web Gallery of Art, http://www.wga.hu/frames-e.html?/html/b/bosch/91adorat/01tripty.html, Visitado em 2 de agosto de 2006
11.↑ Marlowe, Christopher; Doctor Faustus and other plays: Oxford World Classics, p. 155.
12.↑ University of Calgary, http://www.ucalgary.ca/UofC/events/unicomm/NewsReleases/queen.htm, website accessed November 18, 2007
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rainha_de_Sab%C3%A1
11 novembro 2010
A Trindade sem Mistério - I
Por Alberto Ronald Timm
Muito embora a palavra “Trindade” não se encontre na Bíblia, a idéia por ela expressa é uma das verdades fundamentais das Escrituras. Na Bíblia, as prerrogativas divinas são atribuídas a três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Todos os demais conceitos teológicos são afetados direta ou indiretamente pela noção que tivermos dessa doutrina.
Evidência da Trindade no Antigo Testamento
Ainda que o Antigo Testamento não apresente provas tão claras para a doutrina da Trindade quanto às do Novo Testamento, nele podem ser encontradas grande número de evidências que atestam a existência de uma pluralidade na Divindade.
Em Gênesis 1, o nome hebraico para Deus é Elohim. Esse nome ocorre ao todo cerca de 2.500 vezes no Antigo Testamento, sendo ele a forma plural de El, que é o nome comum para Deus entre os semitas. Para alguns, o fato de Elohim ser um nome plural não prova a Trindade, mas apenas indica “a riqueza e a plenitude do Ser Divino”.1 Porém A. H. Strong nos adverte que “o fato de Elohim ser algumas vezes usado num sentido restrito, como aplicável ao Filho (Sal. 45:6; cf. Heb. 1:8), não nos deve impedir de crer que o termo era originalmente considerado como contendo uma alusão a certa pluralidade na natureza divina”.2 E João 1:1-3 lança luz sobre o fato de que o Pai e o Filho estavam unidos na obra da Criação do mundo, e em Gênesis 1:2 temos o Espírito Santo também envolvido nessa obra.
No Antigo Testamento, encontramos ainda referências nas quais Deus fala de Si mesmo no plural, como por exemplo: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gên. 1:26). Há quem interprete o plural como incluindo os anjos, “mas qualquer inferência de que outros tenham tomado parte em nossa criação é completamente alheia ao capítulo como um todo e ao desafio presente em Isaías 40:14: ‘Com quem tomou Ele conselho?’ Trata-se antes do plural de plenitude, que ... haveria de ser revelado como tri-unidade, nos posteriores ‘nós’ e ‘nossa’ de São João 14:23 (com 14:17)”.3 Encontramos, portanto, na peculiar fraseologia de Gênesis 1:26 “uma alusão a um sublime concílio entre as pessoas da Divindade”.4 (Ver também Gênesis 3:22; 11:7; Isa. 6:8.).
Outra evidência importante encontramos nos textos que se referem às manifestações do “Anjo do Senhor” (Gên. 16:7-13; 18:1-13; 19:1-28; 22:11-16; 31:11-13; etc.), os quais apresentam “uma
indicação de distinções pessoais em Deus”.5 Em Malaquias 3:1 e Atos 7:35-38 o “Anjo do Senhor” é identificado como sendo Cristo, o Filho de Deus, que em Gênesis 31:11-13 é declarado ser Deus. Portanto, “exatamente como ‘o Espírito de Deus’ era uma expressão veterotestamentária aguardando seu esclarecimento completo no Pentecostes, assim ‘o Anjo do Senhor’, como expressão referente ao próprio Senhor, ganha significado somente à luz dAquele ‘que o Pai... enviou ao mundo’, o Filho preexistente”.6
Segundo John Bright, “a religião de Israel não se fundamentava em proposições teológicas abstratas, mas na memória de uma experiência histórica interpretada e correspondida... Israel acreditava que Iahweh, seu Deus, o havia livrado do Egito pelo poder de Sua onipotência e que, mediante uma aliança o havia constituído Seu povo”.7 Entretanto, mesmo nas profecias messiânicas encontramos indícios de uma pluralidade na Divindade. Em Isaías 9:6 o Messias é chamado “Deus Forte, Pai da Eternidade”, e no Salmo 45:6 e 7 o “Ungido de Deus” é dito ser Deus, à semelhança dAquele que O ungiu. No Salmo 33:4-6 e em Provérbios 8:12-31, aparecem a “Palavra” e a “Sabedoria” de Deus sendo personificadas como uma antecipação ao “Verbo” de Deus de São João 1:1-14.
Já em Isaías 48:16 aparece uma distinta referência à Trindade: “Agora o Senhor Deus (o Pai) Me enviou a Mim (o Filho) e o Seu Espírito (o Espírito Santo).” Há também quem considere as palavras do rei Nabucodonosor, encontradas em Daniel 2:47, como uma referência à trindade: “Certamente, o vosso Deus é Deus dos deuses (o Pai), e o Senhor dos reis (o Filho), e o Revelador dos mistérios (o Espírito Santo)”.
Portanto, reconhecemos que “o Velho Testamento contém uma clara antecipação da plena revelação da Trindade no Novo Testamento”.8
A Trindade no Novo Testamento
Uma vez que a revelação da verdade é progressiva, encontramos no Novo Testamento provas concretas da doutrina da Trindade, que lançam luz sobre as evidências encontradas no Antigo Testamento. O cumprimento das profecias messiânicas e a promessa do Espírito Santo são sumamente elucidativas para a compreensão deste tema.
Na promessa feita pelo an jo a respeito do nascimento de Jesus, encontramos uma referência distinta aos membros da Trindade (Luc. 1:35), que viria a tornar-se ainda mais notória por ocasião do Seu batismo. Nessa ocasião, o Filho de Deus foi batizado, o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corpórea como uma pomba, e o Pai falou: “Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo” (Mat. 3:16 e 17; Mar. 1:10 e 11; Luc. 3:21 e 22; João 1:32 e 33).
Os ensinos de Cristo são igualmente de natureza a enfatizar essa distinção. Na promessa do espírito Santo, Ele fala a respeito de “outro Consolador” (João 14:16 e 26), e todos os que viessem a crer deveriam também ser batizados “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mat. 28:19).
Igualmente na bênção apostólica aparece novamente referida a Trindade: “A graça do Senhor Jesus Cristo e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (II Cor. 13:13). O apóstolo São Pedro inicia a sua primeira epístola com uma clara referência à Trindade (I Ped. 1:2), e em São Judas 20 e 21 ela também é mencionada.
Portanto o Novo Testamento reconhece o Pai como Deus (João 6:27, Efé. 6:23; I Pedro 1:2; etc.),
a Jesus Cristo como Deus (João 1:1 e 18; 20:28; Rom. 9:5; Col. 2:2 e 9; Tito 2:13; Heb. 1:8; I João 5:20; etc.), e ao Espírito Santo como Deus (Atos 5:3 e 4; I Cor. 2:10 e 11; I Cor. 3:16; etc.).
A Distinção Entre os Membros da Trindade
Muito embora a expressão “porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um”, que algumas versões da Bíblia trazem em I São João 5:7 e 8, provavelmente não fazia parte do original e tenha sido acrescentada posteriormente,9 isto não invalida em nada a doutrina bíblica da Trindade. Alegar que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são simplesmente três aspectos diferentes de um único Ser Divino Se manifestar, é confundir o conceito bíblico a respeito. Se assim fosse, a quem Jesus Cristo estaria Se dirigindo ao orar ao Pai? Por que então deveriam ser mencionados separadamente os membros da Trindade tanto na fórmula do batismo (Mat. 28:19), como na bênção apostólica (II Cor. 13:13) e em outros textos?
A Bíblia não apenas reclama natureza espiritual para os membros da Trindade, como também personalidades distintas entre o Pai, o Filho, e o Espírito Santo. Isto é claro não apenas nas características pessoais atribuídas aos três, como também no fato de o Pai ter enviado o Filho (João 14:24; 20:21) e o Pai e o Filho enviarem o Espírito Santo (João 14:16 e 26; 16:7).
Alguns têm tido dúvidas quanto ao Espírito Santo, imaginando ser Ele apenas um poder despersonalizado proveniente de Deus; porém os ensinos de Cristo não deixam dúvidas a esse respeito. Ao prometer o Espírito Santo, Ele disse: “Convém-vos que Eu vá, porque se Eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, Eu for, eu vo-lo enviarei” (João 16:7). A palavra “Consolador” é a tradução do termo grego Paracleto, que em São João 14:26 é identificado como sendo o Espírito Santo.
De acordo com James Robertson, “do ensino de Jesus, não resta a menor dúvida que o outro Paracleto é uma pessoa. A cada passo, Jesus fala desta maneira: ‘Ele vos ensinará todas as coisas’; ‘Ele Me glorificará’. Personalidade está implicada no título ‘Paracleto’, o qual, em algumas versões, é traduzido impropriamente “Confortador”. A palavra significa ‘um que é chamado para ficar ao nosso lado, especialmente em ocasiões de dificuldade e conflito’. É, portanto, a palavra que designa um advogado, e é assim usada a respeito de Jesus mesmo, em I João 2:1, onde lemos: ‘Nós temos um Paracleto (advogado) com o Pai, Jesus Cristo, o justo.’
“Está implicada também, no ensino de Jesus, que o outro Paracleto é uma pessoa divina. Jesus não poderia dizer que era melhor que Ele fosse, se o Seu substituto fosse menos do que divino. Nem poderia ter dito que ‘ao que disser alguma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado; porém, ao lhe falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro’ (Mat. 12:32). Também não poderia ter juntado ‘o Pai, o Filho e o Espírito Santo’, como faz na fórmula do batismo (Mat. 28:19), se todos os três não fossem divinos”.10
Portanto, a doutrina da Trindade não está baseada em especulações e conjeturas humanas, mas na própria Revelação Divina – a Sua Palavra. Porém, uma vez que tenhamos compreendido a distinção que a Bíblia estabelece entre as pessoas da Trindade, deveremos também analisar o relacionamento existente entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Em contraste com a filosofia grega, cuja base repousa no conhecimento de si mesmo, o
Cristianismo tem como fundamento o conhecimento de Deus. Esse conhecimento é o “principio da
sabedoria” (Prov. 9:1) e a condição para a “vida eterna” (João 17:3). Somente através da revelação
divina, conforme expressa em Sua Palavra, poderemos chegar a uma correta compreensão de
Deus. Entretanto, ao estudarmos a respeito de Deus não nos devemos olvidar de que estamos emterreno sagrado.
Muito embora a palavra “Trindade” não se encontre na Bíblia, a idéia por ela expressa é uma das verdades fundamentais das Escrituras. Na Bíblia, as prerrogativas divinas são atribuídas a três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Todos os demais conceitos teológicos são afetados direta ou indiretamente pela noção que tivermos dessa doutrina.
Evidência da Trindade no Antigo Testamento
Ainda que o Antigo Testamento não apresente provas tão claras para a doutrina da Trindade quanto às do Novo Testamento, nele podem ser encontradas grande número de evidências que atestam a existência de uma pluralidade na Divindade.
Em Gênesis 1, o nome hebraico para Deus é Elohim. Esse nome ocorre ao todo cerca de 2.500 vezes no Antigo Testamento, sendo ele a forma plural de El, que é o nome comum para Deus entre os semitas. Para alguns, o fato de Elohim ser um nome plural não prova a Trindade, mas apenas indica “a riqueza e a plenitude do Ser Divino”.1 Porém A. H. Strong nos adverte que “o fato de Elohim ser algumas vezes usado num sentido restrito, como aplicável ao Filho (Sal. 45:6; cf. Heb. 1:8), não nos deve impedir de crer que o termo era originalmente considerado como contendo uma alusão a certa pluralidade na natureza divina”.2 E João 1:1-3 lança luz sobre o fato de que o Pai e o Filho estavam unidos na obra da Criação do mundo, e em Gênesis 1:2 temos o Espírito Santo também envolvido nessa obra.
No Antigo Testamento, encontramos ainda referências nas quais Deus fala de Si mesmo no plural, como por exemplo: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gên. 1:26). Há quem interprete o plural como incluindo os anjos, “mas qualquer inferência de que outros tenham tomado parte em nossa criação é completamente alheia ao capítulo como um todo e ao desafio presente em Isaías 40:14: ‘Com quem tomou Ele conselho?’ Trata-se antes do plural de plenitude, que ... haveria de ser revelado como tri-unidade, nos posteriores ‘nós’ e ‘nossa’ de São João 14:23 (com 14:17)”.3 Encontramos, portanto, na peculiar fraseologia de Gênesis 1:26 “uma alusão a um sublime concílio entre as pessoas da Divindade”.4 (Ver também Gênesis 3:22; 11:7; Isa. 6:8.).
Outra evidência importante encontramos nos textos que se referem às manifestações do “Anjo do Senhor” (Gên. 16:7-13; 18:1-13; 19:1-28; 22:11-16; 31:11-13; etc.), os quais apresentam “uma
indicação de distinções pessoais em Deus”.5 Em Malaquias 3:1 e Atos 7:35-38 o “Anjo do Senhor” é identificado como sendo Cristo, o Filho de Deus, que em Gênesis 31:11-13 é declarado ser Deus. Portanto, “exatamente como ‘o Espírito de Deus’ era uma expressão veterotestamentária aguardando seu esclarecimento completo no Pentecostes, assim ‘o Anjo do Senhor’, como expressão referente ao próprio Senhor, ganha significado somente à luz dAquele ‘que o Pai... enviou ao mundo’, o Filho preexistente”.6
Segundo John Bright, “a religião de Israel não se fundamentava em proposições teológicas abstratas, mas na memória de uma experiência histórica interpretada e correspondida... Israel acreditava que Iahweh, seu Deus, o havia livrado do Egito pelo poder de Sua onipotência e que, mediante uma aliança o havia constituído Seu povo”.7 Entretanto, mesmo nas profecias messiânicas encontramos indícios de uma pluralidade na Divindade. Em Isaías 9:6 o Messias é chamado “Deus Forte, Pai da Eternidade”, e no Salmo 45:6 e 7 o “Ungido de Deus” é dito ser Deus, à semelhança dAquele que O ungiu. No Salmo 33:4-6 e em Provérbios 8:12-31, aparecem a “Palavra” e a “Sabedoria” de Deus sendo personificadas como uma antecipação ao “Verbo” de Deus de São João 1:1-14.
Já em Isaías 48:16 aparece uma distinta referência à Trindade: “Agora o Senhor Deus (o Pai) Me enviou a Mim (o Filho) e o Seu Espírito (o Espírito Santo).” Há também quem considere as palavras do rei Nabucodonosor, encontradas em Daniel 2:47, como uma referência à trindade: “Certamente, o vosso Deus é Deus dos deuses (o Pai), e o Senhor dos reis (o Filho), e o Revelador dos mistérios (o Espírito Santo)”.
Portanto, reconhecemos que “o Velho Testamento contém uma clara antecipação da plena revelação da Trindade no Novo Testamento”.8
A Trindade no Novo Testamento
Uma vez que a revelação da verdade é progressiva, encontramos no Novo Testamento provas concretas da doutrina da Trindade, que lançam luz sobre as evidências encontradas no Antigo Testamento. O cumprimento das profecias messiânicas e a promessa do Espírito Santo são sumamente elucidativas para a compreensão deste tema.
Na promessa feita pelo an jo a respeito do nascimento de Jesus, encontramos uma referência distinta aos membros da Trindade (Luc. 1:35), que viria a tornar-se ainda mais notória por ocasião do Seu batismo. Nessa ocasião, o Filho de Deus foi batizado, o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corpórea como uma pomba, e o Pai falou: “Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo” (Mat. 3:16 e 17; Mar. 1:10 e 11; Luc. 3:21 e 22; João 1:32 e 33).
Os ensinos de Cristo são igualmente de natureza a enfatizar essa distinção. Na promessa do espírito Santo, Ele fala a respeito de “outro Consolador” (João 14:16 e 26), e todos os que viessem a crer deveriam também ser batizados “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mat. 28:19).
Igualmente na bênção apostólica aparece novamente referida a Trindade: “A graça do Senhor Jesus Cristo e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (II Cor. 13:13). O apóstolo São Pedro inicia a sua primeira epístola com uma clara referência à Trindade (I Ped. 1:2), e em São Judas 20 e 21 ela também é mencionada.
Portanto o Novo Testamento reconhece o Pai como Deus (João 6:27, Efé. 6:23; I Pedro 1:2; etc.),
a Jesus Cristo como Deus (João 1:1 e 18; 20:28; Rom. 9:5; Col. 2:2 e 9; Tito 2:13; Heb. 1:8; I João 5:20; etc.), e ao Espírito Santo como Deus (Atos 5:3 e 4; I Cor. 2:10 e 11; I Cor. 3:16; etc.).
A Distinção Entre os Membros da Trindade
Muito embora a expressão “porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um”, que algumas versões da Bíblia trazem em I São João 5:7 e 8, provavelmente não fazia parte do original e tenha sido acrescentada posteriormente,9 isto não invalida em nada a doutrina bíblica da Trindade. Alegar que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são simplesmente três aspectos diferentes de um único Ser Divino Se manifestar, é confundir o conceito bíblico a respeito. Se assim fosse, a quem Jesus Cristo estaria Se dirigindo ao orar ao Pai? Por que então deveriam ser mencionados separadamente os membros da Trindade tanto na fórmula do batismo (Mat. 28:19), como na bênção apostólica (II Cor. 13:13) e em outros textos?
A Bíblia não apenas reclama natureza espiritual para os membros da Trindade, como também personalidades distintas entre o Pai, o Filho, e o Espírito Santo. Isto é claro não apenas nas características pessoais atribuídas aos três, como também no fato de o Pai ter enviado o Filho (João 14:24; 20:21) e o Pai e o Filho enviarem o Espírito Santo (João 14:16 e 26; 16:7).
Alguns têm tido dúvidas quanto ao Espírito Santo, imaginando ser Ele apenas um poder despersonalizado proveniente de Deus; porém os ensinos de Cristo não deixam dúvidas a esse respeito. Ao prometer o Espírito Santo, Ele disse: “Convém-vos que Eu vá, porque se Eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, Eu for, eu vo-lo enviarei” (João 16:7). A palavra “Consolador” é a tradução do termo grego Paracleto, que em São João 14:26 é identificado como sendo o Espírito Santo.
De acordo com James Robertson, “do ensino de Jesus, não resta a menor dúvida que o outro Paracleto é uma pessoa. A cada passo, Jesus fala desta maneira: ‘Ele vos ensinará todas as coisas’; ‘Ele Me glorificará’. Personalidade está implicada no título ‘Paracleto’, o qual, em algumas versões, é traduzido impropriamente “Confortador”. A palavra significa ‘um que é chamado para ficar ao nosso lado, especialmente em ocasiões de dificuldade e conflito’. É, portanto, a palavra que designa um advogado, e é assim usada a respeito de Jesus mesmo, em I João 2:1, onde lemos: ‘Nós temos um Paracleto (advogado) com o Pai, Jesus Cristo, o justo.’
“Está implicada também, no ensino de Jesus, que o outro Paracleto é uma pessoa divina. Jesus não poderia dizer que era melhor que Ele fosse, se o Seu substituto fosse menos do que divino. Nem poderia ter dito que ‘ao que disser alguma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado; porém, ao lhe falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro’ (Mat. 12:32). Também não poderia ter juntado ‘o Pai, o Filho e o Espírito Santo’, como faz na fórmula do batismo (Mat. 28:19), se todos os três não fossem divinos”.10
Portanto, a doutrina da Trindade não está baseada em especulações e conjeturas humanas, mas na própria Revelação Divina – a Sua Palavra. Porém, uma vez que tenhamos compreendido a distinção que a Bíblia estabelece entre as pessoas da Trindade, deveremos também analisar o relacionamento existente entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
A Trindade sem Mistério – II
Por Alberto Ronald Timm
Uma vez que a Bíblia atribui as prerrogativas divinas tanto ao Pai quanto ao Filho e ao Espírito Santo, passaremos a analisar, à luz da Palavra de Deus, o relacionamento existente entre os membros da Trindade. Este aspecto é muito importante, porque dele dependerá os demais conceitos da teologia cristã, os quais são por ele afetados.
Para uma correta compreensão a respeito, deveremos fazer a distinção entre a unidade essencial e a subordinação funcional existente entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo; isto é, entre o modo
divino de existir e a maneira funcional como tem sido revelado através da Criação e da Redenção.
Confundir esses dois aspectos distintos, levar-nos-ia a conclusões totalmente distorcidas a respeito
da doutrina de Deus.
A Unidade Essencial da Trindade
Vimos anteriormente que a Bíblia reconhece as prerrogativas divinas a três personalidades distintas. Porém, isto não sanciona de forma alguma uma idéia triteísta de Deus; ou seja, que a Bíblia reconheça três deuses diferentes como formando a Divindade. Esta espécie de politeísmo é totalmente contrária ao pensamento bíblico.
A religião bíblica é essencialmente monoteísta. Já na promulgação do decálogo aparecem as palavras: “Eu sou o Senhor teu Deus... Não terás outros deuses diante de Mim” (Êxo. 20:2 e 3). Também a religião judaica tinha por fundamento o texto de Deuteronômio 6:4: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Igualmente o apóstolo São Paulo fala que “há um só Deus” (I Cor. 8:6). Esses e outros textos nos deixam claro o fato de que existe uma unidade essencial entre os membros da Trindade. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são três pessoas distintas que formam um só Deus, e não três deuses.
Nesse sentido é que Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30; cf. João 17:21 e 22). É por isso que a respeito de Cristo pode ser dito que desde o principio Ele “estava com Deus, e ... era Deus” (João 1:1), que Ele é “igual a Deus” (Filip. 2:6), pois “nEle habita corporalmente toda a plenitude da Divindade” (Col. 2:9), sendo Ele “Deus Forte, Pai da Eternidade” (Isa. 9:6).
Mesmo o título “Filho” ao ser aplicado a Cristo não é sinônimo de inferior idade, mas sim de igualdade com o Pai. Ele significa que o Filho participa da mesma natureza do Seu Pai. Foi por essa razão que os judeus acusaram a Jesus de blasfêmia, ao chamar a Deus de “Meu Pai” (João 5:17 e 18). É importante considerarmos ainda que a palavra “Filho” é sempre empregada para Cristo no contexto da Encarnação, e nunca encontraremos menção a um “Filho Eterno”. 1
Por sua vez, não apenas o fato de o Espírito Santo ser chamado de o “outro consolador” (“Paracleto”, João 14:16; etc.) e o “Espírito de Deus” (Rom. 8:9; I Cor. 3:16; etc.) atesta Sua natureza divina, como também o fato de a Ele serem atribuídas todas as características divinas.
Isto é especialmente enfatizado em I Cor. 2:10 e 11, onde lemos: “Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus.
Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito que nele está?
Assim as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus”. Neste caso, “perscruta não significa que o Espírito perscrute com vistas a obter informação. Antes, é um modo de dizer que Ele penetra todas as coisas. Não há nada que esteja além do Seu conhecimento. Em particular, Paulo especifica as profundezas de Deus... Não se pode contestar que esta passagem atribui plena divindade ao Espírito... Porque o Espírito que revela é verdadeiramente Deus, o que Ele revela é a verdade de Deus”.2
Portanto não podemos negar a unidade essencial existente entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo,
os quais formam um só Deus (Tri-unidade).
A Subordinação Funcional da Trindade
A Bíblia menciona a Trindade envolvida tanto na Criação (Gên. 1:1 e 2; João 1:1-3 e 10; Heb. 1:1-3; Jó 33:4; etc.), como na Redenção (Heb. 9:14; I Pedro 1:2; etc.). Para não incorrer em problemas teológicos, devemos ter em mente que a Bíblia é a revelação de Deus aos homens no contexto da história da salvação”, e que o seu objetivo primordial não é elucidar o “Ser” essencial de Deus.
Portanto a chave para a compreensão da revelação de Deus encontra-se no “mistério da encarnação”; isto é, que Cristo, sendo Deus no mais alto sentido da palavra, “a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens” (Filip. 2:5-8).
Nesse contexto encontraremos o Pai, o Filho e o Espírito Santo assumindo funções diferentes que poderão ser interpretadas como uma aparente “hierarquia” na Trindade, mas que não alteram a essência da natureza divina. Veremos, assim, o Filho dizendo que “o Pai é maior do que Eu” (João 14:28), que “o Filho nada pode fazer de Si mesmo” (João 5:19), e também pôr-Se de joelhos e orar ao Pai (Luc. 22:41 e 42). Mas não devemos nos esquecer que Ele também orou: “Eu Te glorificarei na Terra, consumando a obra que Me confiaste para fazer; e agora, glorifica-Me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que Eu tive junto de Ti, antes que houvesse mundo” (João 17:4 e 5), e que após a Sua humilhação Ele reassumiu toda a plenitude da Sua Divindade (Col. 2:9; cf. Filip. 2:9-11).
Alguns têm procurado ver nos títulos “unigênito” e “primogênito” evidências de que o Filho tenha sido gerado pelo Pai antes da criação do mundo; isto é, que Ele foi a primeira criação do Pai. Mas isso é decorrente de uma profunda ignorância do significado desses termos.
A palavra traduzida por “unigênito” (João 1:14 e 18; 3:16 e 18; I João 4:9) é o termo grego monogeneses. Por algum tempo cria-se erroneamente que esse termo significava “único gerado”; porém o certo é que monogeneses é derivado de geneos, que significa “espécie” ou “condição”, e não de gennao, que significa “gerar”.3 A prova para isso encontra-se no fato de monogeneses ser escrito com um “n” apenas, e não com dois.4 Assim o termo grego monogeneses não subentende nada mais do que “único” ou “solitário”.5 Ao ser esse termo aplicado em relação ao “Filho de Deus”, deixa claro que Jesus é “o único em Sua classe”.6 A Bíblia de Jerusalém está correta ao traduzir o referido termo por “Filho único” em São João 3:16. Portanto, isso significa que Jesus desfruta de um relacionamento único e especial com o Pai. A prova para tal é “o fato de que Jesus jamais fala de Deus como ‘nosso Pai’ de modo a colocar-Se no mesmo relacionamento com Deus que Seus discípulos”. 7 (Ver João 20:17).
Cabe mencionar ainda que o termo monogenesis é usado em Hebreus 11:17 em relação a Isaque, que realmente não era o “único gerado” por Abraão, e sim o seu filho predileto.8
Igualmente a palavra “primogênito” (Col. 1:15-18), traduzida do termo grego prototokos, é usada no relacionamento de Cristo com o Pai, “expressando a Sua prioridade e preeminência sobre a criação, e não no sentido de ter sido o primeiro a nascer”. 9 Esse sentido de distinção aparece também em Deuteronômio 21:15-17. é igualmente nesse sentido que Davi, sendo o filho mais novo de Jessé, é chamado de primogênito (Sal. 89:20-27; cf. I Sam. 16:10-12), bem como Jacó (Êxo. 4:21 e 22; cf. Gên. 25:25 e 26) e Efraim (Jer. 31:9; cf. Gên. 41:50-52).
Ao ser Ele chamado de “o princípio (grego arche) da criação de Deus” (Apoc. 3:1), isso não se refere a
Cristo no sentido passivo de que no princípio Ele fora criado por Deus, mas no sentido ativo de que Cristo é a Origem, a Fonte e o Princípio ativo através do qual a criação veio à existência (cf. João 1:1-3 e 10; Heb. 1:2; Col. 1:15-18). Se Cristo realmente fora criado na Eternidade, então Ele jamais poderia ter sido chamado “Deus Forte, Pai da Eternidade” (Isa. 9:6). Mas, pelo contrário, João afirma que “o Verbo era Deus” (João 1:1). “Nada mais eminente poderia ser dito. Tudo o que pode ser dito a respeito de Deus, pode apropriadamente ser dito a respeito do Verbo”.10
Um Ministério a Ser Aceito Pela Fé
Talvez a razão pudesse nos levar a crer na Unidade de Deus; porém somente a revelação pode nos desvendar o mistério da Trindade de Deus.11 Pode parecer difícil para a mente humana conviver com o fato de Deus ser três pessoas distintas e ainda assim continuar sendo apenas um Deus, e não três deuses. A Bíblia apenas estabelece esse fato, mas não apresenta maiores detalhes de como isso pode ser explicado. Portanto, assim como “pela fé entendemos que foi o Universo formado pela palavra de Deus” (Heb. 11:3), igualmente pela fé precisamos aceitar a maneira como Deus Se revelou a nós através da Sua Palavra, sem entrarmos em especulações (Deut. 29:29).
Provavelmente não avaliaremos a importância da doutrina da Trindade enquanto não compreendermos o que seria a teologia cristã sem ela. A. H. Strong nos esclarece o fato de que “se não há Trindade, Cristo não é Deus, e não pode conhecer ou revelar perfeitamente a Deus. O cristianismo não é mais a única, todo-inclusive e final revelação; porém apenas um dos muitos sistemas conflitantes e competitivos, cada um dos quais tem as suas porções de verdade, mas também as suas porções de erro. O mesmo com respeito ao Espírito Santo. ‘Como Deus pode apenas ser revelado através de Deus, assim também Ele pode apenas ser apropriado através de Deus. Se o Espírito Santo não é Deus, então o amor e a auto-comunicaçao de Deus para a alma humana não são uma realidade.’ Em outras palavras, sem a doutrina da Trindade nós recuamos a uma mera religião natural e ao afastado e distante Deus do deísmo...”12
Entretanto, de acordo com Edwin R. Thiele, “o quadro bíblico de Deus não é de um singular ser supremo sozinho consigo mesmo, anti-social, solitário e afastado. Deus é amor, e o amor anela companheirismo. Certamente Deus poderia conversar com os homens ou os anjos; porém mesmo Deus necessitaria de companheirismo e associação com alguém igual, que pudesse pensar como Ele. E assim Deus comunga com Deus, compartilhando e levando a efeito planos em comum acordo”.13 E neste contexto tornam-se mais claras as referências a planos sendo traçados no próprio seio da Divindade (Gên. 1:26; 11:7; Isa. 6:8; etc).
Portanto, mantenhamos firme a profunda convicção de que o Pai muito nos ama (João 3:16), que Jesus Cristo, após haver oferecido Sua vida por nós, permanece como o nosso Advogado junto ao Pai (I João 2:1) e que o Espírito Santo está conosco para nos assistir em nossas fraquezas (Rom. 8:26). E, no dizer do apóstolo São Paulo, que “a graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (II Cor. 13:13).
Para uma correta compreensão a respeito, deveremos fazer a distinção entre a unidade essencial e a subordinação funcional existente entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo; isto é, entre o modo
divino de existir e a maneira funcional como tem sido revelado através da Criação e da Redenção.
Confundir esses dois aspectos distintos, levar-nos-ia a conclusões totalmente distorcidas a respeito
da doutrina de Deus.
A Unidade Essencial da Trindade
Vimos anteriormente que a Bíblia reconhece as prerrogativas divinas a três personalidades distintas. Porém, isto não sanciona de forma alguma uma idéia triteísta de Deus; ou seja, que a Bíblia reconheça três deuses diferentes como formando a Divindade. Esta espécie de politeísmo é totalmente contrária ao pensamento bíblico.
A religião bíblica é essencialmente monoteísta. Já na promulgação do decálogo aparecem as palavras: “Eu sou o Senhor teu Deus... Não terás outros deuses diante de Mim” (Êxo. 20:2 e 3). Também a religião judaica tinha por fundamento o texto de Deuteronômio 6:4: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Igualmente o apóstolo São Paulo fala que “há um só Deus” (I Cor. 8:6). Esses e outros textos nos deixam claro o fato de que existe uma unidade essencial entre os membros da Trindade. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são três pessoas distintas que formam um só Deus, e não três deuses.
Nesse sentido é que Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30; cf. João 17:21 e 22). É por isso que a respeito de Cristo pode ser dito que desde o principio Ele “estava com Deus, e ... era Deus” (João 1:1), que Ele é “igual a Deus” (Filip. 2:6), pois “nEle habita corporalmente toda a plenitude da Divindade” (Col. 2:9), sendo Ele “Deus Forte, Pai da Eternidade” (Isa. 9:6).
Mesmo o título “Filho” ao ser aplicado a Cristo não é sinônimo de inferior idade, mas sim de igualdade com o Pai. Ele significa que o Filho participa da mesma natureza do Seu Pai. Foi por essa razão que os judeus acusaram a Jesus de blasfêmia, ao chamar a Deus de “Meu Pai” (João 5:17 e 18). É importante considerarmos ainda que a palavra “Filho” é sempre empregada para Cristo no contexto da Encarnação, e nunca encontraremos menção a um “Filho Eterno”. 1
Por sua vez, não apenas o fato de o Espírito Santo ser chamado de o “outro consolador” (“Paracleto”, João 14:16; etc.) e o “Espírito de Deus” (Rom. 8:9; I Cor. 3:16; etc.) atesta Sua natureza divina, como também o fato de a Ele serem atribuídas todas as características divinas.
Isto é especialmente enfatizado em I Cor. 2:10 e 11, onde lemos: “Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus.
Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito que nele está?
Assim as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus”. Neste caso, “perscruta não significa que o Espírito perscrute com vistas a obter informação. Antes, é um modo de dizer que Ele penetra todas as coisas. Não há nada que esteja além do Seu conhecimento. Em particular, Paulo especifica as profundezas de Deus... Não se pode contestar que esta passagem atribui plena divindade ao Espírito... Porque o Espírito que revela é verdadeiramente Deus, o que Ele revela é a verdade de Deus”.2
Portanto não podemos negar a unidade essencial existente entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo,
os quais formam um só Deus (Tri-unidade).
A Subordinação Funcional da Trindade
A Bíblia menciona a Trindade envolvida tanto na Criação (Gên. 1:1 e 2; João 1:1-3 e 10; Heb. 1:1-3; Jó 33:4; etc.), como na Redenção (Heb. 9:14; I Pedro 1:2; etc.). Para não incorrer em problemas teológicos, devemos ter em mente que a Bíblia é a revelação de Deus aos homens no contexto da história da salvação”, e que o seu objetivo primordial não é elucidar o “Ser” essencial de Deus.
Portanto a chave para a compreensão da revelação de Deus encontra-se no “mistério da encarnação”; isto é, que Cristo, sendo Deus no mais alto sentido da palavra, “a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens” (Filip. 2:5-8).
Nesse contexto encontraremos o Pai, o Filho e o Espírito Santo assumindo funções diferentes que poderão ser interpretadas como uma aparente “hierarquia” na Trindade, mas que não alteram a essência da natureza divina. Veremos, assim, o Filho dizendo que “o Pai é maior do que Eu” (João 14:28), que “o Filho nada pode fazer de Si mesmo” (João 5:19), e também pôr-Se de joelhos e orar ao Pai (Luc. 22:41 e 42). Mas não devemos nos esquecer que Ele também orou: “Eu Te glorificarei na Terra, consumando a obra que Me confiaste para fazer; e agora, glorifica-Me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que Eu tive junto de Ti, antes que houvesse mundo” (João 17:4 e 5), e que após a Sua humilhação Ele reassumiu toda a plenitude da Sua Divindade (Col. 2:9; cf. Filip. 2:9-11).
Alguns têm procurado ver nos títulos “unigênito” e “primogênito” evidências de que o Filho tenha sido gerado pelo Pai antes da criação do mundo; isto é, que Ele foi a primeira criação do Pai. Mas isso é decorrente de uma profunda ignorância do significado desses termos.
A palavra traduzida por “unigênito” (João 1:14 e 18; 3:16 e 18; I João 4:9) é o termo grego monogeneses. Por algum tempo cria-se erroneamente que esse termo significava “único gerado”; porém o certo é que monogeneses é derivado de geneos, que significa “espécie” ou “condição”, e não de gennao, que significa “gerar”.3 A prova para isso encontra-se no fato de monogeneses ser escrito com um “n” apenas, e não com dois.4 Assim o termo grego monogeneses não subentende nada mais do que “único” ou “solitário”.5 Ao ser esse termo aplicado em relação ao “Filho de Deus”, deixa claro que Jesus é “o único em Sua classe”.6 A Bíblia de Jerusalém está correta ao traduzir o referido termo por “Filho único” em São João 3:16. Portanto, isso significa que Jesus desfruta de um relacionamento único e especial com o Pai. A prova para tal é “o fato de que Jesus jamais fala de Deus como ‘nosso Pai’ de modo a colocar-Se no mesmo relacionamento com Deus que Seus discípulos”. 7 (Ver João 20:17).
Cabe mencionar ainda que o termo monogenesis é usado em Hebreus 11:17 em relação a Isaque, que realmente não era o “único gerado” por Abraão, e sim o seu filho predileto.8
Igualmente a palavra “primogênito” (Col. 1:15-18), traduzida do termo grego prototokos, é usada no relacionamento de Cristo com o Pai, “expressando a Sua prioridade e preeminência sobre a criação, e não no sentido de ter sido o primeiro a nascer”. 9 Esse sentido de distinção aparece também em Deuteronômio 21:15-17. é igualmente nesse sentido que Davi, sendo o filho mais novo de Jessé, é chamado de primogênito (Sal. 89:20-27; cf. I Sam. 16:10-12), bem como Jacó (Êxo. 4:21 e 22; cf. Gên. 25:25 e 26) e Efraim (Jer. 31:9; cf. Gên. 41:50-52).
Ao ser Ele chamado de “o princípio (grego arche) da criação de Deus” (Apoc. 3:1), isso não se refere a
Cristo no sentido passivo de que no princípio Ele fora criado por Deus, mas no sentido ativo de que Cristo é a Origem, a Fonte e o Princípio ativo através do qual a criação veio à existência (cf. João 1:1-3 e 10; Heb. 1:2; Col. 1:15-18). Se Cristo realmente fora criado na Eternidade, então Ele jamais poderia ter sido chamado “Deus Forte, Pai da Eternidade” (Isa. 9:6). Mas, pelo contrário, João afirma que “o Verbo era Deus” (João 1:1). “Nada mais eminente poderia ser dito. Tudo o que pode ser dito a respeito de Deus, pode apropriadamente ser dito a respeito do Verbo”.10
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Talvez a razão pudesse nos levar a crer na Unidade de Deus; porém somente a revelação pode nos desvendar o mistério da Trindade de Deus.11 Pode parecer difícil para a mente humana conviver com o fato de Deus ser três pessoas distintas e ainda assim continuar sendo apenas um Deus, e não três deuses. A Bíblia apenas estabelece esse fato, mas não apresenta maiores detalhes de como isso pode ser explicado. Portanto, assim como “pela fé entendemos que foi o Universo formado pela palavra de Deus” (Heb. 11:3), igualmente pela fé precisamos aceitar a maneira como Deus Se revelou a nós através da Sua Palavra, sem entrarmos em especulações (Deut. 29:29).
Provavelmente não avaliaremos a importância da doutrina da Trindade enquanto não compreendermos o que seria a teologia cristã sem ela. A. H. Strong nos esclarece o fato de que “se não há Trindade, Cristo não é Deus, e não pode conhecer ou revelar perfeitamente a Deus. O cristianismo não é mais a única, todo-inclusive e final revelação; porém apenas um dos muitos sistemas conflitantes e competitivos, cada um dos quais tem as suas porções de verdade, mas também as suas porções de erro. O mesmo com respeito ao Espírito Santo. ‘Como Deus pode apenas ser revelado através de Deus, assim também Ele pode apenas ser apropriado através de Deus. Se o Espírito Santo não é Deus, então o amor e a auto-comunicaçao de Deus para a alma humana não são uma realidade.’ Em outras palavras, sem a doutrina da Trindade nós recuamos a uma mera religião natural e ao afastado e distante Deus do deísmo...”12
Entretanto, de acordo com Edwin R. Thiele, “o quadro bíblico de Deus não é de um singular ser supremo sozinho consigo mesmo, anti-social, solitário e afastado. Deus é amor, e o amor anela companheirismo. Certamente Deus poderia conversar com os homens ou os anjos; porém mesmo Deus necessitaria de companheirismo e associação com alguém igual, que pudesse pensar como Ele. E assim Deus comunga com Deus, compartilhando e levando a efeito planos em comum acordo”.13 E neste contexto tornam-se mais claras as referências a planos sendo traçados no próprio seio da Divindade (Gên. 1:26; 11:7; Isa. 6:8; etc).
Portanto, mantenhamos firme a profunda convicção de que o Pai muito nos ama (João 3:16), que Jesus Cristo, após haver oferecido Sua vida por nós, permanece como o nosso Advogado junto ao Pai (I João 2:1) e que o Espírito Santo está conosco para nos assistir em nossas fraquezas (Rom. 8:26). E, no dizer do apóstolo São Paulo, que “a graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (II Cor. 13:13).
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